Onde o analfabetismo é maior em Sergipe

Toque para ver os destaques
  • Em 2022, havia, no país, 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização foi 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi 7,0% deste contingente populacional.
  • No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%. Em 1940, menos da metade da população de 15 anos ou mais (44,0%) era alfabetizada.
  • Os grupos de idade de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos tinham as menores taxas de analfabetismo (1,5%) e o de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%). Porém o grupo de idosos teve a maior queda em duas décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, redução de 17,7 p.p. (queda de – 46,7%).
  • As taxas de analfabetismo de pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são mais do dobro da taxa dos brancos (4,3%). Para cor ou raça indígena (16,1%), é quase quatro vezes maior.
  • A distância entre a população branca e as populações preta, parda e indígena era maior em 2010 (8,5; 7; e 17,4 p.p), caindo para 5,8; 4,5; e 11,7 p.p. em 2022. A vantagem da população branca ocorre em todos os grupos etários.
  • Os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500.000 habitantes (3,2%).
  • Apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022, a taxa de alfabetização da região Nordeste permaneceu a mais baixa. Sul e Sudeste têm taxas de alfabetização acima de 96%.
  • A taxa de analfabetismo do Nordeste (14,2%) permanece o dobro da média nacional (7,0%).
  • Por unidade da federação, as maiores taxas de alfabetização foram registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), e as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (com 82,8%).
  • A taxa de alfabetização das pessoas indígenas, incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento, foi 85,0% em 2022, com alta em todas as grandes regiões e faixas etárias.

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 7,0%. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%.  

aluno escola
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Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização – Resultados do Universo. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (17), na quadra da escola de samba Unidos de Vila Maria, no bairro Jardim Japão, na capital paulista [vídeo ao final do texto].

O tema é investigado desde o primeiro Censo do país em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada. 

As pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena do mesmo grupo etário tiveram taxas de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente. 

Ou seja, as taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos, e a de indígenas é quase quatro vezes maior. No entanto, de 2010 para 2022, a diferença entre brancos e pretos caiu de 8,5 para 5,8 p.p e a vantagem também ficou menor em relação a pardos (de 7,1 p.p. para 4,3 p.p.) e indígenas (de 17,4 p.p. para 11,7 p.p).

Todos os grupos etários tiveram queda na taxa de analfabetismo

A queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo mais jovem de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%), mas teve a maior queda em três décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, uma redução de 17,7 p.p. desde 2000 (queda de 46,7%).

“Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.

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Analisando-se as taxas por idade e cor ou raça, o analfabetismo para pretos e pardos atingiu valores acima de 2% a partir da faixa etária de 25 a 34 anos de idade, enquanto para brancos isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos. A diferença entre brancos e pretos atinge seu valor máximo para o grupo de 65 anos ou mais (20,9 p.p.).

“A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças, quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas”, diz a analista da pesquisa.

Apenas na faixa de 65 anos ou mais, alfabetização de homens é maior do que a de mulheres

Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era de 93,5%, ante 92,5% dos homens. A vantagem é verificada em todos os grupos etários, exceto entre os de 65 anos ou mais de idade, com 79,9% para homens e 79,6% para as mulheres. A maior diferença foi no grupo de 45 a 54 anos, 2,7 p.p a mais para as mulheres.

Taxa de analfabetismo em pequenos municípios é quatro vezes maior do que a de cidades acima de 500 mil habitantes

A taxa de analfabetismo foi abaixo da média nacional somente nos municípios acima de 100.000 habitantes. Os 1.366 municípios com população entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais (13,6%). Essa taxa é mais de quatro vezes maior do que aquela calculada para os 41 municípios cuja população era acima de 500.000 habitantes (3,2%).

“A alfabetização é de responsabilidade dos municípios e está diretamente relacionada aos recursos que os municípios têm para investir em educação. A taxa de analfabetismo é menor nos municípios acima de 100 mil habitantes porque eles dispõem de mais recursos e infraestrutura para educação, além de outros fatores como localização, idade média e áreas urbanas ou rurais”, ressalta Betina Fresneda.

