O Ministério da Justiça e Segurança Pública já contabiliza 275 crimes eleitorais em todo o país. Deste total, 121 resultaram em prisões; e R$ 1,8 milhão apreendido, no total até agora. Seis armas foram apreendidas. Os números, divulgados pouco antes das 9h, constam do boletim da Operação Eleições 2022.

O estado com maior número de ocorrências é o Rio de Janeiro, com 27 casos, seguido do Amapá (26), Goiás e Roraima (ambos com 21 ocorrências), Sergipe (19) e Acre (11). Na sequência, Amazonas e São Paulo registraram 11 e 10 ocorrências, respectivamente, seguidos de Minas Gerais e Paraná, com 9 ocorrências cada.

Antonio Cruz/Agência Brasil

Até o momento, o crime eleitoral mais praticado, segundo o boletim, é o de “compra de votos/corrupção eleitoral”, com 97 registros. Crimes de boca de urna somam oito ocorrências; e transporte irregular de eleitores, sete casos.

Das 121 prisões ocorridas, 23 foram em Roraima; 16 no Amapá; 12 no Espírito Santo; e 11 no Acre e na Paraíba. Outras 10 prisões foram feitas no Amazonas. Dos 58 crimes comuns ocorridos nos locais de votação, 55 foram praticados contra candidatos.

O ministério já contabiliza, em todo país, 33 casos de incidentes de segurança pública e defesa civil: 15 em Minas Gerais; oito no Rio Grande do Sul; seis em Pernambuco; e um no Amazonas. Houve também seis casos relatados de falta de energia (cinco em Minas Gerais e um no Amazonas).

A Operação Eleições conta com a participação de representantes institucionais das 27 unidades federativas; do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); das Polícias Civis e Militares; da Polícia Federal; da Polícia Rodoviária Federal (PRF); dos Corpos de Bombeiros Militares; do Ministério da Defesa; da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); das Secretarias de Segurança Pública e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Éder Jofre morreu neste domingo (2) em São Paulo. O boxeador tinha 86 anos e estava internado desde março com pneumonia e faleceu em decorrência de complicações da doença. Ele também sofria de encefalopatia traumática crônica. Conhecida como demência pugilística, a doença foi dignosticada em 2015.

TV Brasil/Reprodução

Paulistano, Jofre foi considerado um dos maiores boxeadores da história e o primeiro brasileiro a conquistar um cinturão de relevância em nível mundial. O Galinho de Ouro, como era conhecido, foi campeão mundial do peso galo de 1960 a 1965; e, em 1973, faturou ainda o cinturão mundial do peso pena. Teve um cartel de 81 lutas, sendo 75 vitórias (52 por nocaute), quatro empates e duas derrotas.

Ele entrou em 2021 para o Hall da Fama do Boxe da Costa Oeste dos Estados Unidos. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o velório. Mas, o corpo do campeão será cremado no Crematório da Vila Alpina, em São Paulo.

Era um sábado de 1992, dia de eleições municipais. Naquele dia de outubro, Denise Monteiro entrou na antiga Casa de Detenção do Carandiru, na zona norte da capital, em busca de notícias sobre o irmão, que ela chama, carinhosamente, de Nenê. A primeira coisa que sentiu ao chegar naquele lugar, conta, foi um cheiro de creolina misturado com sangue. “Lembro desse cheiro até hoje”, afirmou, durante um seminário promovido pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em memória aos 30 anos do pior episódio já ocorrido em presídios brasileiros: o Massacre do Carandiru.

Um dia antes, a polícia havia entrado na Casa de Detenção para conter um motim de presos que havia começado no Pavilhão 9, local onde ficavam encarcerados os réus primários, aqueles que cumpriam sua primeira pena de prisão. Grande parte deles estava ali aguardando julgamento. Na ação policial, que o Ministério Público mais tarde denunciou como sendo violenta e excessiva, 111 detentos foram mortos. Nenhum policial ficou ferido.

“Quando chegamos [na Casa de Detenção] tinha uma lista com o nome dos falecidos. Não achamos o nome dele [do irmão dela, Maurício Monteiro]. Quando a gente estava entrando lá, tinha um pessoal desesperado porque tinha gente que não tinha o nome na lista, mas tinha sido assassinado”, contou, durante o seminário na Unicamp. “Mas quando vimos o Nenê, quando vi meu irmão, fiquei tranquila. Aquele dia foi chocante”, relembrou.

Nenê, ou Maurício Monteiro, é um dos sobreviventes do massacre. Hoje graduado em Gestão Ambiental e formando-se em Educação Física, ele luta para que o passado não seja esquecido. “Pois assim não cometeremos mais os mesmos erros”, diz.

Monteiro chegou à Casa de Detenção em 1990 e passou a viver no terceiro andar do Pavilhão 9. “Lembro de pessoas sobre a tutela do Estado sendo assassinadas”, disse ele à Agência Brasil.

“Não houve conversa, os policiais já chegaram atirando”.

“Em meio a toda aquela loucura, havia pelo menos um policial, chamado de Tenente, que estava fazendo o possível para que houvesse menos mortes. E, no momento em que iriam atirar dentro de nossa cela, ele evitou o acontecido. Mas, para eu chegar vivo ao pátio, foi só com a misericórdia de Deus”, lembrou.

Naquele dia 2 de outubro de 1992, mesmo dia em que celebrava seu aniversário, o escritor Andre du Rap teve que fingir que estava morto para sobreviver. “Eu fui dado como morto. Meu nome saiu na lista [de mortos]”, contou, durante evento na Unicamp. “Eu comemoro meu aniversário duas vezes: pelo dia que eu nasci e pelo dia em que eu sobrevivi”, destacou.

Imagem de um pavilhão do complexo à época — Foto: João Wainer/Espaço Memória Carandiru

Sua história no Carandiru foi transformada no livro Sobrevivente Andre Du Rap: do Massacre do Carandiru. E, foi assim, que ele descobriu a literatura e as artes. “Tive o privilégio de, naquele momento, dia do meu aniversário, dia 2 de outubro, tomar uma mordida de um cachorro na cabeça, quatro facadas, um policial quebrar o meu braço em três lugares e ter de me jogar dentro de um elevador e ficar com vários cadáveres sobre mim [para sobreviver]”. Sua história, inclusive, aparece no filme Carandiru, de Hector Babenco, baseado no livro Estação Carandiru, de Dráuzio Varella.

“O Brasil é um país muito violento e de uma história de violências. E não estamos só falando de estatísticas de violência, mas do quanto essa violência foi central pra gente ser o país que é. A gente tem que pensar que nós somos um país colonial e que a colonização foi uma ação violenta, de genocídio, que dizimou populações nativas e povos indígenas, que escravizou populações no continente africano e as trouxe e as manteve sob condições desumanas e de muita violência como escravas no Brasil. Ou seja, nossa economia, nossa existência como país, está fundada em uma violência estruturante”, disse Frederico de Almeida, professor do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e coordenador do Laboratório de Estudos de Política e Criminologia (PolCrim).

Violência que, segundo ele, continua ocorrendo pelo país. 

“Nós estamos falando de massacres realizados em presídios, nós estamos falando de chacinas, nós estamos falando de violência contra os povos originários, nós estamos falando de violência contra os trabalhadores rurais sem-terra, nós estamos falando de uma letalidade policial cotidiana e crescente. São violências que se reproduzem, se perpetuam e que aumentam na nossa democracia. Essa é uma marca do país e é um desafio que o país não conseguiu superar”, disse o professor da Unicamp.

Para Monteiro, o Brasil só irá superar essa marca de violência investindo em políticas públicas, principalmente relacionadas a uma “educação libertadora”.

“É preciso entender o que a história nos diz entre erros e acertos e clamar por políticas públicas efetivas, principalmente ,voltadas à saúde e educação”, disse.

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Ação policial excessiva

Em entrevista à Agência Brasil, o promotor Márcio Friggi, que atuou em quatro dos Tribunais do Júri que responsabilizaram os policiais pelo Massacre no Carandiru, disse que o que aconteceu naquele dia 2 de outubro, há 30 anos, foi “uma ação policial em excesso”.

“Em um primeiro momento, existem possíveis justificativas jurídicas porque havia um motim instalado e o Estado tem o dever de debelar o motim. O problema é qual foi a maneira escolhida [para isso]. Eles [os policiais] fizeram de uma maneira arbitrária, violenta, com violência desnecessária, para além do necessário. Esses excessos intencionais, que chamamos de excesso doloso, afasta qualquer justificativa inicial de que eles agiram em legítima defesa ou em estrito cumprimento do dever legal. Todas [essas justificativas] ficam afastadas quando existe o excesso intencional”, destacou o promotor.

Durante a entrevista, ele citou o caso de Ronaldo Gasparino, que estava preso na Casa de Detenção do Carandiru naquela época. Gasparino era um preso provisório e ainda não tinha sido julgado quando os policiais entraram no Carandiru naquela tarde de sexta-feira. Ele acabou sendo morto.

