Uma das melhores representantes de Itabaiana, Maria Mendonça perdeu as eleições de 2022.
Filha de Chico de Miguel, um dos maiores líderes políticos de Sergipe.
Veja resultado de Itabaiana de alguns candidatos:
Marcos Oliveira (PL): 18.525 votos
Luciano Bispo (PSD): 15.596 votos
Maria Mendonça (PSDB) 5.857 votos
Luizão Donatrump (União): 4.451 votos.
Posso votar no 2º turno se faltei ao primeiro?
O primeiro turno das eleições foi realizado ontem (2) em todo Brasil. Já o segundo turno está marcado para o próximo dia 30. E mesmo aqueles que não votaram no primeiro turno têm direito de votar no segundo. Ou seja, o eleitor que deixou de votar ontem poderá votar no dia 30, desde que o título de eleitor esteja regularizado.
Fernando Frazão/Agência Brasil
Isso ocorre porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trata cada turno como uma eleição independente. Dessa forma, o eleitor poderá votar se estiver em situação regular com a Justiça Eleitoral, ou seja, o título eleitoral não pode estar cancelado ou suspenso.
O título é cancelado quando o eleitor falta às urnas por três eleições seguidas e não justifica a ausência nem paga a multa. Já a suspensão ocorre quando não há cumprimento do serviço militar obrigatório, condenação criminal transitada em julgado ou condenação por improbidade administrativa.
Justificativa
Caso o eleitor não tenha votado no primeiro turno, deverá apresentar justificativa à Justiça Eleitoral em até 60 dias. Ou seja, como o segundo turno é ainda este mês, a menos de 30 dias do primeiro turno, será possível votar antes mesmo de justificar a ausência na zona eleitoral no último domingo. O prazo para justificar ausência no primeiro turno é 1º de dezembro de 2022. Já a ausência no segundo turno deve ser justificada até 9 de janeiro de 2023.
Mesmo passada a eleição, é importante apresentar a justificativa de ausência. Existem algumas formas de fazê-lo: pelo aplicativo e-Título; pelo Sistema Justifica, nos portais da Justiça Eleitoral; ou preenchendo um formulário de justificativa eleitoral.
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Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência a cada um, separadamente, obedecendo aos requisitos e prazos de cada turno.
O acesso ao aplicativo e-Título está disponível somente para quem está com o título eleitoral regular ou suspenso.
Para justificar a ausência no Sistema Justifica, o eleitor deverá informar os dados pessoais exatamente como registrados no cadastro eleitoral. Em seguida, deve declarar o motivo da ausência às urnas e anexar a documentação comprobatória digitalizada. Em seguida será gerado um código de protocolo para acompanhamento e o requerimento será transmitido à zona eleitoral responsável pelo título do eleitor ou da eleitora para análise. Após a decisão, a pessoa será notificada.
Se a opção for pela entrega do Requerimento de Justificativa Eleitoral. O formulário deve ser impresso e preenchido com os dados pessoais e a justificativa da ausência, anexando os documentos comprobatórios. O requerimento deverá ser entregue em qualquer cartório eleitoral ou ser enviado via postal à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título.
Caso não justifique dentro do prazo, além de pagar uma multa de R$ 3,51, a pessoa fica impedida de retirar documentos como passaporte e RG; receber salário ou proventos de função em emprego público; prestar concurso público; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; entre outras consequências. O site do TSE traz a lista completa dos efeitos ao eleitor da ausência e da não justificativa.
Balanço das eleições em Sergipe
A ação conjunta das forças de Segurança Pública do Estado de Sergipe durante o primeiro turno das eleições deste domingo, 2, é acompanhada, em tempo real, a partir das Salas de Situação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar e do Gabinete do Secretário de Segurança Pública, em Aracaju. Toda a atividade é coordenada pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília.
A Sala de Situação do Corpo de Bombeiros Militar – SSP/SE
No estado sergipano, mais de 4,8 mil servidores da segurança pública foram mobilizados para garantir a segurança dos sergipanos. Além disso, viaturas, aeronave e embarcações estiveram de prontidão em caso de necessidade.
