Numa partida bastante emocionante em Lódz, na Polônia, a seleção brasileira feminina de vôlei derrotou o Japão por 3 sets a 2 (23-25, 25-21, 25-18, 19-25, 15-8) e garantiu vaga na final da Liga das Nações.

Brasil vira sobre o Japão e está na final da Liga das Nações de vôlei
Volleyball World|Reprodução

A adversária na busca pelo título inédito será a Itália, que derrotou a Polônia por 3 a 0 (25-18, 25-16, 25-14), também neste sábado. A final, neste domingo, começa às 15h de Brasília.

A equipe comandada por Zé Roberto Guimarães teve dificuldades na primeira parcial, vencida pelas japonesas por 25 a 23. Porém, pouco a pouco, o Brasil ficou mais à vontade em quadra e fechou os dois sets seguintes sem maiores ameaças (25 a 21 e 25 a 18).

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Com as costas contra a parede, o Japão aumentou a intensidade no quarto set para evitar a eliminação e fez os últimos cinco pontos de forma consecutiva para fechar em 25 a 19.

No decisivo tie-break, o Brasil foi abrindo vantagem e as japonesas sucumbiram diante da pressão. Em um ataque de Júlia Bergmann, a seleção brasileira fechou em 15 a 8. Bergmann, com 24 pontos, foi a segunda maior pontuadora do Brasil na partida, apenas um ponto atrás de Gabi, que registrou 25.

A vitória representou uma revanche para o Brasil, que foi derrotado exatamente pelo Japão na semifinal da competição no ano passado. 

Agora, a seleção tem pela frente a atual campeã da Liga das Nações e dos Jogos Olímpicos e que chega à decisão com uma campanha invicta. A Itália não perde há 28 partidas.

O Brasil tenta seu primeiro título da Liga das Nações. Será a quarta vez que a seleção brasileira feminina chega à decisão, depois dos vices em 2019, 2021 e 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) aceitou a denúncia do Ministério Público Eleitoral contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e mais três políticos do Partido Liberal. Eles são acusados de disseminação de fake news durante o processo eleitoral de 2024 e ataques difamatórios ao então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição e falecido este ano.

Deputado bolsonarista Nikolas Ferreira
Kayo Magalhães|Câmara dos Deputados

Além de Nikolas, tornaram-se réus o deputado estadual Bruno Engler (PL) — que concorreu à Prefeitura —, a deputada estadual Delegada Sheila (PL) e Cláudia Araújo, candidata a vice de Engler na última disputa.

Os quatro têm dez dias para apresentar defesa, conforme despacho do juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte.

Caso condenados, poderão perder os mandatos, tornar-se inelegíveis por até oito anos e ser obrigados a pagar indenizações.

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Sobre a denúncia do Ministério Público

Segundo o Ministério Público, durante o 2º turno das eleições os acusados usaram trechos do livro “Cobiça”, de Fuad Noman, para associá-lo à pedofilia e erotização infantil. Vídeos da campanha de Engler foram anexados ao processo. O MP afirmou que os parlamentares utilizaram “meios escusos”, atribuindo à obra “um caráter difamatório”. Nikolas, de acordo com a atuação do MP, teria atuado “de forma leviana e injusta”.

O parlamentar também teria descumprido ordem judicial anterior, que determinava a exclusão dos conteúdos, mas seguiu com as publicações em tom de deboche, segundo as apurações do Metrópoles.

JP News

Outro lado

Em seu perfil no X, Nikolas Ferreira repudiou a denúncia, classificando-a como “perseguição política”. Disse o bolsonarista:

“Estão querendo cassar os meus direitos políticos por que fiz rachadinha? Por que coloquei dinheiro na cueca? Por que quebrei estatais? Não! Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais, não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país.”

A Polícia Civil de Sergipe, por meio da delegacia de Porto da Folha, instaurou inquérito policial para investigar uma rifa não autorizada que promete distribuir prêmios milionários, incluindo uma fazenda de 350 hectares, um pivô de 75 hectares, veículos de luxo e tratores.

