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Roque de Sá / Agência Senado

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), tido como o mais técnico dos membros, mesmo sendo suplente, da CPI da Covid-19, protocolou relatório.

Veja o que informa o jornal Folha de São Paulo neste sábado, 16:

O senador Alessandro Vieira protocolou nesta sexta-feira (15) um relatório da CPI da Covid em que sugere o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e de outros 11 integrantes e ex-integrantes do governo.

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Indagado sobre o motivo de elaborar um documento separado, já que o relator Renan Calheiros (MDB-AL) pretende apresentar o texto oficial a ser votado na próxima quarta-feira,

Vieira afirmou que as falas do senador alagoano sugerem que ele “optou por uma linha mais prolixa”.

“O relatório dele vai pedir indiciamento de 40, 50 pessoas, em inúmeros crimes, e resolvi fazer um relatório que foca mais no que é importante, não desperdiça energia”, diz.

Segundo ele, pedir o indiciamento de figuras laterais como o empresário Luciano Hang e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) enfraquece o relatório. “Ao invés de o presidente Bolsonaro responder pelos crimes, ele vai poder terceirizar as repostas a outros.

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Garantir que Bolsonaro responda pelos crimes que cometeu é um imperativo ético de cada brasileiro. É uma obrigação de todos para com aqueles que partiram, afirma.

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No relatório, o senador Alessandro Vieira pede o indiciamento do presidente Bolsonaro e:

Élcio Franco Filho, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde; Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações; Mayra Correia Pinheiro, secretária de Gestão, do Trabalho e de Educação na Saúde; Robson Santos da Silva, secretário especial de Saúde Indígena; Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia; e dos deputados Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, e Osmar Terra (MDB-RS).

Filhos de Bolsonaro:

Ao contrário de Renan, que indicou que deve sugerir indiciamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filhos do presidente da República, Vieira disse não achar que eles devessem ser incluídos.

“Ser babaca não é crime. Uma pessoa dizer que cloroquina funciona, a priori, não é um crime, é só forçar a barra. Já o presidente dizer isso e usar como política de combate à pandemia é crime”, diz.

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“As autoridades responsáveis, inclusive o presidente da República, tinham plena consciência dos erros e persistiram criminosamente”, diz o texto.

Alessandro vieira