Em sua coluna no Estadão, o jornalista José Roberto Guzzo, do alto de sua experiência, deu verdadeira aula de jornalismo ao escrever sobre a má vontade da grande imprensa com o Presidente Jair Bolsonaro.
Não defendeu o presidente, mas se referiu às trapalhadas de parte significativa da imprensa, a chamada grande imprensa.
Em seu artigo, Guzzo resumiu o que grande parte dos jornalistas não aceita:
Os jornalistas estão falando para si próprios.
O problema, para a mídia, está em condenar o presidente por vícios que não tem e por erros que não cometeu; aí quem sai ganhando é ele.
Os jornalistas, da maneira como têm se comportado nessa história toda, são o adversário que um político pode pedir a Deus.
Guzzo lembrou o artigo em que um jornalista pediu a morte de Bolsonaro:
Ainda há pouco um jornalista escreveu: “Eu quero que o presidente morra”. Que impressão uma coisa dessas pode causar no cidadão comum? Não é normal.
O jornalista também não esqueceu da trapalhada recente de uma apresentadora de jornal na TV:
O último desvario desse tipo ficou por conta de uma apresentadora de televisão que afirmou, no ar, ao noticiar um evento do governo chamado “Vencendo a covid-19”, que “nem Bolsonaro nem as autoridades presentes prestaram solidariedade às vítimas”. Mas todo mundo pôde ver e ouvir que a médica Raissa Oliveira Azevedo de Melo Soares, uma das participantes da cerimônia, pediu um minuto de silêncio em homenagem aos 115 mil mortos na epidemia – e que todos os presentes atenderam ao seu apelo.
Não dá para dizer que a notícia está correta porque a médica não é uma “autoridade”; se for para usar esse argumento, é melhor ficar quieto. Também não dá para apagar o que a apresentadora falou na televisão. A questão que fica é uma só: a notícia é verdadeira ou falsa? Como não é verdadeira, só pode ser falsa. Fica difícil ganhar uma guerra desse jeito.
José Roberto Guzzo, jornalista
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