O Globo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, foi comunicado por telefone nesta quinta-feira (25) pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, que celulares de ministros da Corte foram alvos de ataque hacker e que houve acesso a dados de SMS e do aplicativo Telegram desses ministros. 

Moro relatou ter ligado pessoalmente para os ministros atacados. Os nomes dos ministros alvos no STF não foram divulgados. 

José Cruz / Agência Brasil

Interlocutores dos ministros Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luis Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello informaram à TV Globo que eles não foram procurados por Moro e, portanto, não teriam sido alvos. Até a última atualização desta reportagem, a TV Globo tentava contato com os outros três ministros – Alexandre de Moraes, Celso de Mello e Luiz Edson Fachin. 

Por meio da assessoria, o STF informou que não comentará o episódio. 

Além de ministros do Supremo, a Polícia Federal identificou os aparelhos dos presidentes da República, Jair Bolsonaro; da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha; e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dentre os celulares de autoridades alvos de invasão de hackers. 

Investigadores da Polícia Federal informaram na quarta-feira (24) que têm condições de afirmar, com base na apuração prévia, que aproximadamente mil diferentes números telefônicos foram alvos do mesmo método utilizado para invadir o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. 

Quatro suspeitos de envolvimento na invasão de celulares de autoridades foram presos na última terça-feira (23). São três homens e uma mulher, detidos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. 

Nesta quinta-feira, o ministro Sérgio Moro afirmou em uma rede social, que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) vão identificar as centenas de vítimas e informá-las sobre as invasões, sejam elas autoridades ou não.

A nota não informa se os hackers conseguiram obter alguma informação dos aparelhos usados pelo presidente. 

“Não estou nem um pouco preocupado se porventura algo vazar aqui no meu telefone. Não vão encontrar nada que comprometa. Perderam tempo comigo”, declarou Bolsonaro nesta quinta em Manaus.

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