A Farolândia continua campeã entre os bairros que apresentam maior número de infectados com o novo coronavírus.

Veja a seguir os bairros com maior número de infectados:

  • Farolândia: 7.340 positivados.
  • Jabotiana: 6.047 positivados 
  • São Conrado: 4.639 positivados
  • Zona de expansão: 4.596 positivados
  • Luzia: 4.483 positivados

O deputado federal sergipano e vice-líder do Governo, Gustinho Ribeiro, e o ex-deputado André Moura anunciaram uma parceria com o também deputado federal da Bahia, Arthur Maia, para viabilizar a construção de uma ciclovia ligando Aracaju a Salvador. 

André Moura vem há 30 dias conversando com o deputado baiano para que o projeto seja viabilizado via Codevasf. O objetivo é tornar a região litorânea da linha verde em um grande atrativo turístico por meio do incentivo ao Eco Turismo. 

Nos próximos dias, Gustinho Ribeiro e André Moura devem ir a Brasília para que as tratativas avancem para que sejam viabilizados recursos para o projeto e execução da obra, que deve ser feita pela Codevasf em parceria técnica com o Ministério do Turismo. Os dois ficarão responsáveis pelo trecho da ciclovia em Sergipe. 

“A ideia é transformar Sergipe numa referência nacional do ciclo turismo através da região da linha verde que tem um grande potencial”, afirmou André Moura. “Uma das nossas prioridades é buscar investimentos para o Turismo, porque, no pós-pandemia esse setor será importante para a geração de emprego e renda”, afirmou o deputado Gustinho Ribeiro.

Na noite desta sexta-feira, 30, no conjunto Bugio, em Aracaju, dois elementos tentaram assaltar um policial militar que estava à paisana.

O PM reagiu e os dois elementos morreram.

Um morreu no local e o outro conseguiu correr por alguns metros, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

O Prefeito de Itabaiana, Adailton Sousa, segue internado, intubado e estável.

Tem reagido bem ao tratamento e segue sem febre.

Após uma análise da equipe médica na manhã deste sábado, 1º de Maio, foi constatado que não seria necessária a pronação, procedimento que coloca de bruços quem passa pelo tratamento.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.367 da Mega-Sena, realizado nesta sexta-feira (30) à noite no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. Os números sorteados foram 05 – 23 – 29 – 34 – 53 – 60. O próximo concurso, na quarta-feira (4), deve pagar R$ 38 milhões.

A quina teve 63 ganhadores e cada um receberá R$ 40.222,88. A quadra teve 4.551 acertadores e pagará o prêmio individual de R$ 795,44.

O sorteio ocorreu excepcionalmente nesta sexta-feira em função do feriado de 1º de maio.

As apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio nas lotéricas de todo o país ou pela internet, no site da Caixa. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

Uma operação do Batalhão de Radiopatrulha da Polícia Militar na Ponta da Asa, zona norte de Aracaju na tarde desta sexta-feira, dia 30, identificou cinco suspeitos com passagens pelo sistema prisional e envolvidos com uma série de crimes praticados na região nos últimos dias. No levantamento feito, foi descoberto que os cinco faziam parte de uma organização criminosa com violenta atuação em bairros de Aracaju

As informações davam conta de que Wellington de Jesus, 29 anos, conhecido como Peloco (preso por roubo qualificado e porte ilegal de arma de fogo); Tássio Dias dos Santos, 29 (preso por tráfico de drogas); Alef Davi Oliveira Silva, 34 anos (preso por tráfico de drogas) e outros dois ex-presidiários estavam reunidos a fim de tramar uma reação contra um grupo rival. Possivelmente aconteceriam outras mortes e a prática de crimes contra a população local. 

Diante das informações, os militares foram averiguar a situação e, ao chegar no local, avistaram os cinco homens portando ostensivamente armas de fogo. Quando avistaram as equipes policiais foram em direção a um veículo Logan Preto. Ao perceber a aproximação da guarnição ostensiva, efetuaram disparos contra os policiais e fugiram para um manguezal. 

Foi feito o acompanhamento tático e após uma intensa troca de tiros, os agressores foram atingidos e socorridos ao Hospial governador João Alves Filho. Após atendimento médico, os cinco não resistiram e morreram. 

Todo material encontrado, armamento e equipamentos, foram conduzidos ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para serem tomadas as medidas cabíveis. A Polícia Civil confirmou que todos eram alvos de investigações pela prática de vários crimes em bairros da zona norte de Aracaju.

Divulgado nesta sexta-feira (30/4), o Boletim InfoGripe aponta que nenhum dos 27 estados apresenta sinal de crescimento até a Semana Epidemiológica (SE) 16 e 23 mostram tendência de queda. Apesar deste quadro, todas as regiões do país encontram-se na zona de risco e com ocorrências de casos muito altas. A análise, que tem como base os registros do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), é referente ao período de 18 a 24 de abril. Cerca de 90% dos casos positivos de Síndrome Respiratoria Aguda Grave (SRAG) foram associados à Covid-19.

Em um momento em que o país registra mais de 400 mil mortes pela Covid-19, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, ressalta que esses sinais reforçam a importância da cautela em relação às medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da Covid-19, enquanto a tendência de queda não for mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos. Gomes alerta que a retomada das atividades de maneira precoce pode levar a um quadro de interrupção da queda ainda em valores muito distantes de um cenário de segurança.

Estados

Entre estados que indicam interrupção no processo de queda estão Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, embora em valores muito elevados. Por outro lado, outros estados apresentam indícios de redução no ritmo de queda, como Bahia, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Tocantins. Além disso, diversos estados ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020, como é o caso de Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins, que ainda mantém queda; e Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, e Rondônia, entre os que entraram em estabilização.

Maranhão segue como único estado que ainda não registrou início de queda desde a retomada de crescimento ao longo de 2021, embora tenha interrompido a tendência de crescimento ao final de março. Desde então mantém um platô no número de novos casos semanais.

Capitais 

A exemplo da tendência nos estados, nenhuma das 27 capitais apresenta sinal de crescimento. Vinte e uma delas têm indícios de queda, com destaque para o Rio de Janeiro, que passa a ter sinais de diminuição no número de casos e mortes. Já São Luís volta a dar indícios de estabilidade após apenas uma semana com tendência de queda, sugerindo manutenção de platô após o longo período de crescimento. Para os dados referentes à Manaus, as notificações provenientes de unidades de saúde de administração pública e entidades empresariais apresentam sinal moderado de crescimento. 

Algumas capitais, que até então apresentavam sinal de queda, dão sinais de possível interrupção ainda em patamares extremamente elevados. É o caso de Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Natal (RN), Teresina (PI), confirmando a sinalização apresentada na SE 14. Curitiba (PR) também apresenta situação similar, principalmente para as notificações provenientes de unidades de administração pública.

Alerta para casos associados a outros vírus respiratórios

O Boletim observou aumento no número de casos confirmados de vírus sincicial respiratório (VSR). Foram registrados cerca de 200 novos casos semanais entre as semanas 7 a 13 de 2021 (14/2 a 3/4), atingindo 340 casos confirmados referentes à SE 11. O aumento foi verificado em todas as regiões do pais –  as regiões Sudeste e Centro-Oeste são as que apresentam a maior incidência acumulada até o momento.  A análise constatou ainda a presença de casos confirmados para rinovírus, com média de aproximadamente 40 casos semanais em 2021. 

“Como sabemos, nem todas as unidades federais estão conseguindo manter a testagem do painel de vírus respiratórios para todos os casos negativos para Sars-CoV-2 (Covid-19). O aumento de casos confirmados de VSR pode estar associado ao relaxamento em relação às medidas de distanciamento, que também levou ao aumento explosivo nos casos de Covid-19”.

Abril foi o mês mais letal da pandemia no Brasil. Março, segundo pior mês, registrou oficialmente 66.868 mortes. Nos últimos 45 dias, a média móvel de mortes foi superior a 2 mil. Já são 100 dias com média superior a mil.

Nas últimas 24 horas, 2.870 pacientes morreram vitimados pela Covid-19. No total, 404.287 óbitos desde o início da pandemia. 

Como NE Notícias informou, abril de 2021 também foi o mês mais letal da pandemia em Sergipe.

MÉDIA MÓVEL DE MORTES NOS ÚLTIMOS SETE DIAS:

  • Sábado (24): 2.531 
  • Domingo (25): 2.498
  • Segunda (26): 2.451
  • Terça (27): 2.399
  • Quarta (28): 2.379
  • Quinta (29): 2.523
  • Sexta (30): 2.523

SITUAÇÃO NOS ESTADOS:

  • Em alta (2 estados): CE e PE 
  • Em estabilidade (13 estados): AC, AL, AM, BA, ES, MG, MS, PA, PR, RJ, RN, SC e SE
  • Em queda (11 estados e o Distrito Federal): AP, DF, GO, MA, MT, PB, PI, RO, RR, RS, SP e TO

14.665.962 pessoas residentes no Brasil já tiveram ou têm o novo coronavírus. 73.076 novos infectados no último dia do mês de abril.

VARIAÇÃO DAS MORTES POR ESTADO:

Sul

  • PR: -7%
  • RS: -22%
  • SC: -10%

Sudeste

  • ES: -14%
  • MG: -5%
  • RJ: -5%
  • SP: -21%

Centro-Oeste

  • DF: -34%
  • GO: -26%
  • MS: -12%
  • MT: -31%

Norte

  • AC: -3%
  • AM: +14%
  • AP: -47%
  • PA: -4%
  • RO: -38%
  • RR: -21%
  • TO: -18%

Nordeste

  • AL: -11%
  • BA: -14%
  • CE: +25%
  • MA: -32%
  • PB: -26%
  • PE: +18%
  • PI: -23%
  • RN: -8%
  • SE: +1%

São números do Consórcio Nacional de Veículos de Imprensa, formado por G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.

O Tribunal Especial Misto (TEM), por unanimidade, aprovou nesta sexta-feira (30/4) o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e o destituiu definitivamente do cargo. Com isso, Cláudio Castro (PSC) assumirá o cargo permanentemente. Além disso, a corte ad hoc condenou o ex-juiz federal à inabilitação para exercer funções públicas por cinco anos.

Witzel tornou-se o segundo governador da história do Brasil a sofrer impeachment. O primeiro foi Muniz Falcão, destituído do governo de Alagoas em 1957.

Todos os dez integrantes do TEM votaram pela condenação de Witzel por crimes de responsabilidade em fraudes na compra de equipamentos e celebração de contratos durante a epidemia de coronavírus: os deputados estaduais Waldeck Carneiro (PT), relator, Carlos Macedo (Republicanos), Chico Machado (PSD), Alexandre Freitas (Novo) e Dani Monteiro (Psol); e os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio José Carlos Maldonado, Fernando Foch, Teresa Castro Neves, Inês da Trindade e Maria da Glória Bandeira de Mello.

Os deputados e desembargadores concluíram que Witzel cometeu atos ilícitos ao promover, em março de 2020, a requalificação da organização social (OS) Unir Saúde para firmar contratos com o estado e ao contratar a OS Iabas para construir e administrar sete hospitais de campanha anunciados pelo governo no início da epidemia de Covid-19.

Para os julgadores, o ex-governador cometeu os crimes de responsabilidade de atentar contra a Constituição Federal, especialmente contra a probidade na administração (artigo 4º, V, da Lei 1.079/1950), e de proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo (artigo 9º, 7, da Lei 1.079/1950).

A Unir Saúde havia sido proibida de prestar serviços para o estado do Rio após a Secretaria de Saúde identificar diversas irregularidades na manutenção de unidades de pronto atendimento (UPAs) e na prestação de contas. Porém, Witzel, contra parecer da Subsecretaria Jurídica da Saúde, reabilitou a empresa e autorizou o pagamento de contratos inexistentes a ela no valor de R$ 7 milhões. Em troca, o empresário Mario Peixoto, apontado como dono da OS, fez pagamentos ao escritório da ex-primeira dama Helena Witzel por serviços que não prestados, segundo a denúncia, apresentada pelo deputado estadual Luiz Paulo (Cidadania). 

Já a Iabas foi contratada, de forma superfaturada, conforme a acusação, por R$ 850 milhões. Contudo, entregou apenas dois dos sete hospitais de campanha que havia se comprometido a construir. 

A defesa de Witzel, comandada pelos advogados Bruno Albernaz e Eric de Sá Trotte, argumentou que a requalificação da Unir Saúde foi baseada no bem da população fluminense, uma vez que ela estava em situação melhor do que outras organizações sociais. Além disso, os advogados sustentaram que não há provas de que o ex-governador agiu dolosamente ao contratar a Iabas, e não há crime de responsabilidade na modalidade culposa. 

Votos pela condenação
O relator do caso, deputado Waldeck Carneiro, apontou que Wilson Witzel, ao requalificar a Unir Saúde contra parecer jurídico, procedeu contra a dignidade e o decoro do cargo. “No exercício da função pública, não se pode privilegiar interesses privados em detrimento dos interesses públicos”.

De acordo com Carneiro, é inverossímil que Witzel não soubesse de irregularidades na contratação da Iabas, pois era o maior acordo de seu governo e sua maior missão no momento — a de combater a epidemia. Além disso, a OS possui estreita ligação com o Pastor Everaldo, presidente do PSC, partido de Witzel.

Para o deputado, Witzel “agiu de modo oposto ao que se espera de um governante e líder, de cuidar e representar os interesses da população”. A seu ver, a culpabilidade de Witzel é ainda maior devido ao fato de ele ser conhecedor das leis, pois foi juiz, e pelo fato de seus atos terem contribuído para o número de mortos por Covid-19 no Rio.

O desembargador José Carlos Maldonado afirmou que o ex-governador agiu de forma ilegal ao requalificar a Unir Saúde.  

“Witzel, sem qualquer base legal ou fundamento jurídico idôneo, deu provimento ao recurso administrativo da Unir Saúde para revogar a desqualificação da OS. Não houve qualquer análise técnica ou financeira ou auditoria. Prevaleceu apenas a vontade pessoal e política do governador. Ato foi ímprobo, imoral e desarrazoado”, disse o magistrado, que também entendeu ter ficado provada a participação do político na contratação da Iabas.

“Não foram apenas mil respiradores comprados por preços superfaturados, mas também desvios de valores correspondentes a toda a montagem e funcionamento dos hospitais de campanha para abrigar esses e outros materiais, frutos da ganancia, sem que importassem as filas, as pessoas, o público em geral e a luta contra a morte nos corredores e enfermarias superlotados, sem a menor expectativa de a população fluminense ser bem atendida. Para mim, é o que basta.”

Já o deputado Carlos Macedo declarou que a defesa não demonstrou que Witzel agiu para corrigir ou atenuar os efeitos da equivocada contratação da Iabas para a construção e posterior gestão dos hospitais de campanha. Nem que houvesse razões legítimas para reabilitar a Unir Saúde.

“A alta administração pública do estado do Rio de Janeiro, o governo chefiado pelo denunciado [Wilson Witzel], se deixou envolver por verdadeiras quadrilhas, que tomaram de assalto a coisa pública”, opinou o desembargador Fernando Foch.

Conforme o magistrado, setores da máquina administrativa foram loteados entre Mário Peixoto, Pastor Everaldo e os empresários Edson Torres e José Carlos de Melo, que distribuíam contratos na área da saúde a entidades de interesse deles.

Foch ressaltou Witzel tinha o dever de fiscalizar seus auxiliares e que desrespeitou os princípios da moralidade e impessoalidade administrativa ao ser desleal com os fluminenses.  

A desembargadora Teresa de Castro Neves destacou que se Witzel não sabia que havia um esquema criminoso na área da saúde, ele não fez o que se exige de um governador. 

“Não há como se fechar os olhos para tamanha irregularidade”, disse a magistrada. Na visão dela, se o político deixou de agir após saber de irregularidades, aceitou participar do esquema.

O deputado Alexandre Freitas foi o único a considerar que não ficou provado que Witzel participou diretamente da contratação da Iabas — segundo ele, os responsáveis pela escolha da OS foram Edmar Santos e Gabriell Neves, respectivamente, ex-secretário e subsecretário da Saude. Por isso, votou por proibir o ex-governador de ocupar cargos públicos por quatro anos, e não cinco, pena estabelecida por maioria do TEM. 

No entanto, Freitas ressaltou claro que os relatórios da Polícia Federal deixam claro os vínculos entre Witzel e Mário Peixoto, e que o empresário era sócio oculto da Unir Saúde. “Os fatos aniquilam a tese de que o denunciado teria agido de forma lícita. Tanto as imputações e as provas estão nos autos desde a origem, e os depoimentos apenas reforçaram elas.”  

Por sua vez, a desembargadora Inês Trindade afirmou que um processo de impeachment é sempre traumático para a sociedade, mas e uma medida necessária para estancar esquemas de corrupção. “A sociedade não pode viver a sensação de que, quando o assunto é corrupção no Brasil, a história se repete.”

A magistrada ainda criticou o fato de Witzel ter se vendido como outsider da política nas eleições de 2018. “Registra que o acusado recebeu quase R$ 1 milhão antes das eleições, caso fosse. Se Witzel gostaria de dar uma nova cara ao Rio, teria que se afastar de famosos figurões do estado. A decisão de requalificação foi desprovida de total motivação diante de tantas provas contrárias à gestão da empresa. Diante do ato de requalificação, conclui-se que há provas que a decisão está imaculada pela improbidade.”

