Radialista que ganhou de presente, quando ainda era criança um rádio móvel, Gilmar Carvalho volta ao rádio nesta terça-feira, 4, às 6h da manhã.
Na manhã deste domingo, 2, ficou positivamente impressionado com a recepção (diferente de fotos de candidatos com seus colegas de coligação) que encontrou junto a eleitores no momento de votação.
Rafael Almeida / assessoria
“Sempre estive nas listas de possíveis eleitos, mas preferi não ser candidato a mandato eletivo este ano”, disse o deputado estadual Gilmar Carvalho em declaração a NE Notícias.
“Não abandonarei a verdade nem as pessoas que mais precisam em momento algum”.
gilmar carvalho
Gilmar fará TV, jornal, rádio, internet e se manterá na vida pública.
“Reverei minha vida pública”, disse o parlamentar.
Prisão porque quebrou sigilo do voto em Aracaju
Na manhã deste domingo, 2, policiais militares do Comando de Policiamento Militar Regional 01 (CPMR 01) prenderam um homem por suspeita de tentar violar o sigilo de voto. O caso aconteceu em uma seção eleitoral, localizada em um colégio da Zona Sul da capital.
Polícia Federal em Sergipe / Arquivo
De acordo com as informações, o fato aconteceu às 9h30, logo após o mesário da seção questionar se o eleitor estava com o celular, antes de ele acessar a local de votação. O homem respondeu que não, entretanto o mesário percebeu que ele portava um celular no bolso, e fotografou o voto.
Os policiais foram acionados e o caso encaminhado à Delegacia da Polícia Federal.
Prefeito preso por boca de urna
O prefeito de Bocaína (SP), Marco Antônio Giro, foi preso hoje (2) no interior paulista por fazer boca de urna, informou o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Segundo boletim do tribunal, divulgado por volta das 10h de hoje, ele será liberado após o registro do boletim de ocorrência.
A boca de urna, que é quando uma pessoa faz propaganda de um candidato no dia da eleição, é um crime eleitoral. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem é pego fazendo boca de urna está sujeito à pena de detenção, que pode variar de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade e multa no valor de até R$ 15,9 mil.
Prefeito de Bocaina (SP), Marco Antônio Giro — Foto: Facebook/reprodução
Até este momento, informou o TRE-SP, 45 urnas precisaram ser substituídas em todo o estado de São Paulo, sendo 25 delas na capital paulista. Esse valor de urnas substituídas em todo o estado corresponde a cerca de 0,03% do total de 115.510 urnas que estão em operação hoje no território paulista. Segundo o tribunal, todas estas 45 urnas foram substituídas por outras urnas eletrônicas.
O estado de São Paulo tem 34.667.793 eleitores e eleitoras aptos a votar nas eleições de 2022, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com acréscimo de 1,1 milhão de eleitores em relação às eleições municipais de 2020, os paulistas representam 22,16% do eleitorado do país, que totaliza 156.454.011 milhões.
A capital paulista concentra 26,8% do eleitorado paulista e possui o maior contingente entre os 5.570 municípios brasileiros, com 9.314.259 milhões de eleitores.
65 urnas trocadas em Sergipe
Novas urnas eletrônicas — Foto: Abdias Pinheiro/TSE
Cerca de 65 urnas são substituídas desde as primeiras horas de votação no estado de Sergipe, diz TER/SE.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informa que até o momento, cerca de 65 urnas eletrônicas foram substituídas em Sergipe.
As informações passadas pelo TRE/SE são de que a troca ocorreu em Aracaju 7; em Lagarto foram 4 urnas substituídas, Siriri 1; São Domingos, 1; Canindé do São Francisco 1.
Fora do país, 50 urnas apresentam defeito e são substituídas
Cerca de 50 urnas eletrônicas apresentaram defeito, sem possibilidade de substituição, e tiveram que ser substituídas por cédulas de papel no exterior. A informação foi divulgada pelo desembargador Roberval Belinati, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), responsável por organizar as eleições brasileiras fora do país.
Segundo Belinati, em 100 países, 697 mil eleitores estão cadastrados e podem votar apenas para presidente da República. Ao todo, cerca de mil urnas foram enviadas para o exterior.
Fernando Frazão/Agência Brasil
Até as 11h (horário de Brasília), em 33 países as eleições já haviam sido encerradas. Todos esses países estão na Ásia e Oceania. “Em Portugal tivemos um problema em Lisboa. Servidores da embaixada que iriam trabalhar decidiram entrar em greve, não quiseram participar do processo eleitoral, por isso houve atraso, aumento de fila e a requisição de outros brasileiros para mesários”, explicou o desembargador.