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Em todas as classes de tamanho, os cinco municípios com menor taxa de analfabetismo são da Região Sul ou de São Paulo. Na faixa de até 10 mil habitantes os destaques são: São Joao do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios acima de 500 mil habitantes destacam-se Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2,0%).

Já as maiores taxas de analfabetismo foram encontradas na Região Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí – Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%); e na faixa de 10 mil a 50 mil habitantes – Alto Alegre/RR (36,8%), Estrela de Alagoas/Al (34,2%), Traipu/AL (32,7%), Pedro Alexandre/BA (31,9%) e Amajari/RR (31,8%).

Pessoas residentes e taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade por classes de tamanho da população dos Muncípios, segundo municípios selecionados – Brasil- 2022

Municípios com as 5 menores taxas de analfabetismoMunicípios com as 5 maiores taxas de analfabetismo
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Até 10 milSão João do Oeste (SC)0,9Padre Marcos (PI)34,0
Westfália (RS)1,1Paquetá (PI)34,3
Rio Fortuna (SC)1,2Massapê do Piauí (PI)34,3
Águas de São Pedro (SP)1,2Aroeiras do Itaim (PI)34,6
São Vendelino (RS)1,3Floresta do Piauí (PI)34,7
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 10 mil até 50 milBom Princípio (RS)1,3Amajari (RR)31,8
Feliz (RS)1,4Pedro Alexandre (BA)31,9
Pomerode (SC)1,4Traipu (AL)32,7
Dois Irmãos (RS)1,4Estrela de Alagoas (AL)34,2
Teutônia (RS)1,4Alto Alegre (RR)36,8
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 50 mil até 100 milSão Bento do Sul (SC)1,7Coroatá (MA)23,8
Campo Bom (RS)1,8Boa Viagem (CE)24,3
Itapema (SC)1,9Icó (CE)25,9
Farroupilha (RS)1,9Buíque (PE)28,8
Indaial (SC)2,0Granja (CE)29,0
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 100 mil até 500 milSão Caetano do Sul (SP)1,2Itabaiana (SE)16,0
Balneário Camboriú (SC)1,2Caxias (MA)17,5
Blumenau (SC)1,4Lagarto (SE)18,4
Jaraguá do Sul (SC)1,4Breves (PA)18,9
Santos (SP)1,6Codó (MA)22,3
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 500 milFlorianópolis (SC)1,4Feira de Santana (BA)6,6
Curitiba (PR)1,5Natal (RN)6,6
Joinville (SC)1,6Teresina (PI)7,1
Porto Alegre (RS)1,7Jaboatão dos Guararapes (PE)7,2
Santo André (SP)2,0Maceió (AL)8,4

Sul e Sudeste têm taxa de alfabetização acima de 96%

A Região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização, que aumentou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, está a da Região Sudeste, passando de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022. A taxa da Região Nordeste permaneceu a mais baixa, apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização é a da Região Norte, cujo indicador seguiu a tendência nacional, aumentando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, ficando um pouco mais próxima da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

Taxa de analfabetismo do Nordeste continua sendo o dobro da média nacional

O analfabetismo na Região Nordeste (14,2%) continuou sendo o dobro da média nacional (7,0%) – em 2010, as taxas eram, respectivamente, de 19,1% e 9,6%. As taxas de analfabetismo do Norte e do Nordeste tinham, em 2022, valores acima de 2% desde o primeiro grupo de idade. No Centro-Oeste, isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos e para no Sul e Sudeste apenas a partir de 45 a 54 anos.

Enquanto entre as pessoas com até 44 anos a taxa de analfabetismo era menor que 2% nas regiões Sudeste e Sul, o grupo mais novo, de 15 a 19 anos, sequer tinha alcançado percentuais de analfabetismo abaixo de 2% nas regiões Norte (2,2% de analfabetos) e Nordeste (2,4% de analfabetos). Pessoas com 65 anos de idade ou mais no Nordeste têm taxa de analfabetismo (39,4%) 3,5 vezes maior do que a registrada na Região Sul (11,3%) para o mesmo grupo etário.

