Policiais militares do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp) libertaram duas pessoas que foram feitas reféns na própria residência, no Bairro Lamarão, após suspeito roubar passageira de ônibus. O fato, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (17), na Zona Norte da Capital, resultou na apreensão de uma arma de fogo e na recuperação de objetos roubados.

A ação teve início no momento em que os militares foram alertados por populares sobre o roubo que acabara de ocorrer com uma passageira de ônibus que integra a Linha João Alves – Orlando Dantas.

PM-SE

Após manter breve contato com vítima, os policiais conseguiram localizar o suspeito do assalto. Ao perceber que seria alcançado, o infrator, de 35 anos, invadiu uma residência do Conjunto Vitória da Resistência, no Bairro Lamarão e fez dois moradores como reféns, entre eles, um portador de necessidades especiais. Eles foram mantidos trancados em um quarto da casa.

Diante da situação, a equipe do BPRp passou a verbalizar com o suspeito, solicitando que ele largasse a arma e se entregasse. Porém, o infrator surpreendeu os militares com disparos de arma de fogo, em uma clara demonstração de que não iria se entregar.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

Em um ato de extrema necessidade, a equipe da Radiopatrulha acessou o quarto e conseguiu neutralizar o agressor. O criminoso acabou sendo atingido no confronto. Ele foi socorrido e encaminhado ao Huse, onde acabou evoluindo a óbito, mesmo após receber os primeiros socorros.

Os reféns foram libertados ilesos. Eles receberam atendimento médico em razão choque causado pela violência do assaltante.

A ocorrência foi registrada no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, onde a PM entregou o revólver calibre 38 usado pelo criminoso, que continha duas munições deflagradas e três intactas. Os objetos roubados da passageira do ônibus também foram devolvidos na delegacia.

Por: Polícia Militar de Sergipe

Nos três primeiros meses de 2024, as taxas de desemprego em Sergipe registraram a queda de 1,2 ponto percentual, caindo de 11,2% para 10% em todo o estado. No entanto, o resultado divulgado hoje ficou acima do registrado pelo Brasil (7,9%) e abaixo do pontuado pelo Nordeste (11,1%).

Os dados, divulgados nesta sexta-feira, 17, são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua Trimestral), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Observatório de Sergipe, que é vinculado à Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan).

Jhennifer Laruska|ASN

A taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, aumentando 0,5 ponto percentual (p.p.) ante o quarto trimestre de 2023 (7,4%) e caindo 0,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2023 (8,8%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação aumentou em oito das 27 Unidades da Federação (UF), mantendo-se estável em outras 18 e caindo em apenas uma.

As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%), e as menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%). A taxa de desocupação por sexo foi de 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,7%) e pardos (9,1%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,9%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

No primeiro trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 17,9%. Piauí (37,1%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (32,1%) e Alagoas (29,4%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (6,9%), Rondônia (8,0%) e Mato Grosso (10,3%).

No primeiro trimestre de 2024, havia 1,9 milhões de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, quando 2,2 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no primeiro tri de 2024 foi de 3,2%. Maranhão (12,6%), Piauí (10,4%) e Alagoas (10,0%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,5%), Rondônia (0,9%), Espírito Santo (1,1%) e Paraná (1,1%).

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,9%. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) e os menores, no Piauí (49,4%) Maranhão (52,0%) e Ceará (54,9%).

Arquivo / ASN

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,4%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (35,0%), Amapá (32,9%) e Maranhão (32,6%) e os menores, do Distrito Federal (20,4%), Mato Grosso do Sul (21,1%) e Tocantins (21,2%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,9% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,5%), Pará (56,7%) e Piauí (54,9%) e as menores, com Santa Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%).

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.123, crescimento tanto em relação ao 4º tri de 2023 (R$ 3.077) como em relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004). No trimestre, a Região Sul (R$ 3.401) foi a única a apresentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Na comparação anual, houve expansão nas Regiões Norte, Sudeste e Sul, enquanto as demais tiveram estabilidade.

Taxa de desocupação aumenta em oito UFs, fica estável em 18 e cai apenas no Amapá

Frente ao 4º trimestre de 2023, a taxa de desocupação cresceu em oito Unidades da Federação, ficou estável em 18 e caiu apenas em uma: no Amapá. As maiores taxas foram da Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%) e as menores, de Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).

Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) – 1° trimestre de 2024

UF4T 20231T 2024situação
Acre6,78,9
Bahia12,714,0
Maranhão7,18,4
Mato Grosso do Sul4,05,0
Minas Gerais5,76,3
Rio Grande do Sul5,25,8
Santa Catarina3,23,8
Brasil7,47,9
São Paulo6,97,4
Pernambuco11,912,4
Rio de Janeiro10,010,3
Piauí10,610,0
Sergipe11,210,0
Alagoas8,99,9
Paraíba9,69,9
Amazonas8,89,8
Rio Grande do Norte8,39,6
Distrito Federal9,69,5
Ceará8,78,6
Pará7,88,5
Roraima7,07,6
Goiás5,66,1
Tocantins5,86,0
Espírito Santo5,25,9
Paraná4,74,8
Mato Grosso3,93,7
Rondônia3,83,7
Amapá14,210,9

Piauí tem a maior taxa de subutilização (37,1%) e Santa Catarina, a menor (6,9%)

No 1° trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 17,9%. O Piauí (37,1%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (32,1%) e Alagoas (29,4%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (6,9%), Rondônia (8,0%) e Mato Grosso (10,3%).

Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 1° trimestre de 2024

Rondônia tem a maior proporção de conta própria (35,0%) e DF a menor (20,4%)

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,4%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,0%), Amapá (32,9%) e Maranhão (32,6%) e os menores, do Distrito Federal (20,4%), Mato Grosso do Sul (21,1%) e Tocantins (21,2%).

Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) – 1° trimestre 2024

UFValor
Distrito Federal20,4
Mato Grosso do Sul21,1
Tocantins21,2
Goiás22,6
Paraná23,1
Minas Gerais23,6
São Paulo23,6
Rio Grande do Norte23,7
Espírito Santo23,9
Alagoas24,0
Santa Catarina24,3
Sergipe24,6
Mato Grosso24,9
Rio Grande do Sul25,3
Brasil25,4
Paraíba25,8
Roraima26,1
Acre26,5
Bahia26,7
Rio de Janeiro27,1
Piauí28,0
Pernambuco29,1
Ceará29,6
Pará30,7
Amazonas30,8
Maranhão32,6
Amapá32,9
Rondônia35,0

Menor percentual de trabalhadores com carteira é do Piauí (49,4%) e o maior, de SC (87,2%)

No 1º trimestre de 2024, 73,9% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (62,4%) e Nordeste (57,9%) apresentaram os menores patamares enquanto a Região Sul (83,1%) teve o maior percentual. Entre os trabalhadores domésticos, 25,0% tinham carteira de trabalho assinada no país.

Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) e os menores, no Piauí (49,4%), Maranhão (52,0%) e Ceará (54,9%).

Percentual de empregados COM carteira entre os empregados do setor privado, por UFs (%) – 1º trimestre 2024

UFValor
Piauí49,4
Maranhão52,0
Ceará54,9
Paraíba55,9
Pará56,8
Bahia57,7
Tocantins57,8
Sergipe58,8
Alagoas59,5
Pernambuco63,9
Roraima64,1
Rio Grande do Norte66,0
Amazonas67,0
Acre69,1
Amapá70,7
Espírito Santo71,7
Goiás73,2
Brasil73,9
Minas Gerais74,7
Rio de Janeiro75,6
Distrito Federal76,0
Mato Grosso77,3
Mato Grosso do Sul77,8
Rondônia78,7
Rio Grande do Sul81,3
São Paulo81,4
Paraná81,8
Santa Catarina87,2

Frente ao trimestre anterior, rendimento cresce apenas no Sul

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 3.123 no 1º trimestre de 2024, crescendo tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.077) e quanto relação ao 1º tri de 2023 (R$ 3.004).

Na comparação entre 4º tri de 2023 e o 1º tri de 2024, a Região Sul (R$ 3.401) foi a única que apresentou crescimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Já em relação ao 1º tri de 2023, houve expansão nas Regiões Norte, Sudeste e Sul, com as demais em estabilidade.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

A massa de rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, habitualmente recebido foi estimada em R$ 308,3 bilhões, com estabilidade ante o trimestre anterior (R$ 306,2 bilhões). Frente ao 1º trimestre de 2023 (R$ 289,1 bilhões), houve expansão da massa de rendimento.

