OS CINCO AGENTES que registraram boletim de ocorrência policial pela detenção que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos numa viatura da Polícia Rodoviária Federal são Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas.

Todos são agentes do Comando de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal no Sergipe e assumem, em documento oficial, compor a “equipe de motopoliciamento tático [que] efetuava policiamento e fiscalização” responsável pela detenção que terminou com a morte de Genivaldo. O caso ocorreu às margens da BR-101 em Umbaúba, Sergipe.

Trecho do boletim de ocorrência assinado pelos cinco agentes da PRF — reprodução

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Os agentes confessam no boletim que usaram “espargidor de pimenta e gás lacrimogêneo”, em função da “agitação do abordado”. Eram “tecnologias de menor potencial ofensivo”, garantiram.

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O boletim de ocorrência registrado pelos policiais, de número 1510422220525111006, parece tratar de uma ocorrência diferente da registrada em vídeo – ainda que não seja o caso. O documento fala em emprego do uso “diferenciado da força”, que ao ver deles ocasionou uma “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”. No documento, os policiais fizeram questão de registrar os “delitos” de “desobediência” e “resistência”.

Os agentes da PRF Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas participavam de uma operação chamada Nordeste Seguro quando prenderam Genivaldo.

As imagens feitas por quem assistiu à detenção revelam uma crueldade que é incompatível com o relato do boletim de ocorrência.

Matéria completa no The Intercept Brasil


NE NOTÍCIAS

NE Notícias repudia o que ocorreu!

Nada como ver e rever as imagens! Serve, pelo menos, para aprender e repugnar cada vez mais!

Inadmissível, sob qualquer aspecto.

Que jamais ocorra o que ocorreu na BR-101, no município de Umbaúba, região Sul de Sergipe.

Fique com Deus, querido Genivaldo!

Deus o abençoe, sempre!

Reprodução

A Polícia Rodoviária Federal afastou os agentes que abordaram um negro, de 38 anos, na BR-101, no município de Umbaúba/SE.

Genivaldo teve o corpo sepultado nesta quinta-feira, 26.

Três agentes fizeram a abordagem.

A suspeita do uso inadequado de gás lacrimogêneo na detenção de Genivaldo de Jesus Santana, que morreu durante abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), é a cena que mais impressiona durante a filmagem da ação, ocorrida nesta quarta-feira em Umbaúma (SE). Segundo especialistas, a utilização do gás em um ambiente confinado, como visto, é uma falha grave, mas outros erros também devem ser considerados: despreparo na tentativa de imobilização, desconhecimento sobre características das munições, falta de treinamento dos agentes e patrulha ostensiva para além dos limites de atuação da PRF, cuja atribuição é patrulhar rodovias.

Ilustração de Cristiano Siqueira (@crisvector) – Instagram

Sobrinho da vítima, Wallyson de Jesus informou que seu tio possuía problemas mentais, e que ele não desobedeceu a nenhuma ordem dada pelos agentes. No vídeo, é possível ver Genivaldo sendo imobilizado, no chão, por dois policiais, até ser colocado no porta-malas da viatura. No final, o gás é jogado no lugar onde ele estava, e as portas são fechadas. Em nota, a PRF afirmou que foram “empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” em razão da “agressividade” da vítima. O motivo inicial da abordagem ainda não foi esclarecido. Um procedimento disciplinar foi aberto para apurar a conduta dos agentes no episódio.

Antropólogo e ex-comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) do Rio, o coronel da reserva Robson Rodrigues explicou que o uso do gás lacrimogêneo não é recomendado em ambientes confinados, e que outras alternativas deveriam ter sido usadas. 

— O uso do gás foi totalmente inadequado. Se era para conter agressividade, não era essa a melhor maneira. Havia sinais claros de despreparo, eram dois policiais para conter uma pessoa, tiveram muita dificuldade — disse Rodrigues, que destacou a necessidade de policiais terem ciência de todas observações feitas por fabricantes de munições, sobretudo dos efeitos colaterais. — Por isso a terminologia “munição não letal” foi trocada para “menos letal”. Para chamar a atenção que, em determinados momentos, ela pode ser letal sim.

