O Globo

ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, morreu no início da tarde deste domingo . Ele estava internado desde o dia 19 de agosto no Hospital Sírio-Libanês, quando passou mal e foi submetido a uma cirurgia no cérebro. Um exame de tomografia constatou sangramento. O político se tratava de um câncer neuroendócrino na região cervical.

PSDB / Arquivo

Nascido em 12 de outubro de 1937, Goldman era engenheiro formado pela Escola Politécnica da USP. Tinha 19 anos quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi diretor do Centro Acadêmico da Poli e diretor da União Estadual dos Estudantes.

Foi deputado estadual por dois mandatos (1971-1978) e presidiu a CPI sobre a invasão da PUC pela polícia em 1979. No mesmo ano, foi para o PMDB (hoje MDB). Por seis vezes foi eleito deputado federal (1979-1986 e 1991-2006).

Também esteve à frente do Ministério dos Transportes, no governo de Itamar Franco, além de secretário de Estado e vice-governador. Quando o então governador paulista José Serra, em 2010, deixou o cargo para disputar as eleições presidenciais, Goldman ocupou a cadeira no Palácio dos Bandeirantes até janeiro de 2011.

Sem cargos eletivos desde então, ele se dedicou à vida partidária no PSDB e chegou a ocupar interinamente a função de presidente da sigla em 2017.

Como desafeto público do atual governador João Doria, Goldman criou atrito com o partido nas eleições de 2018 e foi expulso por não apoiar a candidatura de Doria para o governo estadual. Pouco antes do segundo turno, ele acusou Doria de fazer campanha escondida para o então candidato Jair Bolsonaro contra Geraldo Alckmin.

Publicado em O Globo