Alese

Diante da veiculação dos áudios de uma suposta conversa do ex-secretário de Estado da Saúde, Valberto Lima, sobre um possível uso político da Pasta em meados de 2018, o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), defendeu na sessão dessa quarta-feira (14), que a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa o convide para que venha ao parlamento prestar os devidos esclarecimentos a respeito dos fatos narrados nos áudios disponibilizados COM EXCLUSIVIDADE por NE Notícias.

Valberto Lima – Flávia Pacheco / Ascom SES

Para Georgeo o assunto tem certa gravidade e merece uma apuração da Casa. “Para mim ficou claro pelo ex-secretário que a Pasta passou alguns meses apenas trabalhando para viabilizar o nome do governador Belivaldo Chagas (PSD) e que, só a partir de janeiro do ano passado, a Pasta começou realmente a cuidar da Saúde pública do povo sergipano. Isso precisa de apuração e não é possível que esta Casa, mais uma vez, não fará nada. A Comissão tem que convidar o ex-secretário para que ele esclareça isso”.

Por fim, Georgeo sugeriu que seja constituída uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde para investigar os fatos narrados no áudio vazado. “É preciso abrir a caixa-preta da Saúde para a gente descobrir o que realmente está acontecendo lá dentro. Aquilo que Sergipe já sabia, agora o ex-secretário Valberto confirma no áudio”.

Zezinho Sobral

Por sua vez, o deputado estadual e líder do governo na Alese, Zezinho Sobral (PODE), entende que o áudio vazado deve ter sido fruto de uma entrevista concedida pelo ex-secretário Valberto, porque segundo ele não faz sentido divulgar um “áudio apócrifo”. “Seria interessante que ele (Valberto) explicasse a metodologia para que a gente pudesse entender e interpretasse o que houve durante seu período na secretaria”.

Em seguida, Zezinho pontuou que existem muitos órgãos fiscalizadores e que quem divulgou o áudio de Valberto deveria procura-los para formalizar a denúncia. “Não somos delegados ou oficiais de polícia e nem auditores. Cada órgão tem sua função. Esta é uma questão, eminentemente, política e não faz sentido trazê-la para cá”