Santa Catarina tem a maior taxa de alfabetização, Alagoas, a menor

Entre as unidades da federação, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%, e as menores, em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%. Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, isto é, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 p.p., enquanto, em 2022, esse diferencial caiu para 15,0 p.p. entre Santa Catarina e Alagoas. Entre os censos de 2010 e 2022, Alagoas foi a unidade da federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 p.p., resultado que, no entanto, não foi suficiente para retirá-la da última posição.

Taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi 85,0% em 2022

No Censo 2022, definiu-se como pessoas indígena aquela que reside em localidades indígenas e se declarou pelo quesito “cor ou raça” ou pelo quesito “se considera indígena”, e, também, a pessoa que vive fora das localidades indígenas e se declarou no quesito “cor ou raça”. Por isso, o total de pessoas indígenas pode ser superior ao total de pessoas de cor ou raça indígena.

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que havia no país 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.008.539 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 178.707 não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi de 85,0% em 2022, abaixo da taxa nacional, de 93,0%. A taxa de analfabetismo dessa população foi de 15,1%, acima da taxa nacional de 7,0%.

As taxas de alfabetização mais elevadas das pessoas indígenas são encontradas no Sudeste (91,7%), Sul (89,4%) e Centro-Oeste (87,3%). As mais baixas no Nordeste (82,0%) e Norte (84,7%).

Taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu em todas as regiões e faixas etárias

De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu de 23,4% para 15,1%. Houve redução em todas as grandes regiões, sendo a queda mais expressiva observada na Região Norte (de 31,3% para 15,3%), seguida da Região Centro-Oeste (de 20,8% para 12,7%) e da Região Nordeste (de 24,4% para 18,0%). A Região Sudeste teve a menor queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas, que passou de 10,5% para 8,3%, e o Sul, a segunda menor, passando de 15,7% para 10,6%.

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A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 (de 22,9% para 12,0%), 55 a 64 (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). “Isso é reflexo do investimento na educação diferenciada de crianças, jovens e adultos indígenas, no período intercensitário, e a ampliação do pertencimento étnico-indígena fora das Terras Indígenas, quando comparado com 2010”, diz Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.

Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%). A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade. A partir dos 35 anos, a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores (4,7 p.p.) para o grupo de 65 anos ou mais, o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens.

Mais sobre a pesquisa

Com a pesquisa “Censo 2022 Alfabetização: Resultados do Universo”, o IBGE traz a público mais uma divulgação temática dos resultados do Censo Demográfico 2022, abordando as informações relativas à alfabetização da população brasileira. Nesta divulgação, os dados disponibilizados contemplam os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios e estão desagregados, também, segundo a cor ou raça, pessoas indígenas, sexo e os grupos de idade dos moradores.

IBGE

Morre ex-prefeito de município de Sergipe

Faleceu na manhã desta sexta-feira (17), o ex-prefeito de Cristinápolis, Geraldo Oliveira. A informação foi confirmada pela prefeitura do município. Geraldo, que tinha 73 anos, foi prefeito entre os anos de 1993 e 1996.

A causa da morte não foi divulgada. Segundo informações, Geraldo sofria de Alzheimer e Mal de Parkinson.

ex prefeito cristinapolis Geraldo Oliveira
Arquivo

A Prefeitura de Cristinápolis decretou luto oficial em homenagem ao ex-gestor e seus serviços prestados ao município. “O decreto de luto oficial reflete o respeito e a admiração da gestão e da população local pelo ex-prefeito. Os nossos sentimentos a todos os familiares e amigos!”, declarou a prefeitura em nota.

O sepultamento de Geraldo Oliveira ocorreu na Colina da Saudade, em Aracaju.

Ele deixa esposa e três filhos.

Prefeito de Ribeirópolis multado

O conselheiro Luis Alberto Meneses presidiu a sessão da Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), na última quarta-feira, 15, quando foram julgados 59 processos.

Rogerio Sobral Ribeiropolis a
Rogério Sobral

Entre os destaques, decisão pela regularidade com ressalvas em auditoria de conformidade realizada na folha de pagamento da Prefeitura Municipal de Ribeirópolis, que teve como principal objetivo avaliação de gastos na área de pessoal e as medidas tomadas pelo gestor responsável para redução de tais gastos, assim como verificar a existência de acúmulo de cargos em funções públicas por servidores do município.