Maranhão tem a maior taxa de informalidade (57,5%), enquanto Santa Catarina registra a menor (27,4%)

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,9% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,5%), Pará (56,7%) e Piauí (54,9%) e as menores, com Santa Catarina (27,4%), Distrito Federal (30,7%) e São Paulo (31,0%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar.

Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) – 1º trimestre de 2024

UFValor
Maranhão57,5
Pará56,7
Piauí54,9
Ceará54,0
Amazonas53,3
Sergipe51,2
Pernambuco50,2
Bahia50,2
Paraíba50,0
Alagoas47,5
Amapá45,9
Roraima44,7
Rondônia44,5
Acre43,9
Rio Grande do Norte42,4
Tocantins42,3
Brasil38,9
Espírito Santo38,8
Rio de Janeiro38,3
Minas Gerais37,2
Mato Grosso36,5
Goiás35,9
Mato Grosso do Sul33,2
Rio Grande do Sul31,8
Paraná31,3
São Paulo31,0
Distrito Federal30,7
Santa Catarina27,4

Desocupação recua em todas as faixas de tempo de procura

No primeiro trimestre de 2024, os contingentes de todas as faixas de tempo de procura por trabalho mostraram reduções percentuais, como mostra a tabela abaixo. No primeiro trimestre de 2024, 1,9 milhões de pessoas procuravam trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 14,5% frente ao primeiro trimestre de 2023, quando havia 2,2 milhões de pessoas nessa faixa. No entanto, em relação ao início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 8,9%.

Toque para ver os destaques
  • Em 2022, havia, no país, 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização foi 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi 7,0% deste contingente populacional.
  • No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%. Em 1940, menos da metade da população de 15 anos ou mais (44,0%) era alfabetizada.
  • Os grupos de idade de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos tinham as menores taxas de analfabetismo (1,5%) e o de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%). Porém o grupo de idosos teve a maior queda em duas décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, redução de 17,7 p.p. (queda de – 46,7%).
  • As taxas de analfabetismo de pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são mais do dobro da taxa dos brancos (4,3%). Para cor ou raça indígena (16,1%), é quase quatro vezes maior.
  • A distância entre a população branca e as populações preta, parda e indígena era maior em 2010 (8,5; 7; e 17,4 p.p), caindo para 5,8; 4,5; e 11,7 p.p. em 2022. A vantagem da população branca ocorre em todos os grupos etários.
  • Os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500.000 habitantes (3,2%).
  • Apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022, a taxa de alfabetização da região Nordeste permaneceu a mais baixa. Sul e Sudeste têm taxas de alfabetização acima de 96%.
  • A taxa de analfabetismo do Nordeste (14,2%) permanece o dobro da média nacional (7,0%).
  • Por unidade da federação, as maiores taxas de alfabetização foram registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), e as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (com 82,8%).
  • A taxa de alfabetização das pessoas indígenas, incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento, foi 85,0% em 2022, com alta em todas as grandes regiões e faixas etárias.

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 7,0%. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%.  

Pexels

Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização – Resultados do Universo. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (17), na quadra da escola de samba Unidos de Vila Maria, no bairro Jardim Japão, na capital paulista [vídeo ao final do texto].

O tema é investigado desde o primeiro Censo do país em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada. 

As pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena do mesmo grupo etário tiveram taxas de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente. 

Ou seja, as taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos, e a de indígenas é quase quatro vezes maior. No entanto, de 2010 para 2022, a diferença entre brancos e pretos caiu de 8,5 para 5,8 p.p e a vantagem também ficou menor em relação a pardos (de 7,1 p.p. para 4,3 p.p.) e indígenas (de 17,4 p.p. para 11,7 p.p).

Todos os grupos etários tiveram queda na taxa de analfabetismo

A queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo mais jovem de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%), mas teve a maior queda em três décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, uma redução de 17,7 p.p. desde 2000 (queda de 46,7%).

“Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

Analisando-se as taxas por idade e cor ou raça, o analfabetismo para pretos e pardos atingiu valores acima de 2% a partir da faixa etária de 25 a 34 anos de idade, enquanto para brancos isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos. A diferença entre brancos e pretos atinge seu valor máximo para o grupo de 65 anos ou mais (20,9 p.p.).

“A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças, quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas”, diz a analista da pesquisa.