As ações das Polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros abrangeram policiamento ostensivo, segurança dos locais de votação, assim como encaminhamento de ocorrências de crimes eleitorais à Polícia Federal e também ações de socorro e resgate em todo o Sergipe.
Ao fechamento dos locais de votação, a Operação Eleições 2022 registrou em todo Sergipe:
• 11 – casos de compra de votos
• 7 – ocorrências de boca de urna
• 3 – violações de sigilo do voto
• 0 – propaganda irregular
• 3 – ocorrência de transporte ilegal de eleitores
• 1 – crime comum em local de votação
• 4 – crimes comuns contra candidato
• 4 – prisões
• 1 – apreensão de arma
Operação Eleições 2022
A Operação Eleições 2022 tem como objetivo garantir a segurança dos brasileiros durante o período de votação. Segundo dados da CICCN, sediada em Brasília, além dos representantes institucionais das 27 unidades federativas, também participam dos trabalhos: representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das Polícias Civis e Militares, da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), dos Corpos de Bombeiros Militares, do Ministério da Defesa, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), das Secretarias de Segurança Pública e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Sergipe terá Rogério Carvalho e Fábio Mitidieri no 2º turno para governo
Os candidatos Rogério Carvalho (PT), 54, e Fábio Mitidieri (PSD), 45, vão disputar o segundo turno das eleições no Sergipe.
O petista, senador da República, obteve 44,54% dos votos válidos e concorrerá com o deputado federal licenciado do PSD que conquistou 38,87%.
Líder nas pesquisas, Valmir de Francisquinho (PL) teve a candidatura indeferida, em decisão confirmada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última quinta (29). Em caso de não haver tempo hábil para a retirada do nome nas urnas, os votos obtidos por eles seriam considerados nulos.
Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD)
Apoiador do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Carvalho foi duramente criticado ao votar a favor da Resolução do Congresso sobre o orçamento secreto, contrariando a orientação da bancada do PT no Senado.
À época, a direção nacional do PT emitiu nota dizendo que o voto do senador era “um fato grave, que não se justifica diante das manifestas posições do partido sobre questões fundamentais para o país”.
O senador passou a campanha tentando reverter a situação. Ele alega que seu voto “não foi para manter o orçamento secreto, mas para dar transparência à aplicação da emenda de relator”. Ainda durante a campanha, o petista também prometeu combater a fome, o desemprego e ampliar a saúde pública em Sergipe.
Fábio Mitidieri é deputado federal e está licenciado de seu segundo mandato. Aliado do grupo governista no estado, ele também apoia o ex-presidente Lula e foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Justiça Eleitoral na terça (28) depois que a coligação de Carvalho pediu a proibição do uso da imagem do ex-presidente pelo rival. O material impresso da campanha, associando o candidato do PSD a Lula, foi recolhido.
Em suas redes sociais, Mitidieri disse que não será impedido de manifestar o seu voto. “Parece que ele esqueceu que vivemos em uma democracia”, escreveu.
Durante as próximas quatro semanas, os dois candidatos terão o desafio de convencer os eleitores que estão dispostos a enfrentar os principais problemas no estado, como a fome e o desemprego.
Dados do IBGE apontam que Sergipe é um dos estados com maior índice de pobreza do país, ocupando a quinta posição no ranking. Até o mês de agosto deste ano, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), Sergipe era o terceiro estado com maior número de desempregados do país.
Rogério Carvalho é natural de Aracaju, tem 54 anos, é casado e formado em medicina. Em 2010 foi deputado federal, em 2014 foi candidato ao Senado, mas não foi eleito. Em 2018, concorreu novamente ao cargo e elegeu-se senador.
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Fábio Mitidieri é natural de Aracaju, tem 45 anos, é casado, empresário e formado em administração. Em 2008 foi eleito vereador em Aracaju, concorreu ao cargo de deputado estadual em 2010, mas renunciou à candidatura. Em 2014 foi eleito deputado federal por Sergipe, sendo reeleito em 2018.
