Athila e seus pais. Foto tirada no domingo, 3 de fevereiro.

Os pais de Athila Paixão estão no Rio de Janeiro para identificar o corpo e poderem trazê-lo para sepultamento no povoado Nova Brasília, em Lagarto.

Dos dez mortos no incêndio de ontem no Centro de Treinamento do Flamengo, quatro foram identificados e três liberados.

A assessoria de comunicação do clube informou que apenas mais um corpo será identificado por métodos considerados convencionais.

O jornalista João Domingos publica neste sábado, 9, no Estadão, análise sobre a CPI dos Tribunais Superiores, batizada de CPI Lava Toga, proposta pelo senador Alessandro Vieira (PPS-SE).

Pedro França / Agência Senado

Para ele, a CPI proposta por Alessandro só servirá para arrumar confusão e beneficia quem não tem interesse na votação das reformas.

Trata-se da CPI que visa a investigar o ativismo judicial dos tribunais superiores. Por trás, desconfia-se que há nela uma vingança de senadores contra o presidente do STF, Dias Toffoli, que há uma semana derrubou manobra do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e determinou que a eleição para a Mesa da Casa tivesse voto secreto e não aberto. Tal CPI ganhou dos senadores o apelido de “Lava Toga”. 

Nas circunstâncias em que está sendo criada, e dado o momento político delicado, essa CPI vai servir apenas para causar tumulto e jogar um Poder contra o outro. À sua sombra, os contrários à votação da pauta econômica e de segurança pública do governo vão fazer a festa. Quanto mais confusão nesse momento, melhor para atrapalhar o governo, a votação da reforma da Previdência e o pacote contra os crimes violentos e o crime organizado e o caixa 2 nas campanhas eleitorais. 

Se a CPI que visa a investigar o ativismo judicial for levada à frente e concluir que há mesmo um ativismo, o que ela fará? Nada. Vai determinar aos ministros que revejam suas decisões? Na vai. CPIs não têm poder para isso. Ajudará a desmoralizar ainda mais o instrumento de investigação parlamentar. Essa CPI não tem um fato determinado. É carregada de subjetivismo. Diz o pedido de abertura dela que “a atuação dos tribunais superiores tem sido pontuada, na história recente, pelo exacerbado ativismo judicial e por decisões desarrazoadas, desproporcionais e desconexas dos anseios da sociedade”. 

Se as CPIs ainda fossem sérias, essa CPI da “Lava Toga” mereceria uma CPI para apurar as circunstâncias em que foi requerida. Até porque o artigo 146 do Regimento do Senado proíbe CPIs sobre o Poder Judiciário. Deixa pra lá.

O mineiro Carlos Velloso é ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.

Marcelo Camargo / Agência Brasil

O gaúcho Alessandro Vieira (PPS-SE) é delegado de polícia em Sergipe e está no inicio de mandato no Senado Federal.

Alessandro protocolou pedido de CPI dos Tribunais Superiores, logo batizada de CPI Lava Toga.

Neste sábado, 9, a Folha de São Paulo publica na coluna Painel declaração do ministro aposentado do Supremo:

O pedido reflete ativismo legislativo e ofensa à separação de Poderes. Caberá ao STF repelir a violência à Constituição

Ex-ministro do supremo, Carlos Velloso

A Agência Nacional de Águas (ANA) finalizou o diagnóstico completo de todas as barragens em operação cuja fiscalização é de sua responsabilidade, por já ter vistoriado presencialmente estes empreendimentos.

Marcelle Cristinne / ASN (arquivo)

A partir deste diagnóstico, a instituição preparou plano especial de fiscalização que contempla 52 barragens prioritárias para vistorias in loco até o fim de maio deste ano.

Este conjunto inclui 23 barragens não vistoriadas em 2018, três barragens consideradas críticas por terem comprometimentos que impactam sua segurança, 15 barragens que já constavam do plano anual de fiscalização da Agência deste ano e 11 barragens ainda não operantes do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). Por ano, a ANA vistoria cerca de 30 barragens em média.

Em Sergipe, a ANA fará vistoria na Barragem São José, localizada no município de Poço Verde.

Athila e seus pais. Foto tirada no domingo, 3 de fevereiro.

O incêndio desta sexta-feira, 8, no Centro de Treinamento do Flamengo, que matou dez garotos, levou os sonhos do lagartense Athila Paixão.

Tinha 14 anos de idade.

Voltou ao Rio de Janeiro no último domingo, quando suas férias terminaram.

O menino foi garimpado pelo Flamengo em uma escolinha de sua terra natal, Lagarto.

Em março de 2018, foi chamado para fazer teste após ser visto na Copa Zico do mesmo ano.

O Flamengo tem muitas respostas a dar e obrigações a cumprir.

Reprodução / TV Globo

Em ação de 2015, o Ministério Público do Rio de Janeiro comparou condições de atletas às de jovens infratores. Dez garotos morreram consumidos pelas chamas, enquanto a ação do MP contra o Flamengo continua tramitando na Justiça.

Várias autoridades fiscalizadoras do Rio de Janeiro, difícil acreditar na eficiência do “trabalho” delas.

Um incêndio em alojamento registrado pelo clube na prefeitura como estacionamento, no Centro de Treinamento do Flamengo, matou dez sonhos.

Entre os garotos mortos no incêndio desta sexta-feira, 8, o lagartense Athla Paixão, um menino de 14 anos de idade.

“Sempre conversava com ele antes de dormir”, disse seu pai, homem sério, trabalhador, morador do povoado Nova Brasília.

Athila, lagartense, sonhava em ser um atacante tão bom quanto o conterrâneo Diego Costa.

Brasil, um país que não aprende.

Um incêndio matou os sonhos de 10 garotos da base do Flamengo.

Dormindo no alojamento, foram surpreendidos pelo incêndio no alojamento do Centro de Treinamento do Flamengo

Entre os 10, Athila Paixão, 14 anos de idade, lagartense, sergipano.

Reprodução / Instagram

Athila faria 15 anos no dia 11 de março.

Por telefone, conversava com Damião, seu pai, todas as noites.

Do povoado Nova Brasília, em Lagarto, seus pais rezavam por ele todos os dias.

Na última conversa que teve com o pai, o filho disse que treinaria no Maracanã na sexta-feira.

Athila é uma das vítimas da maior tragédia da história do futebol carioca.

O Senado pode ter uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Poder Judiciário. O requerimento para averiguar a atuação dos tribunais superiores foi protocolado nesta quinta-feira (8) pelo senador Alessandro Vieira (PPS-SE). 

Geraldo Magela / Agência Senado

O pedido destaca que “não se trata de perquirir as atribuições do Poder Judiciário, mas, sim, de investigar condutas que extrapolem o exercício regular dessas competências”.

O parlamentar propõe averiguar o abuso de pedidos de vista ou expedientes processuais para retardar ou inviabilizar decisões de plenário, a diferença do tempo de tramitação de pedidos a depender do interessado e o excesso de decisões contraditórias para casos idênticos. Ele também sugere que seja investigado o desrespeito ao princípio do colegiado, a diferença do tempo de tramitação de pedidos, a depender do interessado e a participação de ministros em atividades econômicas incompatíveis com a Lei Orgânica da Magistratura.

“Nosso objetivo é abrir a caixa-preta deste Poder que segue intocado, o único que segue intocado na esfera da democracia brasileira. E só existe democracia quando a transparência chega a todos os lugares. A democracia não pode ser seletiva”, afirmou o senador, no plenário. Nos bastidores, a investigação vem sendo chamada de “Lava Toga”.

“Nossos tribunais superiores se transformaram em um aglomerado de decisões monocráticas, o que gera uma loteria. Se o cidadão que vai apresentar uma ação é sorteado para o ministro “X”, ele tem a decisão para um lado; se é para o ministro “Y”, é para o outro. O colegiado já decidiu o assunto e eles desrespeitam. Isso precisa ser resolvido. E, para resolver isso, a gente precisa estudar, compreender e propor eventualmente uma lei”, defendeu.

Se o requerimento for lido em plenário, o grupo deverá ser composto por 10 titulares e seis suplentes que vão trabalhar por 120 dias, com limite orçamentário de R$ 30 mil.

Procuradas pela reportagem, a Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) não quiseram comentar o assunto. O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, não retornou as ligações e a assessoria do Conselho Nacional de Justiça também não se pronunciou.

Reynaldo Barbosa Lima / assessoria.

A direção do partido nega, mas o PRB, de Heleno Silva, e Jony Marcos, pode voltar à Prefeitura de Aracaju, administrada pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PCoB).

A articulação está sendo feita pelo deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), que trabalha para ter o apoio de Heleno na disputa para o governo do Estado em 2022, principalmente no Sertão.

Sérgio Silva / PMA (arquivo)

O engenheiro José Carlos Machado já foi deputado estadual por duas vezes, vice-governador, deputado federal e vixe-prefeito de Aracaju.

Machado não quer deixar a política, e pode ser candidato a vereador nas eleições de 2020.