A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informa que a Polícia Militar encontrou o corpo do motorista de aplicativo Albert Alves dos Santos, 41, dentro do próprio veículo na manhã deste sábado, 22. O caso ocorreu no bairro Santos Dumont, em Aracaju.

De acordo com as informações policiais, o motorista teria saído de casa na tarde dessa sexta-feira para trabalhar e ao final do dia, teria comunicado que estaria retornando para casa, o que não ocorreu. O caso foi registrado na 5ª Delegacia Metropolitana (5ª DM).

O Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) foi acionado na manhã deste sábado sobre o veículo no bairro Santos Dumont. A Polícia Militar encontrou o carro fechado e com o som ligado em volume baixo. 

O corpo do motorista estava no porta-malas e a chave distante 70 metros. Um parente foi solicitado ao local para que trouxesse a chave reserva do veículo.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionado e já iniciou as investigações. 

O Instituto de Criminalística fez a perícia no local. O corpo da vítima não apresentava sinais de lesões por arma de fogo ou por objetos cortantes. Também não havia sinal de asfixia. A vítima apresentava uma lesão no olho, possivelmente contusa.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) que realizará os exames para identificação da causa da morte do motorista de aplicativo.

Pela segunda vez, o ex-prefeito do município de Simão Dias, Marival Silva Santana (PSC), descumpre a Lei estadual de Nº. 8.677, que dispõe sobre obrigatoriedade do uso máscara de proteção respiratória em todo o território no Estado de Sergipe, durante a situação de emergência e/ou estado de calamidade pública na área da saúde, em razão da disseminação do novo coronavírus. O projeto de lei foi aprovado na Assembleia Legislativa de Sergipe, no dia 29 de abril de 2020.

Nesta semana, o ex-gestor simãodiense participou de uma cerimônia de casamento na Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana, em Simão Dias, e no registro viralizado nas redes sociais, Marival aparece sem o uso de máscara, em um momento que o estado de Sergipe se aproxima de 4 mil mortes causadas pela Covid-19.

Há quase um mês, o ex-prefeito publicou em suas redes sociais uma foto sem máscara, com início de aglomeração e naquele momento os bares e lanchonetes estavam proibidos de funcionarem aos finais de semana. Mas, o decreto foi descumprido pelo ex-mandatário.

Em matéria publicada no dia de ontem, 21, no site da Secretaria de Estado da Saúde, o diretor de Vigilância em Saúde, Marco Aurélio, reforçou a obrigatoriedade e necessidade do uso.

“Estamos  em uma fase de estabilização da pandemia no Estado, as medidas preventivas  têm sido suficientes para que não se cresça mais o número de casos e mantenha esse nível, que já está alto. Diariamente são cerca 27 a 29 óbitos, então, é fundamental o entendimento que a prevenção se dá em camadas, a camada  mais próxima é a máscara. É fundamental que você use o item  e que  o outro use também, para que tenhamos  essa barreira na transmissão”, disse.

O uso do equipamento deve ser  somado aos outros cuidados, como higienização correta das mãos com água e sabão ou álcool  70%, evitar aglomerações de pessoas e tocar os olhos ou nariz. Além disso, o médico explica que  se o indivíduo estiver em local de grande circulação de pessoas, o recomendado é utilizar mais de uma máscara.

“Estudos indicam  que se você vai para um local com grande circulação, é importante utilizar duas  máscaras, principalmente, se você  faz parte de  um grupo mais vulnerável, possui alguma comorbidade. Ressalto que nesse momento é mais seguro não ir a locais com aglomerações, mas  se há necessidade, sobreponha mais uma máscara, para  diminuir o risco de transmissão”, destaca.

O Fla-Flu de número 433 vai decidir quem fica com o Campeonato Carioca de 2021. O Rubro-Negro luta pelo sexto tricampeonato da história do clube. Já o Tricolor tenta levantar o campeonato depois de nove anos. Mesmo sem a presença da torcida por conta da pandemia, a dupla vai ao campo do Maracanã, neste sábado (22) à noite, com a promessa de manter a tradição de decisões emocionantes entre os clubes.ebcebc

“Sempre fizeram grandes jogos”, pontua o comentarista Mario Silva, da Rádio Nacional, que vai transmitir a partida, a partir das 20h30 (horário de Brasília), com narração de André Luís Mendes. “Ainda como repórter em 1983, o Fla ia levando a faixa com o empate sem gols, quando nos acréscimos, Delei lançou e Assis venceu Raul com um chute rasteiro”, lembra Mario, recordando ainda um embate com Zico em campo no ano de 1986. “Foi uma espécie de reestreia do maior ídolo da Gávea, porque ele tinha ficado meses fora do gramado, por conta de uma lesão no joelho. Não valeu título, mas o Fla goleou por 4 a 1 e o camisa 10 marcou três vezes”.

A memória do jornalista esportivo também destaca o gol de barriga de Renato Gaúcho (1995) pelo Flu e a despedida de Zico em confrontos oficiais com a camisa flamenguista (1989), na cidade de Juiz de Fora-MG, com a vitória por 5 a 0 sobre a equipe de Laranjeiras. Na história do campeonato, as duas equipes já duelaram dez vezes em finais, com cinco vitórias para cada lado. O Fla pode chegar ao título de número 37, enquanto o Flu alcançaria o 32º título Estadual do Rio.  Depois de empatar o primeiro jogo por 1 a 1, Fla e Flu voltam a se encontrar sem nenhuma vantagem. Em caso de novo empate, a decisão vai para os pênaltis.

Em meio à disputa, as equipes ainda precisam pensar na Libertadores da América. O Flamengo já está classificado e, após empatar com a LDU por 2 a 2,  vai receber o Veléz Sarfield na próxima quinta, tentando garantir o primeiro lugar do grupo.

Situação diferente vive o Fluminense, que perdeu para o Junior Barranquila por 2 a 1, precisando ir agora a Buenos Aires para lutar pela classificação contra o River Plate na terça-feira (25).

Para o jogo de amanhã, Rogério Ceni deverá contar com a volta do zagueiro Rodrigo Caio.  No gol, a grande dúvida é se Diego Alves volta ou se Gabriel Bastista será mantido como goleiro na equipe. Sendo assim, o Flamengo deve começar com Gabriel Batista, Isla, Rodrigo Caio, Willian Arão e Filipe Luís; Diego, Gerson e Everton Ribeiro; Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol.

Pelo lado Tricolor, o técnico Roger Machado não tem problemas com o Departamento Médico, mas o mau desempenho do time na última partida pode trazer mudanças. O provável Fluminense é Marcos Felipe, Calegari, Nino, Lucas Claro e Egídio; Yago, Martinelli e Nenê. Kayky, Gabriel Teixeira e Fred.

Apita esse Fla-Flu decisivo Bruno Arleu de Araújo. Já o VAR fica sob a responsabilidade de Carlos Eduardo Nunes Braga.

2020

Em reais

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  • Total: 1.880.913,10

Em dólar

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  • Twitter: 2.830,31
  • Total: 5.553,31

2019 e 2020:

Em dólar 

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  • Twitter: 11.437,32
  • Total: 74.784,16

A 3ª onda da Covid-19 pode chegar a Sergipe.

A Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz – alerta que o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pode causar uma nova onda, ainda mais devastadora, da Covid-19, em vários Estados do País.

Segundo a Fiocruz, a situação caminha para ser mais grave em oito Estados: Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Mas é preocupante a situação de Sergipe!

Informa a Fiocruz: a interrupção da tendência anterior de queda foi observada na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Está mantida para este domingo (23/5) a aplicação de concurso para o preenchimento de cargos na Polícia Federal. A decisão está sendo tomada nesta sexta por meio de julgamento pelo Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, convocado extraordinariamente pelo presidente Luiz Fux. Formou-se maioria de seis votos a favor da manutenção da prova. Foi a primeira vez que o STF fez sessão virtual de apenas um dia.

O Plenário examina uma reclamação apresentada por uma candidata ao concurso para quem houve convocação para a aplicação das provas mesmo com os altíssimos índices de contágios, infecções e mortes pela Covid-19 em todo o país e mesmo com a edição de alguns decretos locais restritivos. O ministro Edson Fachin acolheu a reclamação. Os ministros Alexandre de Moraes e Marco Aurélio votaram pela manutenção das provas. Os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Nunes Marques seguiram o entendimento de Moraes. 

Primeiro a votar, o relator Edson Fachin entendeu que a reclamação da candidata era procedente. Segundo ele, “havendo este Supremo Tribunal Federal reconhecido a legitimidade dessas medidas restritivas(contra a Covid-19), desde que amparadas em evidências científicas, não pode a União, sem infirmar ou contrastar essas mesmas evidências, impor a realização das provas e a ofensa aos decretos locais, havendo razões e recomendações das autoridades sanitárias que amparam as restrições locais.”

