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O índice de desemprego subiu em 14 das 27 unidades da federação no primeiro trimestre deste ano em relação ao 4º trimestre de 2018, informou nesta quinta-feira, 16, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve aumento da taxa no Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Ceará, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Camila Domingues / Fotos Públicas

Subutilização cresce

A taxa de subutilização, que reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos, foi a maior dos últimos sete anos em 13 das 27 unidades da federação. Os destaques são oPiauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), Paraíba (34,3%), Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%). 

“O que chama atenção é o perfil de dispersão generalizada da subutilização, que é recorde em todas as regiões”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. “Além da taxa, é preciso observar a população subutilizada, que é recorde em 15 unidades da federação, cobrindo metade das regiões Norte e Nordeste e quase todo o Sudeste, Sul e Centro-Oeste”.

Além da subutilização, a população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego, chegou a 4,8 milhões e também bateu recorde no primeiro trimestre. Desse total, 60,4% (2,9 milhões) estavam concentrados no Nordeste.

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação também foi recorde no Norte (20,7%), Nordeste (26,4%), Sudeste (18,1%) e Centro-Oeste (15,1%). As maiores taxas estaduais estavam na Bahia (31,1%), Amapá (30,7%), Piauí (30,5%), Sergipe (28,5%) e Maranhão (25,7%). “Observamos mais uma vez o Nordeste concentrando a maior parte das taxas, o que compõe um quadro desfavorável para a região”, comenta Cimar.