Jorge Henrique / ASN

O superintendente estadual do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Gustavo Defilippo, confirmou nesta quinta-feira (4), a retomada da obra de duplicação da Rodovia BR-101. O trecho, que será recuperado, compreende do Km 77, com início na ponte do Rio Sergipe, até o Km 72, trevo de acesso ao município de Maruim. 

A confirmação aconteceu na reunião realizada na sede do DNIT, em Aracaju. O prefeito de Maruim, Jeferson Santana; o secretário da Cidadania, Segurança, Gestão de Trânsito e Defesa Social do Município de Maruim, Marcos César Barbosa Santos; o coordenador de Engenharia do DNIT/SE, Fábio Bastos; o chefe da Seção de Operações da Polícia Rodoviária Federal, em Sergipe, Rodrigo Coelho; o secretário de Infraestrutura do Município de Laranjeiras, Valdecir da Conceição; e os especialistas em Trânsito, Adenilson do Espírito Santo e Rosenilde Oliveira, também participaram da reunião.

Durante o encontro, o superintendente Gustavo Defilippo destacou a importância da obra, que será reiniciada no dia 9 de julho, deve gerar empregos na região. O gestor destacou ainda que o trecho da rodovia vem sendo deteriorado há um certo tempo em virtude de diferentes variáveis, por isso, a necessidade da restauração.

Segundo o DNIT, será realizada limpeza da rodovia de concreto e, posteriormente, a sinalização. Após a liberação da nova pista, o trecho da antiga rodovia será interditado para ser restaurado sem a necessidade de utilização do sistema de pare e siga. Até 2020, o Dnit espera liberar 25 km de pista duplicada para facilitar o fluxo de veículos na rodovia BR-101. 

O prefeito de Maruim, Jeferson Santana, destacou a importância da duplicação da rodovia. “Nos últimos anos foram registrados seis óbitos neste trecho que será liberado. A duplicação vai viabilizar o fluxo e vai gerar oportunidades de empregos durante a sua revitalização. Mas, o principal objetivo a ser alcançado está associado à segurança na rodovia durante o tráfego”, afirmou.

Na oportunidade, o prefeito Jeferson Santana solicitou uma parceria junto ao DNIT para obter material para melhorias na estrada de acesso ao povoado Pedra Branca, em Maruim. O prefeito solicitou a doação de material de fresagem para ser colocado na estrada de acesso ao povoado.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro indeferiu pedido de liminar em recurso em mandado de segurança feito pela Google e manteve decisão que permitiu a quebra de sigilo de dados telemáticos de grupo não identificado de pessoas, no âmbito de inquérito policial. O inquérito foi instaurado pela Polícia Civil de Sergipe para investigar o suposto homicídio do capitão da Polícia Militar Manoel Alves de Oliveira Santos, ocorrido em 4 de abril de 2018, no município de Porto da Folha (SE).

Freepik

A pedido da autoridade policial responsável pelo inquérito, o juízo da Comarca de Porto da Folha determinou à Google Brasil Internet Ltda. o fornecimento das informações de conexão e de acesso a aplicações de internet (contas, nomes de usuário, e-mail e números de IP e de IMEI) das pessoas que estariam próximas ou no local do crime e utilizando os serviços da empresa durante o horário estimado do crime, entre 22h40 e 22h55.

A Google impetrou mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), com pedido de liminar para suspender os efeitos da decisão. Alegou ser ilegal e inconstitucional a ordem recebida, pois determinou a quebra de sigilo de um conjunto não identificado de pessoas, sem individualizá-las, apenas por terem transitado por certas coordenadas, em certo período de tempo. Segundo a empresa, a legislação vigente veda pedidos genéricos de quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos, sendo imprescindível a individualização fundamentada dos que serão afetados pela medida.

Apontou, ainda, a falta de requisitos previstos nos incisos X e XII do artigo 5º da Constituição Federal para a determinação da quebra do sigilo, e afirmou ser a medida desproporcional, inadequada e desnecessária, pois poderia atingir a privacidade de pessoas inocentes sem garantias de se chegar aos autores do crime investigado.

​​​​Marco Civil

O TJSE negou a liminar, pois entendeu que o pedido da autoridade policial encontra respaldo no artigo 22 do Marco Civil da Internet, que prevê as hipóteses nas quais as quebras de sigilo consideradas “mais amplas” seriam permitidas. Acrescentou que a solicitação se limitou às informações de conexão e de acesso a aplicações de internet, não abrangendo o conteúdo das comunicações.

Assim, para o tribunal estadual, apesar de a medida atingir pessoas sem pertinência com os fatos investigados, elas não teriam sua intimidade fragilizada. Ao julgar o mérito do mandado de segurança, o TJSE confirmou a liminar.

No recurso apresentado ao STJ, a Google reiterou seus argumentos iniciais, reforçando a natureza ilegal e inconstitucional da ordem concedida ante a falta de individualização das pessoas a serem atingidas pela quebra do sigilo. Liminarmente, pediu a suspensão do acórdão impugnado até a decisão de mérito do recurso, no qual requer o afastamento definitivo da decisão que determinou a quebra de sigilo de dados.

Ao indeferir monocraticamente o pedido, o relator, ministro Nefi Cordeiro, ressaltou o caráter excepcional da liminar em recurso em mandado de segurança, cabível apenas em situações de flagrante constrangimento ilegal – situação não verificada nos autos, segundo ele.

“A pretensão de que sejam reconhecidas a ilegalidade e a desproporcionalidade da decisão de primeiro grau que determinou a quebra do sigilo de dados é claramente satisfativa, melhor cabendo o exame dessas questões no julgamento de mérito pelo colegiado, juiz natural da causa, assim, inclusive, garantindo-se a necessária segurança jurídica”, afirmou o ministro.

O mérito do recurso será julgado pela Sexta Turma do STJ, composta por cinco ministros, em data a ser definida.​

O empresário Sadi Gitz, da indústria cerâmica Escurial, se suicidou nesta quinta-feira 4, durante o Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural em Sergipe. O evento contava com a presença do governador Belivaldo Chagas e do ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Na segunda fila da plateia, logo após o pronunciamento do governador, ele atirou contra si. Para colegas, o ato foi uma forma de protesto.

Gitz atuou na Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT), na Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e também foi presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese). Em 1993, fundou uma fábrica de pisos, a Escurial, em Nossa Senhora do Socorro, na região da grande Aracaju.

O presidente da Assedis (Associação das Empresas do Distrito Industrial de Socorro), Celso Hiroshi, trabalhou até 2015 na empresa, e conta que a crise econômica fez com que o negócio entrasse em recuperação judicial e, em maio deste ano, em hibernação. “Essa é uma indústria que consome muito gás e os equipamentos antigos consomem mais ainda. A modernização era inevitável, mas o investimento foi acontecendo e a crise fez com que a modernização não fosse concluída”, conta. Com os preços altos do gás, a única solução foi hibernar a empresa e comprometer cerca de 600 empregos diretos e indiretos.

Hiroshi estava hoje no auditório do evento quando tudo aconteceu. “Foi brutal. O auditório estava lotado e a expectativa era muito positiva em relação ao gás no Sergipe. De repente, isso aconteceu”, diz.

A sensação dos colegas é de que Gitz não teve tempo de salvar os negócios. “A sua fábrica entrou em recuperação judicial, mas ao mesmo tempo ele estava montando uma fábrica nova. Só que não conseguiu colocá-la em operação a tempo de salvar os negócios”, conta Marco Aurélio Pinheiro, atual presidente da Acese. “A fábrica estava montada, pronta, mas por falta de recursos ele não conseguiu colocar a nova fábrica para operar”.

Ainda assim, os amigos e familiares não esperavam a atitude do empresário.

“Foi uma forma de protesto. O Sadi nunca passou despercebido e esse caso foi uma maneira de fazer um grand finale, que ele acabou politizando”.

Hiroshi

O advogado Paulo Roberto Dantas Brandão fez um post emocionado no Facebook e falou à ÉPOCA sobre a perda do amigo. “A empresa dele estava com dificuldades, tinha entrado em recuperação judicial. E era uma empresa grande, muito tradicional, na qual foram feitos investimentos altos. Ele vinha protestando há algum tempo contra o preço do gás, inclusive deu entrevistas em programas de rádio falando sobre isso”, conta.

Ele descreve Sadi como um homem “culto, decente, trabalhador e boa gente”. “Pode ter sido, sim, um protesto. Não deixou para ser em outro lugar. Foi em um evento importante aqui de Sergipe”, afirma.

Escrito por Bárbara Libório e Rodrigo Castro, Época

Redes sociais / Reprodução

O vereador do Rio Carlos Bolsonaro expressou preocupação com a segurança do pai, o presidente Jair Bolsonaro(PSL-RJ), depois que umempresário se matou na frente do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, nesta quinta-feira.

“Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do Presidente ficar mais atenta”, escreveu Carlos Bolsonaro, no Twitter, com menção a uma reportagem sobre o caso.

O gaúcho Sadi Gitz, empresário do setor de cerâmica, estava na plateia do “Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural em Sergipe”. Ele tirou a própria vida no intervalo entre o discurso do governador e o do ministro.

