MP Sergipe

O Ministério Público de Sergipe, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Gaeco do MP da Bahia e de unidades policiais locais, deflagrou, nesta quinta-feira, 24, a segunda fase da “Operação Pandemonium”. Foram cumpridos novos mandados de busca e apreensão no Município baiano de Novo Triunfo.

A Operação é fruto de investigações sobre desvios e fraudes praticados por meio de contratos celebrados entre o Município sergipano de Carmópolis e empresas baianas, pagos com recursos públicos destinados ao combate da Covid-19.

GAECO / Ministério Público

“Após o cumprimento dos primeiros mandados de busca e apreensão realizados em agosto, quando foi deflagrada a Operação, logrou-se apurar novos indícios de crimes contra a Administração Pública, pela mesma organização criminosa, voltada ao desvio de recursos públicos da saúde. Com base nesses indícios, foram deferidos novos mandados pelo Tribunal de Justiça de Sergipe em endereços residenciais e empresariais na Bahia”, destacou o diretor do Gaeco/MPSE, o promotor de Justiça Bruno Melo.

Apreensões

De acordo com o Departamento de Polícia do Interior (Depin) da Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA), durante o cumprimento dos mandados nesta segunda fase, foram apreendidos: 01 arma de fogo e munições; 02 aparelhos celulares; documentos diversos de prefeituras distintas do estado da Bahia e Sergipe; promissórias, folhas e canhotos de cheques. Ainda segundo o Depin, o responsável pela arma foi encaminhado para a Delegacia Territorial (DT) de Ribeira do Pombal, para medidas cabíveis.

Apoio

Além da participação do Gaeco/MPBA, a segunda fase da “Operação Pandemonium” contou com o apoio operacional da Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA) e da Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e do Departamento de Polícia do Interior (Depin).

Afastamento

Durante a primeira fase da “Operação Pandemonium”, deflagrada no dia 20 de agosto, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e o Tribunal de Justiça de Sergipe deferiu, no âmbito da investigação criminal, pedido de afastamento do prefeito e do secretário de Planejamento.

Logo depois, em Ação Cautelar movida pelo MPSE, por meio da Promotoria de Justiça de Carmópolis, o Judiciário determinou o afastamento do prefeito, da secretária municipal de Saúde, do secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão e da secretária municipal de Desenvolvimento Inclusão e Assistência Social.