Assessoria de Comunicação

Na manhã desta sexta-feira (6), na semana alusiva ao Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) apresentou em uma Coletiva de Imprensa o projeto para instalação do Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica (SEAME).

De acordo com a presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira, com o SEAME, o sindicato pretende ajudar à sociedade sergipana a ampliar o acesso aos serviços de denúncia, proteção e atendimento jurídico às mulheres em situação de violência doméstica.

“A nossa ideia é, com o SEAME, transformar o Sindicato dos Bancários em mais uma porta de entrada aos serviços prestados pela Rede Sergipana de Enfrentamento à Violência à Mulher”, explica a liderança sindical.  

Pritty Reis e Lucas Oliver / ASN

Além das bancárias, segundo Ivânia Pereira, o SEAME será disponibilizado a outras mulheres que procurarem esse apoio por estar em situação de vulnerabilidade.

Logo cedo da manhã, estiveram presentes na Coletiva de Imprensa profissionais de emissoras de rádio dos programas matutinos. Também prestigiaram o evento, representantes de movimentos sociais como, o Conselho Estadual de Mulheres, Apcler, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/SE), União da Juventude Socialista (UJS/SE) e União Brasileira das Mulheres (UBM/SE).

Ivânia Pereira afirmou que antes de instalar oficialmente o SEAME, o sindicato fará uma apresentação do projeto às entidades ligadas à Rede Sergipana de Enfrentamento à Violência Doméstica e as representantes do movimento social.

Censo da Diversidade e Igualdade de Oportunidade

“A ideia de criar esse serviço surge a partir das reflexões e debates na Mesa de Igualdade de Oportunidade, durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2018, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Uma das importantes conquistas dessa campanha foi a efetivação do Censo da Diversidade, o que possibilita hoje traçar o perfil da categoria e confirmar dados como, por exemplo, o da  desigualdade salarial entre homens e mulheres que têm a mesma escolaridade e ocupação de cargo similar e informações sobre bancárias em situação de violência doméstica”, explica a sindicalista.  

Com informações sobre as dificuldades na rotina de trabalho de mulheres bancárias, fruto da situação de violência doméstica, “os bancos sinalizaram positivamente à reivindicação de criação de um canal de denúncia e de atendimento jurídico _ dentro das instituições financeiras _ às bancárias vítimas de violência. Especificamente, esse serviço será apresentado pela Fenaban ainda este mês, dia 11”, afirma Ivânia.

De acordo com a técnica da Coordenadoria da Mulher do Estado, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), Erika Santana, a ação surge em um momento fundamental em que há um excesso de procura de vítimas diretamente à Defensoria Pública. “Essa ação é fundamental para as mulheres. Existe uma demanda que a Defensoria Pública não consegue suprir muitas das vezes. Nós ainda vamos sentar para conversar e definir como será o encaminhamento do fluxo de mulheres para que possamos dar o direcionamento, mas saber que haverá essa condução é essencial para que as mulheres possam se libertar desse ciclo de violência”, afirmou Érika Leite.