O especialista listou as alternativas que os agentes possuíam para realizarem uma abordagem eficiente. 

— A primeira ferramenta é sempre a comunicação oral. Nesse momento eles já deveriam, inclusive, analisar a situação psicológica da pessoa. Depois, o uso do corpo deveria ser o suficiente e, se fosse o caso, até algemar as pernas. Durante patrulha policial, é preciso estar preparado para se deparar com pessoas em transtorno. Mas o que não poderia ser utilizado era o gás em ambiente confinado, até porque se ele já estava dentro da viatura, já estava imobilizado. O resultado foi catastrófico — afirmou o Coronel, que lembrou ainda que o gás poderia prejudicar os próprios policiais no interior do veículo. — Eles podem ter acreditado que o gás só iria desacordar a vítima, mas o gás não tem esse efeito. Ele ataca as vias respiratórias, e em ambientes fechados produz irritação tão grande que traz problema pulmonar.

‘Nota lamentável’

Robson Rodrigues chamou a atenção para falhas estruturais dentro da instituição. Por isso, o especialista diz que, além do comportamento dos agentes, é preciso que se investigue a condição das munições, se o carro era adequado para transporte de detento, se os agentes vêm recebendo treinamento correto para utilização de gás lacrimogêneo e se a patrulha estava dentro do escopo de atuação da PRF, ou seja, resguardar a segurança de rodovias federais. 

O Coronel ainda criticou a nota divulgada pela PRF

“A nota é lamentável. Corrobora algo tecnicamente inadequado, e toma logo as versões dos policiais antes de qualquer investigação, como se fosse a verdade”. 

Ex-comandante da PMERJ, o Coronel Ubiratan Angelo destaca que, pelas imagens, não havia sinais de que Genivaldo demonstrava ameaça aos policiais. 

“Ele parecia bastante resistente, mas não uma resistência que nos faz vislumbrar a possibilidade de ofensa física aos policiais ou a outra pessoa. Os agentes estavam com dificuldade de completar a imobilização e transportar para o carro, mas ele estava imobilizado a ponto de não mais oferecer perigo”.

Explicou Angelo, que frisa que um jato de gás poderia ser usado na abordagem, se necessário, mas num momento anterior.

“Deve ser feito em espaço aberto, quando colocamos o gás num ambiente confinado, a pessoa vai respirar só o gás, sem possibilidade de oxigenar o sistema respiratório.”

O secretário da segurança pública, João Eloy de Menezes, lamenta o falecimento de Givaldo Lopes Santos, 58, servidor do Instituto Médico Legal (IML). Ele apresentou um mal súbito após o almoço, foi atendido imediatamente, mas não resistiu e faleceu.

Givaldo Lopes Santos ingressou no serviço público de Sergipe em 3 de fevereiro de 1995 e na Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp), em 2013. Ele também prestou serviços na 5ª Delegacia Metropolitana, sendo sempre assíduo e executando seu ofício com presteza e comprometimento.

O velório está sendo realizado na Piaf, situada à Rua Laranjeiras 1681, bairro Getúlio Vargas.

O secretário da segurança pública, João Eloy de Menezes lamenta profundamente a morte e presta as mais sinceras condolências aos colegas, amigos e familiares.

A Defensoria Publica do Estado de Sergipe vem a público manifestar-se sobre a ação dos policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem que culminou com a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, na cidade de Umbaúba, no Sul de Sergipe, na quarta-feira (25).

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Repudiamos qualquer conduta desproporcional e desrespeito aos direitos humanos, sendo imprescindível sua apuração sob os rigores da lei.

A Defensoria Pública presta condolências aos familiares da vítima e reafirma que está a sua inteira disposição, através do nosso Centro Integrado de Atendimento Psicossocial (CIAPS) e Núcleo de Direitos Humanos para o suporte necessário nesse momento de dor.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Sergipe expediu ofício nº457/2022, nessa quarta-feira (25/05), ao superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe, Jason Gomes Terêncio, sugerindo o afastamento imediato dos policiais rodoviários envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida no município de Umbaúba.

