O presidente Jair Bolsonaro apresentou nesta sexta-feira (20/8) ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tal como vinha prometendo há vários dias, inconformado com o que considera perseguição ao seu governo por causa de inquéritos sob relatoria do magistrado. O STF divulgou nota repudiando o ato de Bolsonaro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse não vislumbrar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para a destituição de um integrante da Suprema Corte.

A intenção inicial de Bolsonaro era incluir em seu pedido também o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Há pelo menos um mês Bolsonaro vem atacando o processo eleitoral e divulgando informações falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Em um documento de 102 páginas dirigido ao presidente do Senado, Bolsonaro lista o que considera uma série de irregularidades cometidas pelo ministro do STF e pede sua destituição do cargo por crime de responsabilidade. Além disso, quer que lhe seja aplicada a pena de oito anos de inabilitação a cargo público.

A peça de Bolsonaro se baseia em dois argumentos principais. Um é o de que o ministro decidiu em processos nos quais deveria ter se declarado suspeito. O artigo 39.2 da lei do impeachment (Lei 1.079/1950) prevê que é crime de responsabilidade de ministro do STF “proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa”.

O outro argumento diz que Alexandre “procede de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções”, conduta prevista no artigo 39.5 da mesma lei. Isso porque o ministro estaria descumprindo o compromisso assumido quando sabatinado no Senado, ocasião em que manifestou-se pela defesa intransigente de direitos e garantias individuais.

“Não se pode tolerar medidas e decisões excepcionais de um Ministro do Supremo Tribunal Federal que, a pretexto de proteger o direito, vem ruindo com os pilares do Estado Democrático de Direito. Ele prometeu a essa Casa e ao povo brasileiro proteger as liberdades individuais, mas vem, na prática, censurando jornalistas e cometendo abusos contra o Presidente da República e contra cidadãos que vêm tendo seus bens apreendidos e suas liberdades de expressão e de pensamento tolhidas”, afirma Bolsonaro no documento, assinado somente por ele, sem a participação do advogado-geral da União, Bruno Bianco.

No texto, Bolsonaro relembra que as ações contra ele surgiram de iniciativas do Tribunal Superior Eleitoral, que tem como um de seus integrantes o ministro Alexandre de Moraes. Ele diz não concordar com tais ações. 

“Tenho a plena convicção que não pratiquei nenhum delito, não violei lei, muito menos atentei contra a Constituição Federal. Na verdade, exerci o meu direito fundamental de liberdade de pensamento, que é perfeitamente compatível com o cargo de Presidente da República e com o debate político.”

E prossegue: “entendo que os membros dos Poderes devam participar ativamente do debate político e tolerar críticas, ainda que duras e incomodas. Eu, como Presidente da República, sou diariamente ofendido nas redes sociais, sofro ameaças à minha integridade física a todo tempo e, como regra, tolero esses abusos por compreender que minha posição, como agente político central do Estado brasileiro, está sujeita a tais intempéries”.

Bolsonaro sobe o tom e critica o STF, dirigindo-se a Rodrigo Pacheco. Lembra que os inquéritos que estão tramitando na Corte, em especial o que trata da investigação de divulgação de fake news, contém vícios que foram apontados pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge.

De acordo com Bolsonaro, os “juristas comprometidos com a Constituição também questionam: Ministros do Supremo são vítimas, acusadores e julgadores. E, mais ainda, escolhem quem serão os responsáveis pelo relatório, em contradição com o sistema acusatório e outros direitos fundamentais assegurados pela nossa Constituição”.

Em seguida, volta sua artilharia contra o ministro Alexandre. “Os atos recentemente praticados, especialmente pelo Excelentíssimo Ministro Alexandre de Moraes, transbordam os limites republicanos aceitáveis. Sua Excelência não tem a indispensável imparcialidade para o julgamento dos atos deste Presidente da República. Não fosse isso, o referido Ministro comporta-se de forma incompatível com a honra, a dignidade e o decoro de suas funções, ao descumprir compromissos firmados ao tempo da sabatina realizada perante o Senado Federal”, afirma.

O presidente também diz que suas críticas ao sistema eleitoral representam “livre manifestação de pensamento” e preocupação com o aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação. “Como sabido, esse tema é bastante inquietante perante a sociedade brasileira e foi, inclusive, objeto de audiências públicas no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral e do Senado Federal e debates no âmbito da Câmara dos Deputados”, acrescenta.

Clique aqui para ler íntegra do pedido

Oficialmente, em Sergipe, nas últimas 24 horas, 3 óbitos por Covid-19 (os 3 estavam em investigação). 36 novos infectados. Desde o início da pandemia, 277.045 residentes em Sergipe tiveram ou têm o vírus. Morreram, vítimas da doença, 5.961 pacientes.