“Qual o crime do qual ele era acusado? Ele entrou em um coletivo sozinho, com uma faca na mão, chegou no cobrador e disse assim: ‘Pelo amor de Deus, meus filhos estão passando fome. E eu preciso comprar leite para dar para as minhas crianças. Me dá o que você tem aí de dinheiro’. O cobrador entregou a ele o equivalente a R$ 12 hoje. Ele então saiu do ônibus e foi preso poucos minutos depois disso. Existe roubo aí? Existe. Mas vejam as circunstâncias desse roubo”, questionou o promotor.

“Esse indivíduo, sem qualquer outra passagem criminal, com um problema mais social do que jurídico, teve a prisão dele provisória convertida em pena de morte a critério de policiais militares que entenderam que esse era o melhor caminho para se debelar uma rebelião. Será que esse é o caminho que a sociedade entende como mais adequado para construir um verdadeiro estado democrático de direito? Será que realmente as pessoas ainda acreditam que a execução desse tipo de pessoa por policiais militares é um caminho adequado para se ter garantida a segurança e a justiça social? Casos de massacres como o do Carandiru e outros massacres e execuções Brasil afora não apontaram em diminuição do índice de criminalidade”.

Promotor Márcio Friggi

Agência Brasil procurou os advogados dos policiais. Um deles informou à reportagem que não está mais no processo. O outro não respondeu aos pedidos de manifestação.

Na madrugada deste domingo, 2, policiais do 1º Batalhão (1º BPM) prenderam dois homens por suspeita de planfletagem no Bairro Santa Maria, Zona Sul da capital. O caso foi encaminhado à Polícia Federal. 

PM/SE

Por volta das 2h30, os militares do 1º BPM flagram dois homens na Avenida Alexandre Alcino, em um Fiat Pálio, lançando planfletos de um candidato. Após a abordagem, vários materiais de campanha foram encontrados dentro do veículo. 

Os suspeitos foram presos e encaminhados à Polícia Federal para providências cabíveis. 

O boxe brasileiro se despediu de sua lenda. Morreu neste domingo (02) aos 86 anos, o ex-pugilista Éder Jofre, campeão mundial dos pesos-galo e pesos-pena, entre os anos 60 e 70.

A morte foi confirmada pela família, mas a causa não foi revelada. 

The Ring Magazine

A conceituada revista The Ring, dos Estados Unidos considerou Éder, conhecido como “O Galo de Ouro”, como um dos melhores pugilistas de todos os tempos, em edição publicada em 2002.

Matéria completa no R7

Policiais militares do Comando de Policiamento Militar Regional 01 (CPMR 01), na noite desse sábado, 1º, prenderam dois homens por suspeita de compra de votos no Bairro Lamarão, Zona Norte de Aracaju. Foram apreendidos materiais de campanha e dinheiro em espécie. 

Durante Operação Eleição 2022, militares do CPMR 01 realizavam patrulhamento nas imediações do Conjunto João Alves Filho, na Grande Aracaju, quando receberam informações de um popular que dois homens realizavam compra de votos na localidade. 

PM/SE

Mediante a denúncia, os militares intensificaram as diligências e localizaram os suspeitos em veículo Peugeot, cor Branca. Houve um acompanhamento e, no Bairro Lamarão, a equipe procedeu com a abordagem. Com os suspeitos, foram apreendidos materiais de campanha e R$ 2.800,00 em dinheiro. 

Os homens foram presos e o caso encaminhado à Delegacia da Polícia Federal. 

Roberto Jayme/Arquivo TSE

Eleitores de idade mais avançada estão votando no início da votação em Sergipe, principalmente na Grande Aracaju.

Abstenção nesse eleitorado, até agora, é pequena.

NE Notícias continua acompanhando.

Mais de 156 milhões de brasileiros estão habilitados a ir às urnas nos 26 estados e no Distrito Federal neste domingo (2), das 8h às 17h (horário de Brasília). Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), haverá votação em 5.570 cidades do país e em 181 localidades no exterior.

Cinco cargos estão em disputa: deputado federal, estadual ou distrital, senador, governador e presidente da República. 

De acordo com dados do TSE mais de 27,9 mil candidatos vão disputar cadeiras nas eleições proporcionais no Brasil. Destes, 10,6 mil concorrem ao cargo de deputado federal, 16,7 mil disputam uma vaga de deputado estadual e 610 querem uma vaga no Parlamento distrital.

