No momento em que chega na Assembleia Legislativa Projeto de Emenda Constitucional e um Projeto de Lei Complementar que alteram profundamente a previdência estadual dos Servidores Ativos, Aposentados e Pensionistas sem qualquer discussão do governo Belivaldo com os sindicatos dos servidores públicos, entendemos que a democracia em Sergipe, também, está em perigo.
Entre em vários aspectos que estão sendo alterados nessa reforma estão:
– Ampliação da idade para aposentadoria: mulheres mais 7 anos e homens mais 5 anos;
– Redução salários dos aposentados em 14%, para quem recebe acima do salário mínimo (pois todos voltam a contribuir para a previdência);
– Redução da pensão em 50% da cota família e 10% por cada membro da família;
– Praticamente acabar com abono de permanência, quando remete o seu pagamento a uma lei complementar futura;
– Extinção da aposentadoria especial para professores e professoras que estão nas escolas em direção, coordenação pedagógica e readaptados de função, com isso as mulheres terão que trabalhar mais 12 anos e os homens mais 10 anos;
– Aumento da média para cálculo das aposentadorias de 80% para 100% das remunerações, situação que vai reduzir os valores, pois no início de carreira os salários são menores que fim de carreira;
– Redução dos salários dos servidores em atividade com o aumento da alíquota de 13% para 14%.
Entendemos que não há necessidade de o governo fazer mudanças profundas que alteram tão drasticamente a vida dos servidores públicos da ativa, aposentados e pensionistas em um período de tempo tão curto.
E dentro deste cenário, nós dirigentes sindicais e todos os servidores públicos estaduais têm aguardado uma posição política pública do Partido dos Trabalhadores, não somente pelo fato da atual vice-governadora, Eliane Aquino ser filiada ao PT, mas pelo fato do partido nacionalmente ter combatido duramente a Reforma da Previdência de Bolsonaro que está sendo copiada por Belivaldo.
Os trabalhadores e trabalhadoras de Sergipe esperam que o partido que tem em seu nome e sua essência a defesa da classe trabalhadora não seja omisso quando os direitos são desrespeitados.
Por isso, diante da conjuntura de massacre dos servidores públicos estaduais pelo governo Belivaldo Chagas, a CUT/SE se posiciona contra a Reforma da Previdência ‘Estadual, assim como fizermos contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro que já destruiu a aposentadoria dos trabalhadores.
Nesse sentido, a direção da CUT Sergipe solicita a direção do PT que feche posição contrária à reforma da previdência de Belivaldo e oriente sua bancada a votar contra como fez nacionalmente contrarreforma da previdência de Bolsonaro. Para nós, Democracia combina com direitos garantidos e respeitados. E não há como discutir democracia quando o direito dos servidores estaduais está sendo destruído.
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