Valter Campanato / Agência Brasil

Em São Paulo, para a manifestação na avenida Paulista, dia 7 de setembro, estão mobilizados PMs (da ativa e da reserva), caminhoneiros, evangélicos e ruralistas.

Para o Ministério Público de São Paulo, é inconstitucional a participação de militares, fardados ou não.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promete falar no ato.

Marcelle Cristinne/PMA

Com a alta procura nos dias de repescagem para pessoas acima dos 18 anos, e o não recebimento de novas doses do Ministério da Saúde, a Prefeitura de Aracaju precisará limitar as aplicações apenas para a segunda dose (D2) neste fim de semana, dias 28 e 29.

“Precisamos controlar essas aplicações para tentar garantir o complemento do cartão vacinal de quem precisa tomar a D2. Estamos conversando com o Estado e o Ministério da Saúde para tentar agilizar ao máximo esse envio”, garantiu a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza.

Até o dia 4 de setembro, os pontos de segunda dose serão separados por imunizante, das 8h às 17h, no drive-thru do Parque da Sementeira, e das 8h às 16h nos demais pontos. 

Para quem necessita tomar a Pfizer, os pontos serão o drive-thru do Parque da Sementeira e o Externato São Francisco (Suíssa).

A CoronaVac será aplicada na Universidade Tiradentes – Unit (Farolândia) e no Auditório anexo à Escola Municipal Presidente Vargas (Siqueira Campos).

Já a AstraZeneca será disponibilizada no drive-thru do Parque da Sementeira, UBS Marx de Carvalho (Ponto Novo), UBS Augusto Franco e UBS Cândida Alves (Santo Antônio).

Fernando Frazão / Agência Brasil

O preço da gasolina nos últimos 12 meses subiu 39,5%.

No mesmo período, o botijão de gás foi reajustado em 31%.

A energia elétrica, como informou NE Notícias, fica mais cara em setembro, com ampla possibilidade de apagão.

Cesta básica.

Tudo subiu, menos o salário de quem trabalha.

Enquanto isso, CCs (os que não trabalham) continuam mordendo o dinheiro do contribuinte.

Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), para que suspenda a audiência pública virtual da atividade de perfuração marítima de poços na Bacia Sergipe-Alagoas (Projeto SEAL), a ser realizada pela empresa ExxonMobil, agendada para o dia 14 de setembro de 2021. Para o MPF, é necessário garantir o direito de participação das comunidades tradicionais e quilombolas no planejamento dos impactos da atividade, que tem o potencial de afetar diretamente suas vidas.

De autoria dos procuradores da República Juliana Câmara, do MPF em Alagoas, e Flávio Matias, do MPF em Propriá (SE), a recomendação orienta ainda que sejam realizadas – observadas as normas sanitárias locais – consultas presenciais prévias, livres e informadas às comunidades tradicionais (quilombolas, extrativistas, indígenas, pescadores artesanais etc.) que serão afetadas pelo empreendimento, nos termos da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), antes da emissão de qualquer ato de caráter autorizativo ou parecer que legitime a viabilidade do empreendimento, bem como antes da audiência pública de amplo acesso.

E mais, uma vez realizadas as consultas presenciais prévias, livres e informadas às comunidades tradicionais, realize as audiências públicas do referido empreendimento somente de forma presencial, observadas as normas sanitárias locais, em razão dos povos tradicionais afetados possuírem dificuldade de acesso tecnológico, de mídia e de conexão à internet.

O MPF recomenda que o Ibama realize mais de uma audiência pública presencial, em função da localização geográfica dos solicitantes e da complexidade do tema e que providencie consultas qualificadas às comunidades, sobretudo as quilombolas, para que possam se manifestar sobre os possíveis impactos que poderão sofrer com a atividade de perfuração marítima de poços.

Cumprimento – Foi concedido o prazo de três dias ao Ibama para informar ao MPF/AL e MPF/SE se acatará ou não essa recomendação, apresentando, em qualquer hipótese de negativa, os respectivos fundamentos. Destaque-se que o silêncio será entendido como não acatamento.

O Ibama foi advertido de que a recomendação dá ciência e considera em atraso o destinatário quanto às providências solicitadas, podendo a omissão implicar na adoção de todas as medidas administrativas e ações judiciais cabíveis contra os responsáveis.

Confira a íntegra da RECOMENDAÇÃO-CONJUNTA PRAL-PRM-PRP nº 01, de 26 de agosto de 2021.

Divulgação

No Manchester United, seu novo clube, como informou NE Notícias, o português Cristiano Ronaldo ganhará menos do que ganhava na Juventus, da Itália.

Vamos aos números:

Receberá 26,8 milhões por ano (aproximadamente 165 milhões de reais). Receberá em torno de R$ 13 milhões por mês.