Na auditoria, verificou-se o descumprimento de limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e acúmulo irregular de dois cargos públicos ou mais por servidores. Além da regularidade com ressalvas, o julgamento resultou em multa de R$ 8 mil para o interessado, Rogério Sobral Costa.

Por: Tribunal de Contas do Estado de Sergipe

Anvisa aumenta controle sobre medicamento para insônia

Anvisa aprovou um aumento do controle para o medicamento zolpidem. Com isso, qualquer medicamento contendo zolpidem deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul), já que o produto faz parte da lista de substâncias psicotrópicas da norma de substâncias controladas no Brasil. A receita tipo B exige que o profissional prescritor seja previamente cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária. 

O zolpidem já estava enquadrado na lista B1 (psicotrópicos), que é mais restrita, porém o Adendo 4 dessa mesma lista flexibilizava a restrição e previa que medicamentos com até 10 mg de zolpidem por unidade posológica seriam equivalentes aos medicamentos da Lista C1 – Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial. Para esta categoria, C1, a prescrição pode ser feita em receita branca de duas vias e não há a exigência de que o profissional que prescreve seja previamente cadastrado pela autoridade sanitária local. 

alcool remedio medicamento
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A medida foi adotada a partir do aumento de relatos de uso irregular e abusivo relacionados ao uso do zolpidem. A análise conduzida pela Anvisa demonstrou um crescimento no consumo dessa substância e a constatação do aumento nas ocorrências de eventos adversos relacionados ao seu uso. Foi possível ainda identificar que não há dados científicos que demonstrem que concentrações de até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado. 

O enquadramento foi aprovado em reunião da Diretoria Colegiada da Agência. 

O que é o zolpidem 

O zolpidem é um agente hipnótico indicado no tratamento da insônia de curta duração, por dificuldades em adormecer e/ou manter o sono. Seu uso deve ser o menor possível e, assim como para todos os hipnóticos, não deve ultrapassar quatro semanas. 

O tratamento além do período máximo não deve ser estendido sem uma reavaliação da condição do paciente, pois o risco de abuso e dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento. 

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O que muda com a norma 

Com a exclusão do Adendo 4 da Lista B1 da Portaria 344/1998, a partir do dia 1º de agosto de 2024 a Notificação de Receita B (azul) passa a ser obrigatória para a prescrição e a dispensação de todos os medicamentos à base de zolpidem, independentemente da concentração da substância. 

Este prazo foi definido para evitar que os pacientes possam ter alguma descontinuidade no seu tratamento. 

O prazo também é necessário para que os prescritores que porventura ainda não possuam cadastro para a prescrição em Notificação de Receita azul possam se cadastrar junto às autoridades sanitárias locais para o recebimento de numerações para a confecção dos seus talonários de receituário.  

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Os medicamentos, incluindo aqueles com embalagem com tarja vermelha, poderão ser dispensados nas farmácias até o final do seu prazo de validade, mediante a apresentação de Notificação de Receita B, em cor azul. 

Empresas fabricantes 

A adequação de bula e rotulagem pelas empresas detentoras do registro ocorrerá nos moldes já estabelecidos nas normas da Anvisa.  

Até 1º de dezembro de 2024, os fabricantes desses medicamentos poderão fabricá-los com a embalagem com tarja vermelha.  Após essa data, todos os medicamentos fabricados à base de zolpidem já deverão conter a tarja preta em sua embalagem, conforme é exigido para os medicamentos da Lista B1 da Portaria SVS/MS 344/1998.  

Lembramos que, nas farmácias, os medicamentos com zolpidem, tanto em embalagens com tarja vermelha quanto preta, poderão ser dispensados até o final do seu prazo de validade, mediante a apresentação de Notificação de Receita B, em cor azul. 

Confira o voto da diretora relatora, Danitza Buvinich.

Vereador ajuíza ação contra Governo de Sergipe

O vereador Camilo Daniel (PT) entrou com Ação Popular contra o Governo de Sergipe para  barrar as ações que visam à privatização da DESO. A Ação Popular propõe a nulidade definitiva do decreto estadual 556/2024 e que se dissolva a microrregião criada. 