Apenas na faixa de 65 anos ou mais, alfabetização de homens é maior do que a de mulheres

Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era de 93,5%, ante 92,5% dos homens. A vantagem é verificada em todos os grupos etários, exceto entre os de 65 anos ou mais de idade, com 79,9% para homens e 79,6% para as mulheres. A maior diferença foi no grupo de 45 a 54 anos, 2,7 p.p a mais para as mulheres.

Taxa de analfabetismo em pequenos municípios é quatro vezes maior do que a de cidades acima de 500 mil habitantes

A taxa de analfabetismo foi abaixo da média nacional somente nos municípios acima de 100.000 habitantes. Os 1.366 municípios com população entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais (13,6%). Essa taxa é mais de quatro vezes maior do que aquela calculada para os 41 municípios cuja população era acima de 500.000 habitantes (3,2%).

“A alfabetização é de responsabilidade dos municípios e está diretamente relacionada aos recursos que os municípios têm para investir em educação. A taxa de analfabetismo é menor nos municípios acima de 100 mil habitantes porque eles dispõem de mais recursos e infraestrutura para educação, além de outros fatores como localização, idade média e áreas urbanas ou rurais”, ressalta Betina Fresneda.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

Em todas as classes de tamanho, os cinco municípios com menor taxa de analfabetismo são da Região Sul ou de São Paulo. Na faixa de até 10 mil habitantes os destaques são: São Joao do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios acima de 500 mil habitantes destacam-se Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2,0%).

Já as maiores taxas de analfabetismo foram encontradas na Região Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí – Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%); e na faixa de 10 mil a 50 mil habitantes – Alto Alegre/RR (36,8%), Estrela de Alagoas/Al (34,2%), Traipu/AL (32,7%), Pedro Alexandre/BA (31,9%) e Amajari/RR (31,8%).

Pessoas residentes e taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade por classes de tamanho da população dos Muncípios, segundo municípios selecionados – Brasil- 2022

Municípios com as 5 menores taxas de analfabetismoMunicípios com as 5 maiores taxas de analfabetismo
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Até 10 milSão João do Oeste (SC)0,9Padre Marcos (PI)34,0
Westfália (RS)1,1Paquetá (PI)34,3
Rio Fortuna (SC)1,2Massapê do Piauí (PI)34,3
Águas de São Pedro (SP)1,2Aroeiras do Itaim (PI)34,6
São Vendelino (RS)1,3Floresta do Piauí (PI)34,7
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 10 mil até 50 milBom Princípio (RS)1,3Amajari (RR)31,8
Feliz (RS)1,4Pedro Alexandre (BA)31,9
Pomerode (SC)1,4Traipu (AL)32,7
Dois Irmãos (RS)1,4Estrela de Alagoas (AL)34,2
Teutônia (RS)1,4Alto Alegre (RR)36,8
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 50 mil até 100 milSão Bento do Sul (SC)1,7Coroatá (MA)23,8
Campo Bom (RS)1,8Boa Viagem (CE)24,3
Itapema (SC)1,9Icó (CE)25,9
Farroupilha (RS)1,9Buíque (PE)28,8
Indaial (SC)2,0Granja (CE)29,0
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 100 mil até 500 milSão Caetano do Sul (SP)1,2Itabaiana (SE)16,0
Balneário Camboriú (SC)1,2Caxias (MA)17,5
Blumenau (SC)1,4Lagarto (SE)18,4
Jaraguá do Sul (SC)1,4Breves (PA)18,9
Santos (SP)1,6Codó (MA)22,3
MunicípioTaxaMunicípioTaxa
Mais de 500 milFlorianópolis (SC)1,4Feira de Santana (BA)6,6
Curitiba (PR)1,5Natal (RN)6,6
Joinville (SC)1,6Teresina (PI)7,1
Porto Alegre (RS)1,7Jaboatão dos Guararapes (PE)7,2
Santo André (SP)2,0Maceió (AL)8,4

Sul e Sudeste têm taxa de alfabetização acima de 96%

A Região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização, que aumentou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, está a da Região Sudeste, passando de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022. A taxa da Região Nordeste permaneceu a mais baixa, apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização é a da Região Norte, cujo indicador seguiu a tendência nacional, aumentando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, ficando um pouco mais próxima da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

Taxa de analfabetismo do Nordeste continua sendo o dobro da média nacional

O analfabetismo na Região Nordeste (14,2%) continuou sendo o dobro da média nacional (7,0%) – em 2010, as taxas eram, respectivamente, de 19,1% e 9,6%. As taxas de analfabetismo do Norte e do Nordeste tinham, em 2022, valores acima de 2% desde o primeiro grupo de idade. No Centro-Oeste, isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos e para no Sul e Sudeste apenas a partir de 45 a 54 anos.

Enquanto entre as pessoas com até 44 anos a taxa de analfabetismo era menor que 2% nas regiões Sudeste e Sul, o grupo mais novo, de 15 a 19 anos, sequer tinha alcançado percentuais de analfabetismo abaixo de 2% nas regiões Norte (2,2% de analfabetos) e Nordeste (2,4% de analfabetos). Pessoas com 65 anos de idade ou mais no Nordeste têm taxa de analfabetismo (39,4%) 3,5 vezes maior do que a registrada na Região Sul (11,3%) para o mesmo grupo etário.

Santa Catarina tem a maior taxa de alfabetização, Alagoas, a menor

Entre as unidades da federação, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%, e as menores, em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%. Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, isto é, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 p.p., enquanto, em 2022, esse diferencial caiu para 15,0 p.p. entre Santa Catarina e Alagoas. Entre os censos de 2010 e 2022, Alagoas foi a unidade da federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 p.p., resultado que, no entanto, não foi suficiente para retirá-la da última posição.

Taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi 85,0% em 2022

No Censo 2022, definiu-se como pessoas indígena aquela que reside em localidades indígenas e se declarou pelo quesito “cor ou raça” ou pelo quesito “se considera indígena”, e, também, a pessoa que vive fora das localidades indígenas e se declarou no quesito “cor ou raça”. Por isso, o total de pessoas indígenas pode ser superior ao total de pessoas de cor ou raça indígena.

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que havia no país 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.008.539 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 178.707 não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi de 85,0% em 2022, abaixo da taxa nacional, de 93,0%. A taxa de analfabetismo dessa população foi de 15,1%, acima da taxa nacional de 7,0%.

As taxas de alfabetização mais elevadas das pessoas indígenas são encontradas no Sudeste (91,7%), Sul (89,4%) e Centro-Oeste (87,3%). As mais baixas no Nordeste (82,0%) e Norte (84,7%).

Taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu em todas as regiões e faixas etárias

De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu de 23,4% para 15,1%. Houve redução em todas as grandes regiões, sendo a queda mais expressiva observada na Região Norte (de 31,3% para 15,3%), seguida da Região Centro-Oeste (de 20,8% para 12,7%) e da Região Nordeste (de 24,4% para 18,0%). A Região Sudeste teve a menor queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas, que passou de 10,5% para 8,3%, e o Sul, a segunda menor, passando de 15,7% para 10,6%.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 (de 22,9% para 12,0%), 55 a 64 (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). “Isso é reflexo do investimento na educação diferenciada de crianças, jovens e adultos indígenas, no período intercensitário, e a ampliação do pertencimento étnico-indígena fora das Terras Indígenas, quando comparado com 2010”, diz Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.

Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%). A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade. A partir dos 35 anos, a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores (4,7 p.p.) para o grupo de 65 anos ou mais, o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens.

Mais sobre a pesquisa

Com a pesquisa “Censo 2022 Alfabetização: Resultados do Universo”, o IBGE traz a público mais uma divulgação temática dos resultados do Censo Demográfico 2022, abordando as informações relativas à alfabetização da população brasileira. Nesta divulgação, os dados disponibilizados contemplam os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios e estão desagregados, também, segundo a cor ou raça, pessoas indígenas, sexo e os grupos de idade dos moradores.

IBGE

Faleceu na manhã desta sexta-feira (17), o ex-prefeito de Cristinápolis, Geraldo Oliveira. A informação foi confirmada pela prefeitura do município. Geraldo, que tinha 73 anos, foi prefeito entre os anos de 1993 e 1996.

A causa da morte não foi divulgada. Segundo informações, Geraldo sofria de Alzheimer e Mal de Parkinson.

Arquivo

A Prefeitura de Cristinápolis decretou luto oficial em homenagem ao ex-gestor e seus serviços prestados ao município. “O decreto de luto oficial reflete o respeito e a admiração da gestão e da população local pelo ex-prefeito. Os nossos sentimentos a todos os familiares e amigos!”, declarou a prefeitura em nota.

O sepultamento de Geraldo Oliveira ocorreu na Colina da Saudade, em Aracaju.

Ele deixa esposa e três filhos.

O conselheiro Luis Alberto Meneses presidiu a sessão da Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), na última quarta-feira, 15, quando foram julgados 59 processos.

Rogério Sobral

Entre os destaques, decisão pela regularidade com ressalvas em auditoria de conformidade realizada na folha de pagamento da Prefeitura Municipal de Ribeirópolis, que teve como principal objetivo avaliação de gastos na área de pessoal e as medidas tomadas pelo gestor responsável para redução de tais gastos, assim como verificar a existência de acúmulo de cargos em funções públicas por servidores do município.

Na auditoria, verificou-se o descumprimento de limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e acúmulo irregular de dois cargos públicos ou mais por servidores. Além da regularidade com ressalvas, o julgamento resultou em multa de R$ 8 mil para o interessado, Rogério Sobral Costa.

Por: Tribunal de Contas do Estado de Sergipe

Anvisa aprovou um aumento do controle para o medicamento zolpidem. Com isso, qualquer medicamento contendo zolpidem deverá ser prescrito por meio de Notificação de Receita B (azul), já que o produto faz parte da lista de substâncias psicotrópicas da norma de substâncias controladas no Brasil. A receita tipo B exige que o profissional prescritor seja previamente cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária. 

O zolpidem já estava enquadrado na lista B1 (psicotrópicos), que é mais restrita, porém o Adendo 4 dessa mesma lista flexibilizava a restrição e previa que medicamentos com até 10 mg de zolpidem por unidade posológica seriam equivalentes aos medicamentos da Lista C1 – Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial. Para esta categoria, C1, a prescrição pode ser feita em receita branca de duas vias e não há a exigência de que o profissional que prescreve seja previamente cadastrado pela autoridade sanitária local. 

@azerbaijan_stockers⏐Freepik

A medida foi adotada a partir do aumento de relatos de uso irregular e abusivo relacionados ao uso do zolpidem. A análise conduzida pela Anvisa demonstrou um crescimento no consumo dessa substância e a constatação do aumento nas ocorrências de eventos adversos relacionados ao seu uso. Foi possível ainda identificar que não há dados científicos que demonstrem que concentrações de até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado. 

O enquadramento foi aprovado em reunião da Diretoria Colegiada da Agência. 

O que é o zolpidem 

O zolpidem é um agente hipnótico indicado no tratamento da insônia de curta duração, por dificuldades em adormecer e/ou manter o sono. Seu uso deve ser o menor possível e, assim como para todos os hipnóticos, não deve ultrapassar quatro semanas. 

O tratamento além do período máximo não deve ser estendido sem uma reavaliação da condição do paciente, pois o risco de abuso e dependência aumenta com a dose e a duração do tratamento. 

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

O que muda com a norma 

Com a exclusão do Adendo 4 da Lista B1 da Portaria 344/1998, a partir do dia 1º de agosto de 2024 a Notificação de Receita B (azul) passa a ser obrigatória para a prescrição e a dispensação de todos os medicamentos à base de zolpidem, independentemente da concentração da substância. 

Este prazo foi definido para evitar que os pacientes possam ter alguma descontinuidade no seu tratamento. 

O prazo também é necessário para que os prescritores que porventura ainda não possuam cadastro para a prescrição em Notificação de Receita azul possam se cadastrar junto às autoridades sanitárias locais para o recebimento de numerações para a confecção dos seus talonários de receituário.  

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

Os medicamentos, incluindo aqueles com embalagem com tarja vermelha, poderão ser dispensados nas farmácias até o final do seu prazo de validade, mediante a apresentação de Notificação de Receita B, em cor azul. 

Empresas fabricantes 

A adequação de bula e rotulagem pelas empresas detentoras do registro ocorrerá nos moldes já estabelecidos nas normas da Anvisa.  

Até 1º de dezembro de 2024, os fabricantes desses medicamentos poderão fabricá-los com a embalagem com tarja vermelha.  Após essa data, todos os medicamentos fabricados à base de zolpidem já deverão conter a tarja preta em sua embalagem, conforme é exigido para os medicamentos da Lista B1 da Portaria SVS/MS 344/1998.  