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No ofício, a Ordem ainda solicita, em caráter de urgência, uma reunião no sentido de envidar esforços para elucidar os graves fatos ocorridos, além de maiores informações para, em caso positivo, fornecer dados para o acompanhamento do feito, ou mesmo a nomeação de representante desta casa para compor um comitê de apuração que seja imparcial e célere. 

A Ordem ressalta ainda a necessidade de fornecer amparo à família da vítima neste momento, garantindo a observância dos direitos fundamentais.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) limitou em 15,5% o índice de reajuste para os planos de saúde individuais e familiares regulamentados (contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98). O percentual é o teto válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023 para os contratos de cerca de 8 milhões de beneficiários, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil. Ao todo são 49,1 milhões de beneficiários com planos de assistência médica no País, de acordo com dados referentes a março de 2022.

O índice de 2022 foi apreciado pelo Ministério da Economia e aprovado em reunião de Diretoria Colegiada na tarde de 26/05. A decisão será publicada no Diário Oficial da União e o reajuste poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano.

Para chegar ao percentual de 2022, a ANS utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) descontado o subitem Plano de Saúde.

O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro. Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020.

Em 2021, a Agência anunciou, pela primeira vez um percentual de reajuste negativo (-8,19%), o que resultou na redução das mensalidades no período de maio de 2021 a abril de 2022. O percentual negativo refletiu a queda de 17% no total de procedimentos (consultas, exames, terapias e cirurgias) realizados em 2020, em relação a 2019, pelo setor de planos de saúde. A redução da utilização dos serviços aconteceu em decorrência das medidas protetivas adotadas para evitar a disseminação da Covid-19. Em 2021, com a retomada gradativa da utilização dos planos de saúde pelos beneficiários, as despesas assistenciais apresentaram crescimento, influenciadas principalmente pela variação no preço dos serviços/insumos de saúde.

A Polícia Federal instaurou inquérito policial para investigar as circunstâncias da morte GENIVALDO DE JESUS SANTOS, no município de Umbaúba, região sul do Estado de Sergipe.

Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos

O fato ocorreu na tarde desta quarta-feira (25/5), durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 101.

Diligências acerca do caso já foram iniciadas e a PF trabalha para esclarecer o ocorrido o mais breve possível.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu procedimento para acompanhar as investigações sobre os fatos que levaram à morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, no município de Umbaúba, cerca de 100 km de distância da capital, Aracaju. O homem morreu na quarta-feira (25) durante abordagem de policiais rodoviários federais.

Segundo noticiado pela imprensa, Genivaldo foi imobilizado e colocado dentro do porta-malas da viatura da Polícia Rodoviária Federal. Nesta quinta-feira, 26, a imprensa divulgou laudo do Instituto Médico Legal em que consta que a causa da morte foi devido à asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. 

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Diante dos fatos, o MPF instaurou procedimento para acompanhar as investigações. Inicialmente, requisitou informações à Delegacia de Polícia Civil de Umbaúba. Solicitou à Polícia Federal que instaure inquérito ou informe o número do inquérito que tenha sido instaurado para apurar os fatos. E também solicitou à Polícia Rodoviária Federal informações sobre processo administrativo instaurado para fins de apuração da abordagem policial. O prazo para os órgãos enviarem resposta ao MPF é de 48 horas.

Controle Externo da Atividade Policial – A Constituição Federal de 1988 atribuiu ao Ministério Público Federal, entre outras funções, atuar na fiscalização e controle da atividade policial, em âmbito federal. Desse modo, o MPF age para garantir um serviço policial prestado com eficiência e respeito a todos os cidadãos.

Confira aqui a íntegra do despacho de autuação.

Sob forte comoção popular, foi sepultado no início da tarde desta quinta-feira, 26, o corpo do homem que morreu depois de abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal.

O sepultamento ocorreu no município de Umbaúba, onde ocorreu a abordagem.

A abordagem de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, doente mental, ocorreu ontem à tarde na BR-101, no município de Umbaúba, Sergipe.

Veja as imagens do velório: