A Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por meio do Núcleo de Direitos Humanos e Promoção da Inclusão Social (NUDEDH), ajuizou no último dia 23 de julho, uma Ação Civil Pública (ACP) com pedido de tutela de urgência contra o ex-deputado Arthur do Val, também conhecido como “Mamãe Falei”, em razão de declarações ofensivas proferidas contra o povo sergipano.

Ex-deputado cassado Arthur do Val
“Nunca imaginei que um dia nessa vida ainda faria Coquetéis Molotov para o exército Ucraniano” — Foto postada nas redes sociais

A ação foi fundamentada em diversas normas constitucionais e infraconstitucionais de proteção à dignidade da pessoa humana.

Segundo o defensor público e diretor do Núcleo de Direitos Humanos, Sérgio Barreto Morais, o ex-deputado publicou vídeos em seu perfil no Instagram (mamãe.falei2026), em que se refere aos sergipanos com expressões profundamente ofensivas e discriminatórias como “povo de merda”, “povo burro do c…” e “gente chimpanzil”.

“Essas falas não podem ser consideradas mera crítica política, configuram discurso de ódio com teor preconceituoso e de incitação à discriminação regional”, disse o defensor público.

Para o membro da Defensoria Pública, as falas atingem diretamente a honra e dignidade de uma coletividade, com repercussão nacional.

“O comportamento de Arthur do Val é, à toda evidência, dirigido e concebido à anulação do próximo; à diminuição do outro, enquanto ser humano dotado de prerrogativas básicas e essenciais”, salientou Barreto.

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Na ação, a Defensoria Pública pleiteia a imediata retirada dos vídeos da internet, a condenação de Arthur do Val ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 100 mil — a ser destinada ao fomento da cultura sergipana — e a proibição de novas manifestações discriminatórias sob pena de multa diária de R$ 20 mil.

Sérgio Barreto ressalta que a ação não é isolada, mas parte de sua missão institucional de promoção dos direitos humanos e defesa dos grupos em situação de vulnerabilidade.

“O preconceito regional expressa uma das formas mais perversas de exclusão social, atentando contra os fundamentos da República, como a dignidade da pessoa humana e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária”, pontuou.

O defensor público reforça que os fatos criminosos propalados por Arthur do Val em redes sociais floresce em proporção incalculável, retumbando nacionalmente.

“À vista da repercussão da sua postagem – e com anseio sub-reptício de angariar mais seguidores –o comportamento do ex-deputado reforça o caráter torpe e vil por meio do conteúdo em suas publicações, estimulando o ódio, a insânia e o preconceito, visando sempre a anulação do próximo. Portanto, um comportamento inaceitável e repudiável”, manifestou.


Defensoria Púbica de Sergipe

A Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa Preta para investigar suspeitas de crimes eleitorais em Roraima.

Sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
Lucas Figueiredo|CBF

Entre os alvos estão o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, a deputada federal Helena da Asatur (MDB) e seu marido, o empresário Renildo Lima.

A ação inclui mandados de busca e apreensão cumpridos nas residências dos investigados, na sede da CBF no Rio de Janeiro, além do bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos envolvidos.

O que informa a Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30/7), a Operação Caixa Preta, com o objetivo de investigar suspeita da prática de crimes eleitorais em Roraima.

A investigação teve início após a apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais.

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Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima e Rio de Janeiro, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

Nota da CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que recebeu agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 desta quarta-feira, num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima.

É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações.

A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

GE

Um influenciador digital foi preso em flagrante por extorsão contra um empresário, ao exigir o pagamento de R$ 1,5 mil para não difamá-lo nas redes sociais em Aracaju.

Influenciador é preso em flagrante após extorquir empresário em Aracaju
Reprodução

A prisão, que ocorreu na tarde desta terça-feira (29), foi realizada pela 3ª Delegacia Metropolitana (DM) no momento em que o investigado recebia R$ 700 da vítima, em um restaurante localizado na Orla da Atalaia, na zona sul da capital.

Segundo o delegado Henrique Tomiello, responsável pela ação, no dia anterior à prisão, o empresário já havia feito um Pix no valor de R$ 800 ao investigado. “Ao perceber que estava sendo alvo de chantagem, o empresário procurou a 3ª DM e relatou as ameaças”, complementou.

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Com base nas informações relatadas pelo empresário, a equipe policial montou uma operação que resultou na prisão em flagrante do suspeito logo após o recebimento da quantia combinada.

