A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou na segunda-feira (14) as alegações finais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista.

No documento de 517 páginas, o procurador-geral Paulo Gonet defende que Bolsonaro seja condenado por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo informações do UOL, as penas máximas para os crimes podem chegar a 46 anos de prisão, embora especialistas considerem improvável uma condenação ao tempo máximo.
Para Bolsonaro, que está com 70 anos e enfrenta problemas de saúde decorrentes da facada de 2018 — incluindo esofagite intensa que o obrigou a ficar de molho em julho —, uma condenação severa levantaria questões sobre sua expectativa de vida.
“É duvidoso que ele tenha saúde para permanecer por muito tempo em uma cela de qualquer tipo”, avaliou o colunista do Metrópoles, Mario Sabino. O UOL indica que a tendência é que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar caso seja condenado.
Em maio deste ano, o próprio Bolsonaro comentou sobre a possibilidade: “Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, disse ao canal AuriVerde Brasil [veja vídeo abaixo].
O julgamento deve acontecer em setembro, após a apresentação das alegações finais das defesas dos réus ao Supremo Tribunal Federal (STF).
NE Notícias, da redação
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