Camilo Daniel nov 23
Camilo Daniel – Foto: Gilton Rosas |CMA

Por meio da ação popular, qualquer cidadão pode acionar a jurisdição com a finalidade de contrapor-se a ato de autoridade pública de forma a opor-se a atos ilegais ou lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe.

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A ação defende a água como direito humano e a privatização pode dificultar o acesso aos serviços de distribuição da DESO para a população sergipana. O impacto da privatização pode causar transtornos e encarecer a tarifa.

O vereador afirma que “a Deso é patrimônio do povo sergipano, a água é um direito humano e não pode ser tratada como mercadoria visando o lucro. Privatizar também põe em risco a estabilidade dos trabalhadores, não podemos compactuar com tamanho retrocesso”, conclui.

Por: Assessoria de Imprensa do Parlamentar

Brasil sediará Copa do Mundo Feminina

O Brasil foi escolhido na madrugada desta sexta-feira (17) para receber a Copa do Mundo Feminina de 2027. No Queen Sirikit National Convention Center lotado, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou que o país vai sediar, pela primeira vez na história, o Mundial Feminino. O Brasil obteve 119 votos na eleição promovida no 74ª Congresso da Fifa. A candidatura tripla formada por Alemanha, Holanda e Bélgica conseguiu 78 votos.

copa feminina 2027
Brasil será sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 – CBF|Divulgação

“Agradeço a confiança de todos que participaram do Congresso da Fifa pela escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Vivemos hoje um dia histórico em Bangkok. Essa é uma vitória do futebol feminino mundial. Garanto a todos vocês que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo Feminina da história”, comemorou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, principal responsável pelo sucesso da candidatura brasileira.

A Copa do Mundo Feminina será realizada pela primeira vez que a América do Sul. Antes, o Brasil organizou o Mundial masculino de 1950 e o de 2014. Por ser a anfitriã, a Seleção Brasileira já está classificada. A 10 ª edição da Copa do Mundo Feminina terá 32 países e será disputada em dez cidades. 

Em Bangkok, a comitiva brasileira contou com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ministro do Esporte, André Fufuca, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 20027 e gerente de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da Seleção Brasileira), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo da FIFA), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.

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“Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento”, acrescentou Rodrigues, que, ao ser eleito em 2022, decidiu que o desenvolvimento do futebol feminino no país seria uma das prioridades da sua gestão. 

Solidariedade ao povo gaúcho

Logo no início do discurso da vitória, Ednaldo Rodrigues fez questão de prestar solidariedade aos gaúchos. “Apesar da euforia neste momento histórico, antes de tudo, gostaria de prestar minha solidariedade a milhões de brasileiros que vivem no Rio Grande do Sul e passam por uma tragédia climática sem precedentes. Toda força ao povo gaúcho”, afirmou Ednaldo Rodrigues.

Ele também agradeceu o apoio do governo federal e o trabalho de todos os integrantes do comitê de candidatura.

Reprodução

Vitória por 41 votos de diferença

Pela primeira vez na história, a escolha da sede foi realizada da forma mais democrática. Desta vez, todas as mais de 200 federações nacionais tiveram direito a participar da eleição eletrônica. Antes, a decisão era tomada apenas pelos cerca de 40 integrantes do Comitê Executivo. Na Tailândia, 207 países votaram nesta sexta-feira. Apenas os quatro países candidatos não votaram.

Desde o início da semana, o presidente da CBF e os integrantes da delegação brasileira fizeram o corpo a corpo com os eleitores na tentativa de conseguir o maior número de votos. O Brasil começou a campanha com o apoio da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) que tem apenas nove votos, excluindo o voto do Brasil. Já a candidatura européia partiu com o apoio do continente, que têm 55 países.

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Apesar da desvantagem inicial, o Brasil desenvolveu em um ano um projeto que convenceu os eleitores. Sob o slogan Uma Escolha Natural (A Natural Choice), o país se apresentou na Tailândia como potência mundial e contou com o apoio de representantes de todos os continentes para que a Copa do Mundo Feminina da FIFA seja um catalisador de oportunidades para mulheres dentro e fora dos campos. O Mundial trará um legado duradouro no que diz respeito ao uso dos equipamentos esportivos para fortalecer o futebol feminino, à capacitação de profissionais do esporte e aos programas sociais vinculados com o evento em todas as regiões do Brasil.