No Brasil, desde o começo da pandemia, 573.658 óbitos e 20.528.027 casos de coronavírus. 925 mortes no último dia (20). 34.013 novos infectados.

MÉDIA MÓVEL DE MORTES NOS ÚLTIMOS SETE DIAS:

  • Sábado (14): 860
  • Domingo (15): 860
  • Segunda (16): 839
  • Terça (17): 833
  • Quarta (18): 813
  • Quinta (19): 821
  • Sexta (20): 821

SITUAÇÃO NOS ESTADOS:

  • Em alta: nenhum Estado
  • Em estabilidade (8 stados e o DF): SP, RJ, PR, DF, PA, MA, CE, TO, SC
  • Em queda (18 Estados): RO, RS, MT, GO, MS, MG, AL, PB, BA, ES, SE, PE, AM, PI, AC, RN, RR

VARIAÇÃO DE MORTES NOS ESTADOS:

Sul

  • PR: +4%
  • RS: -17%
  • SC: -14%

Sudeste

  • ES: -30%
  • MG: -23%
  • RJ: +2%
  • SP: +8%

Centro-Oeste

  • DF: -1%
  • GO: -22%
  • MS: -23%
  • MT: -21%

Norte

  • AC: -60%
  • AM: -46%
  • AP: -41%
  • PA: -2%
  • RO: -16%
  • RR: -69%
  • TO: -10%

Nordeste

  • AL: -26%
  • BA: -30%
  • CE: -4%
  • MA: -3%
  • PB: -29%
  • PE: -43%
  • PI: -49%
  • RN: -63%
  • SE: -42%
Marcos Oliveira / Agência Senado

É difícil a situação política do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Rejeitadíssimo em Sergipe, adorado para as eleições presidenciais de 2022.

Ganhará MUITO MAIS, a depender da escolha, se optar pela eleição presidencial.

Termina na próxima segunda-feira, 23, o prazo para pagamento da taxa de inscrição do concurso público de Agente de Polícia Judiciária e de Escrivão de Polícia da Polícia Civil do Estado. O certame, que acontece no dia 19 de setembro, é uma realização do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Administração (Sead).

SSP Sergipe

O concurso público proverá, para o cargo de agente de polícia judiciária, 35 vagas em ampla concorrência, 10 reservadas para candidatos com deficiência e cinco reservadas para candidatos que se autodeclararem afrodescendentes.

Já para o cargo de escrivão de polícia, o certame irá prover sete vagas para ampla concorrência, duas reservadas para candidatos com deficiência e uma reservada para candidatos que se autodeclararem afrodescendentes.

A Sead retificou o cronograma previsto anteriormente. Com a alteração, a prova discursiva valerá 20 pontos e será constituída de redação acerca de tema de atualidades, a ser respondida em até 30 linhas.

A divulgação da relação final dos candidatos com inscrição deferida para concorrer como pessoa com deficiência e a disponibilização da consulta individual à situação final de atendimento especial estarão disponíveis a partir da próxima sexta-feira, 27.

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Já a publicação do edital, que informará sobre a prova e a data da disponibilização do link de consulta individual dos locais das provas objetivas, está prevista para acontecer no dia 10/09 deste ano.

A aplicação das provas do concurso público acontece no dia 19 de setembro. A partir das 19h do dia 22/09, o gabarito oficial preliminar das provas objetivas e do padrão preliminar de respostas da prova discursiva estará disponível.

Os dias 23 e 24/09, das 10h do primeiro dia às 18h do último dia, será o prazo para a interposição de recursos contra o gabarito oficial preliminar das provas objetivas e contra o padrão preliminar de respostas da prova discursiva.

A divulgação do edital de resultado final na prova objetiva e do resultado provisório nas provas discursivas ocorrerá no dia 15 de outubro deste ano.

Carlos Moura / STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, será o relator da notícia-crime dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fábio Contarato (Rede-ES) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras.

O presidente do STF, Luiz Fox, encaminhou a Moraes por ser o ministro que investiga atos que podem ser anti-democráticos.

Inicialmente, a notícia-crime foi distribuída à ministra Cármen Lúcia.

Maria Rita, Sérgio Reis e Guilherme Arantes

Os problemas do cantor Sérgio Reis depois das informações sobre a investigação da Polícia Federal e o Mandado de busca e apreensão começam a aumentar.

Os cantores Maria Rita e Guilherme Arantes, que já haviam gravado parcerias inéditas decidiram não autorizar inclusão das músicas em novo álbum do cantor.

O primeiro a desistir de participar do novo disco de Sérgio Reis foi Guarabyra.

Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Polícia Federal investiga o cantor Sérgio, agora proibido judicialmente de se aproximar do Supremo Tribunal Federal.

Investiga também Eduardo Araújo, outro cantor.

Também estão sendo investigados o caminhoneiro Zé Trovão e Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). 

Entre os investigados, também está o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).