Os Estados Unidos são o maior colégio eleitoral fora do Brasil, com 182.986 eleitores. Em seguida vêm Portugal, com 80.896 brasileiros, e o Japão, com 76.570. Em 79 países, onde há mais de 100 eleitores, é utilizada a urna eletrônica. Nesse grupo, Marrocos é o que tem o menor eleitorado, são 103 pessoas. Na Croácia, onde o número de eleitores brasileiros é de 99, é usada a urna de lona com votação em cédula de papel. Com 33 pessoas cadastradas, o Nepal é o país com o menor número de eleitores.
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Em abril, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a instalação de postos de votação fora da sede das embaixadas e repartições consulares em 21 países. A decisão atendeu a um pedido feito pelo Ministério das Relações Exteriores, que defendeu a necessidade de criação de novas seções eleitorais para incluir o índice crescente de eleitores que não votam no Brasil.
Vale lembrar que o voto é facultativo para menores de 18 anos, maiores de 70 e pessoas analfabetas. Sendo assim, brasileiros maiores de idade que residem no exterior devem cumprir as obrigações eleitorais e votar, ao menos, para escolher os candidatos à Presidência e à Vice-Presidência.
No entanto, quem optar por manter o domicílio eleitoral em município brasileiro continua obrigado a votar em todas as eleições. Nesse caso, será necessário justificar a ausência às urnas enquanto estiver fora do país.
Eleições: 19 ocorrências em Sergipe
O Ministério da Justiça e Segurança Pública já contabiliza 275 crimes eleitorais em todo o país. Deste total, 121 resultaram em prisões; e R$ 1,8 milhão apreendido, no total até agora. Seis armas foram apreendidas. Os números, divulgados pouco antes das 9h, constam do boletim da Operação Eleições 2022.
O estado com maior número de ocorrências é o Rio de Janeiro, com 27 casos, seguido do Amapá (26), Goiás e Roraima (ambos com 21 ocorrências), Sergipe (19) e Acre (11). Na sequência, Amazonas e São Paulo registraram 11 e 10 ocorrências, respectivamente, seguidos de Minas Gerais e Paraná, com 9 ocorrências cada.
Antonio Cruz/Agência Brasil
Até o momento, o crime eleitoral mais praticado, segundo o boletim, é o de “compra de votos/corrupção eleitoral”, com 97 registros. Crimes de boca de urna somam oito ocorrências; e transporte irregular de eleitores, sete casos.
Das 121 prisões ocorridas, 23 foram em Roraima; 16 no Amapá; 12 no Espírito Santo; e 11 no Acre e na Paraíba. Outras 10 prisões foram feitas no Amazonas. Dos 58 crimes comuns ocorridos nos locais de votação, 55 foram praticados contra candidatos.
O ministério já contabiliza, em todo país, 33 casos de incidentes de segurança pública e defesa civil: 15 em Minas Gerais; oito no Rio Grande do Sul; seis em Pernambuco; e um no Amazonas. Houve também seis casos relatados de falta de energia (cinco em Minas Gerais e um no Amazonas).
A Operação Eleições conta com a participação de representantes institucionais das 27 unidades federativas; do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); das Polícias Civis e Militares; da Polícia Federal; da Polícia Rodoviária Federal (PRF); dos Corpos de Bombeiros Militares; do Ministério da Defesa; da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); das Secretarias de Segurança Pública e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Ídolo do boxe mundial, Éder Jofre morre aos 86 anos em São Paulo
Éder Jofre morreu neste domingo (2) em São Paulo. O boxeador tinha 86 anos e estava internado desde março com pneumonia e faleceu em decorrência de complicações da doença. Ele também sofria de encefalopatia traumática crônica. Conhecida como demência pugilística, a doença foi dignosticada em 2015.
TV Brasil/Reprodução
Paulistano, Jofre foi considerado um dos maiores boxeadores da história e o primeiro brasileiro a conquistar um cinturão de relevância em nível mundial. O Galinho de Ouro, como era conhecido, foi campeão mundial do peso galo de 1960 a 1965; e, em 1973, faturou ainda o cinturão mundial do peso pena. Teve um cartel de 81 lutas, sendo 75 vitórias (52 por nocaute), quatro empates e duas derrotas.
Ele entrou em 2021 para o Hall da Fama do Boxe da Costa Oeste dos Estados Unidos. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o velório. Mas, o corpo do campeão será cremado no Crematório da Vila Alpina, em São Paulo.
