Tratada como “barriga” (no jargão jornalístico, matéria com informações falsas ou erradas), a informação sobre o convite do ministro feito a Danielle foi divulgada por NE Notícias, COM exclusividade, dia 1º de fevereiro.
Nesta quarta-feira, depois da confirmação exclusiva de NE Notícias, ninguém mais passou a duvidar.
No jargão jornalístico, “comeram barriga” (quando o veículo não noticia fato importante que outro – NE Notícias – publicou).
Por dever de obediência à Constituição brasileira, militares das Forças Armadas brasileiras não podem tomar parte em qualquer manifestação pública, em ambiente militar ou portando fardas, em comemoração ou homenagem ao período de exceção instalado a partir do golpe militar de 31 de março de 1964. A recomendação está em um documento que foi enviado para os comandantes das três Forças Armadas em Sergipe, para que se abstenham de promover qualquer ato do tipo e que adotem providências para que todos os militares subordinados a eles cumpram a medida.
O documento foi assinado pela procuradora Regional dos Direitos do Cidadão do MPF/SE, Martha Carvalho Dias Figueiredo, pela defensora pública Federal da Defensoria Pública da União Patrícia Veira de Melo Ferreira da Rocha, pelo presidente da OAB-Sergipe, Inácio José Krauss de Menezes, e pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Sergipe, José Robson Santos de Barros. O envio das recomendações faz parte de uma ação coordenada do MPF e conta com a participação de diversas unidades do órgão no país.
As recomendações foram encaminhadas ao Comandante da Aeronáutica em Sergipe, o chefe do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo, Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo André Marcelo da Silva, ao Capitão dos Portos em Sergipe, o Capitão de Fragata Alessandro Pires Black Pereira, e ao Comandante do Vigésimo Oitavo Batalhão de Caçadores do Exército, o Tenente Coronel José Fernandes Carneiro dos Santos Filho.
Os comandos têm prazo de dois dias, a partir do recebimento, para responder à recomendação. Em caso de desobediência de militares, batalhões ou tropas, diz a recomendação, os comandantes devem identificar os responsáveis e informar ao MPF para as providências cabíveis.
Legislação
Os regulamentos disciplinares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica consideram transgressão que qualquer militar participe, fardado, de manifestações de natureza político-partidária. No caso da Marinha, é vedada a manifestação pública de seus integrantes sobre assuntos políticas e, no caso da Aeronáutica, é também proibido participar de discussão sobre política ou religião que possa causar desassossego. Para o MPF, comemorações em homenagem à ditadura militar violam os regulamentos e também podem constituir ato de improbidade administrativa, por atentarem contra os princípios da administração pública: moralidade, legalidade e lealdade às instituições. As punições previstas na lei de improbidade vão de demissão do serviço público a suspensão dos direitos políticos, além de multas.
O documento menciona as declarações do porta-voz da presidência da República no último dia 25 de março, que confirmaram ordem presidencial para que o Ministério da Defesa faça “as comemorações devidas com relação a 31 de março de 1964, incluindo uma ordem do dia já aprovada pelo nosso presidente”. E ressalta que “a homenagem por servidores civis e militares, no exercício de suas funções, ao período histórico no qual houve supressão da democracia e dos direitos de reunião, liberdade de expressão e liberdade de imprensa viola a Constituição Federal, que consagra a democracia e a soberania popular”.
Antonio Cruz / Agência Brasil (arquivo)
Para o MPF, a OAB e a DPU, o presidente da República se submete à Constituição e não tem o poder discricionário de desconsiderar todos os dispositivos legais que reconhecem o regime iniciado em 1964 como uma ditadura. Além disso, o país já reconheceu em várias instâncias o dever de reparar as vítimas de abusos cometidos durante esse período, o que implica que nenhum governo pode “infligir a elas novos sofrimentos, o que é certamente ocasionado por uma comemoração oficial do início de um regime que praticou graves violações aos direitos humanos”
O MPF considera, na recomendação, além dos mandamentos impostos pela Constituição brasileira, uma série de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, que determinam o respeito à democracia e consideram que é obrigação de qualquer governo defendê-la. Cita, entre os documentos internacionais, o pedido feito pelo Brasil e pelos Estados Unidos em 2018 para que a Venezuela fosse suspensa da Organização dos Estados Americanos por violação de preceitos democráticos e a Declaração do Grupo de Lima, assinada pelo atual governo em janeiro de 2019, exigindo o restabelecimento da democracia na Venezuela. “A exigência de respeito à democracia em outros países do continente não é condizente com homenagens a período histórico de supressão da democracia no Brasil”, diz o texto do MPF.
A recomendação enumera também dispositivos constitucionais, conclusões da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos em que foram reconhecidas as graves violações de direitos humanos da ditadura militar no Brasil. Entre os documentos citados, está o ofício do Ministério da Defesa de 19 de setembro de 2014, que reconheceu “a existência das lamentáveis violações de direitos humanos durante o regime militar” e registrou que os Comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica não questionaram as conclusões da Comissão Nacional da Verdade (CNV), por não disporem de “elementos que sirvam de fundamento para contestar os atos formais de reconhecimento da responsabilidade do Estado brasileiro”.
A CNV, além de reconhecer os atos de exceção praticados pela ditadura militar que não foram contestados pelas Forças Armadas brasileiras, emitiu recomendação proibindo “a realização de eventos oficiais em comemoração ao golpe militar de 1964”. Na Constituição de 1988, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o poder constituinte também fez constar o reconhecimento expresso das violações dos governos militares e, pela lei 9.140/1995, o Brasil reconheceu como mortas as pessoas que, acusadas de participação em atividades políticas entre 2 de setembro de 1961 e 5 de outubro de 1988 e detidas por agentes públicos, estivessem desde então desaparecidas.
Na Corte Interamericana de Direitos Humanos, em dois processos sobre crimes da ditadura, o estado brasileiro também reconheceu sua responsabilidade pelos atos de agentes públicos durante o período de exceção: no caso que trata da guerrilha do Araguaia, a defesa do governo confirmava o “sentimento de angústia dos familiares, pois considera direito supremo de todos os indivíduos ter a possibilidade de prantear seus mortos, ritual no qual se inclui o enterro de seus restos mortais”; no caso de Vladmir Herzog, o Brasil admitiu expressamente perante a Corte a sua responsabilidade pela detenção arbitrária, tortura e assassinato do jornalista, nas dependências do Doi-Codi, em 25 de outubro de 1975.
A recomendação lembra aos comandantes que a Constituição Federal de 1988 restabeleceu a democracia após o período ditatorial entre 1o de abril de 1964 e 15 de março de 1985, “durante o qual o país foi presidido por governos militares, com supressão das eleições diretas e dos direitos decorrentes do regime democrático”. Assinala ainda que a aplicação do princípio democrático não se resume às eleições periódicas, mas rege o exercício de todo o poder e que a Constituição repudia o crime de tortura e considera inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o estado democrático.
A Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso informa que parte dos municípios de Nossa Senhora do Socorro, Neópolis e Ribeirópolis estão com o abastecimento de água comprometido nesta quarta-feira (27). Em virtude de uma manutenção, os bairros Marcos Freire 2, Santo Antônio e Itacanema, da Grande Aracaju, em Nossa Senhora do Socorro, ficaram sem água durante a manhã de hoje. O serviço será restabelecido gradativamente após a manutenção.
Mário Sousa / Sedurbs
No Povoado Soldeiro, município de Neópolis, na região do Baixo São Francisco, em razão de um rompimento da rede, causado por um morador quando da instalação de uma cerca, está com o abastecimento de água comprometido. As equipes de manutenção da Deso estão trabalhando para corrigir o vazamento e o abastecimento está sendo restabelecido gradativamente.
Em parte da cidade de Ribeirópolis, no Agreste de Sergipe, o abastecimento de água também está comprometido, em virtude de uma manutenção. As equipes estão trabalhando para concluir o serviço o mais breve possível, após a manutenção.
Se os serviços forem concluídos antes do previsto, o abastecimento será retomado sem qualquer outro aviso.
A Deso recomenda a utilização econômica da água existente nas caixas d’água e reservatórios residenciais, evitando-se desperdícios.
Casos de emergência e pedidos de serviços podem ser informados pelo telefone 08000790195 com prioridade para creches, hospitais, asilos e demais entidades dessa natureza
TV Atalaia / Reprodução
O TSE manteve a cassação do prefeito Luiz Melo de França e do vice José Miguel Lobo, do município de Neópolis.
O Agravo Regimental foi negado pela unanimidade dos ministros.
Prefeito é acusado de ter feito atendimento médico gratuito durante a campanha eleitoral.
Prefeitura de Lagarto / Arquivo
A prefeita em exercício de Lagarto, Hilda Ribeiro, foi intimada, na manhã desta quarta-feira, 27, a comparecer ao Tribunal de Regional Eleitoral de Sergipe e apresentar documentos referentes aos beneficiários do imóveis do residencial João Almeida Rocha, especificando os critérios utilizados para seleção e a relação dos beneficiários do Bolsa Família, especificando valores e critérios usados na aplicação do programa.
O processo investiga o prefeito afastado, Valmir Monteiro, e o deputado estadual, Ibrain Monteiro, sobre supostas irregularidades na aplicação dos benefícios relacionados aos programas sociais.
Confira o documento:
Por conta da determinação às Forças Armadas para que comemorem o 31 de março, data em que foi dado o golpe militar no Brasil, o deputado federal João Daniel (PT/SE), juntamente com os colegas Henrique Fontana (PT/RS) e Paulo Pimenta (PT/RS), ingressou com uma representação na Procuradoria Geral da República, para que seja aberto procedimento investigatório criminal contra o presidente Jair Bolsonaro. Para João Daniel essa determinação é uma clara incitação ao crime.
Michel Jesus / Câmara dos Deputados
“É um absurdo propor e exigir comemoração do golpe militar, quando milhares de brasileiros e brasileiras foram perseguidos, assassinados, torturados e muitos ainda estão, até hoje, desaparecidos. Não podemos aceitar, precisamos repudiar com toda força e energia e continuar a luta em defesa da liberdade, da democracia e contra a ditadura, contra a tortura e todo regime autoritário que foi o regime militar brasileiro”, declarou o petista sergipano.
A representação assinada pelos três parlamentares requer que após o procedimento investigatório para apurar as condutas do presidente, seja proposta ação penal cabível. Requer também a abertura de procedimentos civis e administrativos, com vistas a responsabilização, se houver, do representado, notadamente na área da improbidade administrativa e que essas ações alcancem quaisquer oficiais das Forças Armadas ou praças que, de forma antidemocrática, aderirem à orientação, na avaliação dos deputados, criminosa.
Na representação, os parlamentares observam que, ainda que seja reprovável, o estado democrático de direito possibilita que o cidadão Jair Bolsonaro tenha sua convicção pessoal odiosa, “o que não pode admitir como possível é que o Presidente da República, eleito sob os cânones democráticos, possa vir a público orientar, como Comandante Supremo das Forças Armadas, que os militares façam homenagens a um período sabidamente de exceção, flagrantemente incompatível com direitos e garantias fundamentais, que vitimou, como dito, centenas de vidas e mutilou a ideia de Democracia que conduz as Nações prósperas e que se orientam no respeito da dignidade da pessoa humana”.
O deputado João Daniel lembra que o golpe militar derrubou o presidente João Goulart, democraticamente eleito, e deu início a um sangrento e violento regime ditatorial que durou mais de duas décadas, com graves e irreversíveis prejuízos à vida de centenas de pessoas, suas famílias e para a democracia no Brasil. Na representação, os parlamentares ressaltam ainda que essa determinação, além de configurar, em tese, crime comum e de responsabilidade, navega na contramão da história.
“O Presidente parece não ter testemunhado o nascimento da Constituição Cidadã, que pôs termo definitivo ao regime no qual ele tanto idolatra (…). Comemorar o início de um regime de exceção afronta, na quadra democrática atual, não só a Constituição Federal, como as vítimas do regime ditatorial e a memória dos que foram atingidos por esse período de força e de ausência democrática”, frisa.