Recebia na Juventus 31 milhões de euros anuais (cerca de R$ 194 milhões).

Pelos direitos do jogador, o Manchester United ofereceu cerca de 23 milhões de euros (aproximadamente R$ 141 milhões) ao time italiano.

Energisa/Divulgação

A bandeira tarifária em setembro de 2021 será vermelha, patamar 2. Agosto foi mais um mês de severidade para o regime hidrológico do Sistema Interligado Nacional (SIN). O registro sobre as afluências às principais bacias hidrográficas continuou entre os mais críticos do histórico. A perspectiva para setembro não deve se alterar significativamente, com os principais reservatórios do SIN atingindo níveis consideravelmente baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD). O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada. Importante frisar que os valores das bandeiras tarifárias estão em análise e serão divulgados posteriormente.

Criado pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

Com as bandeiras, a conta de luz ficou mais transparente e o consumidor tem a melhor informação, para usar a energia elétrica de forma mais eficiente, sem desperdícios. Com a manutenção da bandeira vermelha em seu maior patamar é importante reforçar aos consumidores ações relacionadas ao uso consciente e ao combate ao desperdício de energia.

Diante disso, foi lançada em 15/8 a primeira fase da campanha de uso consciente de energia elétrica de iniciativa da ANEEL, com apoio do Ministério de Minas e Energia e operacionalização da ABRADEE. O objetivo da ação é incentivar a população a evitar o desperdício de energia elétrica, em meio ao cenário de escassez hídrica – o pior em 91 anos – que reduz a produção nas usinas hidrelétricas e aumenta o preço da energia. Todos os materiais de divulgação da campanha estão disponíveis na página www.consumoconscienteja.com.br.

Dicas de Economia de Energia:

Chuveiro elétrico

·       Tomar banhos mais curtos, de até cinco minutos

·       Selecionar a temperatura morna no verão

·       Verificar as potências no seu chuveiro e calcular o seu consumo


Ar condicionado

·       Não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado

·       Manter os filtros limpos

·       Diminuir ao máximo o tempo de utilização do aparelho de ar condicionado

·       Colocar cortinas nas janelas que recebem sol direto


Geladeira

·       Só deixar a porta da geladeira aberta o tempo que for necessário

·       Regular a temperatura interna de acordo com o manual de instruções

·       Nunca colocar alimentos quentes dentro da geladeira

·       Deixar espaço para ventilação na parte de trás da geladeira e não utilizá-la para secar panos

·       Não forrar as prateleiras

·       Descongelar a geladeira e verificar as borrachas de vedação regularmente


Iluminação

·       Utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas e apagar a luz ao sair de um cômodo; pintar o ambiente com cores claras


Ferro de passar

·       Juntar roupas para passar de uma só vez

·       Separar as roupas por tipo e começar por aquelas que exigem menor temperatura

·       Nunca deixe o ferro ligado enquanto faz outra coisa


Aparelhos em stand-by

·       Retirar os aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências

Freepik

O delegado Felipe Alcântara de Barroso Leal não mais faz parte das investigações do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro interferiu na Polícia Federal. Seu afastamento foi determinado nesta sexta-feira (27/8) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Responsável pelo caso, o ministro diz, em seu despacho, que o policial solicitou informações sobre fatos que nada têm a ver com a apuração em curso.

O ministro diz em sua manifestação que, em vez de apurar fatos relacionados com a suposta interferência de Bolsonaro, o delegado pediu informações sobre atos do atual diretor-geral da corporação e de investigações a cargo da Procuradoria-Geral da República (PGR) que não têm relação com a denúncia feita pelo ex-ministro Sérgio Moro de que Bolsonaro queria intervir na PF.

Entre as informações pedidas pelo delegado Leal estavam relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que teriam fornecido informações à defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), investigado por supostamente desviar recursos de funcionários de seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de janeiro, no esquema das “rachadinhas”. 

“Não há, portanto, qualquer pertinência entre as novas providências referidas e o objeto da investigação”, diz Alexandre, que também determinou a anulação dos atos do delegado.

“Verifico que as providências determinadas [para apurar a interferência de Bolsonaro] não estão no escopo desta investigação, pois se referem a atos que teriam sido efetivados no comando do DPF Paulo Maiurino, que assumiu a Diretoria-Geral da Polícia Federal em 6/4/2021, ou seja, após os fatos apurados no presente inquérito e sem qualquer relação com o mesmo”, conclui. O ministro também pediu que um novo delegado seja nomeado para acompanhar as investigações.

Clique o aqui para ler o despacho do ministro
Inq. 4.831

A pressão funcionou e a quarentena para juízes, militares e promotores de Justiça fica para as eleições de 2026.

