O governo dos Estados Unidos abriu uma nova frente na guerra comercial contra o Brasil ao iniciar uma investigação formal sobre as práticas comerciais do país.

A medida, conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio (USTR), surge uma semana após o presidente Donald Trump ameaçar impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando entre as razões decisões judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governo brasileiro reagiu, emitindo uma nota em que rechaça o que considerou uma “intromissão indevida e inaceitável” dos Estados Unidos em assuntos do Judiciário brasileiro.
A nova investida mira áreas sensíveis e populares da economia brasileira, como o sistema de pagamentos Pix e a rua 25 de Março, tradicional polo de comércio em São Paulo.
Segundo o governo Trump, o Brasil “parece adotar práticas desleais em relação aos serviços de pagamento eletrônico”. Já a 25 de Março é citada na seção sobre proteção de propriedade intelectual como um dos “maiores mercados de produtos falsificados”.
A investigação dos EUA se desdobra em seis frentes principais:
- Comércio digital e serviços eletrônicos de pagamento;
- Tarifas preferenciais;
- Enfraquecimento do combate à corrupção;
- Propriedade intelectual;
- Barreiras ao etanol americano;
- Desmatamento ilegal.
O USTR já solicitou consultas diplomáticas com o governo brasileiro e marcou uma audiência pública sobre o caso para 3 de setembro. Empresas e entidades interessadas poderão enviar comentários até 18 de agosto.
NE Notícias, da redação
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