Petrobras

A Petrobras começou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará. A medida foi comunicada ao mercado em 26 de março e faz parte de uma série de ações para preservar os empregos e a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos.

Fachada do Edise, sede da Petrobras (RJ) – Stéferson Faria / Agência Petrobras

Essas plataformas não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processos de venda. A parada dessas unidades corresponde a um corte de produção de 23 mil barris de petróleo por dia. 

Dessas plataformas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades organizacionais da Petrobras. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio. 

Para enfrentar essa crise sem precedentes que combina queda abrupta da demanda e do preço do petróleo, a Petrobras também desembolsou linhas de crédito, cortou e postergou investimentos, reduziu gastos operacionais e despesas com pessoal. Foi postergado o pagamento do Prêmio por Perfomance para empregados e dos dividendos para os acionistas, além da renegociação de contratos com grandes fornecedores. As ações da Petrobras estão em linha com o que toda a indústria global de petróleo está fazendo para superar os impactos dessa crise.