Durante a abordagem, os policiais constataram que o influenciador digital estava com o dinheiro oriundo da extorsão. Ele foi conduzido à unidade policial, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante.

O caso segue sendo investigado para apurar se há outras vítimas do mesmo esquema criminoso.

A Polícia Civil reforça que práticas criminosas, mesmo quando disfarçadas de “denúncias públicas” em redes sociais, configuram crime e serão tratadas com o devido rigor legal. Informações e denúncias podem ser repassadas anonimamente pelo Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.

Nesta quarta-feira (30), militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), em operação com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SE), prenderam um casal por suspeita de tráfico de drogas na BR-101, no município de Laranjeiras.

FICCO prende homem com 5 kg de cocaína na BR-101 em Sergipe
Divulgação

Cinco tabletes de cocaína foram apreendidos em um veículo.

Os militares realizavam patrulhamento na região, quando receberam informações de agentes da FICCO/SE que um casal, oriundo do estado de Alagoas, trafegava na BR 101 e transportava uma quantidade de drogas em um veículo Renault Kwid, de cor branca.

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Em posse das informações, os militares do BPChoque interceptaram o veículo no município de Laranjeiras, nas proximidades de um fábrica. Um casal estava no automóvel e, durante a abordagem, foram apreendidos 5,5 kg de cocaína, distribuídos em cinco tabletes.

Além das drogas, dois aparelhos celulares foram apreendidos.

O homem informou que recebeu a droga na cidade de Arapiraca, Alagoas, e a entregaria em Aracaju.

Os suspeitos e todo o material ilícito foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal.


Ascom PM/SE

O calendário de pagamento dos servidores do governo de Sergipe referente a este mês de julho terá início nesta quarta-feira (30). Entre ativos, aposentados e pensionistas, mais de 75 mil pessoas receberão as respectivas remunerações.

Dinheiro sacado do caixa eletrônico
ASN|Arquivo

A quitação dos salários e benefícios será feita em duas etapas. Nesta quarta-feira receberão os aposentados e pensionistas. Já na quinta-feira (31), o pagamento será direcionado aos servidores das demais secretarias, empresas, autarquias e fundações.

Os aniversariantes do mês de julho receberão também o valor correspondente à primeira parcela do décimo terceiro. Os valores serão depositados ao longo dos respectivos dias.

O cumprimento do calendário injetará cerca de R$ 510 milhões na economia sergipana. A ação ajuda a aumentar a circulação de recursos dentro do estado, contribuindo para o desenvolvimento local.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) está diretamente ligada ao acesso ao primeiro emprego, à mobilidade e à qualificação para atividades profissionais que vêm crescendo, como entregadores e motoristas de aplicativo.

Documento de CNH em mãos
Itailuan dos Anjos / Detran-BA

Mas, com um valor que ultrapassa fácil os R$3 mil, para muitos brasileiros a CNH é algo inacessível. Prova disso é que, atualmente, cerca de 40 milhões de brasileiros estão em idade legal para dirigir, mas muitos ainda não possuem habilitação, em grande parte devido ao alto custo do processo atual.

Cenário que pode mudar com o projeto desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, que prevê suspender a obrigatoriedade de frequentar Centro de Formação de Condutores (CFC), também conhecidos como autoescolas, para obter a CNH nas categorias A (motocicletas) e B (veículos de passeio).

“Mas é importante destacar que as autoescolas seguirão oferecendo as aulas e que a exigência de aprovação nas provas teórica e prática dos Detrans será mantida”, explica o ministro dos Transportes, Renan Filho.

O novo modelo pode reduzir o custo do documento em até 80%. Ainda sob análise da Casa Civil, o projeto, quando aprovado, será regulamentado por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece as normas do sistema de trânsito brasileiro.

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“Isso vai ser produtivo para o Brasil, vai incluir as pessoas, porque dentro do recorte há outras exclusões ainda mais cruéis. Por exemplo, se a família tivesse o dinheiro para tirar só uma carteira, e como tirar uma custa em torno de R$3 a R$4 mil, ela escolhe tirar só do homem e muitas vezes a mulher fica inabilitada, excluída, justamente por essa condição. Então a gente precisa criar um ambiente para que as pessoas tenham condição de se formalizar, de serem incluídas”, defende o ministro dos Transportes.

A medida se inspira em práticas adotadas em países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai, onde os modelos de formação são mais flexíveis e centrados na autonomia do cidadão.

