Marcos Aurélio

Na coluna de hoje (10), Marcos Aurélio analisa a troca de partido de Emília Corrêa e questiona se a prefeita abandonou o bolsonarismo raiz. O texto também aborda os entraves da federação entre União Brasil e Progressistas em Sergipe e a vergonha nacional protagonizada pela Câmara Federal, que pode beneficiar Bolsonaro.

Emília Corrêa durante encontro do PL Mulher em Aracaju
Diane Queiroz|Divulgação

Emília abandonou o Bolsonarismo ao trocar o PL pelo Republicano do centrão?

Esse é o questionamento que os bolsonaristas radicais estão acreditando e apesar de não expressarem publicamente, internamente eles estão machucados. No entanto, a prefeita apenas está reagindo à ação do deputado Rodrigo Valadares, que tomou o PL usando o prestígio que tem com os filhos do ex-presidente Bolsonaro, das mãos do empresário Edvan Amorim. Emília seguiu o curso natural do seu agrupamento, ao lado de Eduardo Amorim, André David e do prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho.

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Além do Republicano, o grupo conta também com o PSDB e o Podemos, que devem ser o destino dos deputados federais Ícaro de Valmir e Thiago de Joaldo. Já o deputado Gustinho Ribeiro, que comandava o Republicano, já está acertado com o Progressista de Laércio Oliveira e que, por enquanto, foi anunciado numa Federação com o União Brasil.

ENTRAVES

A propósito, essa Federação, que foi anunciada como a maior movimentação da política brasileira, está dando fortes sinais que não vai se concretizar. Os entraves nos estados são fortes e de difícil entendimento. Basta olharmos a situação aqui no nosso estado, onde Laércio e André não se bicam.

VERGONHA NACIONAL

Dia sombrio na Câmara Federal foi o de ontem, simbolizado pelo ato que nunca havia sido visto, de interromper a transmissão da TV Câmara (Hugo Motta achou que ninguém iria ver o que ele mandou fazer. Só esqueceu de avisar aos deputados(as) para não gravarem vídeos com seus celulares) e a expulsão com violência da Imprensa do plenário da Casa.

Tudo ocasionado por um ato do deputado Glauber Braga, do PSol, que se recusou a sair da cadeira do presidente e foi arrancado pela polícia legislativa de forma truculenta. Os protestos foram contundentes contra a ação do presidente, que não tomou a mesma medida quando extremistas da Direita ocuparam a mesma cadeira da presidência por 48h, exigindo a votação da anistia para Bolsonaro.

G1

EFEITO COLATERAL

Por falar em anistia, ontem também foi aprovado um projeto que prevê a redução de penas para os condenados do 8 de janeiro, proposta reparada por Paulinho da Força, do Solidariedade, que foi feito para acalmar os ânimos dos extremistas bolsonaristas.

O projeto prever a redução da pena de Bolsonaro de 27 anos para apenas 2. A proposta aprovada precisa passar pelo Senado, mas já é certeza que haverá questionamentos jurídicos no STF. Como efeito colateral dessa proposta, já há quem garanta que outros condenados por crimes diversos também serão beneficiados se a proposta vingar.


Por Marcos Aurélio

Este texto reflete exclusivamente a OPINIÃO DO AUTOR e não representa necessariamente a posição de NE NOTÍCIAS.