Também participaram da disputa os candidatos Delegado Alessandro (PSD, com 11%), Niully Campos (PSOL, com 5,01%), DR. Cláudio Médico Geriatra (DC, com 0,35%), Professor Aroldo Félix (UP, com 0,14%), Elinos Sabino (PSTU, com 0,09%). Jorge Alberto (PROS) desistiu da candidatura.
Candidato barrado
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Valmir de Francisquinho teve sua campanha marcada pela incerteza da sua candidatura no pleito. Em 2019, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) decretou a inelegibilidade de Valmir por oito anos, por entender que o candidato, enquanto prefeito do município de Itabaiana, não praticou o princípio da impessoalidade durante a campanha do seu filho, o ex-deputado Talisson de Valmir.
Em 8 de setembro deste ano, o tribunal indeferiu por unanimidade o registro de candidatura de Valmir com base na Lei da Ficha Limpa. O TSE julgou o recurso do político e manteve o veto à candidatura na última quinta.
Em entrevista coletiva, Valmir declarou que respeita a decisão do TSE, mas afirmou que seu nome estará nas urnas no dia 2 de outubro. Sua assessoria jurídica de Valmir explicou que aguarda a publicação do acórdão do TSE para recorrer da decisão.
A defesa diz que entrará com embargos de declaração e com uma reclamação constitucional perante o STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o direito de contagem de votos.
Luizao Dona Trampi (UNIÃO BRASIL): 1672 votos (2,01%)
Brancos – 6,62%
Nulos – 6,36%
Congresso Nacional dará uma forte guinada à direita nos próximos quatro anos
A população brasileira decidiu neste domingo (2/10) que, a partir de 2023, o Congresso Nacional será ainda mais conservador do que já é. Uma inesperada “onda direitista” — inesperada porque passou longe do radar dos mais tradicionais institutos de pesquisa do país — inundou o Brasil nestas eleições e certamente vai influir decisivamente na agenda legislativa dos próximos anos.
Com um Congresso pendendo fortemente para o lado direito, deverão perder força pautas identitárias e de direitos humanos, ganhando espaço discussões de costumes e os temas que interessam à chamada “bancada da bala”.
Não por acaso, o presidente Jair Bolsonaro falou como vencedor na noite deste domingo, mesmo tendo ficado em segundo lugar no primeiro turno da eleição presidencial.
“Hoje foi o dia em que vencemos a mentira. O DataFolha falava em 51 a 33”, disse o presidente, referindo-se ao instituto de pesquisa.
A guinada à direita dos eleitores esfriou a tal “nova política”, moda lançada em 2018. Para o cientista político e professor da FGV Sérgio Praça, trata-se de um fenômeno natural. Com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições e a polarização com Jair Bolsonaro, o espaço para novas forças ficou muito reduzido.
“Essa eleição foi, e ainda continua a ser, tomada por duas forças muito poderosas: o bolsonarismo e o petismo. Sobra pouco espaço para qualquer outra coisa. Em 2018, como o petismo estava em baixa, o bolsonarismo ainda conviveu com essa coisa da nova política”, explicou ele à revista eletrônica Consultor Jurídico.
Praça destacou que, apesar de escanteada, a tal “nova política” ainda conseguiu manter alguns de seus primeiros expoentes. Em São Paulo, por exemplo, Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União) tiveram votações relevantes, com 337,8 mil e 295,4 mil, respectivamente.
Impressionante mesmo foi a votação de Nikolas Ferreira (PL), possivelmente a prova mais clara da força do bolsonarismo no pleito deste ano. Aos 26 anos, o vereador de Belo Horizonte obteve mais de 1,4 milhão de votos para se tornar o deputado federal mais votado do Brasil. Ele teve o apoio direto de Jair Bolsonaro.
No Rio de Janeiro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi o segundo mais votado para a Câmara. Em São Paulo, Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles — nomes fortes do bolsonarismo — foram segunda, terceiro e quarto deputados mais votados do estado, respectivamente.
A outra casa legislativa, o Senado, também terá clara guinada conservadora. A partir de 2023, o PL, partido de Bolsonaro, terá a maior bancada da casa, com 14 das 81 cadeiras. Essa posição ainda pode ser ultrapassada se União Brasil e PP levarem adiante a fusão partidária que foi anunciada no sábado (1º/10) por seus dirigentes.