O objetivo é democratizar o acesso à habilitação, gerar oportunidades e aumentar a segurança no trânsito. Para se ter uma ideia, 45% dos proprietários de motocicletas e outros veículos de duas rodas, pilotam sem possuir CNH. Já na categoria B, 39% dos proprietários de veículos de passeio dirigem sem habilitação.

Dados sobre o retrato da habilitação no Brasil
Divulgação

“A gente precisa baratear, utilizar as novas tecnologias, dar condição ao cidadão de ter formação digital, para que ele tenha conhecimento, porque o pior condutor é aquele que está no trânsito agora e não teve nenhuma condição de ser habilitado”, conclui Renan Filho.

Menos burocracia

Ainda segundo a proposta, as aulas práticas, que antes tinham uma exigência mínima de 20 horas-aula, passarão a ser opcionais e sem exigência de carga horária mínima. O candidato poderá contratar um centro de formação ou um instrutor autônomo credenciado nos Detrans e na Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), obtendo sua formação da forma que achar mais adequada e minimizando os custos.

Band Jornalismo

“O modelo valoriza a formação baseada na demonstração de conhecimento e habilidades, por meio dos exames teórico e prático, garantindo que o candidato esteja apto para conduzir. Além disso, promove maior autonomia ao permitir que o processo seja mais acessível e menos burocrático, o que contribui para a inclusão social e a segurança no trânsito”, conclui o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.

O projeto, que já foi concluído pelo Ministério dos Transportes, agora aguarda a aprovação da Casa Civil da Presidência da República para ser implementado.


Ministério dos Transportes

A Secretaria da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), por meio do Procon Aracaju, tem realizado fiscalizações na Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa) e em supermercados da capital sergipana, com o objetivo de monitorar os preços do morango in natura.

Procon anuncia aumento do preço do morango em Aracaju
Procon Aracaju

A ação começou na semana passada e foi motivada pelo aumento na procura e também pela escassez do produto.

Durante a fiscalização, a equipe observou aumento significativo nos preços praticados no mercado. Uma caixa com quatro bandejas antes custava entre R$ 30,00 e R$ 35,00. Hoje, chega a R$ 70,00. Com relação às bandejas individuais, o preço adotado era de R$ 5,00. Agora, ultrapassa os R$ 20,00.

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“A fiscalização tem o intuito de defender o direito do consumidor, além de coibir práticas comerciais desleais no mercado. Importante destacar que o Procon também atua com a participação do consumidor. Caso perceba qualquer prática abusiva, pode contactar a nossa equipe por meio do número (79) 3179-6040 ou 151“, afirmou a coordenadora-geral do Procon Priscilla Teles. 

Ainda durante a ação, a equipe do Procon requisitou as notas fiscais de entrada e saída dos morangos. O objetivo dessa coleta de dados é permitir uma análise detalhada da cadeia de comercialização, verificando as margens de lucro  e identificando se há indícios de abusividade nos preços repassados ao consumidor final.

Agentes do Procon fiscalizam Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa)
Procon Aracaju

Atuação do Procon

O Procon não regula os preços praticados no mercado, uma vez que os valores são definidos livremente pelos fornecedores, conforme a política de livre concorrência. No entanto, o órgão atua quando há indícios de prática abusiva, como aumentos sem justificativas legal ou falta de clareza nas informações prestadas ao consumidor, conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor (CDC). 

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália, onde estava foragida, na tarde desta terça-feira, 29.

A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil.

STF condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ
Reprodução | Agência Brasil

O deputado italiano Angelo Bonelli denunciou um endereço em Roma no qual Zambelli estaria hospedada.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já está identificando Zambelli”, publicou o parlamentar na rede social X.

Reprodução

Ela vinha sendo caçada pela Interpol.

Zambelli foi condenada, em 14 de maio, a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Duas semanas após ser condenada, a deputada deixou o Brasil.


Com informações da Agência Brasil

A Polícia Federal prendeu, na tarde desta terça-feira (29/7), em Aracaju/SE, um homem condenado a 25 anos e 11 meses de reclusão pelo crime de estupro. O mandado de prisão havia sido expedido pela 2ª Vara da Comarca de Rio das Ostras/RJ.

Agente da Polícia Federal
Polícia Federal|Divulgação

O foragido era alvo de difusão vermelha da Interpol e possuía residência cadastrada no Uruguai. Durante a abordagem policial, o indivíduo tentou evadir-se, descendo pela varanda de um andar do prédio onde se encontrava, mas foi capturado pelos policiais federais.

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A condenação decorre de denúncia que apontou a prática de crimes de violência sexual contra menor de 14 anos, ocorridos entre os anos de 2002 e 2006, no estado do Rio de Janeiro.

Ao ser conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Sergipe, foi constatado que o homem apresentava-se com identidade falsa, motivo pelo qual também foi autuado em flagrante pelo crime de uso de documento falso.

Após os procedimentos legais, o foragido será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Em uma decisão de forte impacto para o mercado imobiliário sergipano, a 15ª Vara Cível de Aracaju concedeu, na última segunda-feira (28), uma liminar que suspende toda a publicidade e comercialização de unidades ligadas à Administradora Condominial Empreendimentos Ltda.

Centro Médico Empresarial Premier, da Administradora Condominial Empreendimentos Ltda
Reprodução

Assinada pela juíza Bethzamara Rocha Macedo, a decisão atende a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Sergipe (MP-SE), com base em denúncia formalizada pela Associação Sergipana de Empresários de Obras Públicas e Privadas (ASEOPP).

A liminar proíbe a empresa de captar novos “associados”, realizar vendas ou veicular anúncios de seus projetos enquanto não houver comprovação do Registro de Incorporação em cartório, conforme exige a Lei nº 4.591/1964. A Condominial tem o prazo de três dias para retirar toda a publicidade do ar, sob pena de multa de R$ 10 mil por descumprimento.

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A medida afeta mais de 20 empreendimentos, entre eles projetos de grande porte como:

  • Rooftop Rio Office, com 224 unidades;
  • Centro Médico Empresarial Premier, com 382 unidades;
  • Wave Rooftop, com 110 unidades.

Para o empresário Luciano Barreto, presidente da ASEOPP, a liminar representa o reconhecimento de uma luta antiga pela legalidade no setor:

“Esta liminar é um divisor de águas. É o reconhecimento, pela Justiça, de tudo o que a ASEOPP vem denunciando incansavelmente: um modelo que, sob a aparência de ‘Associações Pró-Construção’, opera na ilegalidade, transfere todo o risco do negócio ao comprador e promove uma concorrência desleal e devastadora. Ganha o consumidor, que passa a ter mais segurança, e ganha o mercado, que dá um passo fundamental rumo à moralidade e à justiça.”

Na decisão, a juíza destacou os elementos reunidos durante a investigação do Ministério Público, que partiu da denúncia da ASEOPP. Entre os principais pontos, constam:

  • A empresa ré admitiu realizar todos os atos para colocar os empreendimentos no mercado, com assembleias iniciais compostas exclusivamente por seus sócios e familiares diretos, como esposas e cônjuges, que se autodeclaravam associados e se elegiam para cargos de diretoria e conselhos fiscais.
  • Segundo a magistrada, o objetivo era dar aparência de legitimidade ao modelo associativo, mas tratava-se de uma estrutura fictícia, sem participação real de terceiros interessados, em desacordo com os princípios legais.
  • A administradora declarou não ser proprietária das áreas onde os projetos são ofertados. Para a juíza, essa conduta viola deliberadamente a legislação vigente e frustra a legítima expectativa dos consumidores.
  • O modelo utilizado transfere integralmente aos consumidores a responsabilidade pela execução das obras, colocando-os como se fossem os próprios construtores, sem direito de recorrer contra vícios construtivos ou de acionar garantias previstas no Código de Defesa do Consumidor.
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A decisão judicial evidencia um problema de grandes proporções no estado. Segundo nota pública divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Sergipe (Creci-SE), o modelo de “Associação Pró-Construção” já foi utilizado para o lançamento de mais de 10 mil unidades imobiliárias em Sergipe.

Com um valor médio de R$ 500 mil por unidade, o volume de negócios supera R$ 5,4 bilhões. Segundo o Creci-SE, além de prejudicar consumidores, essa prática resulta em mais de R$ 270 milhões em comissões que deixam de ser pagas aos corretores de imóveis, caracterizando evasão fiscal e concorrência desleal.

“Os números do Creci-SE e a nova decisão da Justiça confirmam a gravidade do cenário. Não se trata de uma disputa de mercado, mas de uma luta pela legalidade. A ASEOPP seguirá firme em seu propósito de garantir um ambiente de negócios ético, transparente e seguro para todos em Sergipe.”, conclui Luciano Barreto, da ASEOPP.


Marcelo Carvalho, assessoria de comunicação