Max Augusto

A Petrobras emitiu comunicado informando que as plataformas localizadas em águas rasas, em Sergipe e outros estados, entrarão em hibernação. A unidade no Tecarmo em Aracaju também deverá ser fechada e o campo de Piranema só deverá permanecer em funcionamento até o fim do ano – depois deverá ser devolvido à ANP, para leilão.

A ideia inicial era vender as plataformas e a exploração terrestre para uma só empresa, mas houve mudança nos planos e foi definido que primeito as unidades serão fechadas e depois vendidas.

Ainda não é possível avaliar quanto as prefeituras e o governo de Sergipe deixarão de arrecadar em royalties. Mas vale lembrar que só o estado recebe cerca de R$ 100 milhões por ano.

Esperança

A esperança para Sergipe é o campo de águas profundas ainda em testes na Barra dos Coqueiros, um campo fértil de óleo e gás, cujas primeiras coletas poderão colocar Sergipe na dianteira do setor.

Petrobras
A Petrobras informou que, tendo em vista os impactos da pandemia do COVID-19 (coronavírus) e da redução abrupta dos preços e da demanda de petróleo e combustíveis, que adotou ações para redução de custos e preservação do seu caixa, além das medidas para preservar a saúde dos colaboradores e apoiar na prevenção da doença nas áreas operacionais e administrativas.

Conforme anunciado ao mercado na quinta-feira (26/3), entre as ações está a hibernação das plataformas em operação em campos de águas rasas, com custo de extração por barril mais elevado, que, em virtude da queda dos preços do petróleo, passaram a ter fluxo de caixa negativo. A produção atual de óleo desses campos é de 23 mil bpd e os desinvestimentos nesses ativos continuam em andamento.

A decisão, que abrange as plataformas da companhia localizadas em águas rasas do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e no Polo Garoupa da Bacia de Campos, faz parte de um conjunto de medidas que tem por objetivo a redução da sobreoferta no mercado externo e diminuição da exposição pela redução da demanda mundial de petróleo causada pela pandemia do coronavírus e crise do petróleo.