Brasil obteve a melhor nota na avaliação da Fifa

Antes da eleição, o Brasil já mostrava que estava no caminho certo. A candidatura nacional obteve a melhor nota na avaliação dos técnicos da Fifa, realizada em fevereiro. O Brasil conseguiu nota 4 enquanto a candidatura adversária atingiu a pontuação de 3,7. A nota máxima da avaliação era 5.

No relatório de quase 100 páginas, divulgado no início do mês, os integrantes da delegação da Fifa que inspecionou o Brasil elogiaram os estádios escolhidos pelo Brasil para sediar o evento e destacaram o potencial comercial do país. Os integrantes da delegação levaram também em consideração o apoio governamental à candidatura brasileira.

O relatório avalia uma série de critérios como infraestrutura, serviços, aspectos comerciais, sustentabilidade e direitos humanos.

Tony Ramos passa por cirurgia de emergência

O ator Tony Ramos, de 75 anos, foi internado nesta quinta-feira (16) no Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, para tratar um sangramento no cérebro.

tony ramos
Estevam Avellar / Globo

De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, o ator foi submetido a uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural. O estado de saúde é estável.

O Hospital Samaritano Botafogo informa que o ator Tony Ramos foi submetido a uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural no início da noite de hoje (16/05). O estado de saúde do paciente é estável.

HOSPITAL SAMARITANO BOTAFOGO

Novo boletim médico deve ser divulgado na tarde desta sexta-feira (17).

O Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca) informou, nas redes sociais, o cancelamento das sessões – dos dias 17,18 e 19 de maio – da peça “O que só sabemos juntos”, encenada por Tony Ramos e a atriz Denise Fraga.

Professores do Estado anunciam paralisação de três dias

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (16), em Aracaju, os professores da Rede Estadual de Ensino de Sergipe decidiram por deflagrar paralisação de três dias, a ser realizada nos dias 22, 23 e 24 de maio. A decisão, tomada em repúdio às inverdades publicadas pelo Governo do Estado e à falta de propostas efetivas para atender às reivindicações da categoria, marca o endurecimento da luta do magistério sergipano por seus direitos.

Segundo o SINTESE, sindicato que representa os professores, a paralisação se faz necessária diante da postura intransigente do Governo, que, mesmo após reunião com o sindicato nesta quinta-feira, não apresentou soluções concretas para as demandas da categoria.

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Pixabay

Ações judiciais em curso

Além da paralisação, o SINTESE também informa que entrará com ações judiciais para garantir os direitos dos professores. As ações visam garantir o descongelamento das gratificações e a realização do concurso público do magistério.

Reunião com o Governo

O SINTESE foi recebido pelo governador em exercício, Zezinho Sobral, que também é secretário de Estado da Educação e Cultura. Segundo ele, o sindicato busca “outras complementações” e que o governador Fábio Mitidieri pediu que “a gente fizesse esses cálculos e encaminhássemos à Assembleia Legislativa para alteração da tabela”.

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No entanto, o sindicato ressalta que as propostas do Governo não atendem às suas reivindicações e que a paralisação é o único meio de pressionar por soluções justas e adequadas.

Mobilização da categoria

O SINTESE convoca todos os professores da Rede Estadual de Ensino de Sergipe a participarem ativamente das ações da categoria.

Os três dias de paralisação serão marcados por atos públicos:

  • Dia 22/05 (quarta-feira): ato em frente ao Palácio de Despachos, às 8h, em Aracaju;
  • Dia 23/05 (quinta-feira): ato no Calçadão do Centro de Aracaju, às 8h;
  • Dia 24/05 (sexta-feira): ato em frente a Secretaria de Estado da Educação, às 8h.

