
Mais um óbito por Covid-19 em Sergipe.
28 novos infectados.
Em Sergipe, 277.819 residentes em Sergipe tiveram ou têm o vírus.
6.004 pessoas perderam a vida para a doença.
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28 novos infectados.
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Entre terça (14) e quinta-feira (17), o Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Aracaju), que integra a Secretaria da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), fiscalizou 17 estabelecimentos comerciais.
Foram averiguadas sete pizzarias e 10 delicatessens, com foco na verificação do cumprimento da legislação consumerista. A ação faz parte do planejamento de fiscalizações sistemáticas empreendidas pelo órgão aos variados segmentos comerciais da capital.
O coordenador do Procon Aracaju, Igor Lopes, destaca que a equipe inspecionou o cumprimento da Lei Municipal nº 4.542/2014, que prevê a disponibilização da comanda impressa aos consumidores. “Também orientamos os fornecedores sobre a necessidade de informar aos consumidores que o pagamento da taxa de serviço é opcional, como consta no Art. 42 do Código de Defesa do Consumidor (CDC)”, frisou.
Na oportunidade, houve atenção, também, à diferenciação de preço a partir da forma de pagamento e aos valores cobrados pelas pizzas com mais de um sabor. “Em relação à forma de pagamento, se houver diferenciação na cobrança do valor, esta deve ser informada previamente. Já no que se refere à cobrança de pizzas compostas por fatias em sabores de preços diferentes, deve ocorrer cobrança proporcional”, explicou Igor Lopes.
Outro aspecto contemplado durante a ação foi a presença do cardápio em braile ou audiodescrito, atualizado, nos estabelecimentos. “Os estabelecimentos que ainda não disponibilizam o cardápio com sistema de leitura em braile foram notificados, com prazo para adequação. A Lei Municipal nº 4.634 torna obrigatória a disponibilização desse item desde 2015”, acrescentou o coordenador.
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A equipe observou também a afixação de preços em todos os produtos expostos à venda, que deve ocorrer de forma clara e ostensiva, assim como dispor o Código de Defesa do Consumidor, em local visível e de fácil acesso para os consumidores. O alvará de funcionamento dos estabelecimentos também foi solicitado para análise durante a ação.
Em todos os pontos comerciais visitados foram identificados aspectos com necessidade de adequações, o que gerou notificação com orientações a serem cumpridas em prazo determinado pelo órgão. “As medidas visam assegurar o respeito aos direitos dos consumidores e promover o equilíbrio nas relações de consumo”, explicou Igor Lopes.
Para o esclarecimento de dúvidas ou registro de reclamações, o Procon Aracaju pode ser acionado através do SAC 151 ou número 3179-6040, em dias úteis, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h. Também é possível encaminhar a solicitação através do e-mail procon@aracaju.se.gov.br.
Édson Arantes do Nascimento,Pelé, teve piora, e voltou para a UTI do Hospital Albert Einstein, onde se recuperava.
Pelé havia se submetido a uma cirurgia para retirar um tumor do cólon.
O tumor foi identificado no início do mês.
O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) controlou um incêndio em apartamento no sexto andar da mansão Augusto Leite, localizada na avenida Barão de Maruim, no Centro de Aracaju. O incêndio aconteceu na madrugada desta sexta-feira (17) e o combate foi realizado pelas guarnições do Quartel Central, com o uso da Auto Plataforma Aérea (APA). Não houve vítimas.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 2 horas da manhã. “Quando chegamos ao local, tanto o sexto quanto o sétimo andar estavam tomados de fumaça. A maioria dos moradores já havia descido pela escada e outros estavam ainda descendo. Precisamos realizar a abertura forçada de um apartamento do sétimo andar, já que os moradores não tinham descido nem respondiam aos chamados. Então foi necessário entrar no apartamento para acordá-los e retirá-los do local”, afirmou o tenente Luiz Mário.
O controle do incêndio foi realizado rapidamente. “Foi de fundamental importância o uso da plataforma para o combate externo e a extinção do incêndio, além do combate interno feito pelas equipes que adentraram a edificação. Depois disso, fizemos a ventilação e o rescaldo, que é o procedimento para evitar a reignição do fogo. Todo o trabalho durou cerca de 3 horas”, apontou o bombeiro.
Ainda segundo o tenente Luiz Mário, o foco inicial do incêndio foi em um dos quartos. “O fogo não passou para os demais cômodos, mas outros três quartos foram danificados pelo calor, além do teto de gesso de duas salas. O proprietário foi orientado a solicitar a perícia para apontar a causa do incêndio”, concluiu.
Em reunião extraordinária do colegiado Interfederativo Estadual (CIE), realizada nesta sexta-feira, 17, o Estado, em conjunto com os municípios sergipanos, decidiu manter a vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos de idade, priorizando aqueles portadores de comorbidades, deficiência permanentes, gestantes, puérperas, lactantes e sob medidas sócio educativas.
“Fomos pegos de surpresa com a recomendação do Ministério da Saúde da suspensão da vacinação. Em nota explicamos que nós iríamos continuar a vacinação até o posicionamento da Anvisa, essa foi a decisão do nosso estado. Não vamos suspender a campanha”, explicou a secretária de estado da Saúde, Mércia Feitosa, aos participantes da reunião remota.
A decisão foi baseada em posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que divulgou nota nesta quinta-feira, 16, em que destaca não haver “uma relação causal definida” entre a vacina da Pfizer contra a covid-19 e a morte de um jovem de 16 anos em São Paulo. Ainda no documento, a Agência indica a aplicação da vacina da Pfizer em adolescentes, tendo em vista que testes demonstraram alta eficácia e boa segurança do imunizante neste grupo etário.
“No momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina. Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina”, diz o documento.
O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, ratificou para os setenta e cinco municípios presentes na reunião on-line, a importância de seguir as recomendações deliberadas pelo o estado, a primeira delas avançar na população 18+. “Quando esgotar essa população, com a vacina da Pfizer e, unicamente com ela, pode ser avançado para adolescentes que são pessoas dos 12 aos 17 anos dando prioridade absoluta aos que possuem comorbidade, deficiência, gestantes, puérperas e as que cumprem medidas socioeducativas. Essa é uma medida respaldada não somente pela Anvisa mas por toda a sociedade científica e pelos Conselhos de Secretários de Saúde estaduais e municipal”, conclui Marco Aurélio.
A Inglaterra, finalista da última edição da Eurocopa, tirou a França da terceira posição do ranking de seleções da Fifa, publicado nesta quinta-feira (16), deixando a campeã mundial em quarto lugar.
A Bélgica permaneceu no topo do ranking, seguida pelo Brasil. A Itália, campeã europeia e com uma série de invencibilidade recorde de 37 partidas, está em quinto lugar, com a Argentina em sexto.
O terceiro lugar iguala a melhor classificação da Inglaterra desde 2012. A equipe comandada pelo técnico Gareth Southgate perdeu na disputa dos pênaltis para a Itália na final da Eurocopa no estádio de Wembley, em julho, e foi semifinalista da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
A França saiu da Eurocopa nas oitavas de final.
No ranking feminino, a Suécia alcançou o segundo lugar, atrás dos campeões mundiais Estados Unidos, com a Alemanha caindo para o terceiro lugar.
A seleção brasileira ocupa a sétima colocação, uma à frente da Inglaterra, que está sob o novo comando de Sarina Wiegman.
Um novo estudo da Fiocruz sobre a efetividade da vacinação no Brasil aponta que a população foi beneficiada pelo plano de vacinação contra o vírus Sars-CoV-2 na prevenção de casos graves e óbitos por Covid-19, apesar de variação da efetividade de acordo com a faixa etária analisada. A análise, que também incluiu vacinados com a primeira dose da Pfizer, foi realizada entre 17 de janeiro e 19 de julho de 2021, um total de seis meses, em que houve predominância da variante Gamma. O estudo avaliou mais de 66 milhões de registros e está disponível no repositório online MedRxiv, sob a forma de preprint (sem revisão de seus pares).
Os resultados indicam uma diminuição da efetividade com o avanço da idade, o que reforça estudos anteriores que analisaram a efetividade dos imunizantes da AstraZeneca e Conoravac (acesse aqui e aqui dois estudos de pesquisadores da Fiocruz sobre o tema). No estudo atual, a efetividade com a CoronaVac na prevenção de casos graves entre indivíduos com mais de 80 anos foi de 29,6%, número muito inferior ao estimado para os idosos de 60 a 79 anos (60,4%).
As estimativas de efetividade na prevenção de mortes foram mais altas entre os adultos com idades entre 20 e 39 anos vacinados com o imunizante AstraZeneca, com 97,9%. Esse índice também é elevado, de 82,7%, entre os indivíduos de 40 a 59 anos vacinados com a CoronaVac.
A avaliação com o imunizante da Pfizer foi de proteção de 89,9% na prevenção de mortes no grupo etário de 40 a 59 anos, na maioria com a primeira dose. O estudo avaliou de forma conjunta indivíduos parcialmente e completamente imunizados e é a primeira avaliação nacional com este imunizante.
“A efetividade também variou entre as regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul, Centro-Oeste) e o efeito de redução de efetividade entre faixas etárias mais longevas foi mais pronunciado no Sudeste e no Sul. Como esperado, a efetividade aumenta com a segunda dose, portanto é importante completar o esquema vacinal”, diz o pesquisador Daniel Villela, coordenador e um dos autores do estudo. A pesquisa utilizou as bases de dados do SI-PNI e SivepGripe e contou mais de 66 milhões de registros no total, incluindo vacinados e casos, e 65,8 milhões de registros de vacinados, com uma dose ou esquema completo.
AstraZeneca
Ao analisar adultos com esquema completo de imunização, os valores estimados de efetividade da vacina AstraZeneca apontam que a prevenção de casos graves e óbitos está entre 80% e 90%. A depender do grupo etário, esse percentual pode superar 90% de eficácia. Para casos graves, a efetividade é um pouco menor: 79,6% no caso dos idosos de 60 a 79 anos e 66,7% para aqueles com mais de 80 anos.
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CoronaVac
Valores de efetividade da CoronaVac, também considerado o esquema completo de duas doses, para casos graves e óbitos, estão na faixa entre 70 e 90%. Por outro lado, a estimativa para casos graves ficou no patamar de 58,4% mesmo entre adultos de 20 a 39 anos. Esse valor chega a 60,4% para idosos com idades entre 60 e 79 anos e 29,6% para idosos com mais de 80 anos. Ao avaliar óbitos, a efetividade foi igual a 45%.
Pfizer
A efetividade da vacina da Pfizer é de 80% a 90% com imunização parcial, ou seja, primeira dose, para adultos jovens (20 até 39 anos e 40 até 59 anos). A efetividade com o esquema completo não foi avaliada porque o número de pessoas com esquema completo foi pequeno em consequência do período analisado e a entrada mais tardia deste imunizante no plano nacional de imunização.
Metodologia
O estudo avalia um conjunto de dados, com mais de 66 milhões de registros, composto por bases nacionais de vacinação e de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, que inclui óbitos. A avaliação de efetividade envolve um método estatístico que estima a redução do risco de indivíduos desenvolverem forma grave da Covid-19 ou mesmo de ir a óbito, caso estejam vacinados. O método requer taxas fornecidas tanto pelo número de casos observados no período, como pelo número de pessoas sob risco de infecção em cada um dos grupos imunizados e sem vacina, ponderados pelo tempo.
O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (17/9), sinaliza que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos se encontra no melhor cenário desde que foi iniciado o monitoramento do indicador. Apenas uma capital está com taxa superior a 80%: o Rio de Janeiro (82%). Duas estão na zona de alerta intermediária: Boa Vista (76%) e Curitiba (64%).
O número de casos e de óbitos sofreu a maior queda desde o início de 2021. São agora 12 semanas consecutivas de diminuição do número de mortes, com redução de 3,8% ao dia na última Semana Epidemiológica (SE 36). O total de casos também apresenta tendência de redução, mas com oscilações ao longo das últimas 12 SE. Foi registrada uma média de 15,9 mil casos e 460 óbitos diários na SE de 5 a 11 de setembro. Níveis ainda considerados altos e que geram preocupação diante da manutenção da positividade dos testes.
Apesar da análise das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), realizada pelo InfoGripe/Fiocruz, indicar tendência de melhora no quadro geral do país, o estudo chama atenção para a avaliação de média móvel das últimas semanas, que mostra que os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e o Distrito Federal ainda estão com taxas acima de 5 casos por 100 mil habitantes − considerada muito alta.
Em relação à vacinação, conforme frisam os pesquisadores do Observatório, tem avançado de forma assíncrona no país e sofre com o atraso do registro. “Em função dessa dissonância, pode apresentar falhas por vários motivos, tais como a descontinuidade de investimento em equipes e infraestrutura nos sistemas de registro em saúde”.
A redução dos casos e óbitos parece ser sustentada. Contudo, o cenário atual mostra que, uma vez beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, a população tende a ter relativamente mais casos graves e fatais entre idosos, concentrando-os novamente nas idades mais avançadas. Após o início da vacinação entre adultos jovens, esta é a primeira vez em que a mediana dos três indicadores – internações gerais, internações em UTI e óbitos – estão novamente acima dos 60 anos. Isto significa que mais da metade de casos graves e fatais ocorrem entre idosos. No total, 54,4% das internações e 74,2% dos óbitos ocorrem entre idosos.
Passaporte
A nova edição coloca também em pauta o “passaporte de vacinas”. Na visão dos cientistas, a iniciativa é uma política pública para a proteção coletiva e estímulo da vacinação. A fim de trazer mais subsídios para esse debate, o Boletim traça um painel de como a questão tem sido tratada em países como EUA, Reino Unido, França e Brasil, destacando os principais pontos da discussão.
No Brasil, por exemplo, o estudo apresenta os principais desafios de um país continental no qual a vacinação tem avançado de forma assíncrona. Quatro em cada dez cidades brasileiras apresentam dificuldades em completar o esquema vacinal da população pelo não comparecimento na data definida nos postos de saúde para a aplicação da segunda dose. Mas algumas cidades vêm alcançando níveis altos de vacinação, mesmo acima da meta.
“Apesar da queda acentuada da mortalidade por Covid-19, a pandemia ainda não acabou e cuidados ainda devem ser mantidos para que este quadro positivo não seja revertido. A implementação de um passaporte de vacinas no país tem sido discutida como uma estratégia para estimular a imunização de parte da população que ainda não buscou os postos de vacinação, bem como para garantir o controle da pandemia num cenário de flexibilização de medidas não-farmacológicas, como restrição de determinadas atividades que propiciam a aglomeração de pessoas”, enfatizam os pesquisadores.
Distanciamento físico
Outro tema destacado no Boletim é, apesar da queda no número de casos e óbitos e internações, a importância do distanciamento físico. Os cientistas ressaltam que o patamar de cobertura razoável para conseguir bloquear a circulação do vírus é de pelo menos 70% de pessoas com esquema vacinal completo. “Ainda está longe do que temos hoje. Isto significa dizer que outras medidas de mitigação ainda possuem absoluta importância para o Brasil”.
Com base nesse contexto, eles alertam para a importância da manutenção do distanciamento físico. Após observarem que hoje o Brasil tem um padrão de circulação nas ruas semelhante ao anterior à pandemia, o cientistas apresentam uma análise do índice de Permanência Domiciliar − ilustrada por gráficos − que faz uma comparação da quantidade de pessoas que se encontram em casa no atual momento e no período entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro de 2020. O que se verifica é que no Brasil, desde meados de julho deste ano, o índice se encontra próximo de zero, o que significa que não há diferença na intensidade de circulação de pessoas nas ruas ao observado na fase pré-pandêmica.
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O avanço da vacinação e a distribuição de imunizantes
O Boletim pontua ainda que é fundamental que se alinhem os cronogramas de vacinação, sobretudo em municípios limítrofes, para evitar migração desnecessária de pessoas em busca de imunizantes, propiciando, consequentemente, a dispersão do vírus em um cenário de circulação de uma nova variante mais infecciosa.
“A circulação da variante Delta é um agravante no cenário atual, principalmente porque, em alguns locais, o processo de reabertura se torna cada vez mais acelerado e menos criterioso. No entanto, os imunizantes têm demonstrado sua eficiência, reduzindo o número de internações e óbitos, mesmo num cenário de alta de casos. Entretanto, o comportamento da população e as decisões dos gestores podem ainda criar um cenário caótico, que pode ser amplificado em função do surgimento de novas variantes mais infecciosas e com maior potencial de transmissão”.
Imunização
Segundo dados do MonitoraCovid-19, compilados com base nas informações das secretarias estaduais de Saúde, no Brasil cerca de 214 milhões de doses de vacinas foram administradas. Isso representa a imunização de 86% da população com a primeira dose e 47% da população com o esquema de vacinação completo, considerando a população adulta (acima de 18 anos).
Com exceção de Roraima, os demais estados vacinaram mais de 70% da população acima de 18 anos com ao menos uma dose do imunizante e pelo menos 30% da população com segunda dose ou dose única. Mato Grosso do Sul apresenta a menor diferença entre a primeira e a segunda doses aplicadas, com percentual de primeira dose de 90% e segunda superior a 66%. São Paulo apresenta o maior percentual de primeiras doses aplicadas, com 99% da população adulta com uma dose do imunizante e mais de 58% da com a segunda. A situação de Roraima preocupa, com 68% da população vacinada com primeira dose e 23% com a segunda.
Um estudo realizado na Suécia com pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 e com aquelas imunizadas com as vacinas Oxford/AstraZeneca (produzida no Brasil pela Fiocruz), Pfizer/BioNTech, e ainda com pessoas vacinadas em regime de intercambialidade entre as duas vacinas, mostra uma boa proteção após um período de 12 meses diante das chamadas variantes de preocupação. Submetida sob a forma de preprint (sem revisão de seus pares), a pesquisa indica que com a utilização das duas doses da AstraZeneca foi evidenciada a menor redução de efetividade nos ensaios de neutralização nas variantes Gama e Beta — que notadamente tiveram as quedas mais significativas em todos os cenários avaliados.
O surgimento de variantes do Sars-CoV-2, como Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), Gama (P.1) e Delta (B.1.617.2), provocaram preocupações sobre a eficiência de anticorpos neutralizantes (NAb) induzidos por infecções da cepa nativa ou por vacinas baseadas na proteína denominada Spike do Vírus Sars Cov 2, já que esta proteína está diretamente associada à capacidade de entrada do patógeno nas células humanas. O estudo Neutralização de variantes de preocupação incluindo a Delta um ano após a Covid-19 ou a vacinação buscou determinar a presença de anticorpos IgG e anticorpos neutralizantes contra as variantes a longo prazo.
Boa resposta em relação à Delta
A pesquisa descobriu que os anticorpos contra a proteína Spike da cepa nativa assim como os anticorpos neutralizantes continuaram detectáveis em 80% dos participantes mesmo um ano após infecção branda (não vacinados). A capacidade neutralizadora foi similar com à cepa nativa (usada como referência), Alfa (0.95) e Delta (1.03, ou seja, uma resposta até melhor do que o padrão, que é a resposta à cepa original 1), mas significativamente reduzida contra Beta (0.54) e Gama (0.51).
De forma similar, duas doses de Pfizer ou duas doses da AstraZeneca permitiram uma capacidade sustentável contra Alfa e Delta — 1.01 e 1.03, e 0.96 e 0.82 respectivamente mesmo um ano após a vacinação. Foi observada, no entanto, uma redução nas capacidades contra Beta (0.67 e 0.53) e Gama (0.12 e 0.54). O regime com duas doses da AstraZeneca apresentando uma queda significativamente menor frente a variante Gama que teve, e ainda tem, um grande impacto na pandemia de Covid no Brasil.
Em relação à combinação da AstraZeneca com Pfizer também foi evidenciada a queda frente as variantes de preocupação (0.74 e 0.70) contra Alfa e Delta e mais notadamente contra as variantes Beta e Gama(0.29 e 0.13). Comparando todos os regimes, a combinação AstraZeneca teve uma resposta mais consistente frente às variantes de preocupação quando comparado a resposta dos pacientes covalecentes e nos outros regimes avaliados no estudo (Pfizer/Pfizer e ou Pfizer/AstraZeneca)
As descobertas sobre a neutralização a longo prazo das variantes Alfa e Delta, amplamente disseminadas, um ano após infecção pela cepa original podem ajudar autoridades a traçarem estratégias de vacinação em casos de escassez de suprimentos, diz o estudo. Os resultados sugerem ainda maior precaução em relação às variantes Beta e Gama, num esforço para otimizar as próximas gerações de vacinas.
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Testes a cada quatro meses
Entre 15 de abril e 8 de maio de 2020, 2.149 trabalhadores da saúde no Hospital Danderyd, em Estocolmo, na Suécia, foram inscritos no estudo. Eles foram convidados a repetir os exames de sangue a cada quatro meses. Foram usados dois tipos de testes: um medindo o IgG em resposta à proteína Spike e outro avaliando não só o IgG em resposta à proteína Spike, mas também a capacidade neutralizante contra a cepa original e as quatro variantes.
Esse subestudo incluiu um grupo com todos os participantes que tiveram IgG positivo nos dois tipos de testes, todos os que fizeram os exames de acompanhamento e aqueles ainda não vacinados durante esse período de 12 meses. Todos os participantes relataram sintomas brandos e não necessitaram ser hospitalizados. Foram feitos exames sanguíneos também dos três grupos vacinados: com duas doses da Pfizer, duas da AstraZeneca ou com a intercambialidade dos dois imunizantes no estudo aprovado pela Swedish Ethical Review Authority.
“As duas vacinas usadas no estudo se baseiam na proteína Spike da cepa original do Sars-CoV-2. E os três regimes de vacinação analisados suscitaram uma resposta similar contra a cepa original”, diz o estudo. “Até o momento, tem sido relatado que a mutação E484 afeta a ligação do anticorpo e a neutralização, e como tal tanto a Beta quanto a Gama poderiam escapar ao controle imunológico induzido pela cepa original ou pelas vacinas atuais”. Estes resultados podem auxiliar na definição dos regimes de vacinação mais adequados frente ao desafio das novas variantes do vírus.
Gabriel Barbosa foi suspenso em duas partidas pela Quinta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol. O atacante do Flamengo foi denunciado por duplo desrespeito contra a arbitragem e acabou punido com uma partida por bater palmas contra a decisão do árbitro e em mais uma partida pelas palavras ditas ao deixar o campo de jogo. A sessão virtual ocorreu nesta quinta, 17 de setembro, e a decisão cabe recurso e deve chegar ao Pleno.
Aos 17 minutos da etapa final, na partida com o Internacional, em 8 de agosto, Gabi recebeu o segundo cartão amarelo por bater palmas, diversas vezes, em direção ao árbitro. Enquanto deixava o campo de jogo, o atacante rubro-negro ainda disse: “isso é uma piada! Por isso que o futebol brasileiro é essa várzea!”, palavras que foram ouvidas pelo árbitro assistente assistente.
A Procuradoria enquadrou Gabriel duas vezes no artigo 258, §2º,II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva; §2º,inciso II, desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões.
O advogado Michel Assef juntou prova de vídeo com o depoimento do atleta, refutou qualquer desrespeito com a arbitragem e pediu a absolvição de Gabriel Barbosa.
“É o Gabigol, aí fica tudo maior. A denúncia diz que foi direcionada a ele (árbitro), mas a súmula fala que quem ouviu foi o quarto árbitro. Se eles forem julgados por resmungar, a gente não vai ter jogador para entrar em campo. Muitas pessoas vão dizer que palmas são deboches e eu digo o contrário, acho muito melhor que reclamar com palavras. Ele bateu palmas com o corpo direcionado ao fundo do campo, quem viu foi o quarto árbitro. O árbitro nem viu as palmas, ele estava de costas. Quem disse que aquelas palmas eram para os árbitros? Não há provas, apenas uma alegação. A defesa não tem como pedir qualquer outra coisa a não ser a absolvição. O artigo do CBJD fala em desrespeitar os membros da arbitragem e que desrespeito é esse? O Gabigol tem um jeito mais debochado, mas se ele deixar de ser assim o futebol vai ficar chato. Não há nenhum desrespeito em bater palmas. Não há prova de que foi direcionado à arbitragem e se fosse, as palmas não são desrespeitosas”, sustentou Assef.
A maioria dos auditores da Comissão discordou da tese defensiva e puniu Gabriel Barbosa.
“Essa questão de direito à opinião, ela tem que ser mitigada ao contexto de uma partida de futebol. Eu vejo que a prova de vídeo é autoexplicativa. A partida estava paralisada, o Flamengo estava perdendo, ele isolou a bola e recebeu o amarelo. A atleta espera o árbitro virar de costas e levanta os braços para aplaudir. Pelo contexto em que se deram essas palmas, a prova é autoexplicativa. Entendo que a primeira conduta está configurada. Quanto à segunda conduta, o atleta diz ‘mano isso é uma piada’. É óbvio que ele pode tecer as considerações que quiser sobre o futebol brasileiro, mas quando ele diz que isso é uma piada, ele está se referindo à decisão do árbitro. Consigo identificar duas vezes a conduta desrespeitosa dele. O próprio atleta no depoimento pessoal reconhece que respeita todos os árbitros, diz que os fatos não vão acontecer novamente. Eu entendo que também restou configurada a segunda infração. Uma partida em cada, totalizando dois jogos”, votou o relator Vanderson Maçullo.
O auditor Eduardo Mello acompanhou o relator quanto à primeira conduta, mas considerou as palavras de Gabi como liberdade de expressão e o absolveu na segunda. Já o auditor Gustavo Caputo entendeu que o atleta do Flamengo não cometeu infração e o absolveu na íntegra.
Acompanhando o relator, a auditora Alessandra Perez Paiva acrescentou.
“Os fatos são incontroversos. No meu entendimento são três atos infracionais. Entendo que o primeiro foi desrespeitoso, o segundo foi desrespeitoso e o terceiro também. Foi essa várzea que consagrou o Gabigol. Quando ele fala isso está desrespeitando a todos e eu acho isso muito gravoso. Existem outras formas de demonstrar insatisfação e são atitudes que ele vem tomando recorrentemente”, explicou Alessandra.
Último a votar, o presidente Otacílio Araújo Neto acompanhou o relator na aplicação de uma partida em cada infração.
Assim, por maioria, Gabriel Barbosa foi suspenso em uma partida pela primeira infração ao artigo 258, inciso II do CBJD e punido em um jogo quanto à segunda conduta.