Lembramos que, nas farmácias, os medicamentos com zolpidem, tanto em embalagens com tarja vermelha quanto preta, poderão ser dispensados até o final do seu prazo de validade, mediante a apresentação de Notificação de Receita B, em cor azul. 

Confira o voto da diretora relatora, Danitza Buvinich.

O vereador Camilo Daniel (PT) entrou com Ação Popular contra o Governo de Sergipe para  barrar as ações que visam à privatização da DESO. A Ação Popular propõe a nulidade definitiva do decreto estadual 556/2024 e que se dissolva a microrregião criada. 

Camilo Daniel – Foto: Gilton Rosas |CMA

Por meio da ação popular, qualquer cidadão pode acionar a jurisdição com a finalidade de contrapor-se a ato de autoridade pública de forma a opor-se a atos ilegais ou lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

A ação defende a água como direito humano e a privatização pode dificultar o acesso aos serviços de distribuição da DESO para a população sergipana. O impacto da privatização pode causar transtornos e encarecer a tarifa.

O vereador afirma que “a Deso é patrimônio do povo sergipano, a água é um direito humano e não pode ser tratada como mercadoria visando o lucro. Privatizar também põe em risco a estabilidade dos trabalhadores, não podemos compactuar com tamanho retrocesso”, conclui.

Por: Assessoria de Imprensa do Parlamentar

O Brasil foi escolhido na madrugada desta sexta-feira (17) para receber a Copa do Mundo Feminina de 2027. No Queen Sirikit National Convention Center lotado, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou que o país vai sediar, pela primeira vez na história, o Mundial Feminino. O Brasil obteve 119 votos na eleição promovida no 74ª Congresso da Fifa. A candidatura tripla formada por Alemanha, Holanda e Bélgica conseguiu 78 votos.

Brasil será sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 – CBF|Divulgação

“Agradeço a confiança de todos que participaram do Congresso da Fifa pela escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Vivemos hoje um dia histórico em Bangkok. Essa é uma vitória do futebol feminino mundial. Garanto a todos vocês que o Brasil fará a melhor Copa do Mundo Feminina da história”, comemorou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, principal responsável pelo sucesso da candidatura brasileira.

A Copa do Mundo Feminina será realizada pela primeira vez que a América do Sul. Antes, o Brasil organizou o Mundial masculino de 1950 e o de 2014. Por ser a anfitriã, a Seleção Brasileira já está classificada. A 10 ª edição da Copa do Mundo Feminina terá 32 países e será disputada em dez cidades. 

Em Bangkok, a comitiva brasileira contou com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ministro do Esporte, André Fufuca, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 20027 e gerente de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da Seleção Brasileira), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo da FIFA), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

“Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento”, acrescentou Rodrigues, que, ao ser eleito em 2022, decidiu que o desenvolvimento do futebol feminino no país seria uma das prioridades da sua gestão. 

Solidariedade ao povo gaúcho

Logo no início do discurso da vitória, Ednaldo Rodrigues fez questão de prestar solidariedade aos gaúchos. “Apesar da euforia neste momento histórico, antes de tudo, gostaria de prestar minha solidariedade a milhões de brasileiros que vivem no Rio Grande do Sul e passam por uma tragédia climática sem precedentes. Toda força ao povo gaúcho”, afirmou Ednaldo Rodrigues.

Ele também agradeceu o apoio do governo federal e o trabalho de todos os integrantes do comitê de candidatura.

Reprodução

Vitória por 41 votos de diferença

Pela primeira vez na história, a escolha da sede foi realizada da forma mais democrática. Desta vez, todas as mais de 200 federações nacionais tiveram direito a participar da eleição eletrônica. Antes, a decisão era tomada apenas pelos cerca de 40 integrantes do Comitê Executivo. Na Tailândia, 207 países votaram nesta sexta-feira. Apenas os quatro países candidatos não votaram.