“É lamentável que, em meio a maior pandemia dos últimos 100 anos, tenhamos que julgar o impedimento de Wilson Witzel”, disse a deputada Dani Monteiro. Segundo a parlamentar, as práticas ilícitas do ex-juiz custaram milhares de vidas de cidadãos fluminenses.

Dani rebateu o argumento da defesa de que o subsecretário de Saúde Gabriell Neves cometia os crimes sem o conhecimento de Witzel. “Raramente os líderes das facções são responsáveis pelas tratativas, que são delegadas para subalternos em uma tentativa de se distanciar caso o crime seja descoberto”, apontou a deputada, que também defendeu o fim do modelo de unidades de saúde administradas por organizações sociais.

Última a votar, a desembargadora Maria da Glória Bandeira de Mello avaliou que, devido ao volume financeiro e importância da contratação da Iabas, não dá argumentar que Witzel não sabia das irregularidades da medida.

Ascensão e queda
Com quase 5 milhões de votos no segundo turno das eleições de 2018, o que equivale a 59,66% do total, o ex-juiz federal Wilson Witzel foi eleito governador do estado do Rio de Janeiro em sua primeira disputa eleitoral.

No primeiro turno, Witzel surpreendeu e assumiu a liderança entre os candidatos na semana anterior ao pleito. O ex-juiz passou boa parte do primeiro turno com menos de 5% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais. Mas, em 7 de outubro, data da primeira rodada, teve 3,15 milhões de votos.

No segundo turno, liderou toda a corrida eleitoral, apesar de Eduardo Paes (DEM) ter se aproximado no final. O ex-prefeito do Rio obteve pouco mais de 3 milhões de votos, o que representa 40,34% do total.

Como candidato, Witzel prometeu agir da mesma que forma exerceu a magistratura: duro na aplicação da lei e rigoroso com a defesa. É uma postura que por vezes transbordou em autoritarismo, contam advogados, mas que resultou em boa fama entre os pares. Ao atuar como magistrado por 17 anos, Witzel também colecionou polêmicas por ter acumulado benefícios recebidos como juiz e professor.

Ele cumpriu algumas de suas promessas eleitorais, especialmente a de autorizar policiais a “abaterem” pessoas que portem fuzis, sem responder por homicídio. Para Witzel, nesse cenário, o agente de segurança estaria agindo em legítima defesa.

Em 2019, único ano completo de seu governo, policiais mataram 1.643 pessoas no estado — o recorde da série histórica do Instituto de Segurança Pública do Rio.

De acordo com estudo do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF), havia uma tendência de diminuição do número de mortos em operações policiais que foi drasticamente revertida em 2019 “por uma orientação política deliberada e explícita de estímulo à letalidade policial”. 

“Os agentes policiais foram encorajados a atuar de maneira brutal por meio de declarações públicas de autoridades, que colaboram para crescimento da letalidade policial observado. No entanto, nos parece que o dado mais significativo foi a extinção da Secretaria de Segurança, o que inviabilizou o controle político da autoridade eleita sobre as ações policiais, conferindo maior autonomia às polícias e enfraquecendo os controles internos das mesmas, fato reforçado por um controle externo praticamente inexistente. Nesse contexto, a restrição das operações policiais diminuiu de forma importante o número de operações e, consequentemente, a letalidade policial, mas não logrou diminuir a letalidade das operações policiais que ocorreram em 2020”, aponta a pesquisa.

*Texto alterado às 19h47, às 20h54 e às 21h02 do dia 30/4/2021 para acréscimo de informações.

A Anvisa aprovou, nesta sexta-feira (30/4), a produção do Insumo Farmacêutico Biológico (IFA) da vacina Covid-19 dentro do escopo de transferência de tecnologia da Astrazeneca para Bio-Manguinhos.

Com isso, a Fiocruz está autorizada a iniciar a produção de lotes pilotos em escala comercial, da vacina Covid19 (recombinante) com o IFA produzido no Brasil. A produção sera destinada ao SUS. Após a realização dos testes, a Fiocruz deve solicitar a inclusão do insumo no registro ou fazer um pedido de autorização de uso emergencial.

A aprovação técnica veio após a inspeção que verificou as Boas Práticas de Fabricação da linha de produção e concluiu que Bio-Manguinhos cumpre os requisitos das Condições Técnico-Operacionais (CTO) para iniciar a produção de lotes.