A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) eximiu o site OLX do dever de pagar indenização pela venda fraudulenta de um carro anunciado em sua plataforma. O colegiado entendeu que o serviço foi utilizado pelo vendedor apenas como espaço de anúncios classificados, pois nenhuma etapa da negociação ocorreu no ambiente virtual da OLX. 

Os compradores encontraram no site o anúncio de venda de um carro no valor de R$ 210 mil e entraram em contato com o vendedor por meio do telefone indicado. As partes concluíram a negociação por telefone e presencialmente, sendo feito o pagamento por meio de transferência bancária e pela entrega de outro veículo. Contudo, ao tentarem transferir a propriedade do carro no Departamento de Trânsito, os compradores descobriram que ele havia sido clonado. 

Ao analisar a ação de indenização por danos materiais e morais ajuizada contra o site, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concluiu pela responsabilidade da OLX, por ter hospedado um anúncio falso.

OLX
OLX|Divulgação

Responsabilidade depende de como a plataforma foi usada no negócio

A relatora do caso no STJ, ministra Nancy Andrighi, afirmou que são diversas as modalidades de sites de comércio eletrônico, que podem ser qualificados como lojas virtuais, de compras coletivas, comparadores de preços, classificados e intermediadores. 

Segundo a relatora, os classificados obtêm receita com os anúncios e não cobram comissão pelos negócios que são fechados. Ela mencionou precedente do tribunal segundo o qual, nesses casos, site não tem a responsabilidade de fiscalizar previamente a origem dos produtos – por não se tratar de atividade intrínseca ao serviço prestado –, mas se exige que mantenha condições de identificar cada um de seus anunciantes.

Nessa situação, disse Nancy Andrighi, a página de classificados responderá apenas se deixar de fornecer elementos para a identificação do autor do anúncio, mas não terá responsabilidade por vícios ou defeitos do produto ou serviço

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Em relação à OLX, a ministra verificou que o site pode atuar como um simples portal de classificados ou como uma verdadeira intermediária – o que altera o regime de responsabilidade.

Nexo causal é interrompido diante de fato de terceiro

A ministra ressaltou que o dever de indenizar surge apenas quando há nexo causal entre a conduta do agente e o resultado danoso. O nexo poderá ser interrompido, esclareceu, caso ocorra fato exclusivo da vítima ou de terceiro (artigo 14, parágrafo 3°, II, do Código de Defesa do Consumidor); ou evento de força maior ou fortuito externo (artigo 393 do Código Civil).

No caso em análise, a relatora constatou que a operação de compra e venda do veículo foi concretizada integralmente fora da plataforma, não tendo o fraudador utilizado nenhuma ferramenta colocada à disposição pela OLX para essa finalidade. 

“Tal circunstância evidencia que, na hipótese, a OLX funcionou não como intermediadora, mas como mero site de classificados. A fraude perpetrada caracteriza-se como fato de terceiro que rompeu o nexo causal entre o dano e o fornecedor”, afirmou.

Leia o acórdão no REsp 2.067.181.

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Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp 2067181

O Ministério Público Estadual notificou a Prefeitura de Aracaju para que esclareça a retirada de árvores da Orla da Atalaia para a realização do Pré-Caju.

Na última semana, as redes sociais foram inundadas com imagens de coqueiros cortados ao longo da Orla de Atalaia, em Aracaju. Essas imagens [abaixo] viralizaram rapidamente, desencadeando uma onda de críticas e especulações sobre a razão por trás desse ato. Muitos comentários passaram a relacionar a remoção das árvores à necessidade de preparar o terreno para a instalação das estruturas do Camarote Aju, localizado no trecho da Avenida Santos Dumont, na zona sul da capital sergipana.

Segundo a Emsurb, a decisão de cortar os coqueiros em questão foi tomada devido ao risco iminente de queda e acidentes, devido ao avançado estado de apodrecimento dessas árvores.

A prefeitura promete a reconstrução.

O que diz a organização do evento

A organização do Pré-Caju informa que foi surpreendida através de postagens nas redes sociais a respeito da retirada de árvores na extensão da Orla da Atalaia Imediatamente entramos em contato com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) que nos comunicou que os individuos arbóreos que foram suprimidos oferecem risco de queda conforme laudo fornecido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema).

