Os 75 municípios sergipanos enviaram ao Ministério Público de Sergipe e à Secretaria de Estado da Saúde (SES) os respectivos Planos de Contingência para o enfrentamento do novo Coronavírus. O Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAOp) junto com os promotores de Justiça de todo o Estado fizeram gestões junto aos municípios reforçando a importância na elaboração dos planos, a partir do modelo da atuação Estadual e do município de Aracaju.
Entre as sugestões apresentadas para a composição dos planos, estão: avaliação da Atenção Primária à Saúde (APS) com a indicação da Unidade Básica de Saúde (UBS) que atenderá casos de Covid-19; capacitação dos profissionais para coleta de amostras; utilização dos protocolos e adoção de medidas de etiqueta respiratória; monitoramento dos contatos próximos e domiciliares dos pacientes; divulgação ampliada das definições de caso atualizadas e sensibilização da rede de saúde pública e privada para identificação; no caso de óbito, definição de cuidados na hora do velório para evitar concentração de pessoas; e encaminhamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave aos serviços de urgência e emergência ou hospitais de referência.
“Os planos de contingência dos municípios são imprescindíveis para que todo o Estado esteja trabalhando de forma articulada para detecção dos casos e encaminhamentos para tratamento nas unidades de referência”, frisou o promotor de Justiça, diretor do CAOp da Saúde e coordenador do Gabinete de Acompanhamento de Crise do MPSE, José Rony Silva Almeida.
Ainda segundo o promotor de Justiça, um dos pontos mais importantes dos planos no combate à Covid-19 e que deve ser acatado por todos é a restrição de contato social. “É preciso que a população entenda que o isolamento social deve mantido para que o sistema de saúde não entre em colapso. Vamos ganhando tempo enquanto se amplia os leitos de UIT e internamentos. Vários sistemas de saúde de países ricos já foram derrubados, a exemplo da Itália, Espanha e Estados Unidos. Aqui não será diferente. Então para que não precisemos fazer escolhas sobre quem deve viver ou morrer, ainda precisamos ficar em casa. Precisamos proteger, também, os profissionais de saúde. Quanto mais isolamento, menos casos para atendimento”, destacou Rony Almeida.