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O governador Belivaldo Chagas (PSD) disse ontem não entender como o HUSE – Hospital de Urgência de Sergipe – tem 50 nutricionistas: “estamos chamando todos para saber onde estão e o que fazem”.

Ainda segundo ele, a conta mensal de água no hospital chega a R$ 450 mil, “uma irresponsabilidade”.

SES

No programa “Papo Reto”, que apresenta todas as terças-feiras, o governador foi duro com os gestores da Saúde e do HUSE: “Mandaram para mim umas fotos do refeitório do Huse, que Deus que me livre, uma vergonha! eu chamei diretoria e secretário e mostrei o que eles têm dificuldade para enxergar”.

A CULPA É DO GOVERNADOR

Esses e outros problemas no maior hospital público de Sergipe devem ser combatidos, mas a maior causa de indignação da população é a superlotação, e ela não é causada por sua direção nem por seus funcionários.

A culpa é do governo, é do próprio governador.

O HUSE não foi criado para isso, mas existe principalmente para atender a atenção básica à saúde, responsabilidade dos municípios.

Falta ao governador, que fez campanha eleitoral dizendo que “chegou para resolver”, enfrentar a irresponsabilidade de municípios, incluindo Aracaju, administrado por seu aliado, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB).

Entre os graves problemas criados pela gestão municipal da Saúde em Aracaju, que tem contribuído decisivamente para a superlotação no HUSE, um surgiu entre o final do ano passado e o início de 2019, quando postos e o que já se chamou de hospitais – Nestor Piva e Fernando Franco – ficaram praticamente sem médicos.

Um outro grave problema de saúde foi causado pelo próprio Estado, que, por não ter ou não fazer cumprir escala, provocou recentemente a superlotação na pediatria do Santa Isabel. Referimo-nos aqui a deficiências encontradas no Hospital Zé Franco, localizado em Nossa Senhora do Socorro.