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A Emsurb informou ainda que já realizou a supressão de mais de 230 árvores na cidade, incluindo a extensão da Oria da Atalaia. Tudo está sendo realizado com comprovação técnica da necessidade de extração. Em paralelo, o trabalho de plantio de mudas de árvores nas vias públicas vem sendo feito e somente este ano já foram plantadas mais de 6,000 mudas omamentais em toda capital.

O Pré-Caju é uma festa consolidada não só pelo seu potencial cultural e turístico, mas pelo seu compromisso também com a população, prova disso é que desde o seu início, em 1992 nunca praticou nem solicitou ações que degradassem o Meio Ambiente. Sempre foi conduta da organização o isolamento das árvores para preservação do paisagismo, proteção do mangue, quando realizado na 15 de julho, além das parcerias com as cooperativas de reciclagem.

Reiteramos o nosso compromisso e nos colocamos à disposição da população aracajuana.


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O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), não diz nem dirá publicamente este ano, mas seu candidato à sucessão é o atual secretário estadual Luiz Roberto.

Ele ocupa atualmente a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi).

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Janaína Santos/AAN

Outros nomes estão surgindo, como o secretário faz-tudo, Jeferson Passos, e a secretária municipal de Saúde, Waneska Barboza.

O prefeito é partidário do seu cria político, o ex-governador (in memorian) Marcelo Déda (PT) e dará tempo ao tempo, só dirá em 2024, ano das próximas eleições municipais.

O Estadão apresenta senadores dizendo que eles têm gabinetes do “tamanho de uma empresa média”.

O levantamento divulgado hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, chama a atenção o número de assessores nos gabinetes dos senadores.

Pelo menos 13 senadores possuem mais de 50 assessores (cada), todos remunerados com recursos públicos.

Entre esses, destaca-se o sergipano Rogério Carvalho (PT-SE), com 77 comissionados, ocupando a segunda posição no ranking, de acordo com o relatório publicado pelo Estadão.

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Senador Rogério Carvalho – TV Senado ⏐ Reprodução

Para efeito de comparação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conta com 36 assessores em seu gabinete.

O primeiro colocado é o senador Eduardo Gomes (PL-TO), com 82.

Regulamento

Embora o regulamento administrativo do Senado estabeleça um limite de 12 comissionados por senador, ele permite uma flexibilidade que pode resultar na contratação de até 50 assessores, especialmente se o parlamentar desempenhar outras funções na Casa, como presidir comissões, liderar partidos ou ocupar cargos na Mesa Diretora, o que lhes dá o direito de fazer nomeações adicionais.

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Pequenas empresas…

Para se ter uma ideia, de acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), uma empresa de médio porte normalmente emprega entre 50 e 99 funcionários.

Ainda que os parlamentares justifiquem a necessidade de um grande número de funcionários para suas atividades legislativas, é evidente que muitos desses cargos acabam sendo usados para nomear aliados políticos e apoiadores de campanha.

Acesse aqui o levantamento completo (para assinantes)

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, criticou o tempo que o presidente Lula permanece mais fora do Brasil do que no seu país. A soma chega a dois meses dos 9 meses de seu terceiro mandato.

“Um presidente que não acompanha a realidade e a dor do seu povo. Sabe que é hostilizado por onde passa, assim como foi agora em New York, e usa suas viagens ao exterior para fugir do real sentimento dos brasileiros nas ruas”, avalia.

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Marcelo Camargo ⏐ Agência Brasil

E destaca. “Além disso, esbanja luxo com o dinheiro público, com suas diárias milionárias junto da sua trupe ao redor do Mundo, e não traz um retorno de Investimentos ao Brasil. Temos um turista com status de presidente, que abandonou o seu país”.

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Texto publicado pela assessoria do parlamentar.

Para o deputado estadual por Sergipe Cristiano Cavalcante (União), gestores municipais devem ser livres para promover eventos festivos, desde que os compromissos e deveres da administração estejam em ordem. Foi isso que ele defendeu no podcast Casa de Sopapo, à jornalista Katia Santana, destacando, ainda, que cada município possui uma realidade própria.

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Chistiano Cavalcante / Divulgação – Fames

“Eu não posso chegar aqui e dizer ‘ah, o prefeito está errado de fazer festa’. Ele vai estar errado de fazer se não tiver condições”, defendeu o parlamentar, que é líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e ex-prefeito de Ilha das Flores.


“Ele vai estar errado se não estiver com sua folha em dia, com seus fornecedores, com as obrigações em dia. Cada prefeito que sabe do seu problema.”

— Cristiano Cavalcante

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A fala do deputado estadual vem na esteira da queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), controlado pela União. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), houve redução de 34,5% em julho, e de 23,56% em agosto, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Em Sergipe, houve forte mobilização de prefeitos pelo aumento dos repasses do FPM.

Fragilidade

Cristiano Cavalcante também ressaltou que há desequilíbrio entre os entes federativos – os municípios, os Estados, a União, e o Distrito Federal –, e são os municípios que sofrem mais. “A gente enxerga, durante esses últimos 15 anos, um empobrecimento muito grande dos municípios; uma incapacidade administrativa e financeira que vem assolando os prefeitos. Isso precisa ser repactuado”, frisou ele.

Por Kátia Santana, assessoria


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Diante da queda do Fundo de Participação do Município (FPM), o prefeito Diogo Machado informa que a tradicional Festa do Vaqueiro de Carira não será realizada este ano. Mesmo reconhecendo a importância do evento, que faz parte da história e cultura do município, a medida é necessária diante do momento financeiro com a redução dos recursos.

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Portal Mais Sertão|Reprodução

“Prezamos sempre pela transparência em nossa gestão e, de fato, essa queda do FPM nos fez reavaliar e optar por não realizar a festa, mesmo reconhecendo sua importância cultural e histórica. A nossa prioridade é manter o pleno funcionamento da prestação dos serviços essenciais para a população nas mais diversas áreas”, destaca o prefeito.

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Diogo Machado ressalta ainda que a gestão seguirá avaliando e tomando as medidas necessárias para enfrentar a queda de recursos. “Tudo isso para evitar possíveis transtornos que atrapalhem o trabalho que vem sendo desenvolvido para melhorar a qualidade de vida da população e promover o desenvolvimento do município”, salienta.

“Contamos com a compreensão dos carirenses e reforçamos que seremos sempre transparentes em relação a tudo que for relacionado à nossa gestão, divulgando todas as ações e decisões, ainda que sejam notícias não tão boas, como o cancelamento deste evento”, finaliza o prefeito Diogo Machado.

Só fala no ano da eleição.

A decisão foi tomada pelo ex-prefeito de Itabaiana Valmir de Francisquinho (PL), que não diz, mas será candidato a voltar ao comando da prefeitura daquela cidade.

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Valmir de Francisquinho

Recentemente, sua defesa perdeu no Tribunal de Justiça de Sergipe ao pedir segredo de justiça no processo contra o ex-prefeito sobre o Matadouro.

Embora com poucos votos, Adilson Júnior assume a direção do União Brasil em São Cristóvão.

Com isso, o ex-deputado André Moura, que preside o partido em Sergipe, articula em legenda no estado.

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André Moura e Adilson Jr – Divulgação

Em São Cristóvão, o partido apoiará Júlio Jr, que será candidato apoiado pelo atual prefeito Marcos Santana (MDB).

Sergipe possui oito deputados federais e três senadores. Cada deputado vai destinar R$ 37.871.585,00, enquanto que cada senador vai destinar R$ 69.634.850,00. Além das chamadas emendas individuais, a bancada estadual vai destinar, através da RP7, as chamadas emendas de bancada, o valor de R$ 465.904.931,00.

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Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Ao todo, em 2024, Sergipe deve receber R$ 302.972.680,00 por indicação dos deputados federais, R$ 208.904.550,00 por indicação dos senadores, e mais R$ 465.904.931,00 de emenda de bancada, totalizando R$ 977.782.161,00.

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Texto do blog Primeira Mão