HOJE, às 18h, o Espaço Alquimia Cultural, em Aracaju, será palco do lançamento do livro Judicialização Partidária – Controle de Constitucionalidade e Conflito Político, de autoria do professor e pesquisador Isaac Kofi Medeiros.

A obra, publicada pela Editora Lumen Juris, é baseada na tese de doutorado de Medeiros, defendida na Universidade de São Paulo (USP).

Advogado Isaac Kofi Medeiros lança livro em Aracaju
Divulgação

O livro analisa o impacto das ações judiciais movidas por partidos políticos no Supremo Tribunal Federal (STF) e propõe mudanças significativas no sistema constitucional brasileiro.

Atualmente, qualquer partido com representação no Congresso pode acionar o STF para questionar a constitucionalidade de leis, e Medeiros sugere uma reforma nesse modelo para reduzir os efeitos negativos dessa prática.    

O evento é aberto ao público e representa uma oportunidade única para discutir os desafios do cenário político-jurídico atual, além de promover um diálogo sobre a relação entre partidos políticos e o STF. 

Serviço:

• Data: 27 de março de 2025

• Horário: 18h

• Local: Espaço Alquimia Cultural• Endereço: Rua Euclides Paes Mendonça, 560 – Aracaju/SE

A prefeita de Palmeira dos Índios, Luiza Júlia, está internada no Hospital Regional Santa Rita.

Conhecida como “Tia Júlia”, a gestora teve sua agenda oficial suspensa.

Prefeita de Palmeira dos Índios, Luiza Júlia
Assessoria de imprensa

Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre seu estado de saúde.

Em comunicado, a prefeitura da cidade alagoana informou que a administração municipal segue funcionando normalmente.

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nesta quarta-feira (26), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo por tentativa de golpe de Estado. Segundo a denúncia, esses oito acusados integram o Núcleo 1, ou “Núcleo Crucial”, de uma organização criminosa que buscava impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor o governo legitimamente eleito.

Nessa fase processual, foi examinado apenas se a denúncia atendeu aos requisitos legais mínimos exigidos pelo Código de Processo Penal para a abertura de uma ação penal. A conclusão foi de que a PGR demonstrou adequadamente que os fatos investigados configuram crimes e que há indícios de que os denunciados participaram deles.

Primeira Turma do STF julga denúncia contra Bolsonaro
Antonio Augusto|STF

Com o recebimento da denúncia, os oito acusados se tornarão réus e passarão a responder a uma ação penal pelos crimes descritos pela PGR: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Materialidade

O ministro Alexandre de Moraes, relator da Petição (PET) 12100), concluiu que a PGR descreveu de forma detalhada a prática dos crimes e evidências da participação dos envolvidos, o que permite que eles entendam claramente do que estão sendo acusados.

Na sua avaliação, a denúncia demonstra que houve uma ação coordenada para praticar crimes contra as instituições democráticas e romper a normalidade do processo sucessório da Presidência da República. Para o relator, a materialidade dos crimes está comprovada, pois houve violência e grave ameaça, e já foi reconhecida pelo STF na análise de 474 denúncias que envolvem os mesmos crimes, embora com participações diversas.

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Segundo o ministro Alexandre, os atos apontados na denúncia culminaram no ataque de 8/1, que “não foi um passeio no parque”, porque os manifestantes romperam violentamente as barreiras da Polícia Militar, e policiais foram gravemente feridos.

Vídeos exibidos pelo relator com imagens dos acampamentos, das tentativas de invasão da sede da Polícia Federal e de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília e a depredação da Praça dos Três Poderes confirmam, para o relator, os crimes indicados na denúncia e não deixam dúvida sobre a materialidade e a gravidade dos delitos.

Autoria individualizada

Em relação à autoria, o ministro Alexandre detalhou as evidências da participação individualizada dos denunciados. A seu ver, há fortes indícios da participação do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) na disseminação de notícias falsas sobre suposta fraude às eleições. Ele também considerou evidente a adesão do almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos na elaboração da “minuta do golpe”, cuja presença na reunião que discutiu o assunto foi comprovada por meio de uma lista de entrada e saída de pessoas do Palácio do Alvorada.