Tomaz Silva / Arquivo Agência Brasil

Na tarde desta quinta-feira, 4, a líder comunitária e militante do Central de Movimentos Populares (CMP), Roseane Patrício, que estava foragida, se entregou à Polícia Federal.

Roseane é acusada de envolvimento em suposto grupo criminoso que estaria utilizando associação para fomentar a invasão e venda de terrenos da União.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informa que, logo após o fato que vitimou um empresário na manhã desta quinta-feira, 4, em um hotel na Orla de Atalaia, na Zona Sul de Aracaju, equipes foram encaminhadas para o local e fizeram todos os procedimentos típicos de investigação de crimes violentos.

Delegada Thereza Simony / SSP Sergipe

As análises do local foram feitas pela delegada Thereza Simony, do DHPP, que também presidirá o inquérito policial a ser instaurado. Na apuração da morte, testemunhas também serão intimadas e ouvidas. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e fez os procedimentos para encaminhar o corpo para a unidade.

“As primeiras medidas já foram tomadas. Nos deslocamos para o hotel, o Instituto de Criminalística (IC) e o IML foram chamados. Então, tomamos as primeiras iniciativas, identificando algumas pessoas que estavam no momento e serão posteriormente ouvidas”, disse a delegada. 

Ainda de acordo com os primeiros levantamentos, a arma pertencia a vítima, que possuía a posse do armamento. “A Arma era da própria vítima. Ele tinha a posse e o registro da arma, isso já foi identificado. Ele portava esse documento. Era um revólver calibre 38 que já foi apreendido e encaminhado à perícia”, complementou.

Ainda segundo a delegada, o DHPP irá apurar a morte violenta. “O nosso papel de polícia é esclarecer as circunstâncias. A questão do suicídio ficou bem clara e apenas vamos fazer o procedimento e encaminhar para a Justiça. A perícia identificou que o tiro foi na região da cabeça”, citou.

O DHPP também conduziu a família da vítima para a Delegacia de Turismo (Detur), também situada na Orla de Atalaia, para que um boletim de ocorrência, necessário para a emissão da guia de liberação do corpo, fosse prestado.

Silvio Rocha / PMA

O corpo do empresário Sadi Gitz, proprietário da Cerâmica Escurial, será cremado na cidade Alagoinhas, na Bahia, no próximo sábado, 6.

Sadi, que tinha 77 anos, morreu após disparar contra a própria boca durante Simpósio que discutia os rumos do gás natural em Sergipe e no Brasil. Esse mesmo gás natural que, por seu alto preço no estado, foi responsável pela falência da empresa comandada por Sadi e que ocasionou na demissão de centenas de trabalhadores.

Antes de ser levado para cremação na Bahia, o corpo do empresário será velado na cemitério Colina da Saudade, a partir das 8h desta sexta, 5.

Blog Patyziul / Reprodução

Durante toda a manhã desta quinta-feira, 4, o NE Notícias tem veiculado informações exclusivas sobre a morte do empresário Sadi Gitz, proprietário da Cerâmica Escurial.

O fato ocorreu após fala do governador Belivaldo Chagas em Simpósio que tratava do mercado de gás natural, no Radisson Hotel, na orla da capital.

Para explicar a situação, o hotal emitiu uma nota lamentando o fato e se solidarizando à família do empresário.

O Radisson Hotel lamenta, profundamente, o fato ocorrido com o empresário Sadi Paulo Castiel Gitz, durante a abertura do ‘Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural em Sergipe’. O Hotel, desde o episódio, vem dando todo o suporte à família, autoridades e à Polícia. O Radisson se solidariza com os amigos e familiares do Sr Sadi Gitz.

Direção do Radisson Hotel

A  líder comunitária ligada à Central de Movimentos Populares (CMP), Roseane Patrício, que está sendo procurada pela Polícia Federal por envolvimento em suposto grupo criminoso que estaria utilizando associação para fomentar a invasão e venda de terrenos da União, deverá se entregar ainda hoje à DPF.

De acordo com a informação recebida pelo NE Notícias, Roseane não tem a pretensão de ficar foragida e se apresentará aos órgãos competentes nesta quinta, 4.

A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Nova Canaã, para desarticular um grupo criminoso que vendia casas e lotes destinados a programas sociais em assentamento no interior de Sergipe.

Arquivo

Segundo a PF, o grupo utilizava uma associação sem fins lucrativos responsável por intermediar o acesso à moradia popular para fomentar a invasão e a venda de terrenos públicos pertencentes à União.

Os líderes do grupo, ainda segundo os investigadores, obrigavam a participação em atos políticos, sob pena de os supostos beneficiários serem retirados dos programas habitacionais. Além disso, coagiam os filiados a pagar mensalidades e assinar documentos.

Foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Sergipe.

O Antagonista