No projeto que é é chamado de reforma do Código Eleitoral, fica estabelecido que essas categorias só poderão ter seus representantes nas eleições se os mesmos tiverem se afastado de suas funções 5 anos antes da candidatura.

Ou seja, a quarentena de 5 anos para juízes, militares, policiais, procuradores e promotores de Justiça fica para as eleições de 2026.

A pressão foi feia pela base bolsonarista na Câmara e pela chamada bancada da bala.

Por enquanto, o tal projeto não passa de parecer da deputada Margarete Coelho (PP-PI). Nem chegou ao plenário e já está sendo modificado.

Em Sergipe, mais três óbitos, todos estavam em investigação.

No Brasil, desde o começo da pandemia, 578.396 óbitos e 20.703.645 casos de coronavírus.

O País registra a menor média móvel de mortes desde dezembro.

791 pacientes morreram vítimas da doença nas últimas 24 horas. 28.302 novos infectados.

Três estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta nas mortes: RJ, DF, AC e SE.

BRASIL, 27 de agosto de 2021

  • Total de mortes: 578.396
  • Registro de mortes em 24 horas: 791
  • Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 677 por dia (variação em 14 dias: -21%)
  • Total de casos confirmados: 20.703.645
  • Registro de casos confirmados em 24 horas: 28.302
  • Média de novos casos nos últimos 7 dias: 25.088 por dia (variação em 14 dias: -12%)

MÉDIA MÓVEL DE MORTES NOS ÚLTIMOS SETE DIAS:

  • Sábado (21): 773
  • Domingo (22): 765
  • Segunda (23): 766
  • Terça (24): 730
  • Quarta (25): 718
  • Quinta (26): 696
  • Sexta (27): 677

SITUAÇÃO NOS ESTADOS:

  • Em alta (3 Estados e o DF): SE, AC, RJ, DF
  • Em estabilidade (7 Estados): RS, MS, PA, SC, PB, ES, BA
  • Em queda (16 Estados): AL, MA, MT, MG, SP, RN, PR, PI, TO, RO, PE, GO, AM, CE, AP, RR

VARIAÇÃO DE MORTES NOS ESTADOS:

Sul

  • PR: -31%
  • RS: 6%
  • SC: -4%

Sudeste

  • ES: -14%
  • MG: -28%
  • RJ: 24%
  • SP: -30%

Centro-Oeste

  • DF: 23%
  • GO: -46%
  • MS: 0%
  • MT: -27%

Norte

  • AC: 33%
  • AM: -48%
  • AP: -50%
  • PA: 0%
  • RO: -41%
  • RR: -52%
  • TO: -38%

Nordeste

  • AL: -22%
  • BA: -15%
  • CE: -50%
  • MA: -26%
  • PB: -13%
  • PE: -44%
  • PI: -38%
  • RN: -31%
  • SE: 82%

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros mostra como a idade influi na efetividade dos dois principais imunizantes usados no país contra a Covid-19. Submetida em forma de preprint no MedRxiv (versão atualizada com dados divulgados nesta matéria será disponibilizada em breve), a pesquisa Influência da idade na efetividade e duração da proteção nas vacinas Oxford/AstraZeneca e CoronaVac envolveu mais de 75 milhões de pessoas imunizadas, tornando-se o maior estudo realizado com os dois imunizantes e podendo servir de base para orientação de decisões de saúde pública, incluindo a necessidade de doses adicionais ou de reforço. 

Coordenado por Manoel Barral-Netto, pesquisador da Fiocruz Bahia, o trabalho avaliou a efetividade dos imunizantes em 75.919.840 pessoas vacinadas no Brasil entre 18 de janeiro e 24 de julho deste ano. Os resultados mostram que ambas as vacinas são efetivas na proteção contra infecção, hospitalização e óbito, considerando o esquema vacinal completo (duas doses): AstraZeneca/Fiocruz, com 90% de proteção, e CoronaVac com 75%. A pesquisa também demonstrou que as duas vacinas oferecem proteção contra casos moderados e graves de Covid-19 frente às variantes de preocupação em circulação no Brasil no período da análise.

No entanto, ao separar os grupos de vacinados por faixa etária, os dados demonstram que há uma redução na proteção com o aumento da idade e que as duas vacinas oferecem graus de proteção diferentes com o esquema vacinal completo. Dos 80 aos 89 anos, a vacina AstraZeneca/Fiocruz teve um índice de proteção contra morte de 89,9%, enquanto a CoronaVac apresentou 67,2%. Acima dos 90 anos, esses índices ficaram em 65,4% nos vacinados com AstraZeneca/Fiocruz e 33,6% com CoronaVac. 

“Já tínhamos suspeita da influência da idade na queda da efetividade, porque o mesmo ocorre com outras vacinas. O que fizemos foi delimitar claramente esse ponto de declínio. Essa é também a primeira comparação feita entre vacinas que usam diferentes plataformas”, contou Barral-Netto. “A intenção é fornecer dados para embasar decisões dos gestores”. 

Importância da pesquisa no Brasil 

A AstraZeneca/Fiocruz já foi aprovada em 181 países e a CoronaVac em 39. No entanto, poucas nações conseguem oferecer uma base de dados tão ampla para um estudo desse porte. Embora os 211 milhões de brasileiros estejam divididos em diferentes regiões, o sistema de coleta de informações em saúde é o mesmo, fornecendo uma ampla fonte de dados – o que permitiu a análise por faixas etárias. Para isso, foram usados dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do e-SUS-Notifica e do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).  

Efetividade geral após esquema completo de vacinação 

Indivíduos que receberam as duas doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz tiveram uma proteção de 72,9% contra infecção, 88% contra de hospitalização, 89,1% contra internação em UTI e 90,2% contra óbito. 

Pessoas com o esquema vacinal completo pela CoronaVac tiveram um risco de infecção 52,7% menor; 72,8% menor de hospitalização, 73,8% menor de ir para a UTI, e 73,7% menor de morrer.

Efetividade de acordo com faixa etária

Quando a faixa etária é levada em conta, as vacinas oferecem diferentes níveis de proteção, sendo observada uma evidência de aumento, ainda que em níveis distintos, na taxa de incidência de hospitalização das vacinas de acordo com a idade. O esquema vacina completo da AstraZeneca/Fiocruz induziu um índice de efetividade de cerca de 90% em diferentes resultados até os 89 anos. No grupo acima de 90 anos, foi observada uma redução nos níveis de proteção, com uma efetividade contra óbito de 65,4%.  

No caso da vacina CoronaVac, após os 60 anos observa-se uma tendência de queda na efetividade geral de 75%, evidenciada em cada década de vida analisada, sendo esta diminuição mais sensível no grupo acima dos 80 anos e alcançando um impacto ainda maior na população acima de 95 anos, onde a efetividade contra óbito cai para 33,6%.

Os dados destacam o “impacto crítico da idade sobre a efetividade de duas vacinas que empregam tecnologias diferentes”, diz o texto.

A pesquisa mostra ainda que a proteção oferecida pela CoronaVac contra a Covid-19 sintomática é compatível com estudos anteriores de eficácia realizados no Brasil, mas menores do que um trabalho feito na Turquia. Já no Chile, os níveis de efetividade para infecção e hospitalização foram maiores do que no Brasil, o que poderia ser parcialmente explicado pela maior proporção de indivíduos mais jovens imunizados com a CoronaVac no Chile (51,2% de indivíduos imunizados com menos de 60 anos no Chile e 38,5% no Brasil). O estudo lembra ainda que o colapso no sistema de saúde brasileiro, a velocidade de vacinação e a diferença entre as variantes circulando nos dois países podem ter influenciado essas diferenças.  

Em relação à AstraZeneca/Fiocruz, o estudo mostra 72,9% de efetividade contra infecção – acima dos 66,7% registrados em uma análise combinada de ensaios clínicos realizados no Reino Unido, África do Sul e Brasil. Já a efetividade contra hospitalização é compatível com os 80% e 88% observados em estudos na Escócia e na Inglaterra, respectivamente. “Além disso, nossas descobertas apoiam o alto nível de proteção oferecido pela Vaxzevria [como a vacina também é chamada] apesar da alta circulação da variante Gama no Brasil durante o período”, diz o texto. 

Terceira dose 

Segundo o estudo, a redução da efetividade pode estar relacionada à diferença das plataformas tecnológicas utilizadas pelas vacinas e seu impacto sobre a imunogenicidade, bem como a um processo natural de resposta imunológica menor em indivíduos mais idosos, chamado de imunossenescência. Para os pesquisadores envolvidos, em um contexto em que há uma disponibildiade limitada de vacinas, poder identificar com maior precisão os limites de idade em que a proteção imunológica fica comprometida torna-se uma evidência valiosa para implementação de medidas de saúde pública.

“Considerando o atual cenário no Brasil, nossas descobertas demonstram a eventual necessidade de uma dose de reforço vacinal nos indivíduos acima dos 80 anos que receberam CoronaVac e naqueles acima de 90 anos imunizados com a AstraZeneca/Fiocruz”, diz o estudo. 

Os resultados da pesquisa foram apresentados ao Ministério da Saúde e ao grupo de especialistas em vacina da Organização Mundial da Saúde (OMS). Participaram do estudo pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia); do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia); da Universidade Federal da Bahia (UFBA); da Fiocruz Brasília; da Universidade de Brasília (UnB); da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ); e da London School of Hygiene & Tropical Medicine.