Na parte relativa ao ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, a PGR revelou que ele teria utilizado o cargo para atacar instituições, especialmente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a denúncia, Torres teve papel importante na live em que Bolsonaro inaugurou os ataques e também atuou no episódio em que a Polícia Rodoviária Federal, subordinada ao Ministério da Justiça, preparou operações para dificultar o acesso de eleitores às seções de votação em 2022.

Primeira Turma do STF julga denúncia contra Bolsonaro – 25/03/2025
Gustavo Moreno|STF

O ministro também concluiu que há indícios razoáveis de que o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno ajudou a estruturar o discurso de desinformação divulgado por Bolsonaro, incentivando o ataque ao sistema eleitoral e à descredibilização das instituições, bem como participação no plano para descumprir decisões judiciais.

O relator também votou pelo recebimento da denúncia em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o ministro, a denúncia traz indícios detalhados de que ele seria o líder da organização criminosa. Segundo a PGR, foi ele quem iniciou a organização de uma estratégia para divulgar notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro e atacar as urnas eletrônicas sem fundamento. Por meio de uma live, incitou publicamente a intervenção das Forças Armadas e coordenou integrantes do governo federal para atuar de forma ilícita na construção de uma narrativa que visava deslegitimar o sistema eleitoral.

Entre outros pontos citados pelo ministro, a PGR demonstrou que Bolsonaro proibiu o ministro da Defesa de apresentar conclusão da comissão das Forças Armadas de que não havia fraude nas urnas. Ele também teria conhecimento do plano criminoso “Punhal Verde e Amarelo”, que visava monitorar e executar autoridades públicas. Além disso, o então presidente conhecia, manuseava e discutia o conteúdo da minuta do golpe e tentou buscar apoio do alto escalão das Forças Armadas para a quebra da normalidade democrática.

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O ministro Alexandre de Moraes também votou pelo recebimento da denúncia em relação ao tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, que confessou os atos praticados e fez acordo de colaboração premiada.

Na parte relativa ao general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o relator verificou que a denúncia narra a participação do militar na reunião de 7/12/2022, quando a minuta do plano golpista foi apresentada pela primeira vez. De acordo com a PGR, Nogueira participou da decisão de alterar a conclusão de uma comissão que, sob determinação de Bolsonaro, atuou na verificação da lisura das urnas e concluiu que não houve fraude nas eleições.

Por fim, conforme o ministro Alexandre, a PGR narrou de forma concisa e detalhada os indícios de autoria do general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto. A denúncia descreve a incitação de Braga Netto aos movimentos populares e sua ideia de multiplicar a adesão à tentativa de golpe a partir de notícias fraudulentas. Após as eleições de 2022, ele teria dito aos manifestantes em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, que havia esperança, que o processo não havia terminado e que algo aconteceria até o final do ano.

Galeria de fotos:

Primeira Turma do STF julga denúncia sobre o núcleo 1 da Pet 12.100 - 26/03/2025

Ministro Flávio Dino

Primeiro a votar após o relator, o ministro Flávio Dino entendeu que estão comprovados os indícios de autoria e a materialidade dos crimes descritos na denúncia. Ele ressaltou que a conduta punida na lei é a de atentar contra o Estado de Direito ou contra o governo eleito. “Por uma razão simples: se fosse consumado o golpe de Estado, não haveria Justiça para julgar”, afirmou.

Dino também rejeitou o raciocínio de que, por não resultar em morte, a tentativa de golpe teria menor potencial ofensivo. “Golpe de Estado mata, não importa se no dia, no dia seguinte ou alguns anos depois”. O ministro ainda afirmou que, uma vez aberta a ação penal, o STF terá as condições de avaliar e identificar, durante a instrução, a participação concreta de cada um dos denunciados.

Ministro Luiz Fux

O ministro também considerou que a PGR conseguiu preencher os critérios de autoria e materialidade para a abertura da ação penal e ressaltou que os fatos ocorridos antes e durante o 8 de janeiro de 2023 não podem cair no esquecimento. ”Não se pode ficar indiferente à ameaça à democracia e fingir que nada aconteceu”, afirmou.

Fux acompanhou integralmente o voto do relator pelo recebimento da denúncia e disse que, na fase da instrução da ação penal, irá analisar com mais profundidade as características previstas na lei para o crime de tentativa de golpe de Estado.