Desde o início da semana, o presidente da CBF e os integrantes da delegação brasileira fizeram o corpo a corpo com os eleitores na tentativa de conseguir o maior número de votos. O Brasil começou a campanha com o apoio da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) que tem apenas nove votos, excluindo o voto do Brasil. Já a candidatura européia partiu com o apoio do continente, que têm 55 países.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

Apesar da desvantagem inicial, o Brasil desenvolveu em um ano um projeto que convenceu os eleitores. Sob o slogan Uma Escolha Natural (A Natural Choice), o país se apresentou na Tailândia como potência mundial e contou com o apoio de representantes de todos os continentes para que a Copa do Mundo Feminina da FIFA seja um catalisador de oportunidades para mulheres dentro e fora dos campos. O Mundial trará um legado duradouro no que diz respeito ao uso dos equipamentos esportivos para fortalecer o futebol feminino, à capacitação de profissionais do esporte e aos programas sociais vinculados com o evento em todas as regiões do Brasil.

Brasil obteve a melhor nota na avaliação da Fifa

Antes da eleição, o Brasil já mostrava que estava no caminho certo. A candidatura nacional obteve a melhor nota na avaliação dos técnicos da Fifa, realizada em fevereiro. O Brasil conseguiu nota 4 enquanto a candidatura adversária atingiu a pontuação de 3,7. A nota máxima da avaliação era 5.

No relatório de quase 100 páginas, divulgado no início do mês, os integrantes da delegação da Fifa que inspecionou o Brasil elogiaram os estádios escolhidos pelo Brasil para sediar o evento e destacaram o potencial comercial do país. Os integrantes da delegação levaram também em consideração o apoio governamental à candidatura brasileira.

O relatório avalia uma série de critérios como infraestrutura, serviços, aspectos comerciais, sustentabilidade e direitos humanos.

O ator Tony Ramos, de 75 anos, foi internado nesta quinta-feira (16) no Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, para tratar um sangramento no cérebro.

Estevam Avellar / Globo

De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, o ator foi submetido a uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural. O estado de saúde é estável.

O Hospital Samaritano Botafogo informa que o ator Tony Ramos foi submetido a uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural no início da noite de hoje (16/05). O estado de saúde do paciente é estável.

HOSPITAL SAMARITANO BOTAFOGO

Novo boletim médico deve ser divulgado na tarde desta sexta-feira (17).

O Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca) informou, nas redes sociais, o cancelamento das sessões – dos dias 17,18 e 19 de maio – da peça “O que só sabemos juntos”, encenada por Tony Ramos e a atriz Denise Fraga.

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (16), em Aracaju, os professores da Rede Estadual de Ensino de Sergipe decidiram por deflagrar paralisação de três dias, a ser realizada nos dias 22, 23 e 24 de maio. A decisão, tomada em repúdio às inverdades publicadas pelo Governo do Estado e à falta de propostas efetivas para atender às reivindicações da categoria, marca o endurecimento da luta do magistério sergipano por seus direitos.

Segundo o SINTESE, sindicato que representa os professores, a paralisação se faz necessária diante da postura intransigente do Governo, que, mesmo após reunião com o sindicato nesta quinta-feira, não apresentou soluções concretas para as demandas da categoria.

Pixabay

Ações judiciais em curso

Além da paralisação, o SINTESE também informa que entrará com ações judiciais para garantir os direitos dos professores. As ações visam garantir o descongelamento das gratificações e a realização do concurso público do magistério.

Reunião com o Governo

O SINTESE foi recebido pelo governador em exercício, Zezinho Sobral, que também é secretário de Estado da Educação e Cultura. Segundo ele, o sindicato busca “outras complementações” e que o governador Fábio Mitidieri pediu que “a gente fizesse esses cálculos e encaminhássemos à Assembleia Legislativa para alteração da tabela”.

CONTINUA APÓS PUBLICIDADE

No entanto, o sindicato ressalta que as propostas do Governo não atendem às suas reivindicações e que a paralisação é o único meio de pressionar por soluções justas e adequadas.

Mobilização da categoria

O SINTESE convoca todos os professores da Rede Estadual de Ensino de Sergipe a participarem ativamente das ações da categoria.

Os três dias de paralisação serão marcados por atos públicos:

  • Dia 22/05 (quarta-feira): ato em frente ao Palácio de Despachos, às 8h, em Aracaju;
  • Dia 23/05 (quinta-feira): ato no Calçadão do Centro de Aracaju, às 8h;
  • Dia 24/05 (sexta-feira): ato em frente a Secretaria de Estado da Educação, às 8h.

Assista ao vídeo do presidente do SINTESE, professor Roberto Silva: