ESTUDO: Aracaju, capital da desigualdade social

Enquanto os Puxa-Sacos de Plantão dizem que a Prefeitura de Aracaju é “uma das melhores do país”, o índice da desigualdade social mostra exatamente o contrário: das 16 capitais do Norte e Nordeste, Aracaju ocupa o lugar número de número 15, com 468 pontos.

É só olhar os indicadores como PIB per capita, recebimento de benefícios sociais, índice de desocupação e taxas de homicídios, especialmente entre a população jovem.

A pesquisa usa dados sobre saúde, educação, moradia, renda, violência e saneamento nas capitais brasileiras.

É sobre o Mapa da Desigualdade Social, em estudo publicado nesta terça-feira, 26, pelo ICS (Instituto Cidades Sustentáveis), que estamos falando.

Em entrevista à Agência Brasil, Jorge Abrahão, coordenador geral do Instituto, conta que os índices estão diretamente ligados aos investimentos em políticas públicas:

“As questões de saneamento, de habitação precária, de qualidade de saúde e educação, de mortalidade infantil, de violência, de homicídios contra jovens, em geral, são números muito ruins nessas cidades que tem uma idade média de morrer muito baixa. Portanto, para você conseguir aumentar esse número, significa que você teria que investir em questões centrais para a qualidade de vida das pessoas.”

JORGE ABRAHÃO

Curitiba, capital do Paraná, aparece na primeira posição do ranking das capitais, com 677 pontos, seguida por Florianópolis, Belo Horizonte, Palmas e São Paulo.

Das seis cidades melhores colocadas na média dos indicadores, cinco são das regiões Sul e Sudeste. E das seis piores colocadas, quatro estão na Região Norte.

Jorge Abrahão lembra ainda que 2024 é um ano de eleições municipais e que a população deve estar atenta a esses indicadores ao escolher seus candidatos a prefeito e vereador:

“É importante que as cidades se enxerguem para que possam ver onde é que estão suas maiores fragilidades e, a partir daí, discutam esses problemas com os candidatos dos diferentes partidos para verificar como é que esses candidatos estão olhando para os principais problemas das cidades e só então fazerem suas escolhas.”

JORGE ABRAHÃO

Com informações da Agência Brasil

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