Ministra Cármen Lúcia

Ao acompanhar o relator pela aceitação da denúncia, a ministra Cármen Lúcia ressaltou que a peça de acusação da PGR descreve a tentativa contínua de desmontar a democracia. “É um fato”, afirmou. “Todo mundo assistiu ao quebra-quebra e à tentativa de ‘matar o Supremo’ e, antes, de matar o TSE”.

Para a ministra, os graves fatos narrados na denúncia, como a contínua tomada de atos, providências e medidas ilícitas e criminosas culminaram na “Festa da Selma”, código utilizado pelos golpistas para se referir aos atos de 8 de janeiro.

Ministro Cristiano Zanin

O último a votar foi o presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin. Ele disse que a PGR apresentou uma série de elementos para amparar os fatos apontados na denúncia. Também destacou que a acusação não está baseada exclusivamente em colaboração premiada. “São diversos documentos, vídeos, dispositivos, diversos materiais que dão amparo ao que foi apresentado pela acusação”, afirmou.

Conforme o ministro, as provas levantadas até aqui mostram fatos extremamente graves que, em tese, configuram os crimes descritos na denúncia. Zanin ressaltou que a autoria de cada denunciado e a materialidade das imputações serão avaliadas durante a tramitação da ação penal. “Não adianta dizer que a pessoa não estava no dia 8 de janeiro se ela participou de uma série de atos que culminaram nesse evento”, concluiu.

VÍDEOAssista à sessão na íntegra:

STF

Logo após virar réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou se defender, nesta quarta-feira (26), negando que tenha articulado a minuta para um golpe com os comandantes das Forças Armadas para suspender as eleições de 2022, conforme sustenta a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).ebcebc

Ex-presidente Jair Bolsonaro durante declaração a imprensa após virar Réu no STF – Brasília (DF), 26/03/2025
Lula Marques|Agência Brasil

“Antes de uma hipotética assinatura de um decreto de um Estado de Defesa, como está no artigo 136 da Constituição, o presidente da República tem que convocar os conselhos da República e da Defesa. Aí seria o primeiro passo. Não adianta botar um decreto na frente do presidente e assinar. Não convoquei os conselhos, nem atos preparatórios houve para isso”, destacou o ex-presidente.

Sem responder aos questionamentos dos jornalistas, Bolsonaro falou por 50 minutos em frente ao Senado, em Brasília, ao lado de aliados no parlamento, logo após o resultado do julgamento da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu hoje [veja mais abaixo]

O ex-presidente voltou a sugerir, sem provas, que as urnas eletrônicas não são seguras, afirmou que é um perseguido e criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes. 

A denúncia da PGR contra Bolsonaro sustenta que o ex-presidente realizou uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, com os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha, onde teria sido apresentada a minuta do golpe para suspender as eleições, o que consolidaria uma ruptura democrática na visão do Ministério Público.

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A denúncia afirma que o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria topado o golpe, sendo a proposta rejeitada pelos demais comandantes. Ainda segundo a PGR, Bolsonaro tinha um discurso pronto para após o golpe encontrado na sala dele na sede do Partido Liberal (PL).

Ao comentar o julgamento que o tornou réu, o ex-presidente Bolsonaro argumentou que os comandantes militares jamais embarcariam em uma “aventura” de golpe de Estado. Disse ainda que “discutir hipóteses de dispositivos constitucionais não é crime”, em referência à minuta de Estado de Sítio ou de Defesa que tem sido interpretada pela PGR com o ato decisivo para o golpe de Estado.

Nesse momento, um jornalista questionou: “Então o senhor discutiu [sobre o decreto]?”. Após encarar o repórter, Bolsonaro disse que não iria “sair do sério”

“Acho que a maioria já aprendeu aqui como é que eu ajo. Se quiser tumultuar com você, vamos embora”, retrucou. Durante seu governo, era comum o ataque do então presidente a jornalistas nas coletivas de imprensa.  

Sergipe food delivery

Reprodução

Perseguido

O ex-presidente ainda reforçou a versão que vem sustentando desde o início das investigações, de que é uma vítima de perseguição política e de que o Brasil não seria mais uma democracia.

Em uma rede social, Bolsonaro disse que o querem julgar rapidamente para evitar que “chegue livre às eleições de 2026”, apesar dele já estar inelegível até 2031

A comunidade internacional acompanha de perto o que está acontecendo no Brasil. Juristas, diplomatas e lideranças políticas já reconhecem o padrão: é o mesmo roteiro que se viu na Nicarágua e na Venezuela”, afirmou.

O discurso de que o Brasil estaria perseguindo opositores tem sido questionado por especialistas, que avaliam ser uma estratégia de defesa dos apoiadores de Bolsonaro para se livrar das acusações de golpe de Estado

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), contrariou essa versão e tem defendido que o Brasil segue com uma democracia, sem perseguições políticas ou censuras.


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Nesta quarta-feira, 26, a Polícia Civil, através da 3ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, prendeu em flagrante um homem investigado por vender um veículo alugado, configurando o crime de apropriação indébita. O suspeito, identificado como locatário do carro, repassou o automóvel para compradores na cidade de Alagoinhas, no interior da Bahia.

Viatura da Polícia Civil de Sergipe
Polícia Civil de Alagoas|Divulgação

O investigado foi preso enquanto conversava com a vítima, falando inverdades sobre a localização do carro. À equipe supervisionada pelo delegado Elder Sanches, responsável pela investigação, o suspeito confessou o crime, dando ciência à vítima sobre a apropriação e a posterior venda do carro em Alagoinhas.

Diante do ocorrido, a Polícia Civil solicitou a rescisão de venda e circulação do carro à Justiça. 

“A Polícia Civil tem adotado uma postura firme para combater esse tipo de crime e reforçado as ações de repressão qualificada”, cita o delegado.

A investigação segue em andamento, para verificar a possível participação de outras pessoas no esquema criminoso. O locatário preso está à disposição da Justiça e deve responder por apropriação indébita.

A Câmara de vereadores de Aracaju conta com 07 comissões. Elas são compostas por 05 vereadores e vereadoras, com o objetivo de analisar, discutir e emitir parecer sobre os projetos de lei e outras proposituras da Casa legislativa.

Todos os projetos de lei passam pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação e, depois disso, são encaminhados para as comissões de seus temas.

Plenário da Câmara Municipal de Aracaju
César de Oliveira/CMA

Com a nova legislatura, houve mudanças na composição das comissões. Confira a seguir:

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

  • Presidente: Pastor Diego
  • Secretário: Anderson de Tuca
  • Membros: Elber Batalha, Isac Silveira e Sônia Meire

Comissão de Finanças, Tomada de Contas e Orçamento

  • Presidente: Vinícius Porto
  • Secretário: Levi Oliveira
  • Membros: Maurício Maravilha, Fábio Meirelles e Elber Batalha

Comissão de Obras, Serviços Públicos, Administração, Tecnologia, Segurança, Transporte e Comércio

  • Presidente: Maurício Maravilha
  • Secretário: Breno Garibalde
  • Membros: Sávio Neto de Vardo da Lotérica, Alex Melo e Soneca
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Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Proteção Animal

  • Presidente: Breno Garibalde
  • Secretário: Lúcio Flávio
  • Membros: Camilo Daniel, Selma França e Rodrigo Fontes

Comissão de Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Turismo

  • Presidente: Iran Barbosa
  • Secretário: Miltinho
  • Membros: Binho, Camilo Daniel e Moana Valadares

Comissão de Assistência Social, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor, Criança e Adolescente e da Mulher

  • Presidente: Selma França
  • Secretário: Sônia Meire
  • Membros: Lúcio Flávio, Bigode do Santa Maria e Thannata da equoterapia.

Comissão Processante e de Ética

  • Em definição

Continue lendo:

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados de tentativa de golpe de Estado. O colegiado seguiu o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Valter Campanato|Agência Brasil

Para a Turma, a denúncia demostrou a prática de crimes e indícios de autoria dos acusados, com a descrição dos fatos que possibilita o contraditório e a ampla defesa. Os denunciados passarão a ser réus numa ação penal.

Esse é o primeiro grupo de denunciados na Petição (Pet) 12100 e trata do “Núcleo 1”, chamado pela PGR de “Núcleo Crucial”.

Histórico

É a primeira vez que um ex-presidente eleito é colocado no banco dos réus por crimes contra a ordem democrática estabelecida com a Constituição de 1988. Esses tipos de crime estão previstos nos artigos 359-L (golpe de Estado) e 359-M (abolição do Estado Democrático de Direito) do Código Penal brasileiro.

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Detalhamento

Em um voto longo, com mais de uma hora e 40 minutos de duração, Moraes recorreu a vídeos, tabelas e estatísticas para rebater cada uma das oito defesas. Ele começou por destacar a violência dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores de Bolsonaro [veja mais abaixo].

Um vídeo com cenas da “batalha campal”, como descreveu o ministro, foi colocado durante a sessão da Primeira Turma do Supremo, colegiado responsável por julgar o caso. Para rebater as alegações de falta de provas, Moraes apresentou, na parte final de seu voto, uma tabela relacionando dos os atos apontados pela PGR como criminosos e todas as provas documentais colhidas pela Polícia Federal (PF).

O relator votou para que Bolsonaro também responda, na condição de réu no Supremo, aos crimes de organização criminosa armada, dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se somadas, todas as penas superam os 30 anos de cadeia.

Seguiram o relator os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.

Os oito réus compõem o chamado “núcleo crucial” do golpe, entre as 34 pessoas que foram denunciadas. São eles:

1. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

2. Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;

3. General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

4. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;

5. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

6. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

7. Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;

8. Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Defesa

No primeiro dia de julgamento, as defesas dos acusados negaram, uma a uma, a autoria dos delitos por seus clientes. A maior parte dos advogados reclamou também de questões processuais, alegando, por exemplo, o cerceamento de defesa, por não terem tido acesso, segundo contam, ao material bruto que embasou a denúncia.

Após o julgamento, o advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, disse esperar que agora, com a abertura da ação penal, seja dado acesso mais amplo da defesa ao material utilizado pela acusação. “Esperamos que tenhamos a partir de agora uma plenitude de defesa, o que não tivermos ate agora”, disse o defensor.

Alexandre de Moraes recorreu a vídeos, tabelas e estatísticas para rebater cada uma das oito defesas – Brasília (DF) 26/03/2025
Antonio Augusto|STF

Próximos passos

Com a aceitação da denúncia, os oito acusados passam à condição de réus, respondendo a uma ação penal no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Com a abertura do processo criminal, os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Com o fim da instrução do processo, o julgamento será marcado, e os ministros vão decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão condenados à prisão ou absolvidos.

Não há data definida para o julgamento, que depende do andamento da instrução processual. Até lá, os réus devem responder ao processo em liberdade. Conforme entendimento do próprio Supremo, qualquer prisão para cumprimento de pena só deve ocorrer após o trânsito em julgado da ação penal. Isto é, quando não for mais possível apresentar nenhum recurso contra eventual condenação.


Com informações das Agência Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nesta quarta-feira, 26, o segundo Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, que identificou três municípios sergipanos com alto índice de infestação. Outros 53 municípios apresentaram médio risco.

Alerta em Sergipe: municípios apresentam alto risco para a dengue
Silvio Rocha / PMA

O estudo mede a presença do mosquito e classifica os índices da seguinte forma:

  • Satisfatório: 0 a 0,9
  • Médio risco: 1,0 a 3,9
  • Alto risco: acima de 4,0

Os municípios com maior infestação do Aedes aegypti foram:

  • Tomar do Geru (5,6)
  • Salgado (4,9)
  • Simão Dias (4,8)

Essas cidades estão em alerta máximo e precisam de medidas urgentes para evitar surtos e epidemias.

A gerente de endemias da SES, Sidney Sá, destacou que o LIRAa permite monitorar possíveis surtos ou epidemias de dengue e outras arboviroses. Os gestores municipais devem usar esses dados para planejar ações de prevenção e controle do mosquito, priorizando as áreas mais afetadas.

Medidas de Combate

  • Eliminar recipientes com água parada: vasos de plantas, reservatórios e pneus.
  • Uso do carro fumacê como medida complementar, mas sem substituir as ações preventivas da população.
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Vacinação

Sergipe recebeu 29.531 doses da vacina Qdenga contra a dengue, distribuídas para oito municípios:
Aracaju, Laranjeiras, Divina Pastora, Riachuelo, Barra dos Coqueiros, Itaporanga d’Ajuda, São Cristóvão e Santa Rosa de Lima.

