O prefeito Edvaldo Nogueira concedeu, na manhã desta quinta-feira, 5, entrevista coletiva para tratar do empréstimo de 75 milhões de dólares – cerca de R$ 300 milhões – junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para Aracaju.

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Edvaldo Nogueira e Rogério Carvalho conversam com jornalistas – Ana Lícia Menezes / PMA

O financiamento, que foi aprovado pelo Senado no início desta semana, se destina ao “Programa de Requalificação Urbana da Região Oeste de Aracaju – Construindo para o Futuro”. O senador Rogério Carvalho, autor do pedido de urgência para votação do projeto, também participou da coletiva.

“O nosso empréstimo foi aprovado em prazo recorde. Foi uma grande vitória da nossa cidade. Trabalhamos dois anos neste projeto ao mesmo tempo em que organizamos a gestão. O ajuste fiscal, o corte de gastos e o nosso planejamento estratégico foram fundamentais para que a nossa avaliação junto à Secretaria do Tesouro Nacional melhorasse. Recebemos três missões do BID que vieram à Aracaju para estudar a nossa capacidade financeira. Não foi uma coisa fácil nem simples. O BID exige um projeto consistente. O banco só empresta para quem tem condições de pagar”, ressaltou o prefeito.

Edvaldo destacou a articulação política para que a tramitação da proposta fosse célere. “Com o projeto aprovado na STN e encaminhado à Casa Civil, procurei o ministro Onyx Lorenzoni, acompanhado do deputado federal Laércio Oliveira. Ele nos recebeu e se comprometeu a enviar o pedido para o Senado. Lá, contei com o apoio fundamental da nossa bancada. Agradeço ao senador Rogério Carvalho, que nos ajudou de maneira decisiva, bem como ao senador Alessandro Vieira, que foi muito importante no diálogo junto ao presidente do Senado e aos membros da Comissão de Assuntos Econômicos. A senadora Maria do Carmo também conversou com os senadores e nos ajudou. A celeridade na aprovação só foi possível graças à atuação dos senadores”, afirmou ele, que agradeceu ainda o apoio dos deputados federais Fábio Mitidieri e Fábio Reis.

Capacidade de endividamento

Questionado sobre a capacidade de endividamento da Prefeitura e como se dará o pagamento deste empréstimo, o prefeito explicou que o município pode ter uma dívida de até 120% da receita corrente líquida e que o endividamento chega a cerca de 20%, o que demonstra a grande margem para contratação de operações de crédito. A Prefeitura de Aracaju pode adquirir empréstimo de até R$ 2 bilhões.

“O enxugamento da máquina, a organização administrativa e o planejamento estratégico que desenvolvemos permitiram que nós avançássemos na avaliação junto à STN. Encontramos a Prefeitura com letra “C” e melhoramos para letra “B”, o que fez ampliar a nossa capacidade de endividamento. Este empréstimo será pago em 30 anos com período de carência de cinco anos”, informou.

Edvaldo salientou que Aracaju é a primeira capital do Nordeste em investimentos, dado divulgado nesta semana pelo jornal Valor Econômico. “A maioria das prefeituras está indo no sentindo contrário com redução muito grande de investimentos. Nós crescemos 87%, fruto de um trabalho planejado e bem feito. Não nos acomodamos com a crise. Com estes novos recursos do BID, chegaremos a R$ 810 milhões investidos na capital”, comemorou.

O senador Rogério Carvalho também chamou a atenção para a organização administrativa da Prefeitura de Aracaju, que foi vital para que o município pudesse receber recursos. “Só é possível acessar recursos como este se a Prefeitura tiver bons projetos, se tiver dentro das condições para receber novos investimentos. O prefeito Edvaldo Nogueira, inegavelmente, conseguiu organizar as finanças da Prefeitura”, afirmou, lembrando ainda das gestões anteriores que também atuaram neste sentido, como as de Marcelo Déda (entre 2001 e 2006) e as do próprio Edvaldo Nogueira (entre 2006 e 2012). “Esta construção foi muito importante”, frisou.

As obras

Os recursos do convênio, que deve ser assinado até outubro com o BID, serão utilizados para uma série de obras de infraestrutura em diversos bairros da cidade, sendo a principal delas a construção da avenida Perimetral Oeste, que desafogará o trânsito na avenida Euclides Figueiredo. “Para esta avenida serão destinados cerca de R$ 100 milhões. Será uma grande via, com 7,5 km de extensão, com toda a infraestrutura necessária, com ciclovias, uma ponte e que ligará o Lamarão, na divisa com Nossa Senhora do Socorro, até o Bugio”, informou o prefeito.

Edvaldo explicou ainda que a nova avenida resolverá os problemas de mobilidade existente na região Oeste da capital. “Esta via será paralela à avenida Euclides Figueiredo, então servirá para desafogar o trânsito na região. Já estamos fazendo a obra que resolve os alagamentos da Euclides e esta nova via melhorará o fluxo”, destacou ele, frisando ainda que o empreendimento servirá também para “conter a ocupação da área de manguezais”, tanto que está prevista a criação de um parque ecológico no bairro Lamarão. “Além disso, esta obra irá gerar grande desenvolvimento econômico”, frisou.

Com estes investimentos, a Prefeitura também fará a revitalização completa do Parque da Sementeira. “Vamos tornar o parque ainda melhor para todos, num investimento de cerca de R$ 20 milhões”, disse Edvaldo. Além disso, o projeto inclui a construção de 420 unidades habitacionais, creches e escolas, equipamentos de saúde, praças e Centro de Assistência Social. “Estamos preparando a cidade para o futuro”, afirmou o prefeito. As obras devem iniciar no primeiro semestre de 2020. O prazo para realização das obras é de três anos, seguindo o fluxo de desembolso do banco.

“Ou o governador Belivaldo Chagas mentiu para os policiais civis ou ele não sabe o que está acontecendo nessa mesa de negociação”, mencionou um policial civil que preferiu não se identificar nesta quarta-feira, 04, após o término da reunião na Secretaria de Administração (Sead) para tratar do encaminhamento do Projeto Oficial de Polícia Civil (OPC) para aprovação na Assembleia Legislativa.

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Divulgação

O Projeto OPC contempla três pontos prioritários relacionados à carreira de centenas de agentes, escrivães e agentes auxiliares de Sergipe: interstício, classe final e fusão destes cargos da base da Polícia Civil. Até o momento, a mesa de negociação não apresentou nenhum tipo de avanço e aparenta ter um projeto previamente pronto a ser aprovado sem discussão nem questionamentos por parte dos policiais civis.

“Sabemos o compromisso do governador Belivaldo Chagas e do secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, com a aprovação do nosso projeto, mas infelizmente até agora não houve nenhum tipo de avanço nem consenso na mesa de negociação com os representantes do Governo que estão participando dessas reuniões coordenadas pelo secretário de Administração, George Trindade. A construção do projeto precisa ser coletiva e sem imposições de alternativas previamente alinhadas que prejudiquem os policiais civis. A reação dos policiais em querer acompanhar de perto essas reuniões é natural, eles querem entender como um projeto tão simples e que tem o aval do governador tem encontrado tanta oposição”, destacou Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE).

Hoje tem reunião

A próxima reunião na Secretaria de Administração acontece nesta quinta-feira, 05. Os policiais civis informaram que estarão novamente em vigília no prédio da Sead a partir das 15h para acompanhar o desfecho dessa nova reunião que pretende tratar diretamente do Projeto OPC. 

“Mesmo com a reunião de hoje, agendada para dar continuidade ao que não foi fechado ontem, permanece a previsão da última reunião ocorrer no próximo dia 11 de setembro. Manteremos a categoria informada sobre o desfecho de cada encontro da mesa de negociação, pois entendemos que precisamos ser transparentes nesse contexto. Tenho certeza que os policiais civis não recuarão e se manterão unidos. Nossa luta está apenas começando”, finalizou Adriano Bandeira.

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Wilson Dias / Agência Brasil

Em Sergipe, muita gente, na ou ligada à vida pública, fulaniza muito, em vez de analisar com objetividade.

NE Notícias não se surpreende e avalia que esse trabalho podia muito bem estar a serviço do governo de Sergipe, mas o que não viram por aqui está surpreendendo positivamente o governador do Rio de Janeiro, Wison Witzel.

Acertadamente, Cláudio Nunes publica nesta quinta-feira, 5, em seu blog, a seguinte nota:

O blog foi informado que o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel está satisfeito e surpreso com a eficiência do secretário chefe da Representação do estado em Brasília. Pela experiência que adquiriu como líder no governo Temer, André vem abrindo as portas para todas as áreas.

Cláudio Nunes

Evento importante em Aracaju. Secretário-geral do Senado proferirá palestra dia 20.

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Divulgação

Luiz Bandeira de Mello Filho é considerado um dos maiores especialistas em Processo Legislativo do Brasil, além de secretário geral da mesa do Senado federal é membro do CNMP.

A palestra, que ocorrerá no dia 20/09 as 09h no auditório do escritório SLKB advogados, será sobre Modernização do Processo Legislativo e Reforma Política. As inscrições são gratuitas e poderão ser realizadas através do telefone (79) 3011-2202.

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Ascom / Sejuc (arquivo)

Um interno identificado como Eleandro Santos Siqueira, de 26 anos, morreu dentro da cela, no Copemcan, na noite da última quarta-feira, 4.

A informações iniciais indicam que Eleandro passou mal durante a noite, chegando a ser socorrido, mas o detento não resistiu.

O detento teve crise convulsiva e parada cardíaca.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta 2ª feira (2.set.2019) tem 1 detalhe metodológico importante. Antes de perguntar em quem o entrevistado votaria agora num eventual 2º turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), a empresa do Grupo Folha fez diversas outras perguntas.

É o que pode se depreender do questionário divulgado pelo Datafolha (aqui a íntegra) para sua pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de agosto, com 2.878 entrevistas em todo o Brasil e margem de erro de 2 pontos percentuais.

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Lukas / Pexels

Na lista de perguntas há uma série de questionamentos ao entrevistado antes que lhe seja indagado em quem votaria hoje num eventual 2º turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Em pesquisas de intenção de voto há 1 consenso sobre primeiro fazer a pergunta sobre o voto. Só depois entrar em detalhes sobre características do candidato.

Quando o estudo começa perguntando o que o eleitor acha de bom e de ruim sobre 1 determinado político, essas perguntas podem impactar no resultado final.

Pesquisadores tentam em estudo sobre intenção de voto simular o que há de mais próximo do momento do voto, em que o eleitor na cabine e diante da urna eletrônica apenas diz sua preferência, sem outros estímulos.

No Datafolha, o resultado da pesquisa deu 42% para Haddad e 36% para Bolsonaro.

Num outro levantamento realizado pela FSB de 16 a18 de agosto de 2019 (com 2.000 eleitores e margem de erro de 2 pontos percentuais) o resultado foi diverso: Bolsonaro com 48% e Haddad com 35%.

Há 1 fator que realmente pode ter alterado o cenário de 18 para 30 de agosto: o noticiário negativo sobre as queimadas da Amazônia. Ainda assim, houve uma diferença grande entre os 2 resultados.

A ORDEM DAS PERGUNTAS

“esquenta” do Datafolha foi com as seguintes perguntas antes de entrar no questionamento sobre possível 2º turno entre Bolsonaro e Haddad:

1) avaliação – “Na sua opinião o presidente Jair Bolsonaro está fazendo um governo: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo?”;

2) nota – “De zero a dez que nota você dá para o desempenho do governo Jair Bolsonaro nesse período de governo?”;

3) opinião sobre o que Bolsonaro fez – “Você diria que Bolsonaro nesses 8 primeiros meses de governo… a) fez pelo país mais do que você esperava; b) fez pelo país o que você esperava que ele fizesse ou c) fez pelo país menos do que você esperava?”;

4) comportamento de Bolsonaro – “Pelo que você viu das atitudes do presidente Jair Bolsonaro até agora, na sua opinião, considerando o cargo que ele ocupa, o presidente: a) em todas as ocasiões se comporta como um presidente da República deveria se comportar; b)na maioria das vezes se comporta como um presidente da República deveria se comportar, mas em algumas não; c) em algumas situações se comporta como um presidente da República deveria se comportar, mas na maioria não ou d) em nenhuma situação se comporta como um presidente da República deveria se comportar”;

5) o melhor do governo – “Pensando nas ações do presidente Jair Bolsonaro, em qual destes aspectos ele está se saindo melhor? a) na sua relação com presidentes de outros países; b) na sua relação com a população brasileira; c) na sua relação com os ministros; d) na sua relação com a imprensa; e) na sua relação com o Congresso; f) nas suas declarações sobre o governo”;

6) o pior do governo – “E em qual ele está se saindo pior? a) na sua relação com a população brasileira, b) na sua relação com a imprensa; c) na sua relação com presidentes de outros países; d) nas suas declarações sobre o governo; e) na sua relação com o Congresso; f) na sua relação com os ministros”;

7) confiança – “Você diria que sempre confia, às vezes confia ou nunca confia nas declarações do presidente Jair Bolsonaro? a) sempre confia, b) às vezes confia e c) nunca confia”;

8 e 9) perguntas e respostas ainda não divulgadas pelo Datafolha

10) expectativa de governo – “E na sua opinião, daqui para frente o presidente Jair Bolsonaro fará um governo?: ótimo/bom, regular, ruim/péssimo?”;

11 a 18) perguntas e respostas não divulgadas pelo Datafolha.

19-b) eleição presidencial – “E se a eleição para presidente da República fosse hoje, em quem você votaria em? Fernando Haddad, Jair Bolsonaro, Branco/nulo/nenhum ou não sabe”.

Publicado em Poder 360

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) atacou nesta quarta-feira (4) a Rede Globo e o Jornal Nacional, principal telejornal da emissora. Ele disse que o telejornal “não tem mais teta” ou “propaganda oficial do governo”.

Ao sair do Palácio da Alvorada para cumprir uma agenda em Anápolis (GO), Bolsonaro respondeu a uma pergunta sobre o aniversário de 50 anos do Jornal Nacional e ironizou o fato de a TV Globo ter sido fundada em 1965, durante a ditadura militar. 

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TV Globo / Reprodução

A pergunta partiu de um representante da Folha do Brasil, plataforma online alinhada ao presidente. ​

“Olha só imprensa brasileira, vocês falam tanto em ditadura. Ela [ditadura] se prima, entre outras coisas, por fechamento de jornais, rádio e televisões. A TV Globo nasceu em 1965, é uma empresa então ditatorial”, disse Bolsonaro. 

“A [revista] Veja nasceu em 1968. Agora o JN se prestou, como não tem mais teta, não estão mamando mais, não tem mais propaganda oficial do governo. O esporte agora é me atacar. Não vão conseguir, o couro aqui é grosso”, complementou o presidente.

Procurada, a Rede Globo disse que não comentará as declarações do presidente.

Leia matéria completa na Folha de S. Paulo

camara deputados
Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Veja como votaram deputados federais de Sergipe sobre o aumento do Fundo Partidário para as Eleições de 2020:

Fábio Reis (MDB) – Sim

Fábio Henrique (PDT) – Não

Bosco Costa (PL) – Sim

Laércio Oliveira (PP) – Sim

Valdevan Noventa (PSC) – Sim

Fábio Mitidieri (PSD) – Sim

João Daniel (PT) – Sim

Gustinho Ribeiro (Solidariedade) – Sim

O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (4) a votação do Projeto de Lei 11021/18, que altera várias regras eleitorais. Entre outras mudanças, o texto prevê exceções ao limite de gastos de campanhas; estabelece itens nos quais podem ser usados recursos do Fundo Partidário; define critérios para análise de inelegibilidade; e autoriza o retorno da propaganda partidária semestral.

A proposta será analisada ainda pelo Senado.

Para valer nas eleições municipais do próximo ano, as alterações precisam ser publicadas em até um ano antes do pleito, ou seja, até o começo de outubro deste ano.

Segundo o texto aprovado, um substitutivo do deputado Wilson Santiago (PTB-PB), haverá quatro novas situações nas quais o partido poderá usar recursos do Fundo Partidário.

Poderão ser contratados serviços de consultoria contábil e advocatícia, inclusive em qualquer processo judicial e administrativo de interesse ou litígio que envolva candidatos do partido, eleitos ou não, relacionados ao processo eleitoral, ao exercício de mandato eletivo ou que possa acarretar reconhecimento de inelegibilidade.

As legendas poderão usar esses recursos também para pagar juros, multas, débitos eleitorais e demais sanções relacionadas à legislação eleitoral ou partidária; na compra ou locação de bens móveis e imóveis, construção de sedes, realização de reformas; e no pagamento pelo impulsionamento de conteúdos na internet, incluída a priorização em resultados de sites de pesquisa.

Nesse último caso, o pagamento deverá ser feito com boleto bancário, depósito identificado ou transferência eletrônica, proibido o pagamento nos 180 dias anteriores às eleições.

Em relação aos programas de promoção da participação feminina na política, mantidos com recursos do fundo, o texto não permite mais que instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação política conduzam esses programas. O órgão que cuidar dessa finalidade deverá ser comandado pela secretaria da mulher do partido.

Na proposta de orçamento federal para 2020, o Fundo Partidário atingiu R$ 959 milhões após a correção pela inflação (3,37%). 

Troca entre partidos
Nas votações desta quarta-feira, foram aprovados dois destaques. Um deles, do PSL, excluiu dispositivo do texto que permitia a partidos doarem entre si recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) ou do Fundo Partidário, com exceção dos valores destinados à participação feminina.

Outro destaque aprovou emenda do PL e dos Republicanos para restringir a aplicação de multa de 20% sobre o montante considerado irregular em contas de partido desaprovadas pela Justiça Eleitoral apenas nos casos de conduta dolosa, ou seja, quando o agente teve a intenção de cometer a infração.

A emenda também retirou do texto a redistribuição de recursos do FEFC aos demais partidos quando alguma legenda se recusar a receber sua parcela. 

Pagamento de pessoal
Em relação ao pagamento de pessoal contratado pelos partidos, o projeto dispensa a aplicação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) para atividades remuneradas com valor mensal igual ou superior a duas vezes o teto de benefícios do INSS, atualmente fixado em R$ 5.839,45, se relacionadas à direção de órgãos partidários, suas fundações e institutos e também ao assessoramento e ao apoio político-partidário, assim definidas em normas internas da legenda.

Segundo o texto, essas contratações não geram vínculo de emprego.

Volta da propaganda
O PL 11021/18 retoma a propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão semestralmente. Essa propaganda tinha sido extinta pela Lei 13.487/17 para economizar recursos a serem direcionados ao fundo eleitoral criado após a proibição de financiamento de campanhas por empresas privadas.

Para os partidos que tenham atingido a cláusula de desempenho (Emenda Constitucional 97, de 2017), o acesso à propaganda no rádio e na televisão será assegurado proporcionalmente à bancada eleita em cada eleição geral: partidos com 20 ou mais deputados federais terá um total de 20 minutos por semestre para inserções em rede nacional e 20 minutos para emissoras estaduais; aqueles com 10 a 19 membros terão 15 minutos para rede nacional e 15 para a estadual; e o partido com até 9 eleitos terá 10 minutos em cada rede.

No segundo semestre do ano de eleições, não haverá esse tipo de propaganda.

O formato é semelhante ao que vigorava antes da revogação, mas serão usadas apenas as inserções, de 15 ou 30 segundos e de 1 minuto, em três faixas de horário, todos os dias da semana: três minutos totais das 12h às 14h; três minutos diários das 18h às 20h; e seis minutos para o período das 20h às 23h.

Essas inserções continuam com o objetivo de difundir os programas partidários e transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário e sobre a posição do partido em relação a temas políticos.

Já o tempo para incentivar a participação política feminina passa de 10% do total para um mínimo de 30%.

Quanto às proibições, continua vedada a participação de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo programa; e a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos ou quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação.

Por outro lado, em relação ao texto revogado em 2017, acaba a proibição de divulgar propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses pessoais ou de outros partidos.

Procedimentos de impugnação junto à Justiça Eleitoral e penalidades são as mesmas existentes antes de 2017.

Limite diário
As emissoras de rádio e televisão transmitirão as inserções segundo cronograma fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará prioridade ao partido que pediu primeiro se houver coincidência de data.

Em todo caso, em cada emissora, somente serão autorizadas inserções até que se alcance o limite diário de 12 minutos.

A emissora que não exibir as inserções partidárias segundo as regras perderá o direito à compensação fiscal e ficará obrigada a ressarcir o partido com a exibição de, no mínimo, o dobro do tempo, nos termos que forem definidos em decisão judicial.

Cassado nesta quarta-feira, 4, por unanimidade, no TRE, Bosco Costa (PL) foi quem mais recebeu recursos do Fundo Eleitoral entre os eleitos para a Câmara Federal em Sergipe.

Veja seis eleitos e valores:

Bosco Costa: R$ 2.130.630,00

Laércio Oliveira (PP): R$ 1.774.533,58

Fábio Reis (MDB): R$ 1.505.965,96

João Daniel (PT): R$ 1.075.358,84

Valdevan Noventa (PSC): R$ 352.193,00

Fábio Henrique (PDT): R$ 301.002,50