Assista ao vídeo do presidente do SINTESE, professor Roberto Silva:

Preso homem acusado de desacatar policiais

Nesta quinta-feira, 16, a Polícia Civil prendeu um investigado por crime de receptação no município de Amparo do São Francisco. O suspeito foi preso após desacatar os agentes no momento de assinar a sua intimação policial.

policia civil agentes viatura
Polícia Civil de Sergipe

De acordo com as investigações, policiais civis foram até a casa do suspeito, para entregar uma intimação e recolher a sua assinatura. O objetivo. solicitava a presença do investigado na delegacia, para esclarecer o seu possível envolvimento em um caso de receptação.

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Em duas visitas, o homem assinou o documento, mas nunca foi até o local prestar depoimento. Na terceira ida dos policiais, ocorrida nesta quinta, o investigado se recusou a assinar o documento, crime previsto em lei, e desacatou os agentes com palavras de baixo calão. As atitudes são configuradas como desacato, desobediência e recusa de dados sobre própria identidade.

Dessa forma, o suspeito foi detido, fará o procedimento de identificação criminal, no Instituto de Criminalística, e será encaminhado ao Poder Judiciário para a realização de audiência de custódia.

4%: Edvaldo acusado de anunciar reajuste sem ouvir servidores

Os Sindicatos abaixo subscritos manifestam seu repúdio veemente ao anúncio realizado pelo Prefeito Edvaldo Nogueira na última terça-feira (14), de forma unilateral, autoritária, sem a participação de servidores, em redes sociais, no qual apresenta um reajuste de 4% aos servidores do município de Aracaju e mente ao informar no Projeto de Lei que “apresentou aos órgãos classistas a realidade fiscal e previdenciária do município”.

Quem dispende e gasta ao ano mais de R$ 110 milhões com cargos comissionados e requisitados, não tem as mínimas condições éticas e morais para oferecer um reajuste de 4%. 

Mais uma vez, o percentual de reajuste foi divulgado em meios de comunicação, sem que houvesse qualquer negociação com as entidades sindicais.

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Janaína Santos / PMA

De 2016 a 2023, as perdas inflacionárias, de acordo com o IPCA, fizeram com que o poder de compra dos/as servidores/as caísse 41,64%. Em 2022, foi anunciado o reajuste de 5%, e em 2023, 7,5%, sendo que mais de 3000 servidores aposentados, pensionistas e ativos tiveram REAJUSTE ZERO.

Convém destacar que a data-base dos servidores de Aracaju é no dia 1º de abril, do magistério é 1º de janeiro, e por inúmeras vezes os sindicatos cobraram o retorno da mesa de negociação, a fim de realizar um debate democrático e transparente sobre os pleitos da categoria, porém o que o gestor de Aracaju reforça é o descaso com o servidor, o desrespeito às entidades sindicais e à Lei Complementar 153/2016, que dispõe sobre os Estatutos dos Servidores.

Não obstante, o prefeito anuncia que a legislação eleitoral lhe impõe não ultrapassar o percentual da inflação dos últimos 12 meses, faz-se necessário ressaltar que ele teve tempo suficiente para conceder o reajuste e optou por perder o prazo de até 06 meses antes das eleições, isto é, até 05 de abril, para utilizar como pretexto para não oferecer reajuste acima da inflação.

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O prefeito Edvaldo protelou até o último momento para apresentar um percentual bem abaixo das perdas decorrentes da não reposição inflacionária, justificando as circunstâncias do ano eleitoral, comprovando que as decisões nessa gestão são tomadas de forma unilateral, sem qualquer negociação com os trabalhadores, demonstrando total desprezo para com o funcionalismo público.

Tal conduta nos causa indignação, porém não surpresa, visto que vem de uma administração que produz “fake news”, como a de que concedeu reajustes de 60% acima da inflação aos servidores, que entre 2017 e 2021 não reajustou o salário dos servidores, que defende a privatização, que não cumpre as leis dos pisos salariais e que, de uma maneira geral, tenta aniquilar os direitos dos servidores públicos e, assim, prejudicar todos os serviços prestados à população.

Diante dos fatos, os sindicatos repudiam veementemente a falta de diálogo e o descumprimento da mesa de negociação com os sindicatos, por parte do Prefeito Edvaldo Nogueira, para o debate sobre a campanha salarial. Basta, os servidores exigem valorização e respeito já!

Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju