Para os desavisados, recomenda-se a leitura do livro “Como Morrem as Democracias”, de Steven Levitsky.
Como NE Notícias informou, o Exército decidiu não punir o general Eduardo Pazuello.
Recomenda-se a leitura de artigo assinado pela jornalista Míriam Leitão, publicado no Globo.
NE Notícias reproduz alguns trechos:
Exército dá o passo mais perigoso desde o fim da ditadura
Míriam Leitão
A decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello é um daqueles momentos históricos em que uma instituição comete erro que traz consequências graves. Para as Forças Armadas a submissão à hierarquia, aos seus códigos e estatutos é a espinha dorsal da instituição. Se um general pode desrespeitar as normas disciplinares, o capitão também pode e, no fim, o soldado poderá. Abre-se o espaço para que outros sigam esses passos. Esse é o caminho que eles sempre abominaram, o da anarquia militar.
(…)
Aquela foi uma manifestação política. Desde o desfile de motos pelo Rio, os gritos dos seguidores, até os discursos no palanque. Era um ato de campanha política, mesmo não sendo época oficial de eleições. Pazuello sabe que foi isso que aconteceu naquele domingo. Decidiu fazer o Exército de bobo e o Comando aceitou essa desculpa.
(…)
Para o Brasil, foi o passo mais perigoso dado pelas Forças Armadas desde o fim da ditadura militar.
NE NOTÍCIAS
A jornalista Míriam Leitão, em 1972, era militante do PCdoB.
Foi presa.
Revela O Globo:
Seu suplício, iniciado no dia 4 de dezembro de 1972, até ali já incluía tapas, chutes, golpes que abriram a sua cabeça, o constrangimento de ficar nua na frente de 10 soldados e três agentes da repressão e horas intermináveis trancada na sala escura com uma jiboia. A caminho do pátio escuro, os torturadores avisaram que seria último passeio, como se a presa estivesse seguindo para o fuzilamento.
Foi torturada nua e grávida de um mês.
POLÍTICA
NE Notícias insiste: não tem posição política, nem contra nem a favor, muito pelo contrário, apenas faz jornalismo.