Os candidatos das eleições majoritárias são 1.285, segundo dados do TSE. No total – eleições proporcionais e majoritárias – são cerca de 29,3 mil.

Pelo sistema majoritário – no qual ganha aquele que recebe mais votos – serão escolhidos 27 governadores, 27 senadores e um presidente da República. Se nenhum dos candidatos atingir mais de 50% dos votos válidos, os dois mais votados na primeira etapa disputam o segundo turno das eleições.

Pelo sistema proporcional, serão eleitos 513 deputados federais para a Câmara dos Deputados, além de deputados estaduais e distritais para as 26 assembleias legislativas dos estados e a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Para saber o nome dos que vão ocupar as vagas, a conta é diferente. É preciso aplicar os chamados “quociente eleitoral e o quociente partidário”.

O quociente eleitoral é definido pela soma do número de votos válidos (votos de legenda e votos nominais, excluindo-se os brancos e os nulos), dividida pelo número de cadeiras em disputa. Apenas partidos isolados que atingem o quociente eleitoral têm direito a alguma vaga. Na prática, para saber quem foi eleito, é necessário, primeiramente, ter o resultado de quais foram os partidos políticos vitoriosos para, depois, dentro de cada sigla que obteve um número mínimo de votos, verificar quais foram as candidatas e candidatos mais votados.

Funções

O presidente da República e os governadores são os chefes dos respectivos poderes executivos federal, estadual ou distrital. São eles que administram, organizam e conduzem toda a estrutura da administração pública sob sua responsabilidade, durante os quatro anos de seus mandatos. A eles também cabe, entre outras atribuições, propor leis para a respectiva esfera do Poder Legislativo para normatizar e implementar políticas e realizar obras públicas em benefício da população.

Os senadores compõem a chamada Câmara Alta do Congresso Nacional, que tem 81 assentos. No Senado Federal, cada uma das 27 unidades da federação tem três assentos com mandatos de oito anos. A principal função dos senadores é revisar os projetos de lei que são propostos e votados na Câmara dos Deputados antes de seguirem para a sanção presidencial. Os senadores também podem elaborar projetos de lei que serão revistos pela Câmara dos Deputados. Com os deputados federais, os senadores formam o plenário do Congresso Nacional, que tem a competência de promulgar emendas constitucionais e analisar vetos presidenciais às normas elaboradas pelas casas legislativas.

Também é de responsabilidade dos senadores sabatinar, entre outros, os indicados a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de demais tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União (TCU), a procurador-geral da República, corregedor-geral de Justiça, a presidente e diretores do Banco Central e diplomatas chefes de missões diplomáticas.

No início da tarde deste sábado, 1º, policiais do 6º Batalhão de Polícia Militar apreenderam uma motocicleta com restrição de roubo/furto em Estância. O veículo estava sendo conduzido por um adolescente de 16 anos.

A apreensão aconteceu quando os policiais estavam em patrulhamento de rotina no Povoado Biribinha I, na Zona Rural do município, e visualizaram uma motocicleta em atitude suspeita.  Ao perceber a viatura, o condutor, um adolescente de 16 anos de idade, tentou fugir da abordagem policial, mas foi interceptado rapidamente.

Durante o processo de averiguação, os militares identificaram que a numeração da placa da moto estava adulterada com uma fita preta. Além disso, após consultarem o sistema de segurança da SSP, os agentes descobriram que o veículo possuía restrição de roubo/furto.

O adolescente informou que havia comprado a motocicleta na feira das trocas do Bairro Cidade Nova, também em Estância. Ele foi encaminhado à delegacia, acompanhado do responsável, para que fossem tomadas as medidas cabíveis.

A PF cumpriu, este sábado (01/10), na cidade de Itabaiana, 3 mandados de busca e apreensão (MBAs), para apurar suposta prática de abuso de propaganda eleitoral, mediante a utilização de fogos de artifício.

PF/SE

A ação investiga possível desrespeito à norma  do TSE  que proíbe propaganda eleitoral que “perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, inclusive aqueles provocados por fogos de artifício” – art. 22, inc. VII, da Resolução 23.610.

O ato propaganda abusiva teria sido praticado em um comício realizado no dia 29/9.

Após o deferimento de representação policial pela Justiça, foram expedidos mandados de busca e apreensão para os endereços de 3 comitês eleitorais. O cumprimento dos mandados resultou na apreensão de 10 caixas de fogos de artifício.