Viatura da Polícia Civil de Porto da Folha, em Sergipe
Polícia Civil|Divulgação

Os supostos prêmios, segundo os organizadores, somam mais de R$ 20 milhões.

De acordo com as investigações, a rifa começou a ser comercializada no início de 2025, com bilhetes ao preço de R$ 10,00, e já teve suas datas de sorteio prorrogadas diversas vezes. Até o momento, não há qualquer autorização dos órgãos competentes para a realização do sorteio, o que caracteriza indícios de crime de loteria não autorizada.

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Além disso, a delegacia de Porto da Folha também apura possíveis crimes de propaganda enganosa, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.

A investigação aponta que alguns dos automóveis anunciados como prêmios, incluindo um Audi Q3 e um Fiat Strada estão alienados a instituições financeiras e pertencem a empresas que não possuem vínculo com os organizadores da rifa.

A Polícia Civil alerta a população sobre os riscos de prejuízos financeiros decorrentes da participação na rifa investigada. Informações que possam auxiliar nas apurações podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia, através do telefone 181, com garantia de sigilo para o comunicante.

As investigações da Operação Circuito Fechado tiveram um novo desdobramento nesta semana. Equipes da 2ª Delegacia Metropolitana (2ª DM) cumpriram mandados judiciais de busca e apreensão pc localizar veículos utilizados nos furtos de baterias veiculares, além de identificar receptadores dos produtos subtraídos.

2ª Delegacia Metropolitana cumpre mandados judiciais em continuidade às investigações sobre furtos de baterias em Sergipe
Polícia Civil|Divulgação

A Operação Circuito Fechado, deflagrada pela Polícia Civil de Sergipe, apura uma série de furtos de baterias de veículos registrados em diferentes regiões do Estado. A primeira fase da ação ocorreu na última quinta-feira, 24, quando o principal suspeito do esquema foi localizado após oito meses de investigação. Durante a abordagem, realizada em Aracaju, o homem reagiu e foi contido pelos policiais.

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Nesta nova fase iniciada na tarde desta sexta-feira, 25, a 2ª DM concentra os trabalhos na localização dos veículos utilizados nas ações criminosas, bem como na identificação dos receptadores dos objetos furtados.

“Nosso objetivo é não apenas responsabilizar quem realizou os furtos, mas também quem está comprando e repassando essas baterias, dando suporte ao crime”, explicou a delegacia responsável pela investigação.

O material apreendido nos cumprimentos de mandados passará por análise, e novas diligências serão realizadas com o intuito de concluir o inquérito e desarticular completamente a rede criminosa.

A Diretoria de Competições da CBF divulgou nesta sexta-feira (25) a tabela detalhada das semifinais da Copa do Nordeste 2025, com as informações de horários, locais e grade de TV dos confrontos.

Estádio do Confiança
Confiança / Divulgação

Os confrontos são de jogos únicos. O CSA recebe o Confiança, no dia 20 de agosto, às 21h30, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL), enquanto o Bahia enfrenta o Ceará, na mesma data e horário, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

O Bahia possui quatro títulos da Copa do Nordeste (2001, 2002, 2017 e 2021), enquanto o Ceará já ergueu o troféu em três oportunidades (2015, 2020 e 2023). CSA e Confiança lutam pela sua primeira taça da competição.

Clique para ver a tabela detalhada (PDF)

A Justiça do Distrito Federal decidiu nesta sexta-feira (25) tornar réu o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pela acusação de fraudar o resultado de competição esportiva.

Burno Henrique, de pênalti, marca gol do Flamengo
Paula Reis|CRF

A decisão foi proferida pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília. O magistrado aceitou parcialmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o atleta pelo suposto envolvimento em esquema de manipulação de apostas na internet (bets).

Apesar de tornar o atacante réu, o juiz rejeitou a parte da denúncia que acusava Bruno Henrique de estelionato e o pedido dos promotores para que o jogador fosse obrigado a pagar R$ 2 milhões de fiança.

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O jogador foi investigado por ter forçado um cartão amarelo no jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, em Brasília, para beneficiar parentes dele que faziam apostas. Além do atleta, amigos e familiares também foram investigados. 

No ano passado, Bruno foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o MPDFT. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.

A Agência Brasil busca contato com a defesa de Bruno Henrique. O espaço está aberto para manifestação.

Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido dos advogados do jogador para anular a investigação. A defesa alegou que o caso deveria ser conduzido pela Justiça Federal, e não pela Justiça do Distrito Federal.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informa nesta sexta-feira (25/7) o acionamento da Bandeira Vermelha, no patamar 2, para o mês de agosto. Isso significa que as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 7,87 (sete reais e oitenta e centavos) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Pessoa acionando o interruptor de apagar a luz
Fernando Frazão|Agência Brasil

O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas.

Sobre as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

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Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.

ANEEL

Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a ANEEL reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas do senador Marcos do Val (Podemos-ES). A decisão atinge movimentações realizadas via Pix e cartões de crédito.

Senador Marcos do Val
Senador Marcos do Val – Foto: Pedro França ⏐ Agência Senado

A medida foi determinada após o parlamentar viajar para os Estados Unidos sem autorização do Supremo. No ano passado, uma decisão da Corte determinou a suspensão dos passaportes do senador. Contudo, na última quarta-feira (23), Marcos do Val embarcou para Miami com passaporte diplomático, que não foi entregue por ele à Polícia Federal (PF).

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O senador é investigado pelo STF pela suposta campanha de ataques nas redes sociais contra delegados da Polícia Federal que foram responsáveis por investigações envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Antes de sair do país, o senador pediu a Alexandre de Moraes autorização para viajar, mas o pedido foi negado.

Em nota à imprensa, a assessoria do senador confirmou que ele viajou com um passaporte diplomático, que estava válido.

O passaporte diplomático encontra-se plenamente válido até 31 de julho de 2027, sem qualquer restrição. Em 22 de julho de 2025, a Embaixada dos Estados Unidos da América, em Brasília, renovou o visto oficial (B1/B2) do Senador, com validade até 16 de julho de 2035, o que atesta o pleno reconhecimento internacional de sua legitimidade e regularidade diplomática”, diz a nota do parlamentar. 

O Ministério Público de Sergipe (MPSE), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, firmou nesta sexta-feira, 25, contrato com a Fundação Carlos Chagas (FCC) para a realização do IV Concurso Público destinado ao provimento de cargos efetivos dos serviços auxiliares da instituição.

Procurador-Geral de Justiça Nilzir Soares Vieira Junior e a Promotora de Justiça Maura Silva de Aquino
Ícaro Novaes|MPSE

A contratação foi formalizada pelo Procurador-Geral de Justiça, Nilzir Soares Vieira Junior, e contou com a presença da Promotora de Justiça Maura Silva de Aquino, integrante da comissão do concurso.

A Fundação Carlos Chagas será responsável pela organização e execução de todas as etapas do certame, incluindo a elaboração, aplicação e correção das provas.

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O concurso público ofertará 28 vagas, além da formação de cadastro de reserva, para cargos de níveis médio e superior. Serão contempladas áreas como administração, informática (em diversas especialidades), contabilidade, estatística, psicologia, pedagogia e medicina (clínica geral e psiquiatria).

O edital será publicado em breve no Diário Oficial Eletrônico do MPSE e nos sites oficiais da instituição e da Fundação Carlos Chagas, com todas as informações sobre inscrições, etapas do certame e cronograma.

Clique aqui e confira a Resolução N° 015/2025 — CPJ

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que decidiu, por medida de precaução, suspender temporariamente a comercialização, a distribuição, a fabricação, a importação, a propaganda e o uso do medicamento de terapia gênica Elevidys® (delandistrogeno moxeparvoveque) no Brasil.

Medicamento de terapia gênica Elevidys
Rafael Paiva|Fiocruz

A suspensão vale até que sejam integralmente esclarecidas as recentes incertezas de segurança relacionadas a relatos de casos fatais de insuficiência hepática aguda em pacientes tratados com o produto nos Estados Unidos. Confira a RE 2.813/2025, publicada na Edição Extra do Diário Oficial desta quinta-feira (24/7).   

Essa decisão foi tomada em função de novas informações regulatórias divulgadas pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, que relata três óbitos associados ao uso de produtos de terapia gênica com a tecnologia vetorial AAVrh74, desenvolvida pela empresa Sarepta Therapeutics.

Dois desses casos ocorreram em pacientes pediátricos não deambuladores (que não conseguiam caminhar por conta própria) com distrofia muscular de Duchenne (DMD), tratados com Elevidys®.

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O terceiro caso foi de um paciente adulto com distrofia muscular de cinturas, que utilizou um produto de terapia gênica experimental baseado no mesmo vetor viral. Os eventos envolveram evolução para insuficiência hepática aguda com desfecho fatal. Destaca-se que a empresa Sarepta Therapeutics é a responsável pelo registro do Elevydis® nos Estados Unidos.    

Uso autorizado no Brasil

No Brasil, o registro do Elevidys® foi concedido à empresa Roche Farma Brasil em dezembro de 2024, em caráter excepcional, exclusivamente para pacientes pediátricos deambuladores (que andam) na faixa etária de 4 a 7 anos, com mutação confirmada no gene DMD.

O registro foi condicionado ao monitoramento intensivo de segurança e à confirmação de eficácia de longo prazo, conforme a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 505/2021.     

Nenhum dos casos fatais acima relatados ocorreu no Brasil. Tais óbitos se referem a cenários clínicos com indicações não autorizadas pela Anvisa, conforme divulgado pela Agência, em 17 de junho de 2025, em relação aos dois casos iniciais. Veja a notícia completa.  

Interrupção nos Estados Unidos e em outros países  

É importante destacar que a empresa Sarepta atendeu a uma solicitação da FDA e interrompeu voluntariamente a distribuição do medicamento Elevidys® nos Estados Unidos para todos os pacientes, incluindo aqueles deambuladores e não deambuladores (veja aqui).    

De forma semelhante, a Roche comunicou a suspensão voluntária e temporária do fornecimento de Elevidys® para novos pacientes deambuladores com DMD em países fora dos Estados Unidos que dependem exclusivamente da aprovação da FDA para uso local do produto, além daqueles com programas assistenciais específicos.

Após articulação com a Anvisa, a empresa Roche decidiu suspender voluntariamente, também no Brasil, a disponibilização do produto Elevidys®, com as devidas comunicações técnicas aos profissionais da saúde brasileiros.    

Embora os casos de óbito tenham ocorrido em perfil de pacientes para os quais o Elevidys® não está indicado no Brasil e não haja, até o momento, relatos de problemas relacionados à sua aplicação no país, a Anvisa decidiu suspender temporariamente o uso do produto.

A decisão foi tomada de forma cientificamente prudente e preventiva, diante do surgimento de novos dados internacionais que apontam para hepatotoxicidade grave com desfecho fatal.     

Dessa forma, apesar da situação restritiva e controlada do uso no Brasil e da experiência internacional com mais de 700 pacientes tratados sem óbitos na população deambuladora, a suspensão temporária do uso do produto como medida preventiva, em alinhamento com a empresa Roche, tem o objetivo de:    

  • Garantir a segurança dos pacientes brasileiros, que deve sempre prevalecer sobre qualquer outra consideração.
  • Permitir a avaliação aprofundada dos sinais de risco hepático emergentes nos Estados Unidos.
  • Discutir, com base nos novos achados e correlações, possíveis aprimoramentos e ajustes no plano de gerenciamento de risco e nas estratégias de manejo clínico, se necessário, antes de eventual retomada da comercialização do medicamento.

Como se trata de um produto inovador, complexo e de uso restrito, qualquer dúvida razoável sobre seu perfil de segurança exige ação regulatória imediata.    

