Exames periciais feitos pela Polícia Científica (PCi) identificaram que o corpo encontrado amarrado e carbonizado às margens de um viaduto na Avenida Marechal Rondon, na Zona Oeste de Aracaju, no último dia 2 de setembro, é do presidiário baiano André Oliveira Santos, que também era conhecido como ‘Baleado’.

Ele estava em liberdade condicional do Conjunto Penal de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, onde possui passagens por crimes como roubo qualificado e um caso recente – registrado em 8 de maio de 2024 – de apropriação indébita com a venda irregular da casa da ex-esposa.
De acordo com o coordenador-geral de perícias, Victor Barros, inicialmente, o Instituto de Criminalística (IC) foi acionado para uma cena de encontro de cadáver. “Lá, a equipe se deparou com o corpo do sexo masculino com sinais de carbonização recente. Os peritos criminais iniciaram os primeiros levantamentos no local, e o corpo foi recolhido ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames”, completou.
Já no IML, as equipes iniciaram procedimentos específicos para identificação da identidade da vítima, considerando que o corpo estava deteriorado, o que prejudica a identificação imediata. “Portanto, nossos papiloscopistas realizaram o processo de hidratação das papilas dérmicas dos dedos da mão do cadáver, buscando o reavivamento dessas papilas, e só então foi possível realizar a coleta dessas digitais”, explicou Victor Barros.
Com as impressões digitais coletadas, as equipes inseriram as informações no banco de dados nacional disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o que possibilitou a identificação da vítima. “Tentamos contato com familiares através dos contatos telefônicos presentes nos nossos bancos de dados, mas não obtivemos resultado, e pedimos que os familiares compareçam ao IML para a liberação do corpo”, solicitou o coordenador-geral de perícias.
Agora, a PCi atua para determinar a causa da morte. “Iniciamos os exames necroscópicos, mas, dado ao estado do corpo, ainda não foi possível determinar a causa do óbito. Estamos atuando agora com as análises de amostras pulmonares e das vias aéreas para tentar responder se ele estava vivo ou não no momento do fogo. Também faremos exames toxicológicos para verificar se ele estava sob efeito de droga ou medicamento, além de exames para tentar determinar de forma contundente a causa imediata da morte”, evidenciou Victor Barros.
Desde a localização do corpo, as equipes das Polícias Civil, Militar e Científica estão em diligências para a coleta de informações e evidências visando a completa elucidação do crime.
As investigações estão em andamento sendo conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que instaurou inquérito policial para apurar todas as circunstâncias em torno do fato. Informações e denúncias podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (181). O sigilo é garantido.
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