NE Notícias

A CPI da Covid recebeu documentação sobre o pagamento de cachê feito pelo menos a 32 apresentadores e influenciadores pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

LISTA:

  • Luis Ernesto Lacombe: R$ 20 mil
  • Sikêra Jr: R$ 120 mil
  • Robson Rodovalho (suas igrejas): R$ 527 mil
  • Marcelo Carvalho (um dos donos da RedeTV): R$ 122 mil
  • Cesar Filho: R$ 525 mil
  • Ana Hickmann: R$ 411 mil
  • Ticiane Ribeiro
  • Luis Bacci
  • Marcos Mion
  • Luciana Gimenez
  • Simone e Simaria: R$ 1 milhão
  • Datena: R$ 174,70 mil
  • Milton neves: R$ 7,2 mil
  • Otávio Mesquita: R$ 6,3 mil
  • Benjamin Back: R$ 5,6 mil

NE Notícias não tem todos os nomes e valores.

Em Arauá, o prefeito Fábio Costa (Solidariedade), participou de evento no povoado Camboatá.

Todos os presentes estavam sem máscara, contrariando lei estadual, formando aglomeração, ferindo todos os protocolos assinados por autoridades no combate à proliferação do coronavírus.

O prefeito estava em companhia de vereadores.

Além do cantor Sérgio Reis e do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), outras oito pessoas eram alvos de mandados de busca e apreensão para apurar o cometimento do crime de incitar a população e ameaçar a democracia. A investigação foi levada a curso na manhã desta sexta-feira (20/8) pela Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o ministro, os investigados, expressamente, declaram o intuito de forçar o governo e o Exército a “tomar uma posição” em uma mobilização em Brasília em prol do voto impresso, proposta que foi, recentemente, derrotada na Câmara dos Deputados.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Além disso, eles exigem, mediante violência e grave ameaça, a destituição dos ministros do Supremo, pretendendo coagir, inclusive, o presidente do Senado. O objetivo dos investigados, conforme se vê da manifestação da Procuradoria-Geral da República, “é dar um “ultimato” no presidente do Senado, invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal, ‘quebrar tudo’ e retirar os magistrados dos respectivos cargos ‘na marra'”.

A decisão do ministro mostra que a Procuradoria-Geral da República apurou que postagens e vídeos publicados nos últimos dias demonstram que Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido pelo apelido “Zé Trovão”, Sérgio Reis (nome artístico de Sérgio Bavini), Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins, Bruno Henrique Semczeszm e o Deputado Federal Otoni Moura de Paulo Júnior “têm convocado a população, através de redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7/9/2021, durante uma suposta manifestação e greve de ‘caminhoneiros'”.

“O quadro probatório demonstra a atuação dos investigados na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições e, na conclusão da Procuradoria Geral da República, seria mais do que suficiente para caracterizar causa provável a justificar as medidas cautelares pleiteadas”, diz o ministro em sua manifestação.

Embora reconheça o direito de reunião e manifestação consagrado pela Constituição, Alexandre de Moraes chama a atenção para o fato de que os agora investigados “como fartamente demonstrado no requerimento da Procuradoria Geral da República” pretendem “utilizar-se abusivamente dos direitos de reunião, greve e liberdade de expressão, para atentar contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, ignorando a exigência constitucional das reuniões serem lícitas e pacíficas; inclusive atuando com ameaça de agressões físicas”.

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De acordo com o que foi relatado pela PGR, as condutas dos investigados, “revelam-se ilícitas e gravíssimas, constituindo ameaça ilegal à segurança dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e aos membros do Congresso Nacional”, diz o ministro Alexandre, “revestindo-se de claro intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício da judicatura e da atividade parlamentar, atentando contra a independência dos Poderes Judiciário e Legislativo, com flagrante afronta à manutenção do Estado Democrático de Direito, em patente descompasso com o postulado da liberdade de expressão”. 

Alexandre de Moraes determina que os investigados não podem se aproximar no raio de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes, dos ministros do STF e dos senadores “para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos Ministros, Senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações”. A restrição somente não se aplicará ao Deputado Federal Otoni de Paula, em razão da necessidade do exercício de suas atividades parlamentares.

Além disso, será expedido ofício às empresas responsáveis por redes sociais (Facebook, Twitter, Youtube) para que procedam ao bloqueio imediato dos perfis dos investigados. O Banco Central, por sua vez, ficará encarregado de bloquear a chave Pix 7desetembro@portalbrasillivre.com, bem como da conta a qual a referida chave se encontra vinculada. 

Por último, o ministro determinou o cumprimento de medidas requeridas pela PGR: “não se comunicarem entre si os manifestantes; bloqueio e não participação em suas e em quaisquer redes sociais; proibição de eventos em ruas e monumentos no Distrito Federal”. 

Clique aqui para ler a decisão de Alexandre
Inq. 4.879