A definição do novo governador do estado da Bahia será em segundo turno, que acontecerá no dia 30 de outubro. A disputa será entre Jerônimo Rodrigues (PT), que obteve 3.977.149 votos (49,33%), e ACM Neto (União), que recebeu 3.296.288 (40,88%) dos votos válidos.

Com 99,17% das seções eleitorais totalizadas, às 23h36 deste domingo (2), foram registrados 8.356.998 votos válidos, 122.858 votos em branco e 326.052 votos nulos.

Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil)

Candidatos

Jerônimo Rodrigues é indígena, natural de Aiquara (BA) e tem 57 anos. Atua como engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Já ocupou o cargo de assessor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, secretário executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento Agrário,secretário nacional do Desenvolvimento Territorial, secretário executivo do Programa Pró Territórios/Cumbre Ibero Americana, assessor especial do ministro do Desenvolvimento Agrário e secretário estadual de Educação da Bahia. É candidato ao governo do estado pela coligação Pela Bahia, Pelo Brasil (Federação Brasil da Esperança – FE Brasil/PSB/PSD/Avante/MDB). Seu vice é o atual vereador de Salvador Geraldo Júnior. 

Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto é formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, natural de Salvador (BA) e tem 43 anos. De 1999 a 2002, atuou como assessor da Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Em 2002, elegeu-se deputado federal pela Bahia, sendo reeleito em 2006 e em 2010. Foi prefeito de Salvador de 2012 a 2020. Nas eleições deste ano, concorre ao cargo de governador pela coligação Pra Mudar a Bahia (Federação PSDB – Cidadania/Republicanos/PP/PDT/PTB/Pode/PSC/DC/PRTB/União/Solidariedade/PMN). Sua vice é a empresária Ana Coelho.

Os candidatos Carlos Brandão (PSB) e Lahesio Bonfim (PSC) seguem na disputa pelo governo do Maranhão. O primeiro obteve neste domingo (2) 51,17% dos votos válidos, com 99% das urnas totalizadas, às 23h55, contra 24,94% do segundo colocado. A decisão será no dia 30 de outubro, no segundo turno das Eleições 2022. 

Eleições 2022/MPF

Carlos Brandão Júnior tem 64 anos e, atualmente, é o governador do Maranhão, tendo assumido o cargo em abril deste ano, com a saída de Flávio Dino para se candidatar a senador. Brandão é natural de Colinas (MA), médico veterinário graduado pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e foi eleito deputado federal pelo estado em 2006 e em 2010. Desde 2014, é vice-governador maranhense. Já atuou como secretário de Articulação Política do Maranhão. Este ano, concorre pela coligação Para o Bem do Maranhão (PSB/MDB/PP/Patriota/Pode/Federação Brasil da Esperança – FE Brasil/Federação PSDB – Cidadania). Seu vice é Felipe Camarão. 

Lahesio Rodrigues do Bonfim é médico, natural de Marcos Parente (PI) e tem 44 anos. Ex-prefeito da cidade de São Pedro dos Crentes (MA) eleito em 2016 e 2020, renunciou ao cargo para concorrer ao governo do Maranhão. Concorre pela Coligação PSC. Seu vice é Dr. Gutemberg.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse hoje (2) que o primeiro turno das eleições foi marcado pela redução do número de votos brancos e nulos. Os dados foram divulgados durante coletiva de imprensa para apresentação do balanço final do dia de votação. 

De acordo com tribunal, entre os 80% dos eleitores que compareceram às urnas foi registrado um número de 4,20% de votos brancos e nulos. Nas eleições de 2018, o índice foi 8,8%. 

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

“Aproximadamente 7,5 milhões de pessoas compareceram a mais para votar em candidatos, deixando de votar nulo e em branco. Talvez porque é uma eleição acirrada, mais polarizada. Isso pode ter sido um dos motivos concorrentes para que tenham ocorrido filas. É diferente uma pessoa anular o voto, votar em branco do que escolher as cinco opções, leva um tempo a mais. É um dado interessantíssimo, porque representa uma maior participação efetiva na escolha dos dirigentes do país”, avaliou. 

O presidente também confirmou que o índice de abstenção ficou em 20,89%, número considerado pelo ministro na média de pleitos anteriores, que costuma ficar em torno de 20%. Nas eleições municipais de 2020, realizadas durante o auge da pandemia de covid-19, o número de eleitores faltosos foi 23,15%.

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Sobre o dia de votação, o presidente do TSE considerou que a Justiça Eleitoral cumpriu a missão de garantir a segurança e transparências das eleições. 

“A sociedade brasileira demonstrou grande maturidade democrática. Os eleitores se dirigiram às seções eleitorais, votaram, escolheram seus candidatos em absoluta paz e segurança”, afirmou. 

Filas

Sobre as filas de eleitores registradas em diversos pontos do país, Moraes disse que o problema pode ter sido causado pelo acréscimo dos 7,5 milhões de eleitores que passaram a escolher um candidato, a mudança que permitiu que o eleitor tenha um segundo a mais na tela de urna para confirmar o candidato de sua preferência antes de confirmar o voto e falhas no reconhecimento da leitura biométrica. 

“São causas que serão analisadas para o segundo turno”, completou. 

Com 96,93% das urnas apuradas, está confirmada a realização de segundo turno entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Lula está à frente, com 47,85% dos votos válidos, tendo virado a corrida quando 70% dos votos haviam sido apurados. Bolsonaro está em segundo, com 43,7%. A diferença entre o primeiro e o segundo colocado não permite mais a resolução da disputa no primeiro turno.

Simone Tebet (MDB) aparece em terceiro, com 4,22%. Ciro Gomes (PDT) está em quarto, com 3,05%.

Lula (PT) e Bolsonaro (PL)

Lula (PT)

Nascido em Garanhuns (PE), Luiz Inácio Lula da Silva se mudou ainda criança para o estado de São Paulo. Durante a adolescência, completou um curso de torneiro mecânico em uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e, posteriormente, passou a trabalhar como metalúrgico na cidade de São Bernardo do Campo, quando também começou a se envolver com a atividade sindical.

No final dos anos 1970 e 1980, Lula liderou grandes greves de metalúrgicos da região do ABC paulista. Junto a outros sindicalistas, intelectuais e militantes de movimentos sociais, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).

Pela legenda, se tornou deputado da Assembleia Constituinte que aprovou a Constituição de 1988 e foi derrotado nas eleições presidenciais de 1989, de 1994 e de 1998. Foi eleito para o posto mais alto do país em 2002, tendo sido reeleito em 2006. Deixou a Presidência em 2010, sendo sucedido por sua então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que venceu as eleições com o seu apoio.

Em 2017, Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2018, teve a prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro. As condenações foram anuladas em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que a 13ª Vara Federal em Curitiba não tinha competência legal para julgar as acusações. O STF também considerou posteriormente que Moro agiu sem a devida imparcialidade no processo.

Aos 76 anos, Luiz Inácio Lula da Silva busca seu terceiro mandato como presidente. O candidato a vice em sua chapa é Geraldo Alckmin (PSB) que foi seu adversário na disputa de 2006. Nascido em Pindamonhangaba (SP), ele tem 68 anos, é médico e professor. Alckmin foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e ocupou os quadros do partido entre 1988 e 2021. Ele também foi constituinte e governou São Paulo em duas ocasiões: de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018.

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Jair Bolsonaro (PL)

Nascido em 1955 no município de Glicério (SP) e registrado na cidade paulista de Campinas, Jair Messias Bolsonaro formou-se em 1977 na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ). Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército. Militar reformado, tendo chegado a capitão do Exército, ele é atualmente o 38º presidente do Brasil, cargo que assumiu em 1º de janeiro de 2019.

Bolsonaro exerceu sete mandatos de deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. Antes foi também vereador na capital carioca entre 1989 e 1991.

Três de seus cinco filhos também se embrenharam pela política. Carlos Bolsonaro é vereador na capital carioca, Eduardo Bolsonaro é deputado federal por São Paulo e Flávio Bolsonaro senador pelo Rio de Janeiro.

Ao longo de sua trajetória política, Bolsonaro integrou os quadros de nove partidos. Passou por PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSC. Em 2018, foi eleito presidente da República pelo Partido Social Liberal (PSL). Neste ano, candidatou-se à reeleição pelo PL.

O candidato a vice-presidente na chapa é Walter Braga Netto. Tendo alcançado o posto de general do Exército, ele atualmente é militar da reserva. Natural de Belo Horizonte em 1957, Braga Netto chefiou entre fevereiro de 2018 a janeiro de 2019, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Na época, ele era comandante Militar do Leste, posto que ocupou até fevereiro de 2019, quando assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército. Como integrante do governo comandado por Bolsonaro, ele foi ministro-chefe da Casa Civil e é atualmente ministro da Defesa.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Laércio Oliveira, no PP, foi eleito senador.

Lula ganha de Bolsonaro com distância pequena.

Os resultados ainda são parciais, mas já se pode adiantar, tanto num como no outro caso.

Hamilton Mourão, atual vice-presidente da República, foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul.

No Amapá, Clécio, do Solidariedade, está eleito governador.

O segundo turno, no Amazonas, será decidido entre o governador Wilson Lima e um adversário.

No Ceará, Camilo Santana foi eleito senador.

Em Sergipe, Rogério Carvalho e Fábio Mitidieri disputarão o segundo turno, que ocorrerá em São Paulo, entre Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad.

Marcos Pontes está eleito senador pelo Estado de São Paulo.

Ibaneis Rocha acaba de ser reeleito governador do Distrito Federal no primeiro turno.

Sergio Moro está eleito senador pelo Paraná que reelegeu, no primeiro turno, o governador Ratinho Júnior.

Os resultados, embora parciais, já garantem a vitória dos eleitos.

Helder Barbalho está reeleito governador do Pará no primeiro turno.

Zema, no primeiro turno, está praticamente reeleito governador de Minas Gerais.

O DataFolha, que perdeu feio no primeiro turno, projeta o ex-presidente Lula (PT), e o presidente Jair Bolsonaro (PL) se enfrentando no segundo turno presidencial.

A projeção acaba de ser feita.

Alan Rock, no Acre, está eleito e Wanderley Barbosa, no Tocantins, foi reeleito no primeiro turno.

Além das mulheres Tereza Cristina e Damares Alves, já reeleitas, foi eleito para o Senado Magno Malta, pelo Espírito Santo.

No Rio Grande Norte, Fátima Bezerra foi reeleita governadora no primeiro turno.

Mauro Mendes, no Mato Grosso, foi reeleito no primeiro turno.

No Acre, Gladson Camelli foi reeleito governador ainda no primeiro turno.

Embora o resultado ainda seja parcial, para presidente da República, Jair Bolsonaro continua derrotando Lula.

Ratinho Jr, no Paraná, já pode dizer que é governador reeleito no primeiro turno, embora a contagem ainda seja parcial.

A liderança de Ratinho já era prevista nas pesquisas divulgadas.