O Conselho Superior do Ministério Público, presidido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, passou a discutir na última semana a possibilidade de submeter a uma mesma regência os braços da “lava jato” em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. A proposta é criar uma Unidade Nacional de Combate à Corrupção (Unac), que contaria também com integrantes da “greenfield”, referente a desvios em fundos de pensão.

A formulação de um órgão de combate à corrupção centralizado em Brasília gerou críticas por parte dos procuradores de Curitiba. Segundo eles, o compartilhamento de informações com a Procuradoria-Geral da República poderia ferir a autonomia do Ministério Público.

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Constituição Federal

Entretanto, a Constituição não menciona autonomia individual, mas sim “autonomia funcional” do Ministério Público como um todo. Portanto, aos procuradores não são dados poderes para atuar de modo apartado e sem prestação de contas, como os membros do MPF-PR buscaram fazer crer.

De acordo com o artigo 127, parágrafo 1º da CF, “são princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional”. E diz o parágrafo que “ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa”.

Na prática, isso significa que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário não podem intervir no MP. Os membros da instituição, no entanto, são submetidos a uma hierarquia interna, diretrizes, órgãos de cúpula e à PGR.

Além disso, o exercício da função administrativa impõe que seja respeitado o princípio da impessoalidade, previsto no artigo 37 da Constituição. Segundo a previsão, a atuação dos agentes públicos é imputada ao Estado. Sendo assim, ações que venham a ser tomadas não devem ser atribuídas à pessoa física do agente público, mas à pessoa jurídica estatal ao qual o integrante estiver ligado.

Orquestras não tocam de ouvido

Em entrevista concedida à ConJur em fevereiro deste ano, o ex-presidente Michel Temer ressaltou a diferença entre autonomia funcional e individual. O gabinete de Temer na Constituinte foi o centro de operações do órgão do Ministério Público para que ele tivesse o papel que tem hoje.

“Eu trabalhei muito por uma tese, que acaba dizendo em um dos dispositivos, que o Ministério Público terá independência funcional. O que significa? Significa que o MP, funcionalmente, ninguém pode se meter lá, nem o Executivo, nem o Legislativo, nem o Judiciário”, explica.

Mas ao longo do tempo — prossegue —, houve uma hipertrofia no MP, fazendo com que procuradores agissem como se tivessem independência individual. “Então cada membro do Ministério Público não se submete ao princípio da hierarquia, digamos assim, não se submete ao procurador-Geral da República. É discutível essa matéria, porque o princípio da hierarquia comanda toda a Constituição”.

No seminário Saída de Emergência, da TV ConJur, o procurador-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, afirmou que a busca por unidade se tornou um dos maiores desafios do MP desde que a Constituição foi promulgada. Para ele, procuradores não podem agir como se fossem ilhas e devem se submeter às chefias.

“Há independência sobre o pensamento e isso é intocável. Agora, a administração, a autogestão, a eficiência, o resultado e as entregas, nós temos que acompanhar de perto. Não há empresa [em] que a unidade não prevaleça. Nós servimos a uma unidade”, disse.

Autonomia e prestação de contas

Autor do projeto que busca instituir a Unac, o subprocurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, foi categórico ao afirmar que a “lava jato” não é uma instituição apartada do MPF.

“A gente teria de ter, sim, sistemas de guarda de dados que sejam institucionais, jamais pertencentes a uma força-tarefa, porque a força-tarefa não é uma instituição paralela. O que você tem de ter são sistemas unificados, em princípio, mas com um controle de acesso”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.

Ainda de acordo com ele, “o MPF é um só. É como se a gente imaginasse que, na empresa  [em] que você trabalha, um departamento tivesse de brigar e se opor ao outro ou funcionar escondendo alguma coisa”. 

Para o procurador Eitel Santiago de Brito Pereira, nomeado secretário-geral por Augusto Aras, as “forças tarefas” não têm previsão constitucional. 

“Os órgãos e estruturas do Ministério Público Federal são os previstos na Constituição e na Lei Complementar 75, de 20 de maio de 1993. Aqueles diplomas não incluem, entre os órgãos e estruturas da Instituição, qualquer força tarefa com atuação dentro das Procuradorias da República, das Procuradorias Regionais da República, da Subprocuradoria-Geral da República, ou da própria Procuradoria-Geral da República”, afirmou ele em entrevista à CNN.

“Ora, se as forças tarefas, entre as quais as da lava jato de Curitiba, carecem de existência legal, não concordo que continuem funcionando como se fossem estruturas diferentes das previstas na ordem jurídica vigente”, acrescentou.

Durante seminário organizado pelo site Duplo Expresso, o procurador Celso Antonio Três também defendeu que a “lava jato” não deve atuar como se fosse deslocada do MPF e que os procuradores devem prestar contas. 

“Augusto Aras, amplamente aprovado no Senado por todas as forças políticas, e que é uma figura altamente respeitável, quer apenas uma coisa da força-tarefa da ‘lava jato’: prestação de contas, saber o que tem naqueles computadores, que tem centenas de inquéritos sem que houvesse denúncias. Ele quer apenas isso. Conformidade e controle”. 

O Legislativo também já se posicionou a respeito da fiscalização dos trabalhos da “lava jato”. Em entrevista concedida à Globonews neste domingo (5/7), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que os trabalhos dos procuradores precisam ser coordenados de cima. 

“Espero que o procurador-Geral da República [Augusto Aras] consiga organizar o trabalho. Não é uma questão de interferência no trabalho dos procuradores. Mas alguém tem que coordenar, alguém tem que fiscalizar. Se não, acima da força-tarefa de Curitiba, parece que não há nada. Precisa ter”, disse. 

Unac

minuta de elaboração da Unac, datada de abril deste ano, prevê a criação de um grupo único para atuar em casos de corrupção. A unidade deverá operar da seguinte maneira: caso um procurador comece uma investigação e esta se torne grande a ponto de ele precisar de ajuda, ele poderá pedir auxílio da Unac. 

Segundo a minuta, a atuação concentrada por meio de um grupo único pode trazer inúmeras vantagens quando comparada ao trabalho fracionado e realizado de forma pontual pelo MPF. 

“Ganha-se na organização e racionalização do trabalho, em todos os seus aspectos funcionais e administrativos, como a flexibilidade da atuação de seus integrantes, a economia de recursos, a acumulação contínua e a preservação da experiência e do conhecimento adquiridos, a unificação de rotinas, base de dados, sistemas, e tudo que compõe a sua capacitação e inteligência”, afirma o documento. O texto inicial ainda pode ser alterado pela comissão que será instituída para debater a medida. 

A ideia é que a Unac seja coordenada por uma pessoa escolhida pelo procurador-geral da República a partir de uma lista tríplice formada por subprocuradores-gerais. O selecionado ficará no cargo por dois anos, atuando em casos de corrupção e improbidade, tendo sua rotina unificada com integrantes da “lava jato” e acesso às informações da operação. 

A proposta de criar uma unidade para atuar em casos de corrupção não é tão nova. Em novembro de 2019, Aras já havia anunciado plano de unificação. 

Na ocasião, o PGR também disse que pretendia elaborar um “balcão único” dos órgãos responsáveis por acordo de leniência (MPF, TCU, AGU, CGU, Cade, CVM), além de redigir um manual de boas práticas para os acordos de delação premiada. As medidas já vinham sendo pedidas por boa parte da comunidade jurídica.

“Não há óbice”

Embora a criação da Unac tenha despertado críticas por parte dos procuradores de Curitiba, que se posicionam contra o compartilhamento de dados, uma série de decisões proferidas em 2015 pela 13ª Vara Federal de Curitiba a pedido da própria “lava jato” dão base jurídica para a partilha de informações. 

Em 6 de fevereiro de 2015, por exemplo, o então juiz Sergio Moro autorizou que provas e elementos de informações colhidos pelo MPF no Paraná fossem compartilhados com o Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, Moro encarregou o MPF de efetivar o compartilhamento “através da Procuradoria-Geral da República”.

Três meses depois, em 21 de maio de 2015, uma nova decisão do futuro ministro da Justiça de Bolsonaro autorizou, nos mesmos termos, a remessa de dados colhidos pelos procuradores de Curitiba ao Superior Tribunal de Justiça, também via PGR. 

Mais tarde, em 2 de junho de 2015, foi a vez da juíza Gabriela Hardt ordenar que o envio ao STF e ao STJ englobasse “todos os fatos e feitos, existentes ou futuros, conexos a assim denominada operação lava jato, a fim de se evitar questionamentos sobre a extensão temporal das autorizações”. 

Ao pedir o envio dos dados, os procuradores da “lava jato” em Curitiba, entre Deltan Dallagnol, Januário Paludo e Roberson Pozzobon, argumentaram que “não há qualquer óbice em remeter as provas que foram produzidas, de maneira legal e lícita, em outros autos, sobretudo em razão da pertinência, essencialidade, complementaridade e relevância das colaborações já homologadas”.


Revista Consultor Jurídico, 6 de julho de 2020

Estudo publicado no portal VoxEU, especializado em políticas públicas, destaca que o uso de máscara pode reduzir em até 40% o risco de ser contaminado com o novo coronavírus.

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Mario Sousa / ASN

Se observarmos o número de casos de Covid-19 em Jena, as máscaras parecem ter um efeito positivo. O número de novas infecções registradas caiu para quase zero nos dias seguintes.

O portal é alemão.

O WhatsApp barrou contas do Partido dos Trabalhadores.

Barrou por causa dos disparos em massa.

Nas duas últimas semanas, foram barradas nove contas.

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Marcelo Camargo / Agência Brasil

NE Notícias sabe quem é a pessoa preferida para disputar a eleição em Aracaju como vice na chapa a ser comandada pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PDT).

Aguarde!

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Janaína Santos / PMA

Morto em operação da polícia da Bahia, Adriano da Nóbrega era um dos mais temidos e violentos criminosos do Rio de Janeiro.

Passou mais de um ano, “fugindo” da Polícia e da Justiça do Rio.

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Adriano da Nóbrega

Por fuga, o leitor saiba que não existia. Adriano veio para o Nordeste onde, em alguns Estados, entre eles Sergipe, era competidor de vaquejadas.

Participou de vaquejadas em Sergipe.

Ninguém tinha interesse em prendê-lo.

Quando o interesse surgiu, foi morto em operação policial no município baiano de Esplanada.

Morreu o jornalista escritor Amaral Cavalcante.

Na madrugada desta terça-feira, 7, em sua residência, Amaral sentiu-se mal e foi levado para um hospital, mas veio a óbito.

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Jornalista Amaral Cavalcante

A Polícia Federal (PF) deflagra, nesta terça-feira (07), a OPERAÇÃO SERÔDIO, com o objetivo de obter provas para investigação que apura desvio de verbas públicas, associação criminosa, corrupção, fraudes na licitação e na execução do contrato para montagem da estrutura necessária ao funcionamento do Hospital de Campanha de Aracaju/SE. Também são procuradas provas da lisura de outras contratações concernentes ao referido hospital, a exemplo da rede de gases, rede elétrica e rede hidro sanitária.

A operação conta com o apoio e a participação da Controladoria-Geral da União (CGU/SE).

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Agentes cumprem mandados judiciais

As investigações tiveram início a partir da análise do processo de contratação realizada pela Controladoria Geral da União (CGU-SE) em conjunto com a Polícia Federal, que constatou irregularidades que restringiram a competitividade do certame e favoreceram a empresa contratada.

O contrato investigado foi celebrado pela Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju/SE, por meio de dispensa de licitação, e é custeado com recursos da União, envolvendo o montante de R$ 3.258.000,00, repassados ao município para o desenvolvimento de ações voltadas ao enfrentamento da pandemia de COVID-19.

Fora solicitado à Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju cópia de todo o procedimento licitatório. Em resposta, após o terceiro pedido, e depois de Recomendação do Ministério Público Federal no sentido de que houvesse transparência nas contratações relativas ao COVID-19, foi encaminhada vasta documentação contendo cópias de e-mails, orçamentos, propostas, termos de referência, justificativas e outros que, após minuciosa análise, revelou conter indícios de favorecimento a determinado empresário.

Durante a análise, foi identificado que a proposta vencedora continha as mesmas incorreções gramaticais de outras duas propostas. É improvável que a mesma falha de redação tenha sido cometida por três redatores diferentes de três empresas diversas, o que pode configurar um indício de combinação entre as empresas para apresentar seus orçamentos.

No procedimento licitatório foi desconsiderada a divisibilidade do objeto licitado, que envolvia a locação de cobertura e estrutura completa, a climatização das coberturas e a locação de contêineres. Os serviços foram agrupados, impedindo que licitantes oferecessem propostas separadamente para cada item. Essa decisão restringiu excessivamente a concorrência e elevou o custo da contratação.

Há ainda indícios de que a empresa contratada foi favorecida mediante aprovação de proposta em desacordo com o termo de referência da contratação. A proposta da empresa contratada apresentou estrutura de climatização insuficiente para o ambiente a ser instalado e, ainda assim, foi aprovada.

Além disso, Laudo Pericial produzido pela Polícia Federal apontou que a estrutura para implantação do hospital não está sendo executada conforme previsto no termo de referência. Em exame realizado no Hospital de Campanha, os peritos federais identificaram as seguintes divergências:

  1. Utilização de piso de marca divergente daquela que foi especificada em termo de referência;
  2. Inexistência de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de dados e voz, sendo que – no projeto básico – havia previsão dessas instalações;
  3. O custo da locação de cada aparelho de ar condicionado por seis meses chega a quase três vezes o custo de sua aquisição;
  4. Pé-direito mínimo inferior ao previsto em projeto básico.

O Laudo Pericial também indicou a existência de sobre preço na locação da estrutura de climatização e na locação de containers.

Os 09 Mandados de Busca e Apreensão foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Sergipe e estão sendo cumpridos nos municípios de Aracaju/SE e Nossa Senhora do Socorro/SE.

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal em Sergipe


VIATURAS

Viaturas da Policia Federal e da CGU estão em frente à sede da Secretaria de Saúde de Aracaju.

Agentes da Polícia Federal estiveram no Jardim das Acácias, localizado na rua Isaias Amancio de Jesus, no bairro Ponto Novo.

SEMENTEIRA

Agentes da PF saíram há pouco de condomínio localizado ao lado do Parque da Sementeira, em Aracaju.

Foram recolhidos vários documentos.


Mais informações em instantes

A Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju informa que até as 19h desta segunda-feira, 6, foram registrados 297 novos casos de covid-19 na capital e 14 óbitos.

Do total de óbitos, dez eram homens: 63 anos, hipertensão e diabetes (óbito dia 4); 53 anos, hipertensão e diabetes (óbito dia 5); 51 anos, diabetes (óbito dia 6); 92 anos, hipertensão (óbito dia 5); 48 anos, sem registro de comorbidades (óbito dia 5); 79 anos, diabetes (óbito dia 5); 65 anos, sem registro de comorbidades (óbito dia 4); 77 anos, sem registro de comorbidades (óbito dia 4); 63 anos, sem registro de comorbidades (óbito dia 5); 93 anos, sequelado de acidente vascular encefálico (óbito dia 4). E quatro eram mulheres: 39 anos, imunossupressão e doença neurológica (óbito dia 4); 92 anos, neoplasia e hipoteroidismo (óbito dia 4); 80 anos, hipertensão e doença pulomonar obstrutiva crônica (óbito dia 6); 94 anos, sem registro de comorbidades (óbito dia 4). 

aracaju ponte riomar
Agência Sergipe de Notícias

Dos novos casos confirmados 171 são mulheres, com idades entre um e 94 anos; e 126 homens com idades entre um e 93 anos.

Com isso, sobe para 17.396 o número de pessoas diagnosticadas com covid-19 em Aracaju. Destas, 349 estão internadas em hospitais; 7.166 estão em isolamento domiciliar; 9.525, que estavam infectadas, já estão recuperadas; e 356 vieram a óbito.

Dos 68 casos suspeitos, que aguardam resultados de exames para detecção da doença, todos estão internados.

Foram descartados 9.220 casos do total de 26.684 testados.

Diante do crescimento dos casos da covid-19 em Sergipe, o governador do estado, Belivaldo Chagas, alertou sobre a possibilidade de fechamento de algumas atividades já liberadas por meio de Decreto nº 40.623 de 30 de junho de 2020 do Comitê Gestor de Retomada Econômica.

“Se necessário for, faremos uma reunião na sexta-feira (10) com o Comitê, para discutir a possibilidade de fechamento de algumas atividades. Vou  continuar analisando os números até essa quarta e quinta feira e se houver necessidade, a gente faz uma reunião para anunciar o que vai fechar e não mais abrir”, avisou Belivaldo.

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Governador Belivaldo Chagas / ASN

A condição de o comércio ter sido aberto  em Sergipe está atrelada ao número de vagas de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Para isso, o Governo de Sergipe elaborou  junto com o COGERE o  Plano de Retomada  da Economia, que foi  dividido em três fases: a primeira, na cor laranja, a segunda na cor amarela e  a terceira fase, na cor verde. Para essas fases avançarem, será verificada a ocupação de leitos das UTIs nas rede de Saúde em Sergipe.

Mais leitos

Belivaldo anunciou que devem ser abertos mais 18 novos leitos de UTI, sendo dez no Hospital Universitário de Lagarto e oito no Hospital Regional de Estância. Nos próximos  dias, há a previsão de abertura de novos leitos de UTI no Hospital de Cirurgia (10 leitos), Hospital de Nossa Senhora da Glória (10 leitos) e na Hildete Falcão (7 leitos de UTI). Nesse último  sábado (04), o governo ampliou também o número de leitos de UTI exclusivos para pacientes com a Covid-19 no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), que chegou a 50 unidades.

“Se tudo correr bem e a gente conseguir abrir esses 18 leitos até esta quinta-feira, dia 09, quero crer, que poderemos continuar como está com relação ao funcionamento do comércio. Caso contrário, poderemos anunciar o fechamento de alguns setores, porque realmente não está havendo colaboração, as pessoas estão indo para ruas como se nada estivesse acontecendo e muitos não estão nem usando máscara. O governo está fazendo sua parte, mas há limites”, lamentou o governador.

Belivaldo Chagas ressaltou que o  Governo do Estado, junto à Secretaria de Estado da Saúde tem se dedicado, diariamente, e que já abriram leitos muito além do previsto inicialmente, mesmo diante das dificuldades. “Podemos chegar a 233 leitos de UTI só para tratamento de coronavírus, quando nossa meta anterior era 211, mas trabalhamos muito para ampliar, porém não tem sido fácil. No primeiro momento, havia a dificuldade com a aquisição dos respiradores. Hoje, a dificuldade se amplia para a falta de medicamentos no mundo e, em especial, para a falta de profissionais que trabalham em UTI”, reforçou.

Crescimento de casos

De acordo com o governador, nos últimos dois meses, abril e maio, o Governo de Sergipe já ampliou em mais de 400% os leitos de UTI exclusivos para a Covid-19. “Nós tínhamos, em 1º de maio, 46 leitos de UTI só para coronavírus e 150 leitos de enfermarias. No dia 1º de junho, ou seja, 30 dias depois, passamos para 120 leitos de UTI e também aumentamos o quantitativo de enfermarias para 254. Na sequência de ampliação de leitos, chegamos, em 5 de julho, com 188 leitos de UTI exclusivos para pacientes com a Covid-19 e 357 leitos de enfermaria. Um incremento de 498% com relação aos leitos de UTI exclusivos em dois meses e 238% com relação a leitos de enfermaria. É um trabalho que a gente vem fazendo há muito tempo e com muita dedicação para que a gente consiga ampliar, cada vez mais, o número de leitos para assistência à população”, explicou a demanda.

Para Belivaldo, a grande preocupação do Estado é com o crescimento do número de casos e de vítimas nos últimos dias, ao passo que a taxa de isolamento da população em geral se apresenta cada vez menor.  “Temos, hoje, um total 684 pacientes internados. Desses, temos 147 pacientes nas UTI da rede pública e 120 na rede privada. A ocupação de pacientes em leitos de UTI bateu 81,2% na rede pública  e 123,7% na rede privada. Enquanto isso a população está na rua. O estado de Sergipe  está em 21º no ranking nacional de isolamento e  8º  da região  Nordeste, isso é vergonhoso”, desabafou o chefe do Executivo estadual.

Lockdown

Questionado sobre a possibilidade de Lockdown no estado, o governador não descartou a alternativa, mas  enfatizou uma preocupação a mais com relação ao município de Itabaiana, que já contabiliza 1.479 pessoas com diagnóstico positivo para doença.

Veja como está programado o Plano de Retomada da Economia

Para a primeira fase ( laranja), a ocupação média dos 14 dias que antecederam o anúncio da abertura foi em torno de 68%, portanto abaixo dos 70% previstos. A segunda fase (amarela) também usará como gatilho a média dos 14 dias. A taxa de ocupação de leitos não pode ultrapassar 60% a contar do último dia 29 de junho até o dia 13 de julho. Já para avançar para a última fase (verde), a meta é 50% de ocupação dos leitos de UTI.

Bandeira Laranja

Na 1ª fase, a da bandeira laranja,  iniciada em 23 de Junho,  abriram: escritórios de prestadores de serviços e serviços em geral, a exemplo de publicidade e agências de viagens; clínicas e consultórios de Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia e terapia ocupacional, além de serviços de podologia. E ainda: atividades desenvolvidas por operadores turísticos; de treinamento de desporto profissional; salões de beleza, barbearias e de higiene pessoal, templos e atividades religiosas, contanto que apenas com 30% de ocupação; seguindo as higienes, a exemplo da colocação de tapetes com água sanitária na entrada; uso de máscaras e álcool gel.

Igrejas não

Nesse fase  o  Governo de Sergipe autorizou apenas a reabertura de salões, barbearias e estabelecimentos de higiene pessoal, porém decidiu manter o fechamento de igrejas e templos religiosos. A decisão é válida para os estabelecimentos localizados em Aracaju, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro.

As atividades religiosas, com templos e igrejas de qualquer credo ou rito, continuarão fechadas e foram remanejadas para a fase 2 do Plano de Retomada Econômica (Bandeira Amarela), quando possivelmente poderão retomar as atividades com 30% da capacidade de leitos da UTI.

Bandeira Amarela

A 2ª fase, a da bandeira amarela,  ainda não tem data exata de início, e será definida em reuniões nos dias 13 e 14 de julho, com o Comitê Técnico e o Comitê de Retomada da Economia. Estão previstos para abrir nessa fase:  Administração Pública não essencial (50%); comércio (demais setores); restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e afins para consumo no local (50%); shoppings, galerias e centros comerciais (50% da capacidade); templos e atividades religiosas (50%).

Bandeira Verde

Na 3ª fase, representada pela bandeira verde, autoriza-se a abertura de academias de ginásticas, de qualquer modalidade, e atividades físicas em geral; Administração Pública não essencial (100%); empresas e serviços de call-centers; clubes sociais, esportivos e similares; praias, orlas, parques e praças públicas; restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares, bares e afins para consumo no local (100%); shoppings, galerias e centro comerciais (100% da capacidade); templos e atividades religiosas (100%).


NE NOTÍCIAS

O governador Belivaldo Chagas está indignado com os sucessivos índices, abaixo de 40%, de isolamento social em Sergipe.

NE Notícias acompanha diariamente a publicação dos índices feita pelo Observatório de Sergipe.

A respeito da declaração do Governador de São Paulo, João Doria, em coletiva nesta segunda-feira, 6, sobre o Campeonato Brasileiro, a CBF afirma que:

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Agência Brasil / ABr

1 – Os clubes de São Paulo aprovaram, em reunião no dia 25 de junho, com a presença dos 40 clubes das Séries A e B, as datas de 9 de agosto para o início da Série A do Campeonato Brasileiro e 8 de agosto para início da Série B.

2 – Para preservar estas datas, os clubes concordaram em jogar fora de seus domínios, transferindo o seu mando de campo para outra cidade ou estado caso o seu local de jogo não esteja liberado nas datas de início das competições. Essa decisão foi tomada em votação que contou com o apoio de 19 clubes da Série A, incluindo todos os de São Paulo.

3 – Os clubes de São Paulo disputantes do Campeonato Brasileiro da Série A reafirmaram sua posição em contato com a CBF, nesta segunda-feira, 6. A CBF e a Federação Paulista de Futebol (FPF) estão em permanente sintonia em relação aos temas de interesse do futebol brasileiro.