Irmã de sobrevivente diz que lembra do cheiro de creolina com sangue
Era um sábado de 1992, dia de eleições municipais. Naquele dia de outubro, Denise Monteiro entrou na antiga Casa de Detenção do Carandiru, na zona norte da capital, em busca de notícias sobre o irmão, que ela chama, carinhosamente, de Nenê. A primeira coisa que sentiu ao chegar naquele lugar, conta, foi um cheiro de creolina misturado com sangue. “Lembro desse cheiro até hoje”, afirmou, durante um seminário promovido pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em memória aos 30 anos do pior episódio já ocorrido em presídios brasileiros: o Massacre do Carandiru.
Um dia antes, a polícia havia entrado na Casa de Detenção para conter um motim de presos que havia começado no Pavilhão 9, local onde ficavam encarcerados os réus primários, aqueles que cumpriam sua primeira pena de prisão. Grande parte deles estava ali aguardando julgamento. Na ação policial, que o Ministério Público mais tarde denunciou como sendo violenta e excessiva, 111 detentos foram mortos. Nenhum policial ficou ferido.
“Quando chegamos [na Casa de Detenção] tinha uma lista com o nome dos falecidos. Não achamos o nome dele [do irmão dela, Maurício Monteiro]. Quando a gente estava entrando lá, tinha um pessoal desesperado porque tinha gente que não tinha o nome na lista, mas tinha sido assassinado”, contou, durante o seminário na Unicamp. “Mas quando vimos o Nenê, quando vi meu irmão, fiquei tranquila. Aquele dia foi chocante”, relembrou.
Nenê, ou Maurício Monteiro, é um dos sobreviventes do massacre. Hoje graduado em Gestão Ambiental e formando-se em Educação Física, ele luta para que o passado não seja esquecido. “Pois assim não cometeremos mais os mesmos erros”, diz.
Monteiro chegou à Casa de Detenção em 1990 e passou a viver no terceiro andar do Pavilhão 9. “Lembro de pessoas sobre a tutela do Estado sendo assassinadas”, disse ele à Agência Brasil.
“Não houve conversa, os policiais já chegaram atirando”.
“Em meio a toda aquela loucura, havia pelo menos um policial, chamado de Tenente, que estava fazendo o possível para que houvesse menos mortes. E, no momento em que iriam atirar dentro de nossa cela, ele evitou o acontecido. Mas, para eu chegar vivo ao pátio, foi só com a misericórdia de Deus”, lembrou.
Naquele dia 2 de outubro de 1992, mesmo dia em que celebrava seu aniversário, o escritor Andre du Rap teve que fingir que estava morto para sobreviver. “Eu fui dado como morto. Meu nome saiu na lista [de mortos]”, contou, durante evento na Unicamp. “Eu comemoro meu aniversário duas vezes: pelo dia que eu nasci e pelo dia em que eu sobrevivi”, destacou.
Imagem de um pavilhão do complexo à época — Foto: João Wainer/Espaço Memória Carandiru
Sua história no Carandiru foi transformada no livro Sobrevivente Andre Du Rap: do Massacre do Carandiru. E, foi assim, que ele descobriu a literatura e as artes. “Tive o privilégio de, naquele momento, dia do meu aniversário, dia 2 de outubro, tomar uma mordida de um cachorro na cabeça, quatro facadas, um policial quebrar o meu braço em três lugares e ter de me jogar dentro de um elevador e ficar com vários cadáveres sobre mim [para sobreviver]”. Sua história, inclusive, aparece no filme Carandiru, de Hector Babenco, baseado no livro Estação Carandiru, de Dráuzio Varella.
“O Brasil é um país muito violento e de uma história de violências. E não estamos só falando de estatísticas de violência, mas do quanto essa violência foi central pra gente ser o país que é. A gente tem que pensar que nós somos um país colonial e que a colonização foi uma ação violenta, de genocídio, que dizimou populações nativas e povos indígenas, que escravizou populações no continente africano e as trouxe e as manteve sob condições desumanas e de muita violência como escravas no Brasil. Ou seja, nossa economia, nossa existência como país, está fundada em uma violência estruturante”, disse Frederico de Almeida, professor do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e coordenador do Laboratório de Estudos de Política e Criminologia (PolCrim).
Violência que, segundo ele, continua ocorrendo pelo país.