O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, abriu divergência, afirmando que inexiste motivo apto a afastar a autonomia da União em promover concursos para provimento de cargos próprios, especialmente dirigidos a atividades essenciais, ainda que o certame seja feito no em municípios com regras de restrição gerais impostas por força da contenção da epidemia.

Segundo o ministro, “a  autonomia conferida aos municípios e estados para a tomada de medidas locais de contenção da epidemia dirigem-se às atividades dos particulares e de órgãos públicos próprios de cada ente, não se admitindo a interferência de decisões no âmbito municipal no exercício de atividades eminentemente públicas e próprias da União, como a realização de concursos público ou o funcionamento de serviços públicos federais”.

O ministro Marco Aurélio, em seu voto, considerou que é dever dos organizadores do concurso a adoção de providências emergenciais visando garantir a saúde e integridade dos envolvidos, tais como o uso da máscara, a medição da temperatura, a distribuição de álcool em gel e o adequado distanciamento entre os participantes, sem prejuízo de outras que forem necessárias. Além disso, pontuou que “ante a crise aguda decorrente da pandemia, o papel essencial e permanente das forças de segurança revela-se ainda mais necessário, a afastar a atuação do Judiciário no sentido da impertinência do certame”.

Clique aqui para ler o voto do ministro Edson Fachin
Clique aqui para ler o voto do ministro Alexandre de Moraes
Clique aqui para ler o voto do ministro Marco Aurélio
Reclamação 47.470

A Prefeitura de Aracaju iniciará, na segunda-feira, 24, a vacinação contra a covid-19 dos trabalhadores da Educação e dos profissionais do transporte público. Além disso, será iniciada mais uma etapa da vacinação das pessoas com deficiência permanente grave. Em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira, 21, o prefeito Edvaldo Nogueira anunciou o calendário de vacinação dos novos grupos. Até o momento, mais de 137 mil pessoas já receberam a 1ª dose da vacina contra o novo coronavírus em Aracaju, o que representa mais de 20% da população.

Nesta primeira fase dos profissionais da Educação, receberão a vacina aqueles que atuam em creches, pré-escolas e no 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, com idade entre 40 e 59 anos. Para vacinação destes trabalhadores, a Secretaria Municipal da Saúde estabeleceu um cronograma, por idade. Na segunda-feira, 24, serão vacinados os trabalhadores de 55 a 59 anos. Na terça-feira, 25, será a vez daqueles que têm  de 50 a 54 anos. Já na quarta-feira, 26, recebem a imunização os profissionais de 45 a 49 anos. Na quinta e sexta-feira,  dias 27 e 28, serão  vacinados trabalhadores da Educação de 40 a 44 anos, de forma escalonada. Na quinta, os nascidos entre janeiro e junho; na sexta, os nascidos entre julho e dezembro.

Da mesma forma acontecerá com os profissionais do transporte público. Nesta fase, serão vacinados os que estão na faixa etária de 40 a 59 anos. Na segunda-feira será a vacinação de motoristas e cobradores de 55 a 59 anos. Na terça-feira, serão vacinados os que têm de 50 a 54 anos, e na quarta-feira, 26, os trabalhadores de 45 a 49 anos. Já na quinta-feira, 27, e na sexta-feira, 28, recebem a vacina os motoristas e cobradores de 40 a 44 anos.

Os trabalhadores da Educação e os profissionais do transporte público deverão realizar um cadastro no site da Prefeitura, no portal “VacinAju”. Deverão apresentar os seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de residência e comprovante de vínculo com a instituição ou empresa na qual trabalha. Após o cadastro, eles receberão um código autorizativo e poderão receber a primeira dose do imunizante no drive-thru localizado dentro do Parque da Sementeira, e em duas Unidades Básicas de Saúde: a UBS Adel Nunes (no bairro América), e a UBS Hugo Gurgel (no bairro Coroa do Meio).

O ex-deputado Ulices Andrade, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, pretende ser candidato a governador nas eleições de 2022.

Enfrenta obstáculos em função do cargo que ocupa no TCE.

No tribunal, mesmo que digam publicamente o contrário. todos os conselheiros têm “certeza” de que Ulices se afastará para ser candidato.

Como qualquer pessoa que preencha os requisitos constitucionais, tem todo o direito de almejar o cargo.

Não para de conversar sobre essa possibilidade.

Recentemente, conversou com o senador Rogério Carvalho (PT) que, faça chuva ou sol. disputará o governo.

Mais maduro, Rogério aguarda o “setembro de Belivaldo Chagas”, atual governador.

O governador já disse que discutirá sua sucessão em setembro deste ano.

Pode, naquele mês, não definir candidato. A definição em setembro pode antecipar o “fim” de seu poder político no governo.

Um fato é incontestável: se Ulices recuar, o candidato será o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), embora, em todo o grupo, quem mais tem avançado seja o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), pedra no sapato de muitos planos.

Se o candidato for Edvaldo Nogueira, assumirá o comando da prefeitura a vice-prefeita Katarina Feitoza (PSD), política inventada pelo governador.

De um jeito ou de outro, o governador planeja cumprir seu mandato até o final. Se Edvaldo for candidato a governador, Belivaldo comendará a Prefeitura de Aracaju através de Katarina.

Em Sergipe, nas últimas 24 horas, foram informados oficialmente 28 óbitos por Covid-19. Desde o começo da pandemia, morreram 4.859 pacientes vítimas da doença. 924 novos infectados,  222.466 casos registrados oficialmente.

No Brasil, mortes caem mais, mas casos seguem subindo

A curva de mortes em função da pandemia do novo coronavírus continuou sua trajetória de queda, enquanto a de casos voltou a subir em percentuais pequenos semana após semana. É o que mostra o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que analisa a Semana Epidemiológica 19, de 9 a 15 de maio.ebcebc

Nesta semana, foram registradas 13.399 mortes, enquanto na semana anterior o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde trouxe 14.879 vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus.

O resultado representa uma queda de 10% entre as duas semanas epidemiológicas. Especialistas consideram as variações até 15% como quadros de estabilidade. Na semana anterior a redução havia sido de 12%. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas durante a semana dividida pelo número de dias) na SE 19 baixou dos 2 mil, ficando em 1.914.

 A curva de mortes durante a pandemia segue o movimento de reversão da tendência de alta da 2ª onda registrada neste ano, iniciada por um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. A inflexão teve início na semana epidemiológica 14, na 1ª quinzena de abril.

Os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde sobre o coronavírus reúnem a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas, tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações. A semana epidemiológica é um recorte temporal adotado por autoridades de saúde para analisar esses movimentos.

O número de novos casos aumentou 5%. Na SE 19 foram registrados 440.655 novos diagnósticos positivos da covid-19, contra 419.904 na semana anterior. A média móvel de casos ficou em 62.951.

O resultado da SE 18 marcou um avanço na tendência de reversão do movimento de queda da curva de casos, já iniciada na semana anterior. A redução dos novos diagnósticos positivos de covid-19 foi iniciada em março, apenas com um revés na SE 13.  

Estados

Conforme o boletim epidemiológico, o número de estados com aumento nos novos casos ficou em nove na semana epidemiológica 19, 10 ficaram estáveis e oito tiveram redução. As maiores ampliações se deram no Rio Grande do Norte (191%) e Pará (24%). Já as quedas mais intensas ocorreram no Amapá (-20%) e Rio de Janeiro (-21%).

Quando consideradas as mortes, o número de estados com acréscimo das curvas foi de seis, quatro ficaram estáveis e 16 mais o DF tiveram redução em relação ao balanço da semana anterior. Os aumentos mais expressivos aconteceram em Pernambuco (14%) e Rio Grande do Norte (13%). As quedas mais efetivas foram registradas no Paraná e Tocantins (-33%)

Mundo

A Índia permanece na frente como país com mais novas mortes. Lá foram registrados 27.937 novos óbitos. O Brasil mantém a 2ª colocação. Em seguida vêm Estados Unidos (4.093), Colômbia (3.421) e Argentina (3.211). Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na 2ª posição, atrás dos Estados Unidos (585.708).

A Índia também é a campeã em novos casos, tendo 2.387.996 na semana analisada. O Brasil ocupou a 2ª colocação no ranking de casos, seguido por Estados Unidos (237.017), Argentina (154.777) e Colômbia (117.797). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na 3ª posição, atrás dos EUA (32,9 milhões) e Índia (24,6 milhões).

Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (21/5), mostra aumento das notificações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os casos de SRAG são responsáveis por incidências graves de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou levam a óbitos. São atualmente em grande parte devido a infecções por Sars-CoV-2. Outro dado preocupante é que, pela primeira no Brasil, a mediana da idade de internações em UTIs de todo o país esteve abaixo dos 60 anos.

A análise comparou a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e a 18 (2 a 8 de maio) de 2021 e verificou que a mediana da idade das internações hospitalares (idade que delimita a concentração de 50% dos casos) foi de 66 anos na SE 1 para 55 anos na SE 18. Já a mediana de idade de internações em UTI foi de 68 anos na SE 1 para 58 anos na SE 18.

Os pesquisadores alertam que o ano de 2021 vem, a cada semana, apresentando rejuvenescimento da pandemia. “Diferente das últimas semanas, mais da metade dos casos de internação hospitalar e internação em UTI ocorreram entre pessoas não idosas. Em relação aos óbitos, embora a mediana ainda seja superior a 60 anos, ao longo deste ano houve queda num patamar de 10 anos. Os valores de mediana de idade dos óbitos foram, respectivamente, 73 e 63 anos.

SRAG

Quanto ao aumento dos casos de SRAG, muitos estados (em particular os da região Sul) que tiveram redução da doença nas semanas anteriores a SE 18 apresentam tendência de reversão ou mesmo um aumento no número de casos. Segundo a análise, mesmo nos estados que mostram redução ou estabilidade, os números de casos ainda permaneciam muito altos, demonstrando a forte pressão sobre o sistema de saúde. “É fundamental que haja redução sustentada de número de casos para a recomposição do sistema de saúde, inclusive reduzir taxa de ocupação de leitos”, ressaltaram os pesquisadores.

A diferença na incidência de casos nos estados entre os momentos das Semanas Epidemiológicas 8 e 9 e as SE 18 e 19 mostram que poucos estados estão em patamar significativamente menor (critério: redução maior de 5 casos por 100 mil habitantes): Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Amapá, sendo que Mato Grosso, Paraná e as capitais dos estados da região Sul apresentam sinais de aumento.  

Os demais estados estão em níveis próximos ao observado em meados de março ou mesmo acima, como é o caso de Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo. “O aumento ou estabilidade em níveis muito altos e com taxas altas de ocupação são cenários altamente indesejados”, destacam os pesquisadores. 

Leitos de UTI para Covid-19

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 17 de maio de 2021 sinalizam uma quebra na expectativa que vinha sendo desenhada de melhoria do indicador no país nas últimas semanas. A análise reforça que é preciso ficar atento a este momento da pandemia. “Caso não seja mantida uma queda sustentável, a pandemia poderá retomar a sua expansão”, destacam os pesquisadores do Observatório.   

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, que vinham mantendo uma tendência de queda lenta, mas relativamente consistente em grande parte do país, entre os dias 10 e 17 de maio de 2021, apresentaram pequenas elevações em muitos estados e capitais, interrompendo a impressão da melhoria do quadro geral. 

Taxas de mortalidade

Durante as duas últimas semanas epidemiológicas, houve uma ligeira redução das taxas de mortalidade no Brasil. No entanto, as taxas de incidência, que refletem os casos novos de Covid-19, permanecem em um platô alto. De acordo com o estudo, esse novo padrão epidemiológico pode ser resultado de uma conjunção de fatores como a vacinação de populações de maior risco, uma pequena redução da ocupação de leitos hospitalares, bem como o já sinalizado processo de rejuvenescimento da pandemia. 

“Combinados, estes novos fatores podem estar contribuindo para a diminuição da letalidade da doença, sem no entanto reduzir a transmissão da doença, que permanece intensa, como demonstrado pela alta taxa de positividade dos testes diagnóstico realizados nas últimas semanas”. 

Esse novo cenário socioepidemiológico é visto como preocupante quando considerado o ritmo ainda lento de vacinação no país e a possibilidade de introdução de novas variantes do vírus Sars-CoV-2 no Brasil. Além disso, como é enfatizado na análise, a flexibilização precoce de medidas de isolamento podem causar uma retomada na transmissão, com a geração de casos graves e óbitos nas próximas semanas, “pressionando os serviços de saúde ainda sobrecarregados e com limitações para reposição de estoques de medicamentos e insumos”. 

O Boletim é concluído com um balanço de lições aprendidas no enfrentamento da Covid-19, tendo como referência o documento divulgado pelo Painel Independente da Organização Mundial da Saúde (OMS) e os novos cenários da pandemia no país.