Em resposta aos ataques antidemocráticos praticados em Brasília por bolonaristas extremistas neste domingo (8/1), a Advocacia-Geral da União protocolou no Supremo Tribunal Federal um pedido de diversas medidas judiciais, entre elas a prisão do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que está nos Estados Unidos e teve sua exoneração anunciada neste domingo.

Torres está na mira por causa de sua postura em relação às movimentações golpistas que culminaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, após hordas de manifestantes romperem bloqueio da Polícia Militar do DF na Esplanada dos Ministérios.

Anderson Torres foi ministro de Bolsonaro e era secretário de Segurança do DF – Elaine Menke/Câmara dos Deputados

A atuação levou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a anunciar a exoneração de Torres do cargo. E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto de intervenção federal na segurança pública do DF, para tentar conter os atos golpistas.

Ao STF, a AGU pediu a prisão em flagrante de todos os envolvidos nos atos criminosos, inclusive o secretário de Segurança Pública do DF. Requereu também a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país e a dissolução de ocupações nas imediações de quartéis e outras unidades militares.

A AGU alega na petição que os ataques contaram com “manifesta passividade e indício de colaboração ilegal de agentes públicos”.

O documento ainda tem pedido de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos. Ao longo do final de semana, foi noticiada a chegada de cerca de 80 ônibus repletos de bolsonaristas a Brasília.

Por fim, a AGU também acionou o Supremo para obrigar que as redes sociais suspendam a monetização de perfis e transmissões de usuários que possam promover, de algum modo, atos de invasão e depredação de prédios públicos.

Clique aqui para ler a petição da AGU

O procurador-geral da República, Augusto Aras, monitora e acompanha com preocupação os atos de vandalismo a edifícios públicos que ocorrem em Brasília neste domingo (8).

Aras mantém contato permanente com as autoridades e tem adotado as iniciativas que competem à instituição para impedir a sequência de atos de violência.

https://twitter.com/ALendaDePassos/status/1612174805138132992?s=20&t=8yqcySnZjJYv9ULNSFLT4g
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Entre as providências tomadas no dia de hoje, o procurador-geral requisitou à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) a imediata abertura de procedimento investigatório criminal visando a responsabilização dos envolvidos e colocou a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea) da PGR à disposição do órgão a fim de preservar gravações e postagens que possam levar à identificação dos infratores.

Além disso, Augusto Aras manteve contato com o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Georges Seigneur, para que atue no controle externo da atividade policial no DF.

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O Fórum Nacional de Governadores ofereceu o envio de policiais para ajudar na recuperação da segurança na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. A entidade fez uma reunião de emergência na tarde de hoje (8), após extremistas invadirem as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para pedir a anulação das últimas eleições presidenciais.

O encontro reuniu tanto governadores como secretários estaduais de Segurança Pública. O Fórum Nacional de Governadores também emitiu uma nota de repúdio aos atos antidemocráticos na área central de Brasília.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Leia a nota da entidade:

“O Fórum Nacional de Governadores externa sua absoluta repulsa ao testemunhar os gravíssimos e inaceitáveis episódios registrados hoje no Distrito Federal, os quais revelam a invasão da Praça dos Três Poderes, seguida da ilegal vandalização das dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal por manifestantes golpistas, irresignados com o resultado das eleições legitimamente encerradas no País, e publica a presente nota de apoio à democracia, condenando quaisquer atitudes violentas e posturas irresponsáveis que ponham em risco a integridade do estado democrático de direito.

As governadoras e os governadores brasileiros, colocando-se à disposição para o envio de forças militares estaduais destinadas a apoiar a situação de normalidade nacional, exigem a apuração das origens dessa movimentação absurda e a adoção de medidas enérgicas contra os extremistas e aqueles que permitiram, por negligência ou conveniência, tal situação, bem como a subsequente penalização de seus responsáveis.”

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Um grupo de manifestantes bolsonaristas invadiu na tarde deste domingo (8/1) o prédio do Supremo Tribunal Federal e promoveu um quebra-quebra na sede da principal corte da Justiça brasileira. O plenário do STF foi destruído pelos golpistas, que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022 e pedem um golpe militar no Brasil.

Minutos antes da invasão ao Supremo, os golpistas haviam invadido e depredado também o Congresso Nacional, após romper barreiras de proteção instaladas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Formado por centenas de pessoas, o grupo entoava palavras de ordem e carregava cartazes pedindo o golpe militar.

Depois da invasão ao Congresso, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. A Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes golpistas, que revidaram com rojões.

Houve também invasão ao Palácio do Planalto, o local de trabalho do presidente da República. Vídeos feitos pelos próprios invasores mostram os vários danos causados por eles. Alguns golpistas conseguiram chegar até mesmo ao andar em que fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Força Nacional
Horas antes da invasão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, havia autorizado o emprego da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na capital federal, entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Praça dos Três Poderes. Segundo a pasta, a medida foi adotada “em razão das manifestações políticas no centro da capital federal”.

O objetivo era garantir a ordem pública e os patrimônios públicos e privados, “em caráter episódico e planejado, nos dias 7, 8 e 9 deste mês de janeiro”, em meio à chegada de alguns ônibus com manifestantes contrários ao resultado das eleições. 

A invasão dos golpistas às sedes dos Três Poderes da República foi precedida por um final de semana de grande movimentação de manifestantes em direção a Brasília. Veículos de informação noticiaram a chegada de cerca de 80 ônibus, em momento em que os acampamentos em frente aos prédios militares começaram a serem desmontados. Com informações da Agência Brasil.

Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, durante o lançamento do Programa Nacional de Apoio à Aquisição de Habitação para Profissionais da Segurança Pública 13.set.2021 — Wilson Dias/Agência Brasil

Informa O Povo, do Ceará → O governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, na tarde deste domingo, 8. Torres foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo. A medida ocorre após extremistas invadirem o Supremo Tribunal Federal, Congresso e Planalto.

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Jean-Manuel Nédra, que pertence ao Aiglon du Lamentin, foi detido no aeroporto de Roissy-Charles-de-Gaulle, em Paris, ao ser flagrado, com a namorada, carregando cerca de 100kg de cocaína na bagagem. A informação foi publicada pelo diário L’Equipe, no último dia 6.

Segundo o jornal, o atleta tinha 50,7kg da droga em sua mala. Já a mulher que estava com Jean-Manuel carregava outros 53kg de cocaína. O casal havia realizado uma viagem a Martinica, no Caribe, mas foram detidos ao chegarem ao país.

Nédra foi preso de maneira preventiva. Por outro lado, a namorada do atleta acabou sendo liberada sob vigilância judicial. O Aiglon du Lamentin emitiu um comunicado oficial a respeito das investigações.

“Sejamos mais fortes do que nunca e unidos para continuar o nosso trabalho de educação através do desporto, para lutar contra este flagelo, para proteger e alertar os nossos jovens para os riscos, consequências e abusos deste ambiente”.

Informa O Estadão → Manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo, 8, em um ato que pediu intervenção das Forças Armadas e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro também se dirigiram ao Palácio do Planalto e invadiram o prédio, depredando tudo por onde passam.

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Os envolvidos em atos de vandalismo ultrapassaram barreiras policiais, arrancaram alambrados e não se intimidaram com as bombas de gás que foi usada pelo patrulhamento que estava na área. 

No Congresso, os manifestantes que pregam a ruptura constitucional subiram a rampa e entraram pelo salão negro. Outra parte do grupo de invasores seguiu para o Supremo. Vídeos mostram o momento em que o plenário da Corte foi ocupado e começou a ser depredado.

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O presidente do Senado Rodrigo Pacheco informou por meio de sua conta no Twitter que está em contato permanente com o governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, para saber quais providências estão sendo tomadas para controlar a invasão do prédio do Congresso Nacional, na tarde deste domingo (8), por manifestantes bolsonaristas que protestam contra o resultado da eleição presidencial. 

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O senador afirmou repudiar “veementemente” os atos antidemocráticos e pediu o “rigor da lei”. De acordo com Pacheco, foi assegurado pelo governador que as forças de segurança do Distrito Federal estão empenhadas no controle da situação.  

“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação.Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, alem da Polícia Legislativa do Congresso.  Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência.”

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Flávio Dino — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Manifestantes golpistas invadiram o Congresso e tentam entrar no Palácio do Planalto.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, reage:

Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.

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Informa O Estadão:

Manifestantes invadiram o Congresso Nacional, na tarde deste domingo, 8, em um ato que pediu intervenção das Forças Armadas e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também se dirigiram ao Palácio do Planalto e à Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal (STF), com o discurso de fazer uma intervenção em todos os Poderes.

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