A Polícia Federal concluiu o inquérito que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e adversários políticos. Segundo a PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — ex-diretor da Abin — e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, estão entre os mais de 30 indiciados pelo esquema.

Eles são acusados de usar a estrutura da agência para monitorar, de forma clandestina, autoridades públicas e ministros do STF, como o presidente Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Dias Toffoli, o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ex-chefe da Casa Rodrigo Maia, e o ex-governador de São Paulo João Doria.
De acordo com as investigações da PF, o ex-presidente sabia do esquema e se beneficiava das informações obtidas. Já o seu filho, Carlos Bolsonaro, chefiava o chamado “gabinete do ódio” e usava esses dados para preparar e disseminar conteúdos nas redes, com o objetivo de atingir adversários políticos do pai.
Ainda segundo o inquérito, o sistema FirstMile, criado pela empresa israelense Cognyte, chegou a rastrear até 10 mil celulares ao ano nos três primeiros anos do governo Bolsonaro.
.@DanielaLima_: PF conclui inquérito da Abin paralela e indicia Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Ramagem e diretor da agência. #ConexãoGloboNews
— GloboNews (@GloboNews) June 17, 2025
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