A família de Genivaldo dos Santos, que foi morto asfixiado durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Umbaúba deverá ser indenizada, conforme informou o novo ministro da Justiça, Flávio Dino.

O novo ministro, recém-empossado citou o caso ocorrido em Sergipe, numa publicação em suas redes sociais.

“Genivaldo morreu, em 2022, em face de uma ação de policiais rodoviários federais, em Sergipe. É clara a responsabilidade civil, à luz da Constituição. Determinei ao nosso Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, providências visando à indenização legalmente cabível”, publicou Dino.

Na postagem numa rede social, a advogada da família de Genivaldo dos Santos, Monalisa Batista comemorou o anúncio. “Obrigada pela sensibilidade com a família ministro. Nós como advogados da família buscamos isso”, comentou.

Reprodução

CASO GENIVALDO

Ele foi morto durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-101, no dia 25 de maio. Ele foi agredido verbalmente e fisicamente pelos policiais e depois colocado no porta malas de uma viatura tomado de gás lacrimogêneo.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. O caso chocou quem presenciou e gerou revolta e comoção em todo Brasil.

Os agentes envolvidos no caso: William de Barros Noia, Kleber Nascimento Farias e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram presos no mês de outubro. Eles foram indiciados pela Polícia Federal, responsável pelas investigações, por homicídio qualificado e abuso de autoridade.

UOL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o 21 de março como Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé.

Publicada no Diário Oficial da União de hoje (6), a Lei 14.519 oi aprovada pela Câmara dos Deputados (como PL 2.053/22) no dia 21 de dezembro de 2022 e encaminhada à sanção presidencial.

A data escolhida para a comemoração – 21 de março – é também Dia Internacional contra a Discriminação Racial, marco estabelecido pelas Nações Unidas (ONU) tendo como referência o episódio que ficou conhecido como “Massacre de Shaperville”, em 1960 na África do Sul.

O massacre ocorreu quando cerca de 20 mil sul-africanos protestaram contra a determinação imposta pelo governo da época, de limitar os locais onde a população negra poderia circular.

Em resposta à manifestação que era considerada pacífica, militares da África do Sul atuaram violentamente para reprimir o protesto. Tiros foram disparados contra os manifestantes, resultando na morte de 69 pessoas.

Muitos professores têm procurado o NE Notícias e dizem estar preocupados com a possibilidade de perderem postos de trabalho.

O Estado pode passar parte do ensino para os municípios e ampliar o ensino profissionalizante.

As propostas contariam com o apoio da Secretaria de Educação.

O representante da Federação Sergipana de Futebol (FSF), na Pré-Copa do Nordeste entrou em campo nesta quinta-feira (05/01), o Confiança recebeu na Arena Batistão, a equipe do Sousa da Paraíba. O duelo foi válido pelo primeiro mata-mata da competição.

O time sergipano foi superior em campo e com o apoio do torcedor conquistou a classificação para segunda fase. A equipe do Confiança venceu por 1 a 0, gol marcado pelo lateral-direito, Lenon aos 44 da etapa inicial.

Com o resultado no próximo domingo (08/01), no Batistão, o time azulino enfrenta o Ferroviário pelo segundo mata-mata da Pré-Copa do Nordeste. A equipe cearense eliminou nós pênaltis o Asa de Arapiraca. Quem vencer conquista o acesso para fase de grupos do nordestão.

O ex-prefeito de Itabaiana de Itabaiana Valmir de Francisquinho (PL) não será candidato a prefeito de Nossa Senhora do Socorro, como especulam alguns setores.

Valmir será candidato a prefeito de Itabaiana mais uma vez.

O atual prefeito do município, Adailton Sousa (PL), aliado de Valmir, não será candidato à reeleição, embora esteja bem no mandato.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva termina a primeira semana de governo com uma reunião de sua equipe de ministros e ministras, nesta sexta-feira (6). O encontro começa às 9h30, no Palácio do Planalto e, segundo o próprio presidente, “só tem horário para começar”. 

Em vídeo divulgado por sua assessoria, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a reunião tem o objetivo de ser um momento de acolhimento dos novos integrantes do primeiro escalão do governo federal. “O presidente Lula fez questão de convocar essa reunião com todas e todos, fazendo um acolhimento desses ministros e ministras, dar partida no início do governo”, afirmou.

O encontro terá uma apresentação da Casa Civil sobre as principais ações de governo, incluindo um panorama sobre obras. O presidente também quer estabelecer entendimento entre os ministros para a retomada de uma relação federativa com estados e municípios.

O aumento no número de consultas sobre falsas mensagens relativas ao sistema Valores a Receber fez o Banco Central (BC) emitir um alerta. A autoridade monetária recomendou uma série de medidas para evitar cair em golpes.

Segundo o BC, os serviços de atendimento ao cidadão têm recebido volume quatro vezes maior que a média de consultas sobre informações inverídicas. De acordo com a autoridade monetária, grande parte das falsas mensagens passaram a circular na internet nos últimos dias.

A primeira dica diz respeito a mensagens recebidas pelo WhatsApp para resgatar valores esquecidos no Banco Central imediatamente via PIX. Nesse caso, o órgão orienta o cidadão a ignorar o conteúdo mensagens e a não clicar em links.

Esses links, informou o BC, roubam senhas em redes sociais e pode instalar vírus e programas espiões no celular do usuário. Informações oficiais sobre valores a receber e sobre a consulta ao sistema são divulgadas apenas no site do Banco Central nas redes oficiais do órgão, jamais por aplicativos de mensagens ou SMS.

O Banco Central esclareceu que a consulta a valores esquecidos está suspensa desde abril. Apesar de as instituições financeiras recomeçarem a enviar dados em janeiro, a reabertura das consultas e dos saques continua sem previsão de retorno. Em dezembro, o BC anunciou que, quando o sistema voltar a funcionar, passará a permitir o saque por herdeiros e representantes legaias dos falecidos.

Nesta sexta-feira, 6, o governador do estado de Sergipe, Fábio Mitidieri, dará posse ao secretário-executivo da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca. Os presidentes da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia do Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) também serão empossados. A solenidade ocorre no auditório da Emdagro, a partir das 10 horas. 

O ex-prefeito de Simão Dias, Marival Santana, assume a Secretaria-executiva da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário. 

Na Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) assume Gilson dos Anjos, ex-prefeito da Barra dos Coqueiros e ex-superintendente do Incra em Sergipe. 

A Companhia do Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), antiga Cohidro, segue sob comando de Paulo Sobral, o atual presidente.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Vigilância Epidemiológica/Núcleo de Endemias, recomenda aos gestores municipais a intensificação de campanhas educativas e ações de prevenção e buscativas de casos de esquistossomose no estado. Em Sergipe, dos 75 municípios, 51 são endêmicos, com cidades que possuem uma ocorrência significativa de casos. Segundo dados levantados em 2022, dos 17.162 exames realizados, 1.288 foram positivos, o que equivale a 7,5%.

Outro dado significativo é em relação à buscativa e busca passiva. Na buscativa, os agentes de cada município fazem visitas às áreas de risco que são classificadas pela própria gestão municipal. A busca passiva é uma demanda espontânea, o paciente é quem procura as unidades de saúde para realização dos testes. Dos exames com buscativa realizados ano passado, 31,9% daqueles que positivaram iniciaram o tratamento. Já na demanda passiva 100% dos pacientes que testaram positivo foram tratados.

Para a gerente do Núcleo de Endemias da Diretoria de Vigilância em Saúde da SES e especialista em Vigilância de Surto, Sidney Sá, é importante que ocorra um aumento de ações preventivas nos municípios sergipanos. “É fundamental que haja uma articulação entre vigilância epidemiológica e atenção primária, para que esse cenário dos casos da esquistossomose tenha uma melhora em termos de ações preventivas. O foco dos nossos programas é buscar novos portadores e tratar os pacientes diagnosticados. Paralelo a isso, é necessário trabalhar com ações que envolvam orientações para a população sobre os riscos da doença”, afirma Sidney.

A gerente do Núcleo alerta que é necessário que as pessoas procurem a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência quando sentirem os primeiros sintomas da doença. O tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Esquistossomose


A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo Schistosoma mansoni. A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com a água doce infectada pelos vermes. Quando não há um saneamento adequado, os ovos dos parasitas eclodem e liberam larvas que encontram os hospedeiros intermediários que são os caramujos. Estes, por sua vez, liberam larvas que infectam as águas consumidas pelo homem. A infecção se dá pela pele ou mucosas. Por isso a importância do saneamento básico adequado.

A doença tem uma fase aguda e outra crônica. Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento. Na fase crônica, geralmente assintomática, episódios de diarreia podem alternar-se com períodos de prisão de ventre e a doença pode evoluir para um quadro mais grave com aumento do fígado e cirrose, aumento do baço e hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago. A chamada barriga d’água ocorre quando o abdômen fica dilatado e saliente porque escapa plasma do sangue.

Um dos primeiros atos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu novo governo foi revogar o decreto que reduzia as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre uma série de operações financeiras. E isso, na opinião de tributaristas ouvidos pela revista eletrônica Consultor Jurídico, criou um imbróglio capaz de gerar insegurança jurídica.

O decreto foi assinado no último dia 30 pelo presidente em exercício Hamilton Mourão, já que Jair Bolsonaro estava fora do país. De acordo com integrantes da equipe de transição, tratou-se de um “presente” inesperado deixado por um governo que vivia seus últimos momentos.

A medida assinada por Mourão baixou a alíquota do PIS/Pasep de 0,65% para 0,33% e a da Cofins de 4% para 2%, o que geraria impacto de aproximadamente R$ 5,8 bilhões nas contas públicas.

Lula também revogou o decreto que dava desconto de 50% nas alíquotas do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) a partir deste ano. A renúncia fiscal nesse caso seria de R$ 2,44 milhões em 2023, R$ 2,49 milhões em 2024 e R$ 2,42 milhões em 2025.

O tal imbróglio apontado pelos tributaristas é causado pelo princípio da anterioridade nonagesimal, que determina que qualquer alteração legal que crie ou aumente imposto só pode produzir efeitos 90 dias após sua publicação. Segundo os advogados, o princípio se aplica às revogações efetuadas por Lula. 

O tributarista Breno Dias de Paula classifica a situação como um típico e genuíno exemplo de insegurança jurídica.

“Tudo de que o Brasil não precisa na atual quadra são condutas estatais que prejudiquem o ambiente de negócios com mais insegurança jurídica. Certamente o assunto será judicializado para a aplicação do princípio da anterioridade”, comentou ele. 

O tributarista lembra que o artigo 150, III, alínea “c”, da Constituição Federal, que estabelece o princípio da anterioridade, é uma limitação ao poder de tributar e tem como objetivo proteger os contribuintes das anomalias fazendárias que costumam ser praticadas no início e no fim do exercício financeiro.

Na mesma linha, Carlos Augusto Daniel, sócio do escritório Daniel e Diniz Advocacia Tributária, explica que, apesar da grande proximidade entre os decretos, houve um período curto de vigência daquele que reduziu as alíquotas do PIS e da Cofins.

“Por mais que o decreto do novo governo tenha invocado o instituto da repristinação, isso não basta para descaracterizar o fato de que a medida representa um aumento, e não pode ser afastado o regime temporal estabelecido pela Constituição.”

Repristinação é o instituto jurídico que trata da validade de uma lei que é revogada por uma norma posterior. Segundo Daniel, um caminho possível para o novo governo seria questionar a constitucionalidade ou a legalidade do decreto revogado, buscando o reconhecimento da sua nulidade e a eliminação de seus efeitos, o que geraria a possibilidade de cobrança dos tributos nos próximos 90 dias.

Maria Carolina Sampaiohead da área tributária e sócia da banca GVM Advogados, por sua vez, comenta que a revogação de benefícios e isenções, assim como a alteração de aspectos dos tributos, sempre foi uma discussão presente em nossos tribunais. Ela lembra que o STF, até muito recentemente, entendia que a redução de uma isenção ou de um benefício não implicava majoração do tributo.

“Já em 2020, o Supremo entendeu por bem revisitar a matéria e decidiu que a redução de um benefício fiscal implica majoração do tributo, sujeita ao princípio da anterioridade constitucional.”

A tributarista pondera que a revogação do decreto de Mourão que reduziu PIS, Cofins e ARFMM não representa a anulação de um benefício fiscal propriamente dito, mas a extinção de uma norma que reduziu uma alíquota, tudo via decreto do Executivo.

“Essa previsão de alíquotas em decreto, por si, já é um ponto controverso. Todavia, o STF validou esse procedimento, especificamente para o PIS/Cofins, em 2020, no julgamento do RE 1.043.313 e da ADI 5.277.”

Sócio do escritório Martorelli Advogados, o tributarista João Amadeus dos Santos explica que, embora seja permitido no Direito brasileiro, o instituto da repristinação tem algumas limitações.

“O que é proibido é a repristinação tácita, isto é, que se presuma que a redação antiga voltou. Ou seja, tem de ser expresso na nova norma que a antiga redação voltou. É isso o que o artigo 2º, §3º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro determina. No caso, nós temos isso no Decreto nº 11.374, que revogou a redução do PIS/Pasep e da Cofins.”

Anterioridade necessária
No entendimento de todos os especialistas consultados pela ConJur, é necessário, sim, que seja respeitado o intervalo de 90 dias até que a revogação do decreto de Mourão produza efeitos.

Santos afirma que há uma complicação no caso do PIS/Cofins sobre receitas financeiras, pois é a Lei nº 10.865/2004, em seu artigo 27, §2º, que dá ao Executivo o poder de alterar as alíquotas mediante decreto. Esse dispositivo teve sua constitucionalidade questionada e, recentemente, o STF atestou sua legalidade.

“Na tese propriamente dita, fixada para fins de repercussão geral, não foi abordada a questão da anterioridade dos 90 dias (nonagesimal), porém, em várias manifestações dos ministros quando do julgamento ficou consignado que o aumento das alíquotas produzido via decreto deve, sim, obedecer à noventena”, diz ele.

Assim sendo, o contribuinte que entender ter sido violada sua garantia constitucional pelo novo governo pode ingressar com medida judicial. 

Eduardo Ramos, advogado especialista em Direito Tributário da Weiss Advocacia, resume bem a questão ao lembrar que o contribuinte, quando se depara com decretos que reduzem a carga tributária de algumas de suas receitas, espera que haja previsibilidade. “O que resta agora é a insegurança jurídica e a enxurrada de ações que o Judiciário deve receber nos próximos meses.”