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Conforme estabelece o art. 11 da RDC 505/2021, a Anvisa pode, a qualquer tempo, solicitar provas adicionais de segurança e eficácia, bem como aplicar medidas regulatórias cautelares, inclusive a suspensão temporária da importação, comercialização e distribuição do produto, até que a relação benefício-risco seja novamente considerada favorável.

A RDC 948/2024 determina que, em caso de novas evidências que demonstrem que o medicamento regularizado deixou de ter relação benefício/risco positiva, a regularização sanitária poderá ser suspensa; nesse caso, medidas preventivas e cautelares podem ser adotadas.    

A Anvisa segue em articulação com a FDA, dos Estados Unidos, e com a PMDA (Pharmaceuticals and Medical Devices Agency), agência reguladora do Japão, para o aprofundamento do monitoramento contínuo da segurança, qualidade e eficácia do Elevidys®. Ressalta-se que o Elevidys® está registrado no Brasil, nos Estados Unidos e no Japão.    

Entenda melhor sobre o monitoramento do Elevidys® no país

No Brasil, o registro do Elevidys® foi concedido em dezembro de 2024, em caráter excepcional, exclusivamente para pacientes pediátricos deambuladores (4 a 7 anos) com mutação confirmada no gene DMD, e condicionado ao monitoramento intensivo de segurança e à confirmação de eficácia de longo prazo, conforme a RDC 505/2021.

Segundo informações da empresa Roche, cerca de 10 pacientes brasileiros foram tratados com o produto.    

Até quinta-feira, dia 24 de julho, foram recebidas pela Anvisa três notificações de eventos adversos feitas pela empresa Roche, todos ocorridos em 2025.     

De acordo com a análise de causalidade dos eventos adversos, dois deles foram classificados como prováveis e com evolução favorável e compatível com os efeitos já descritos em bula e observados nos estudos clínicos.

Destacam-se o aumento de enzimas musculares (creatina quinase), sendo um efeito demonstrado na referida terapia gênica para DMD, possivelmente relacionado à resposta imune ao vetor AAV ou à expressão de microdistrofina em fibras musculares afetadas; e sintomas gastrointestinais, que podem estar relacionados a corticoterapia (usada para supressão imunológica).    

Também foram observados aumentos das enzimas hepáticas e hepatite. A toxicidade hepática é um risco documentado com vetores AAV, devido ao seu tropismo hepático. A hepatite pode ser mediada por resposta imune ao vetor ou ao transgene.     

Cabe ressaltar que o terceiro caso notificado no Brasil apresentou nexo causal improvável com o uso do Elevidys®, sendo o quadro clinicamente compatível com uma infecção viral grave (influeza A), intensificada por imunossupressão, resultando em óbito. 

A bula do Elevidys® recomenda adiar a administração em casos de infecção ativa e preconiza a vacinação como mecanismo preventivo.     

Assim, os eventos notificados no Brasil relacionados ao Elevidys®, até o momento, não configuram sinal de segurança novo ou inesperado à saúde na população de pacientes brasileiros deambuladores com DMD.

A bula brasileira já inclui alertas específicos sobre risco de lesão hepática grave e recomendações de precaução para pacientes com comprometimento hepático ou infecção hepática crônica, dentre outras advertências relacionadas, como infecções simultâneas e consequências de imunossupressão devido ao uso de corticoides.

Em pesquisa realizada na quinta-feira (24/7) no VigiMed, não foram identificados novos casos além dos três já notificados.    

A Anvisa reforça seu compromisso com a proteção da saúde da população, com o rigor técnico regulatório e com o acesso seguro e responsável às terapias avançadas no Brasil.

Para mais informações sobre o processo de registro do Elevidys na Anvisa, acesse:

Anvisa aprova registro de primeiro produto de terapia gênica para Distrofia Muscular de Duchenne (DMD)

Parecer Público de Avaliação de Medicamento – PPAM – Elevidys® (delandistrogeno moxeparvoveque)


O medicamento, considerado um dos mais caros do mundo, chegando ao valor de R$ 17 milhões, é o único capaz de frear o avanço da distrofia muscular de Duchenne (DMD), uma doença genética rara e degenerativa.