O Senado é composto por três parlamentares eleitos por cada estado e pelo Distrito Federal, com mandato de oito anos. A renovação da casa legislativa é feita a cada quatro anos, de forma alternada por um e dois terços.
Em 2022, o eleitor votou em apenas um nome. Ou seja, a renovação foi de 27 cadeiras. Entre elas, em apenas 12 estados houve tentativa de reeleição. Cinco deles conseguiram o objetivo, incluindo o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (PSD-AM), e Romário (PSL-RJ).
Além do ex-jogador de futebol, o PL elegeu Magno Malta (ES), Wilder Morais (GO), Wellington Fagundes (MT), Rogério Marinho (RN), Jaime Bagattoli (RO), Jorge Seif (SC) e Marcos Pontes (SP). A segunda maior bancada será do PSD (12 senadores), seguido de União Brasil e MDB (de senadores cada) e PT (nove senadores).
Dupla da ‘lava jato’ dá demonstração de força com votação no Paraná
Sergio Moro (União Brasil) e Deltan Dallagnol (Podemos) foram eleitos neste domingo (2/10) para senador e deputado federal, respectivamente, pelo Paraná. E a vitória da dupla foi enfática. Enquanto o ex-juiz obteve 1,9 milhão de votos, o ex-procurador foi o candidato mais votado para a Câmara dos Deputados no estado, com 343 mil votos (99,96% das urnas apuradas até a publicação deste texto).
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Peça central da autodenominada força-tarefa da “lava jato”, o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro superou o padrinho político Alvaro Dias (Podemos) na disputa por uma vaga no Senado. Além disso, Moro, que queria se candidatar por São Paulo, mas não conseguiu, emplacou o nome de sua mulher, Rosângela Moro (União Brasil), para a Câmara dos Deputados em terras paulistas.
Depois de terem se tornado nacionalmente conhecidos por causa de sua atuação na “lava jato”, Moro e Deltan protagonizaram um escândalo judicial sem precedentes graças às revelações da “vaza jato”, que desnudou os métodos do consórcio de Curitiba.
A dupla parecia estar em baixa, mas neste domingo conseguiu dar uma demonstração de força. Para Fabio de Sa e Silva, professor de estudos brasileiros na University of Oklahoma, nos Estados Unidos, o êxito dos dois nas eleições é justificável. “O lavajatismo é uma variante do bolsonarismo. Tendo em vista o desempenho do presidente na eleição, é natural que esses personagens colham os dividendos eleitorais.”
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O professor lembra que tanto Moro quanto Deltan, em suas campanhas, tentaram se associar a Bolsonaro de alguma maneira. “É um retrato dos valores que a sociedade brasileira hoje compartilha. Eles emulam muito do que o Bolsonaro faz. Pode até ter uma diferença estética, mas estão no mesmo campo.”
O advogado e doutor em Direito Econômico pela USP Ernesto Tzirulnik, por sua vez, opina que a “lava jato” ajudou a criar uma conjuntura que permitiu que a direita passasse a ter um espaço enorme na preferência dos eleitores brasileiros. “O resultado até aqui mostra que a consciência individual dos brasileiros retrata bem o grau de preconceitos e reacionarismo do Bolsonaro.”
Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Já o criminalista Fernando Fernandes afirma que tanto a eleição de Moro quanto a de Deltan comprovam a necessidade de vigilância na aplicação da Constituição de 1988. “A atuação de um ex-juiz e um ex-procurador que usaram seus cargos para fazer política criou o que o ministro Gilmar Mendes chamou de estamento, que influiu na eleição de 2018 e acabou os favorecendo em 2022.”
Apesar do sucesso eleitoral, porém, Moro e Deltan poderão ter dificuldades no Congresso, conforme alertou à revista eletrônica Consultor Jurídico um advogado com livre trânsito em Brasília. “É natural que eles sejam eleitos. O desafio deles é sobreviver no Congresso Nacional e continuar relevantes em 2026.”
Deputados estaduais e federais eleitos em Sergipe
Os nomes e os votos de cada um, assim como os partidos. Confira abaixo: