A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou neste domingo, 17, o boletim epidemiológico do coronavírus, com 680 casos e 12 novos óbitos.

Em Sergipe, 128.395 pessoas já testaram positivo para a Covid-19 e 2.652 morreram. Todos os 12 óbitos estavam em investigação e foram confirmados. Até o momento, 114.699 pacientes foram curados.

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SES / Divulgação

As 12 mortes foram: um homem, 37 anos, de Itabaianinha, sem comorbidade; uma mulher, 56 anos, de Itaporanga, com doença cardiovascular crônica e neoplasia; um homem, 61 anos, de Santo Amaro das Brotas, com doença cardiovascular e diabetes; um homem, 70 anos, de Lagarto, com doença renal crônica, diabetes e doença cardiovascular; uma mulher, 21 anos, de Lagarto, com pneumonia crônica; uma mulher, 85 anos, de Aracaju, com diabetes e doença arterial obstrutiva periférica; um homem, 52 anos, de Aracaju, com hepatopatia; um homem, de 90 anos, de Aracaju, com hipertensão; um homem, 35 anos, de Estância, com diabetes, asma e doença cardiovascular; um homem, 74 anos, de Aracaju, com neoplasia; um homem, 60 anos, de Aracaju, com insuficiência renal aguda; uma mulher, 60 anos, de Carmópolis, com neoplasia.

Foram realizados 269.440 exames e 141.045 foram negativados. Estão internados 357 pacientes, sendo que no serviço público são 107 em leitos de UTI (adulto), 15 na UTI neonatal/ pediatria e 115 em leitos clínicos (enfermaria), totalizando 237. Já nos leitos do serviço privado estão internados 52 pessoas na UTI adulta, quatro na UTI neonatal/ pediatria e 64 em leitos clínicos, totalizando 120. São investigados mais nove óbitos. Ainda aguardam resultado 1.535 exames coletados.

Foram ampliados transitoriamente os leitos de UTI neonatal da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para 29 leitos devido ao aumento de casos de infecção pelo SARS-CoV-2 entre os recém nascidos internados. A grande maioria não apresenta sintomatologia compatível com Covid-19, mas pela detecção do vírus através do RT-PCR há necessidade de manter medidas de isolamento. Todas as outras medidas para evitar a disseminação do vírus naquele ambiente foram tomadas.

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Governo do Estado de São Paulo / Divulgação

O Ministério da Saúde não informou oficialmente, mas pode enviar 50 mil doses da vacina Coronavac (Butantan-SP) nesta segunda-feira, 18, para o Estado de Sergipe.

Muitíssimo pouco, ou quase nada.

Para os municípios, serão enviadas 25 mil doses.

A vacinação pode ser iniciada na manhã de quarta-feira.

O governo federal promete enviar mais doses de outras vacinas, não se sabe quando.

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Governo de São Paulo

O Governo do Estado de São Paulo envia mais de quatro milhões e seis mil vacinas para o governo federal.

Mais de um milhão da Coronavac começaram a ocorrer em São Paulo.

Neste momento, várias pessoas estão sendo vacinadas na capital paulista contra a pandemia.

Vanuzia Costa Santos, 50, moradora da aldeia multiétnica Filhos Dessa Terra, na cidade de Guarulhos, é a primeira indígena do Brasil a se vacinar contra a COVID-19.

Técnica em enfermagem e assistente social, Vanuzia também preside o Conselho do Povo Kaimbé, originário do Nordeste. Ela decidiu estudar, lutar por direitos e um dia retornar para cuidar dos moradores da aldeia de Massacará, na cidade baiana de Euclides da Cunha, onde nasceu.

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Vanuzia Costa Santos, 50 – Foto: Governo de S. Paulo

Atualmente, a aldeia de Massacará tem cerca de 200 famílias, com representantes de pelo menos 180 delas residentes em São Paulo. Vanuzia veio para o estado em 1988 para trabalhar e se aprimorar na carreira profissional.

“Fiquei muito feliz de participar deste momento. Sou defensora da vida, de outras vacinas, da prevenção e da saúde. Devemos valorizar a educação, a ciência, e isso pode ser conciliado mantendo uma crença, com as rezas e a medicina tradicional do meu povo”, afirmou Vanuzia.

Ela detalhou a atuação no engajamento de demais famílias indígenas sobre a importância da imunização. Vanuzia orienta as comunidades sobre a suscetibilidade aos vírus, relembrando sua experiência como técnica de enfermagem na Casa do Índio, onde trabalhou por dez anos.

Vanuzia concluiu a graduação em Assistência Social com bolsa integral pela PUC-SP no ano passado, com aulas à distância no último ano devido à pandemia. “O sinal era horrível na aldeia, corria com guarda-chuva para baixo de uma árvore. Fiz meu TCC inteiro pelo celular”, contou. Agora, pretende fazer residência em Saúde Mental para continuar a contribuir com seu povo e manter viva a herança dos ancestrais.

Ela também relatou o drama que viveu com a COVID-19 e os sintomas mais severos em maio passado. Solteira, com um filho de 24 anos, Vanuzia descreveu o sofrimento provocado pela doença: dores no corpo, tosse e severa falta de ar, além da ausência de olfato e paladar que persiste até hoje.

“Não fui para o hospital porque ajudava a cuidar de outras seis pessoas, precisava ter força para dar uma palavra de conforto e cuidar deles sem me abater. Tinha um oxímetro [equipamento que mede a saturação de oxigênio na corrente sanguínea], mas não media minha respiração para não me apavorar. Fiz o teste em 15 de junho e já estava curada.”

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Governo de São Paulo

O Governo de São Paulo anunciou o começo da vacinação contra a Covid-19 para esta segunda-feira, 18.

No Planalto, no momento, o governo federal anuncia o começo da vacinação no Brasil para quarta-feira.

A distribuição da vacina em todos os Estados começa nesta segunda.

O presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini Schwertner, faleceu na manhã deste domingo (17), aos 61 anos em Curitiba. O dirigente foi internado há um mês na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Marcelino Champagnat, na capital paranaense, quando testou positivo para o novo coronavírus (covid-19). Ele não resistiu às complicações da doença e morreu às 10h57, segundo nota divulgada pela CBCa.

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João Tomasini Schwertner – Foto: Confederação Brasileira de Canoagem

Tomasini presidia a entidade brasileira desde 1989 e também comandava a Confederação Pan-Americana de Canoagem (Copac). Entre 2010 e 2014, ele foi o terceiro vice-presidente da Federação Internacional da Modalidade (ICF, sigla em inglês).

O falecimento repercutiu entre atletas. Medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), em 2019, na canoagem velocidade, Ana Paula Vergutz lamentou a morte do dirigente em publicação no Stories, função do Instagram que permite veicular fotos ou vídeos por 24 horas. Campeão pan-americano na canoagem slalom e já garantido para a Olimpíada de Tóquio (Japão), Pedro Gonçalves, o Pepê, também se pronunciou pela rede social.

Vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta se manifestou no Twitter.

Ainda não há informações sobre velório e local de sepultamento do dirigente.

A Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol) aprovou neste domingo (17/1), por unanimidade, a autorização temporária de uso emergencial da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina Covishield, produzida pela farmacêutica Serum Institute of India, em parceria com a AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fiocruz.

As decisões serão publicadas e comunicadas às duas instituições ainda hoje. Com relação à CoronaVac, em especial, a autorização foi condicionada ainda à assinatura de um Termo de Compromisso e sua respectiva publicação no Diário Oficial da União (D.O.U.).

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Anvisa / Divulgação

Esse Termo de Compromisso determina que, até 28/2, seja realizada e apresentada à Anvisa a complementação dos estudos de imunogenicidade, conforme aprovado no desenho de estudo clínico fase III da vacina. A chamada imunogenicidade é a capacidade, por exemplo, de uma vacina incentivar o organismo a produzir anticorpos contra o agente causador da doença. Esse documento, portanto, deve complementar as informações referentes à imunidade conferida aos voluntários que receberam a vacina na terceira fase de desenvolvimento clínico. O dado é imprescindível para que se possa concluir a duração da resposta imunológica nos indivíduos vacinados.

Tanto a Fiocruz quanto o Instituto Butantan devem dar continuidade aos estudos e à geração de dados para permitir o registro sanitário na Anvisa. Da mesma forma, ambos precisam manter o monitoramento da segurança das vacinas, fundamental para garantir que os benefícios continuem a superar os riscos para as pessoas que recebem vacinas contra Covid-19. A Anvisa, como órgão regulador federal, pode revisar e ajustar as condições para o uso emergencial frente a resultados que sejam considerados relevantes, inclusive dados e informações provenientes de autoridades reguladoras internacionais.

A diretora da Anvisa Meiruze Freitas, relatora dos dois processos, ao proferir seu voto, destacou que “o acesso às vacinas e à proteção que elas podem conferir é questão de segurança nacional, beneficiando diretamente os profissionais de saúde, seus pacientes, familiares, comunidade e a saúde geral do país”.

Entenda

O procedimento de autorização de uso emergencial avalia a adequação das candidatas a vacinas contra Covid-19 para a utilização durante a atual emergência em saúde pública, de modo a minimizar, o mais rápido possível, os impactos da pandemia. É importante ressaltar que as autorizações temporárias para uso emergencial não são permissões para a introdução no mercado para fins de comercialização, distribuição e uso. Ou seja, não foi concedido ainda o registro sanitário.

Assim sendo, eventual violação da condição da autorização de uso emergencial estará sujeita às penalidades previstas, conforme legislação (Lei 6.437/77) que dispõe sobre as responsabilidades aos titulares das autorizações. Os demandantes – Instituto Butantan e Fiocruz – devem fornecer prontamente à Anvisa quaisquer outros dados, recomendações ou orientações que sejam elaborados ou que cheguem a seu conhecimento e tenham relevância para a contínua avaliação do perfil de benefício e risco das vacinas, bem como para a segurança e suas condições de uso.

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Mônica Calazans, 54 anos, trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas – Arquivo pessoal

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira brasileira vacinada contra a Covid-19.

Diabética, obesa e hipertensa.

Foi vacinada em São Paulo com a Coronavac.

Trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

hamilton carvalhido
TSE / reprodução

O ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça Hamilton Carvalhido morreu na madrugada deste domingo, 17.

Tinha 79 anos de idade.

Causa: complicações da Covid-19.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que é preciso mudar o comportamento social em razão da pandemia do novo coronavírus. “O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nesta guerra passa, obrigatoriamente, por uma mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada”, declarou. 

A reunião em que a Anvisa vai definir os pedidos de uso emergencial de vacinas no Brasil começou à 10h. Dois pedidos estão sendo analisados. NE Notícias transmite AO VIVO.

antonio barra torres
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira do consórcio Astrazeneca/Oxford, entraram com requerimentos de autorização em caráter emergencial para suas vacinas.

“Quis o acaso, para alguns; o destino, para outros; e a vontade de Deus,na fé inabalável deste diretor, que fossemos nós a exercer ativamente esses ofícios, e tivéssemos, portanto, a missão, a honra e o dever de bem servir ao nosso legítimo e Supremo Senhor. Que Deus nos ilumine e inspire para que, neste domingo, tomemos a melhor decisão”, disse Barra Torres. 

Segundo a Anvisa, a reunião conta com a participação de cinco diretores do órgão, e a decisão é feita por maioria simples, ou seja, três votos a favor ou contra definem o resultado. Antes da decisão, três áreas técnicas fazem apresentações: a de medicamentos, que avalia os estudos de eficácia e de segurança; a de certificação de Boas Práticas, que analisa se os locais de fabricação têm condições adequadas; e de monitoramento de eventos adversos, que monitora e investiga depois da vacinação se as pessoas tiverem alguma reação à vacina). 

No início da apresentação, Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, ressaltou o aspecto histórico da decisão. “Este é um momento crítico. Este é um momento histórico. Esse tipo de autorização, a Anvisa nunca concedeu. Nunca vivemos uma situação como essa, de tanta exposição e de tanto senso de urgência e necessidade que enfrentamos neste momento”, falou ele. Segundo Lima Santos, os servidores da Anvisa “estão empenhados com dedicação no senso de urgência que o caso requer”. “Somos humanos, queremos que os produtos que sejam disponibilizados para o enfrentamento da pandemia sejam produtos eficazes, seguros e tenham qualidade”.