“Nós estamos falando de massacres realizados em presídios, nós estamos falando de chacinas, nós estamos falando de violência contra os povos originários, nós estamos falando de violência contra os trabalhadores rurais sem-terra, nós estamos falando de uma letalidade policial cotidiana e crescente. São violências que se reproduzem, se perpetuam e que aumentam na nossa democracia. Essa é uma marca do país e é um desafio que o país não conseguiu superar”, disse o professor da Unicamp.
Para Monteiro, o Brasil só irá superar essa marca de violência investindo em políticas públicas, principalmente relacionadas a uma “educação libertadora”.
“É preciso entender o que a história nos diz entre erros e acertos e clamar por políticas públicas efetivas, principalmente ,voltadas à saúde e educação”, disse.
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Ação policial excessiva
Em entrevista à Agência Brasil, o promotor Márcio Friggi, que atuou em quatro dos Tribunais do Júri que responsabilizaram os policiais pelo Massacre no Carandiru, disse que o que aconteceu naquele dia 2 de outubro, há 30 anos, foi “uma ação policial em excesso”.
“Em um primeiro momento, existem possíveis justificativas jurídicas porque havia um motim instalado e o Estado tem o dever de debelar o motim. O problema é qual foi a maneira escolhida [para isso]. Eles [os policiais] fizeram de uma maneira arbitrária, violenta, com violência desnecessária, para além do necessário. Esses excessos intencionais, que chamamos de excesso doloso, afasta qualquer justificativa inicial de que eles agiram em legítima defesa ou em estrito cumprimento do dever legal. Todas [essas justificativas] ficam afastadas quando existe o excesso intencional”, destacou o promotor.
Durante a entrevista, ele citou o caso de Ronaldo Gasparino, que estava preso na Casa de Detenção do Carandiru naquela época. Gasparino era um preso provisório e ainda não tinha sido julgado quando os policiais entraram no Carandiru naquela tarde de sexta-feira. Ele acabou sendo morto.
“Qual o crime do qual ele era acusado? Ele entrou em um coletivo sozinho, com uma faca na mão, chegou no cobrador e disse assim: ‘Pelo amor de Deus, meus filhos estão passando fome. E eu preciso comprar leite para dar para as minhas crianças. Me dá o que você tem aí de dinheiro’. O cobrador entregou a ele o equivalente a R$ 12 hoje. Ele então saiu do ônibus e foi preso poucos minutos depois disso. Existe roubo aí? Existe. Mas vejam as circunstâncias desse roubo”, questionou o promotor.
“Esse indivíduo, sem qualquer outra passagem criminal, com um problema mais social do que jurídico, teve a prisão dele provisória convertida em pena de morte a critério de policiais militares que entenderam que esse era o melhor caminho para se debelar uma rebelião. Será que esse é o caminho que a sociedade entende como mais adequado para construir um verdadeiro estado democrático de direito? Será que realmente as pessoas ainda acreditam que a execução desse tipo de pessoa por policiais militares é um caminho adequado para se ter garantida a segurança e a justiça social? Casos de massacres como o do Carandiru e outros massacres e execuções Brasil afora não apontaram em diminuição do índice de criminalidade”.
Promotor Márcio Friggi
A Agência Brasil procurou os advogados dos policiais. Um deles informou à reportagem que não está mais no processo. O outro não respondeu aos pedidos de manifestação.
PM prende dois suspeitos de realizar planfletagem
Na madrugada deste domingo, 2, policiais do 1º Batalhão (1º BPM) prenderam dois homens por suspeita de planfletagem no Bairro Santa Maria, Zona Sul da capital. O caso foi encaminhado à Polícia Federal.
PM/SE
Por volta das 2h30, os militares do 1º BPM flagram dois homens na Avenida Alexandre Alcino, em um Fiat Pálio, lançando planfletos de um candidato. Após a abordagem, vários materiais de campanha foram encontrados dentro do veículo.
Os suspeitos foram presos e encaminhados à Polícia Federal para providências cabíveis.
Morre Éder Jofre, o maior pugilista brasileiro de todos os tempos
O boxe brasileiro se despediu de sua lenda. Morreu neste domingo (02) aos 86 anos, o ex-pugilista Éder Jofre, campeão mundial dos pesos-galo e pesos-pena, entre os anos 60 e 70.
A morte foi confirmada pela família, mas a causa não foi revelada.
The Ring Magazine
A conceituada revista The Ring, dos Estados Unidos considerou Éder, conhecido como “O Galo de Ouro”, como um dos melhores pugilistas de todos os tempos, em edição publicada em 2002.