NE Notícias|IBGE

Nos três primeiros meses de 2024, as taxas de desemprego em Sergipe registraram a queda de 1,2 ponto percentual, caindo de 11,2% para 10% em todo o estado. No entanto, o resultado divulgado hoje ficou acima do registrado pelo Brasil (7,9%) e abaixo do pontuado pelo Nordeste (11,1%).

Os dados, divulgados nesta sexta-feira, 17, são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Trimestral), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Observatório de Sergipe, que é vinculado à Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan).

Jhennifer Laruska|ASN

A taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, aumentando 0,5 ponto percentual (p.p.) ante o quarto trimestre de 2023 (7,4%) e caindo 0,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2023 (8,8%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação aumentou em oito das 27 Unidades da Federação (UF), mantendo-se estável em outras 18 e caindo em apenas uma.

As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%), e as menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%). A taxa de desocupação por sexo foi de 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,7%) e pardos (9,1%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,9%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

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No primeiro trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 17,9%. Piauí (37,1%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (32,1%) e Alagoas (29,4%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (6,9%), Rondônia (8,0%) e Mato Grosso (10,3%).

No primeiro trimestre de 2024, havia 1,9 milhões de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, quando 2,2 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no primeiro tri de 2024 foi de 3,2%. Maranhão (12,6%), Piauí (10,4%) e Alagoas (10,0%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,5%), Rondônia (0,9%), Espírito Santo (1,1%) e Paraná (1,1%).

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,9%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) e os menores, no Piauí (49,4%) Maranhão (52,0%) e Ceará (54,9%).

Arquivo / ASN

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,4%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (35,0%), Amapá (32,9%) e Maranhão (32,6%) e os menores, do Distrito Federal (20,4%), Mato Grosso do Sul (21,1%) e Tocantins (21,2%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,9% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,5%), Pará (56,7%) e Piauí (54,9%) e as menores, com Santa Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%).

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.123, crescimento tanto em relação ao 4º tri de 2023 (R$ 3.077) como em relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004). No trimestre, a Região Sul (R$ 3.401) foi a única a apresentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Na comparação anual, houve expansão nas Regiões Norte, Sudeste e Sul, enquanto as demais tiveram estabilidade.

Taxa de desocupação aumenta em oito UFs, fica estável em 18 e cai apenas no Amapá

Frente ao 4º trimestre de 2023, a taxa de desocupação cresceu em oito Unidades da Federação, ficou estável em 18 e caiu apenas em uma: no Amapá. As maiores taxas foram da Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%) e as menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).

Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) – 1° trimestre de 2024

UF4T 20231T 2024situação
Acre6,78,9
Bahia12,714,0
Maranhão7,18,4
Mato Grosso do Sul4,05,0
Minas Gerais5,76,3
Rio Grande do Sul5,25,8
Santa Catarina3,23,8
Brasil7,47,9
São Paulo6,97,4
Pernambuco11,912,4
Rio de Janeiro10,010,3
Piauí10,610,0
Sergipe11,210,0
Alagoas8,99,9
Paraíba9,69,9
Amazonas8,89,8
Rio Grande do Norte8,39,6
Distrito Federal9,69,5
Ceará8,78,6
Pará7,88,5
Roraima7,07,6
Goiás5,66,1
Tocantins5,86,0
Espírito Santo5,25,9
Paraná4,74,8
Mato Grosso3,93,7
Rondônia3,83,7
Amapá14,210,9

Piauí tem a maior taxa de subutilização (37,1%) e Santa Catarina, a menor (6,9%)

No 1° trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 17,9%. O Piauí (37,1%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (32,1%) e Alagoas (29,4%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (6,9%), Rondônia (8,0%) e Mato Grosso (10,3%).

Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 1° trimestre de 2024

Rondônia tem a maior proporção de conta própria (35,0%) e DF a menor (20,4%)

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,4%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,0%), Amapá (32,9%) e Maranhão (32,6%) e os menores, do Distrito Federal (20,4%), Mato Grosso do Sul (21,1%) e Tocantins (21,2%).

Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) – 1° trimestre 2024

UFValor
Distrito Federal20,4
Mato Grosso do Sul21,1
Tocantins21,2
Goiás22,6
Paraná23,1
Minas Gerais23,6
São Paulo23,6
Rio Grande do Norte23,7
Espírito Santo23,9
Alagoas24,0
Santa Catarina24,3
Sergipe24,6
Mato Grosso24,9
Rio Grande do Sul25,3
Brasil25,4
Paraíba25,8
Roraima26,1
Acre26,5
Bahia26,7
Rio de Janeiro27,1
Piauí28,0
Pernambuco29,1
Ceará29,6
Pará30,7
Amazonas30,8
Maranhão32,6
Amapá32,9
Rondônia35,0

Menor percentual de trabalhadores com carteira é do Piauí (49,4%) e o maior, de SC (87,2%)

No 1º trimestre de 2024, 73,9% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (62,4%) e Nordeste (57,9%) apresentaram os menores patamares enquanto a Região Sul (83,1%) teve o maior percentual. Entre os trabalhadores domésticos, 25,0% tinham carteira de trabalho assinada no país.

Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) e os menores, no Piauí (49,4%), Maranhão (52,0%) e Ceará (54,9%).

Percentual de empregados COM carteira entre os empregados do setor privado, por UFs (%) – 1º trimestre 2024

UFValor
Piauí49,4
Maranhão52,0
Ceará54,9
Paraíba55,9
Pará56,8
Bahia57,7
Tocantins57,8
Sergipe58,8
Alagoas59,5
Pernambuco63,9
Roraima64,1
Rio Grande do Norte66,0
Amazonas67,0
Acre69,1
Amapá70,7
Espírito Santo71,7
Goiás73,2
Brasil73,9
Minas Gerais74,7
Rio de Janeiro75,6
Distrito Federal76,0
Mato Grosso77,3
Mato Grosso do Sul77,8
Rondônia78,7
Rio Grande do Sul81,3
São Paulo81,4
Paraná81,8
Santa Catarina87,2

Frente ao trimestre anterior, rendimento cresce apenas no Sul

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 3.123 no 1º trimestre de 2024, crescendo tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.077) e quanto relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004).

Na comparação entre 4º tri de 2023 e o 1º tri de 2024, a Região Sul (R$ 3.401) foi a única que apresentou crescimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Já em relação ao 1º tri de 2023, houve expansão nas Regiões Norte, Sudeste e Sul, com as demais em estabilidade.

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A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, habitualmente recebido foi estimada em R$ 308,3 bilhões, com estabilidade ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões). Frente ao 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões), houve expansão da massa de rendimento.

Maranhão tem a maior taxa de informalidade (57,5%), enquanto Santa Catarina registra a menor (27,4%)

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,9% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,5%), Pará (56,7%) e Piauí (54,9%) e as menores, com Santa Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar.

Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) – 1º trimestre de 2024

UFValor
Maranhão57,5
Pará56,7
Piauí54,9
Ceará54,0
Amazonas53,3
Sergipe51,2
Pernambuco50,2
Bahia50,2
Paraíba50,0
Alagoas47,5
Amapá45,9
Roraima44,7
Rondônia44,5
Acre43,9
Rio Grande do Norte42,4
Tocantins42,3
Brasil38,9
Espírito Santo38,8
Rio de Janeiro38,3
Minas Gerais37,2
Mato Grosso36,5
Goiás35,9
Mato Grosso do Sul33,2
Rio Grande do Sul31,8
Paraná31,3
São Paulo31,0
Distrito Federal30,7
Santa Catarina27,4

Desocupação recua em todas as faixas de tempo de procura

No primeiro trimestre de 2024, os contingentes de todas as faixas de tempo de procura por trabalho mostraram reduções percentuais, como mostra a tabela abaixo. No primeiro trimestre de 2024, 1,9 milhões de pessoas procuravam trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, quando havia 2,2 milhões de pessoas nessa faixa. No entanto, em relação ao início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 8,9%.