NE Notícias

Uma coisa é uma coisa, oura coisa é outra coisa.

Para alguns políticos e/ou partidos, não há como discutir 2020 sem pelo menos abrir perspectivas para as eleições de 2022, por enquanto apenas para o governo. Provavelmente, a disputa para o Senado servirá de moeda de troca.

Certa vez, um homem público sergipano disse: “quando você ouvir político dizer uma coisa, saiba que ele está pensando exatamente o contrário”.

Fiquemos no caso de Sergipe.

Marcos Oliveira / Agência Senado

Alessandro Vieira

Não há como o senador Alessandro Vieira (Cidadania), campeão de votos em 2018, discutir a eleição para prefeito de Aracaju sem tentar desenhar o quadro de 2022 para governador.

Não apenas em Aracaju, mas principalmente na capital.

Pública, e até mesmo internamente, ele deve dizer o contrário, mas só pensa naquilo.

Rogério Carvalho e… petistas

No PT, o senador Rogério Carvalho construiu caminho favorável para disputar a próxima eleição para governador.

Como NE Notícias já informou, o rompimento, em Aracaju, com o prefeito Edvaldo Nogueira, passa única e exclusivamente pelo projeto de 2022.

Isso passa não apenas pela cabeça e planos de Rogério, mas também pela cabeça e planos de boa parte dos petistas, de várias tendências.

Marcos Oliveira / Agência Senado

Internamente, todos reconhecem as dificuldades eleitorais de Márcio Macêdo, pré-candidato a prefeito.

Para Márcio, a disputa em Aracaju cai como uma luva para a sua “necessidade de mídia”, objetivando voltar à Câmara Federal pela vontade das urnas de 2022.

Laércio Oliveira

O governador Belivaldo Chagas (PSD) não revela, mas o deputado federal Laércio Oliveira é o nome de seu coração para disputar sua sucessão.

É até capaz de jurar de pés juntos que não pensa em 2022, que está apenas focado na administração.

O deputado começou até bem, avançando na relação com o prefeito Edvaldo Nogueira e alargando espaços na administração e na relação política com o governador.

Cleia Viana / Câmara dos Deputados

Faz uma boa gestão na Fecomércio.

Parou no Natal Iluminado.

2022 não está logo ali, mas o deputado anda perdendo passos na caminhada.

André Moura e os Valadares

Na oposição, André Moura e os Valadares perderam a oportunidade, em 2018, de virar o jogo.

Independente de quem tenha razão, se é que a razão não ficou perdida no caminho, pelo menos até agora, nenhum deles, nem mesmo reunificando forças, tem a menor chance em chapa majoritária para 2022. Nem governo, nem Senado.

Wilson Dias / Agência Brasil

Inteligente, André virou peça fundamental no governo do Rio de Janeiro, mas, assim como os Valadares, a não são ser que muita coisa mude, não haverá o que fazer além de tentar voltar à Câmara Federal.

Edvaldo Nogueira

O prefeito Edvaldo Nogueira tentou evitar o rompimento do PT.

E não houve rompimento. Apenas, o que parecia ser apenas um, virou, no mínimo, dois projetos para 2022. Não dá para reunificar forças. Os objetivos são totalmente diferentes.

Janaína Santos / PMA

Edvaldo quer a reeleição. Para o PT, se fosse só a reeleição, não haveria nada demais.

O que os divide é a eleição de 2022: Edvaldo e o PT querem ocupar o lugar que o destino, o mérito, o grupo e as brigas da oposição reservaram para o “galeguinho” Belivaldo Chagas.

Fábio Mitidieri

Nada como uma boa derrota para ensinar a quem efetivamente queira aprender!

Lúcio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

Depois da derrota quando pretendia a reeleição para vereador, o hoje deputado federal Fábio Mitidieri aprendeu e anda dando de lambuja em quem pensa em ser governador em 2022.

Tem fortalecido seu PSD como nenhum outro político tem conseguido realizar.