Na manhã desta quarta-feira, 24, policiais da Paraíba concederam entrevista coletiva à imprensa para fazer sobre a morte de Gefferson de Moura, 32, durante operação de policiais de Sergipe em Santa Luzia, no Sertão do Estado.
O perito Adriano Medeiros disse que o local do fato foi adulterado: “Outro ponto importantíssimo do meu laudo foi constatar a adulteração do local. Primeiramente, esse veículo deveria ter sido vistoriado no local onde ocorreu o fato”. Segundo ele, o local foi adulterado pelos policiais.

Três situações, segundo ele, o ajudaram na constatação feitas no local:
As informações de que ele [delegado] colocou um dos policiais pra conduzir o veículo até aqui na delegacia de homicídios. Isso já adulterou manchas de sangue […]. Como a gente tem a certeza de que, provavelmente a vítima faleceu dentro do veículo, era pra ele [jovem morto] ter permanecido lá também […]. A gente viu que foi feita uma vistoria dentro do carro por eles [policiais]. Existiam vários objetos em desalinho dentro do veículo, inclusive no porta-malas, uma estava totalmente desfeita.
Um porta-objetos ficou completamente cheio de sangue, o que dá a atender que a vítima passou um bom tempo lá [dentro do automóvel].
Para o delegado Glauber Fontes, o caso é tratado como uma execução:
“O jovem não teve a menor possibilidade de defesa. Levou oito disparos, praticamente à queima roupa, sem saber o que estava acontecendo.“
Para o delegado, o comerciante pode ter sido confundido com outro homem:
“Os policiais de Sergipe estavam à procura de uma outra pessoa, que não era o Gefferson. Mas, pelo fato do Gefferson apresentar alguns traços fisionômicos semelhantes ao alvo que eles procuravam, foi sumariamente executado.”
Sobre a arma encontrada, a polícia paraibana explica:
“Em consulta aos bancos oficiais, a arma aparece como de propriedade de um policial militar, coincidentemente de Aracaju, Sergipe.”