Nesta quarta, 25, os estoques de Pfizer pediátrica, imunizante destinado às crianças de 5 a 11 anos, foram zerados em Aracaju. Por este motivo, a imunização desse público está suspensa na capital. As aplicações serão retomadas assim que o município receber novas doses do Ministério da Saúde (MS), através da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF

“Já informamos ao MS que finalizamos as doses na capital e retomaremos a imunização desse público assim que as novas doses chegarem. Por enquanto, a vacinação para o público com 12 anos ou mais segue normalmente. Já as crianças de até 4 anos, continuam tomando a primeira dose de Pfizer baby apenas através de cadastro, que pode ser realizado no site da Prefeitura, lembrando que a segunda dose é aplicada após 28 dias da primeira, e a terceira, 56 dias após a segunda”, detalha a coordenadora da imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Larissa Ribeiro.

Para crianças de 3 e 4 anos, a Secretaria também oferta o imunizante CoronaVac nas UBSs Santa Terezinha (Robalo), Osvaldo Leite (Santa Maria), Manoel de Souza (Sol Nascente), José Machado (Santos Dumont), Carlos Fernandes (Lamarão), José Calumby (Jardim Centenário).

Até o momento, 51.601 crianças de 5 a 11 tomaram a primeira dose, 40.396 tomaram a segunda e 3.417 a terceira, totalizando 95.414 aplicações.

Janaína Santos / Flickr

O Partido dos Trabalhadores continua sem candidatura em Aracaju.

NE Notícias se refere à eleição para a prefeitura.

O partido pode apoiar quem for candidato do atual prefeito da capital, Edvaldo Nogueira (PDT).

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (25) uma operação para coibir fraudes na obtenção do certificado de registro de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC) para compra de armas e munições. Batizada de Ilídimo, a ação cumpre dois mandados judiciais de busca e apreensão, na cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso.

A investigação constatou a existência de diversos documentos falsos que estariam sendo utilizados em processos de requerimento de certificado de registro. Os dados foram obtidos após compartilhamento de informações com o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, localizado em Jataí, em Goiás.

Operação Ilídimo — PF

Fichas criminais

“Em regra, os documentos falsos eram utilizados para burlar a fiscalização, visando conceder o registro de CAC a pessoas que não possuíam requisitos para obtenção de armas de fogo, levando o Exército a erro. Pessoas com extensas fichas criminais (passagens por roubo, furto, associação criminosa, tentativa de homicídio, porte e posse ilegal de arma de fogo) tentaram adquirir armas de fogo utilizando-se desses documentos falsos”, disse a Polícia Federal.

Os policiais buscam computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentos relacionados aos fatos investigados. O objetivo é identificar outras pessoas que possam ter envolvimento com a investigação.

A concessão do certificado de CAC depende de apresentação de certidões de antecedentes criminais das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, bem como declaração de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal. Os investigados podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.

Passados mais de um ano da conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) que apurou responsabilidades pela tragédia em Brumadinho (MG), o relatório final permanece em sigilo. As investigações foram encerradas em novembro de 2021 quando se anunciou o indiciamento de 19 pessoas. Os nomes são mantidos até hoje em segredo.

Segundo informou a PF na época, o relatório final foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que tem atribuição para analisar o seu conteúdo e para decidir se leva à Justiça uma denúncia contra os 19 indiciados.

O MPF, no entanto, evita comentar os resultados desse inquérito alegando o sigilo. Ao mesmo tempo, não explica porque a investigação da PF, concluída há mais de um ano, não teve desdobramentos em nenhum processo criminal.

Até o mês passado, eram réus na Justiça mineira 16 pessoas, sendo 11 ligadas à mineradora Vale e cinco à empresa alemã Tüv Süd, que assinou o laudo de estabilidade da barragem que se rompeu. O processo havia sido movido pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em fevereiro de 2020 com base em investigações da Polícia Civil.

Competência

Sua tramitação, no entanto, foi afetada por uma discussão sobre a competência, motivada por um habeas corpus apresentado pela defesa de um dos réus, o ex-presidente da mineradora Fábio Schvartsman.

O centro da questão girava em torno da suspeita de ocorrência de crimes federais como o descumprimento da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e possíveis danos a sítios arqueológicos, que são patrimônios da União.

No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o caso fosse remetido à Justiça Federal. Como cabe ao MPF atuar na esfera federal, a decisão afastou automaticamente o MPMG do processo. Há dois dias, no entanto, o MPF tomou a decisão de reapresentar a denúncia do MPMG, que foi aceita ontem (24) pela juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, da 2ª Vara Criminal Federal.

Dessa forma, os 16 denunciados que haviam deixado de ser réus perante a Justiça estadual assumem agora a condição de réus na Justiça Federal. Eles vão responder por diversos crimes ambientais e por homicídio doloso qualificado. Vale e Tüv Süd também foram denunciadas e, se condenadas, podem ser penalizadas com diversas sanções.

Considerada uma das maiores tragédias ambientais e trabalhistas do Brasil, o rompimento da barragem em Brumadinho completa hoje (25) quatro anos. No episódio, 270 pessoas morreram, a maioria funcionários em atividade nas estruturas da Vale. Os corpos de três vítimas ainda estão desaparecidos e são procurados pelo Corpo de Bombeiros.

A denúncia elaborada pelo MPMG e agora ratificada pelo MPF aponta que um concluio entre a Vale e a Tuv Sudr resultou na emissão de declarações de condição de estabilidade falsas que tinham como objetivo esconder a real situação da barragem e permitir que as atividades da mineradora pudessem ser levadas adiante.

Quando a PF concluiu seu inquérito, quase dois anos após o início da tramitação do processo na Justiça estadual, a juíza até então encarregada do caso, Renata Nascimento Borges, solicitou o relatório final. Em despacho, ela chegou a informar as partes – MPMG e advogados dos réus – que o documento poderia ser consultado de forma monitorada.

Caso considerasse haver fatos novos, caberia ao MPMG protocolar uma petição ampliando ou modificando a denúncia. Isso não ocorreu.

Com a federalização do caso, o MPF poderia apresentar uma denúncia diferente e levar em conta as conclusões do inquérito da PF. No entanto, optou por ratificar a denúncia do MPMG. Mas uma nota divulgada pela instituição indica a possibilidade de alterações futuras.

Expectativa

Joceli Andrioli, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), faz uma avaliação positiva das atuações das polícias e dos MPs no âmbito criminal, mas também espera que os 19 indiciados pela PF sejam denunciados.

“Não sabemos quem são essas pessoas. O sigilo deve ter seus motivos legais. Agora foi definido que o julgamento acontecerá na esfera federal e o MPF apresentou de forma integral as denúncias que o MPMG já havia feito. Mas também preservou o direito de se apresentar novas denúncias. Então imaginamos que o inquérito da PF vai se somar agora no processo federal, para que todos os envolvidos sejam punidos”, diz ele.

Para Andrioli, o que mais preocupa é a morosidade no julgamento do caso.

Nos últimos dias, a Agência Brasil questionou a PF e o MPF sobre o motivo de manter o relatório final do inquérito em segredo, após mais de um ano. A PF não deu retorno. O MPF respondeu que “quem teria que levantar esse sigilo é a Justiça Federal, que não o fez até o momento”.

Também questionado sobre porque não apresentou nenhuma denúncia com base nas investigações da PF, o MPF respondeu que “estamos impedidos de dar qualquer informação sobre esse inquérito, porque ele ainda está coberto por sigilo”.

Diante das respostas, a Agência Brasil também procurou a Justiça Federal, que até o momento não se manifestou sobre o assunto.

Com o sigilo mantido, não é possível dizer se os 16 nomes que atualmente figuram como réus no processo criminal coincidem em parte com os 19 listados no relatório final do inquérito da PF.

Terceira empresa

Um laudo de engenharia produzido ao longo das investigações sugere que o trabalho de uma terceira empresa pode estar envolvido na tragédia. Assinado por peritos da PF, o laudo apontou que uma perfuração realizada pela multinacional holandesa Fugro teria funcionado como o gatilho para o rompimento da barragem, que já estava em condição crítica.

Os apontamentos coincidem com conclusões de engenheiros da Universidade Politécnica da Catalunha que realizaram um trabalho de modelagem e simulação por computador a pedido do MPF. As análises mostraram que o fundo do furo B1-SM-13 reunia as condições propícias para gerar o episódio devido à sobrepressão de água.

A Fugro foi contratada pela Vale, com a intermediação da Tüv Süd, para realizar a perfuração com o objetivo de coletar amostras de solo e instalar instrumentos de monitoramento. Ela aceitou conduzir o trabalho após a negativa de uma outra empresa, que discordou da técnica de perfuração proposta pela Vale e pela Tüv Süd.

A Polícia Federal, no entanto, não informa se o relatório final do seu inquérito aponta alguma responsabilização da Fugro. Procurada, a multinacional holandesa não deu retorno.

No mês passado, o programa Pointer, da emissora púbica holandesa KRO-NCVR, levou ao ar uma reportagem de 15 minutos sobre a suspeita de que a perfuração realizada pela Fugro esteja relacionada com a tragédia. A repercussão do caso no país onde a empresa está sediada causou de imediato uma desvalorização de 20% nas suas ações cotadas na bolsa holandesa.

Em resposta, a Fugro divulgou no dia seguinte uma nota em seu site dizendo que a reportagem “apresenta uma visão unilateral” e que não pode comentar o caso pois investigações estão em curso, lembrando ainda que quatro funcionários que participavam da perfuração morreram no episódio.

De acordo com o jornal espanhol Mundo Deportivo, o Barcelona planeja contratar o atacante Vitor Roque, na janela de transferência do meio do ano. Atualmente, o atleta, de 17 anos, está no Athlético-PR.

O jogador, que está disputando o Sul-Americano 2022 com a seleção brasileira, está sendo observado pelo Barça desde outubro de 2022.

O interesse no brasileiro cresceu ainda mais com a indicação do ex-jogador Deco. O clube também tem boa relação com o agente do atleta, André Cury, como trunfo para contratação.

Com isso, apesar do interesse do Paris Saint-Germain (PSG), West Ham e Chelsea, o destino de Vitor Roque deve ser o Barcelona.

Um fato inusitado ocorreu esta semana na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese): o presidente da Casa, deputado Luciano Bispo (PSD), no intuito de prejudicar, mesmo antes do início, o mandato do deputado eleito Marcos Oliveira (PL), mandou trocar as fechaduras do gabinete do deputado Zezinho Guimarães, também do PL.

Marcos Oliveira — Divulgação

“Há um acordo de cavalheiros entre os deputados que estão saindo e os que estão entrando. Dessa forma, Paulo Junior se acertou com Iran Barbosa, Lidiane Lucena conversou com Gracinha e tudo bem. E mesmo que já soubéssemos das perseguições, como foi o caso do gabinete cedido ao deputado Talysson de Valmir, que foi vítima da perseguição pela cor azul, aí da parte da deputada Maria Mendonça, nós conversamos com o deputado Zezinho Guimarães para ficarmos com o gabinete dele e estava tudo certo”, esclareceu Marcos Oliveira em entrevista à Roosevelt Santana, na rádio Princesa do Agreste.

Mas a prática, comum entre uma legislatura e outra, foi vilipendiada pelo atual presidente da Alese, conforme relata Marcos. “Faltando 8 dias para o início do nosso mandato, o deputado Zezinho Guimarães, ainda no exercício do seu mandato, chegou para trabalhar e, ao tentar entrar em seu gabinete, não conseguiu, pois as fechaduras foram trocadas. Fizeram isso com um deputado no exercício do mandato tentando prejudicar um deputado que vai iniciar o seu mandato. Isso é um desrespeito com todo o Parlamento”, se indignou Marcos Oliveira.

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“Mas Luciano Bispo não atacou apenas Marcos Oliveira. Ele desrespeitou o povo de Itabaiana, os mais de 18 mil votos que tive no município, pois quando Zezinho, que foi muito homem, disse que não mudaria sua postura e que não se meteria em brigas locais, ouviu de Luciano que ele não aceitaria dar um gabinete daquele para um adversário político. Então deve ter sido isso, pois tive 18 mil votos que foram muito mais votos do que ele teve. Mas isso é uma covardia, um absurdo que atinge o povo de Itabaiana. Quero ver se eu vou ficar sem gabinete. Ele, o todo poderoso Luciano, não pode fazer isso, não!”, analisou Marcos Oliveira.

Por fim, o deputado estadual eleito, que assume no próximo dia 1º de fevereiro, disse que mantém a tranquilidade e a fé de que tudo isso se resolverá. “Teremos um novo presidente na Alese. E eu serei deputado de oposição, mas uma oposição responsável. Tenho certeza que esse novo presidente, que será eleito também no próximo dia 1º, não tomará essas atitudes ditatoriais, de políticos ultrapassados e que perderam o bonde da história”, finalizou o deputado eleito Marcos Oliveira.

Em mais uma ação de combate à sonegação fiscal, equipes de fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) abordaram um veículo que transportava 280 sacas de adubo – correspondente a 14 toneladas – sem a documentação fiscal exigida por lei.

Veículo tentava adentrar ao estado de Sergipe com uma carga de adubo avaliada em R$ 56 mil, sem documentação fiscal⎥Sefaz

A abordagem foi realizada no município de Cristinápolis, no sul sergipano, no momento em que o veículo tentava adentrar ao estado de Sergipe com uma carga avaliada em R$ 56 mil, destinada ao mercado varejista sergipano. Devido à irregularidade, foi lavrado o auto de infração correspondente, condicionando a liberação da mercadoria ao recolhimento dos impostos e pagamento da multa.

Foram ainda registradas mais duas ocorrências no Posto Fiscal de Cristinápolis, sendo a retenção de 300 sacas (18 toneladas) de feijão de corda também sem nota fiscal, assim como um carregamento de quase quatro mil caixas de bebidas em uma carreta vinda do Sul do país.

A atuação das equipes da Sefaz é fundamental não somente para evitar a sonegação de impostos, mas, principalmente, para proteger a concorrência legal entre as empresas do setor.

As Rapidinhas chegam com mais um compilado de informações quentinhas, diretamente dos bastidores.

Confira as notas e comentários desta quarta-feira, 25.

Gilson nega acordo na Barra

O ex-prefeito de Barra dos Coqueiros Gilson dos Anjos agora é presidente da Emdagro.

Gilson nega que tenha feito acordo político de apoio ao prefeito do município, Adalberto Macedo.

Gilson confirma que conversou com o prefeito, mas nega que tenha feito acordo político.

Khwanchai Phanthong / Pexels

❯ Alysson confirma acordo na Barra

Alysson Souza garante que participou não apenas de conversa, mas de acordo político no município de Barra dos Coqueiros.

Alysson diz que apoia a reeleição do prefeito Alberto Macedo.

Alysson foi vice-prefeito do município.

❯ Alberto foi eleito

Alberto Macedo foi eleito prefeito de Barra dos Coqueiros em 2022 aos 64 anos.

Obteve 52,43% dos votos.

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❯ Valmir pressionado?

O ex-prefeito de Itabaiana Valmir de Francisquinho (PL) será candidato a prefeito do município em 2024.

Não tem sofrido pressão do prefeito Adailton Souza (PL), que faz uma boa gestão, mas não disputa a reeleição.

❯ Edvaldo aniversariante

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), está aniversariando.

Nasceu em Pão de Açúcar (AL), em 25 de janeiro de 1961. Está completando 62 anos.

Janaína Santos / PMA

❯ Candidatura

Edvaldo Nogueira, que não pode ser candidato a prefeito, será candidato ao Senado em 2026, provavelmente com o apoio do PT.

A Prefeitura de Aracaju pagará o salário de todos os servidores, referente ao mês de janeiro, antecipadamente, nesta sexta-feira, 27. O anúncio foi feito pelo prefeito Edvaldo Nogueira, através das suas redes sociais. Segundo o gestor municipal, os trabalhadores ativos, inativos, da administração direta e indireta, terão os vencimentos creditados em conta ao longo do dia. Com o pagamento do salário de janeiro, a administração injetará mais de R$ 100 milhões na economia local.

ASN/Arquivo

“É com muita alegria que anuncio, mais uma vez, o pagamento antecipado dos salários dos servidores da Prefeitura. Todos os trabalhadores receberão nesta sexta-feira, dia 27, ao longo do dia. São seis anos pagando os salários dos servidores em dia, honrando o nosso compromisso e demonstrando o nosso carinho e respeito com aqueles que tanto nos ajudam na construção de uma cidade melhor para os aracajuanos”, destacou Edvaldo.

O pagamento do salário em dia tem sido honrado pelo prefeito Edvaldo Nogueira desde janeiro de 2017, primeiro mês do seu mandato anterior. Além disso, a administração tem mantido o pagamento antecipado da primeira parcela do décimo terceiro salário e férias, assim como tem realizado o pagamento de direitos e benefícios.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) garantiu que o Censo Demográfico 2022 está sendo realizado de forma transparente, com vários mecanismos de controle. Acrescentou que a pesquisa segue rigorosamente as etapas necessárias, o que assegura qualidade em todas as fases da operação. Foram visitados até o dia 24 deste mês, cerca de 89 milhões de domicílios. Até agora, 184 milhões de pessoas recenseadas.

O IBGE destacou que a qualidade da cobertura de um censo, durante a operação, é acompanhada por meio de indicadores do sistema de supervisão e de modernas e inéditas ferramentas de geotecnologia, além de retorno a campo para verificação in loco (no lugar).

Além disso, o Censo 2022 conta com a Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE), feita por amostra de setores censitários. A principal intenção é oferecer recursos para a avaliação da cobertura e da qualidade da coleta.

“A PPE tem início quando os setores selecionados estiverem completamente coletados e supervisionados pelo Censo. A divulgação da PPE está prevista no plano de divulgação do Censo 2022”, esclareceu.

O IBGE informou, ainda, que está dedicado a minimizar os efeitos do atraso na conclusão da operação censitária para a qualidade dos resultados. “Ressaltamos que cerca de 65% da coleta das informações do Censo 2022 foi feita até o mês de outubro. Destacamos ainda que se trata de uma pesquisa com coleta eletrônica, o que reduz a possibilidade de erro durante a captação das informações, visto que as datas de referência da pesquisa fazem parte das perguntas inseridas no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC)”, emendou.

Acrescentou que “existem perguntas de cobertura para verificação das informações, além da etapa de supervisão prevista”.  

O órgão revelou, também, que os dois atrasos que impediram a realização do Censo em 2020 e 2021 resultaram em aprimoramento de alguns processos de operação.

A realização de testes nacionais – que ainda não tinham sido feitos – foi considerada pelas equipes de campo do IBGE como uma boa prática. Neles, foi visitada pelo menos uma localidade em cada estado do Brasil, com cerca de 40 mil domicílios analisados e 111 mil pessoas recenseadas. “Foi uma grande oportunidade de se testar com sucesso todas as etapas da operação, além de capacitar as equipes envolvidas e implementar melhorias nos processos de coleta e controle”, disse o instituto.

Falta de pessoal

De acordo com o IBGE, a falta de pessoal, especialmente para a coleta de dados, causou o prolongamento do período da pesquisa. Um dos motivos notados pela instituição para a escassez, em alguns municípios, tem relação com outras oportunidades de emprego existentes no local.

Para reduzir o problema, o IBGE adotou ações como a edição de medidas provisórias com o objetivo de flexibilizar o recrutamento e permitir a contratação de servidores públicos aposentados. Além disso, aumentou a remuneração dos recenseadores, implementou o pagamento de ajuda locomoção das equipes e fez acordos com secretarias municipais de saúde e universidades.

O IBGE reconheceu que, apesar da publicidade paga e da divulgação pela imprensa de todas as etapas preparadas para o Censo 2022, incluindo os Processos Seletivos, testes em Paquetá e Nacional, a Pesquisa do Entorno, o Lançamento do Censo no Museu do Amanhã, o Início da Coleta Domiciliar e Acompanhamento da Coleta em territórios quilombolas e indígenas, o alcance necessário não foi atingido, mesmo com a visita de observadores internacionais de 18 países, dos balanços mensais da coleta e da divulgação dos resultados prévios.

Dados do clipping contratado pelo instituto indicam que, desde o início da coleta, o Censo conseguiu pelo menos nove mil matérias veiculadas, no âmbito nacional e regional. Observou que todas as críticas publicadas pela imprensa “foram tratadas e discutidas em entrevistas coletivas e individuais promovidas pelo próprio IBGE, sempre comprometido a garantir a máxima transparência institucional”.

Desafios

No caminho do Censo, o IBGE precisou enfrentar muitas dificuldades na pesquisa. Algumas delas foram as mudanças estruturais na sociedade, que impactam diretamente na operação, como o maior número de domicílios com apenas um morador, mudanças no mercado de trabalho e questões relacionadas à segurança.

“Esses fatores têm dificultado cada vez mais o acesso dos recenseadores aos moradores. Salientamos que não é somente o Censo que sofre com a falta de acesso a parte da população, este fenômeno também vem sendo observado nas pesquisas domiciliares por amostragem”, indicou.

Para a realização do Censo, o IBGE teve, em 2022, a dotação orçamentária de R$ 2,29 bilhões. Desse valor foi liquidado R$ 1,76 bi e aproximadamente R$ 484 milhões foram inscritos em restos a pagar não processados. “Para o ano de 2023, a dotação orçamentária é de R$ 233.873.573”, esclareceu.

A aquisição dos dispositivos móveis de coleta e de tablets usados pelos recenseadores, diferente dos censos anteriores, foi feita em parceria com o Ministério da Saúde, que receberá os equipamentos ao final da pesquisa. “O IBGE não arcou com os custos de aquisição destes equipamentos”, informou.

O órgão destacou também a colaboração, de forma inédita, de agentes de saúde, considerados plenamente aptos a trabalhar no Censo, tanto por terem sido treinados e capacitados, como pelo conhecimento do território que costumam percorrer em suas tarefas diárias. Outro fator relevante da atuação dos agentes é a experiência deles de abordagem aos moradores, que, conforme o IBGE, representa uma habilidade essencial na coleta.

“Destacamos que – durante o processo de treinamento -ficou clara a capacidade desses agentes em lidar com o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). Muitos desses agentes estão atuando em aglomerados subnormais, locais de difícil acesso, mas que eles já conhecem. Cabe esclarecer que esses agentes foram recrutados como recenseadores, seguindo todos os trâmites de contratação e capacitação previstos”.

Justiça

A nota do IBGE foi divulgada ontem (24), um dia depois da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que suspendeu a aplicação dos dados populacionais do Censo 2022, que ainda não foi concluído, para definir os valores para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O ministro definiu que o FPM deste ano tenha como patamar mínimo os coeficientes de distribuição utilizados no exercício de 2018. Depois da concessão de liminar, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) lembrou que o ministro também determinou que os valores já transferidos a menor serão compensados nas transferências subsequentes.

No dia 28 de dezembro de 2022, acompanhando determinação da legislação, o IBGE encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) os dados preliminares de população no Brasil apurados até aquele momento no Censo 2022.

A liminar, que ainda será submetida ao plenário, foi deferida em resposta à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1043, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), de que a Decisão Normativa 201/2022 do TCU causa prejuízo no valor recebido pelos municípios, pois o critério estipulado não contempla a totalidade da população. Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) indica que a nova metodologia causaria prejuízo de R$ 3 bilhões para 702 municípios.

Entrega

O IBGE informou, ainda, que os resultados definitivos do Censo referentes à população dos municípios serão conhecidos em abril de 2023.

Antes disso, o fim da cobertura completa dos setores censitários está previsto para janeiro deste ano. Os responsáveis pelos domicílios que ainda não foram recenseados devem ligar para o Disque-Censo (137). “Serviço disponibilizado pelo IBGE para que a população possa exercer sua cidadania e agendar a visita de um recenseador em seu domicílio”, completou o IBGE em nota divulgada há pouco, no Rio de Janeiro.

Em fevereiro e março, terá andamento “o processo de revisão, de controle de qualidade e de apuração do Censo, com tentativas de reversão de recusas, revisitas a domicílios com morador ausente para realização de entrevistas, além de verificação de domicílios vagos, de uso ocasional, possíveis duplicidades e omissões e preparação para divulgação”, finalizou.