  • Público-alvo: crianças de 10 a 14 anos.
  • Esquema vacinal: duas doses, com intervalo de três meses.
  • Cobertura vacinal: 88,88% do público-alvo já recebeu a vacina.

Sintomas e Cuidados

Os infectados pelo Aedes aegypti podem apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo. Em casos de sintomas mais graves, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Automedicação é perigosa! O uso de anti-inflamatórios e medicamentos com ácido acetilsalicílico é contraindicado, pois pode aumentar o risco de sangramentos e complicações.

Principais sintomas da dengue e veja como combater o mosquito
Divulgação

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, faleceu na manhã desta quarta-feira (26), informou a assessoria da prefeitura. Noman sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite de ontem (25). Segundo Boletim médico divulgado pelo Hospital Mater Dei, Noman foi reanimado, mas o quadro era “bastante grave”.

Fuad Noman é internado com insuficiência respiratória aguda
Fuad Noman (PSD) – Foto: Amira Hissa|Prefeitura de Belo Horizonte

O prefeito estava internado no hospital desde o dia 03 de janeiro, para tratar de uma pneumonia. O boletim disse que após a reanimação, o quadro de Noman evoluiu com choque cardiogênico necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas.

Em nota, a prefeitura destacou que Fuad Noman era conhecido por seu trato gentil, sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte.

“Fuad era conhecido por seu trato gentil, sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte. Um homem público íntegro, cuja história se confunde com o desenvolvimento da nossa cidade”.

“Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e todos os cidadãos belo-horizontinos que perdem não apenas um líder, mas um exemplo de ser humano. A cidade se despede com gratidão e reverência”, diz a nota.

Economista por formação, Fuad Noman tinha 77 anos e teve uma sólida trajetória na administração pública, como servidor público de carreira do Banco Central, ocupando ainda cargos importantes no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte.

Em 2022, assumiu o cargo de prefeito da capital mineira, após a renúncia de Alexandre Kalil, que concorreu ao governo de Minas Gerais, tendo sido reeleito com com 53,76% dos votos válidos, na disputa do ano passado.

Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento de Fuad Noman.

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Saúde

Problemas de saúde vinham acompanhando Fuad Noman desde meados do ano passado. Em julho, ele revelou que havia sido diagnosticado com um linfoma não Hodgkin (LNH), um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático. Em dezembro do ano passado, Noman foi internado para tratar de um quadro de pneumonia e sinusite.

Em outubro, Fuad afirmou ter concluído o tratamento e que houve remissão total do câncer. A nova internação, no entanto, já é a quarta registrada desde novembro de 2024.

Em dezembro, Noman foi internado para tratar de uma pneumonia. Na ocasião, o prefeito teve necessidade de tratamento venoso com antibiótico e fisioterapia respiratória.

Em razão do seu quadro de saúde e por recomendação médica,Noman foi empossado de forma virtual no dia 1º de janeiro.

Dois após após a posse, ele voltou a ser internado

Desde então, o comando da prefeitura ficou a cargo do vice-prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião.

Record News

Policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher e Demais Grupos Vulneráveis da Barra dos Coqueiros (DAGV), da Delegacia Especial de Turismo (Detur) e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) cumpriram o mandado de prisão contra um empresário de 29 anos, investigado por violência contra a mulher.

A ação policial ocorreu na manhã desta quarta-feira (26), na cidade de Barra dos Coqueiros [veja mais abaixo].

Policial Civil de Sergipe
Polícia Civil/SSP

De acordo com os policiais, o caso ganhou grande repercussão na imprensa e nas redes sociais, já que a vítima, ex-companheira do empresário dono de uma conhecida loja de celulares no Centro de Aracaju, divulgou vídeos narrando as agressões e as ameaças que sofreu.

As investigações apontaram que o empresário possuía uma arma de fogo registrada em seu nome, que foi utilizada para ameaçar a vítima. O armamento foi apreendido em uma diligência policial anterior

Polícia Civil

Além das ameaças, o investigado descumpriu a medida protetiva de afastamento da ex-companheira. Após a prisão, ele foi conduzido à DAGV da Barra dos Coqueiros, onde permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil solicita que informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia no telefone 181. O sigilo é garantido.