SSP Sergipe
O NE Notícias recebeu, com exclusividade, a informação de que a delegada da Polícia Civil de Sergipe, Danielle Garcia, está de malas prontas para trabalhar com a ex-superintendente da Polícia Federal em Sergipe, Érika Marena, e com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
De acordo com a informação levantada pelo NE Notícias, Danielle assumirá a Diretoria-Geral do Laboratório Nacional de Lavagem de Dinheiro e já está em conversa com o governador Belivaldo Chagas para ajustar os últimos detalhes para a sua transferência.
Danielle Garcia é delegada da Polícia Civil e esteve até 2017 à frente da Deotap, onde coordenou operações de repercussão regional e nacional. a delegada é responsável pelo inicio da operação que investigou irregularidades no repasse e na aplicação de verbas de subvenção social, recebida pelos deputados da Assembleia Legislativa.
Além da Assembleia Legislativa de Sergipe, Danielle investigou irregularidades na Câmara de Vereadores, que em 2016 deu andamento a “Operação Indenizar-se”, que fazia levantamentos sobre crimes relacionados à sonegação fiscal, peculato e lavagem de dinheiro. A operação investigou irregularidades em contratos de locação de veículos e nas verbas indenizatórias, resultantes de um desvio de cerca de R$ 7 milhões. Em 2017, Daniele esteve à frente da “Operação Babel”, que investigou irregularidades nos contratos referentes a coleta de lixo na capital sergipana.
Em novembro de 2018, Danielle Garcia havia negado sobre sondagem para compor equipe de Moro. “Juro que não tem nada sobre ida para o Ministério da Justiça. Apenas sou instrutora do ministério e pretendo continuar sendo, se a SSP me liberar para dar as aulas, o que não aconteceu nos dois últimos cursos. Qualquer outra coisa é mera especulação”, disse Daniele Garcia em novembro de 2018.
Jus Brasil
Na manhã desta quarta-feira, 27, em solenidade na escola Presidente Vargas para entrega de material didático pedagógico às escolas municipais, o prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) garante que na sexta-feira, dia 29 de março, o salário dos servidores municipais, estará depositado na conta.
Vão receber integralmente os funcionários ativos (efetivos e comissionados) e inativos (aposentados e pensionistas) da administração municipal.
Janaína Santos / PMA
Depois de ouvir a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, ontem, o vereador Elber Batalha Filho (PSB) decidiu prestar queixa-crime contra a Secretaria de Saúde do Município de Aracaju por fraudar licitação no Nestor Piva.
Shirley Morales apresentou relatório e não deixou dúvida:
“A Prefeitura insistiu no pagamento por esta modalidade, além do corte de 30 a 40% no valor que os médicos recebiam. Aí, como eles já eram RPA, eles não aceitaram e cerca de 120 médicos deixaram de prestar a assistência e aí começou a passar em cadeia nacional e foram expostos os prejuízos e problemas que a população estava sofrendo por conta dessa atitude do prefeito. Fora dizer de toda manobra que foi feita para que a empresa assumisse o Nestor Piva, ela não tinha capital social, nem capacidade de pegar uma demanda desta monta. A Prefeitura não cumpriu nenhum trâmite legal para que essa terceirização acontecesse”.
O vereador prestará queixa-crime.
Por outro lado, NE Notícias apurou que é péssima a terceirização feita pela secretária no Nestor Piva. Pacientes com espinha são jogados para o HUSE, hospital que deve atender aos casos de alta complexidade.
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Atendendo ao convite do coordenador da bancada sergipana no Congresso Nacional, deputado Fábio Reis (MDB), a ministra da Agricultura, Pecuária e Saneamento, Tereza Cristina Corrêa da Silva Dias, estará em Sergipe amanhã e sexta-feira.
A ministra participará da Exporingo 2019, em Lagarto.
Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se continuar a usar este site, assumiremos que está satisfeito com ele.Ok