O Globo

A Mancha Verde conquistou pela primeira vez em sua história o título do grupo especial do carnaval de São Paulo. A Dragões da Real ficou em segundo lugar, seguida pela Rosas de Ouro. Maior campeã do carnaval paulistano, com 15 títulos, a Vai-Vai terminou na última colocação e foi rebaixada.

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Única escola a tirar só notas 10, a campeã Mancha somou 270 pontos. O desfile da agremiação discutiu escravidão, direitos de negros e mulheres e intolerância religiosa. A escola contou a história das lutas da princesa africana Aqualtune, escravizada no Congo e trazida ao Brasil grávida. Ela é avó de Zumbi dos Palmares, apresentado em um busto no último carro.

Uma ala representou as escravas reprodutoras e trazia passistas com mãos acorrentadas e barrigas de grávidas. Outra ala era toda vermelha, representando o sangue dos escravos. A bateria, que teve Viviane Araújo como rainha pelo 13º ano consecutivo, tinha os seus componentes vestidos de guerreiros africanos.

No ano passado, a Mancha havia ficado em terceiro lugar, mas com a mesma pontuação da campeã, Tatuapé. Perdeu o título pelo critério de desempate.

Em 2019, a escola se reforçou com a contratação do carnavalesco Jorge Freitas, que já havia conquistado quatro títulos do carnaval paulistano em 18 anos de trabalho: dois pela Gaviões da Fiel, um pela Rosas e outro pela Império de Casa Verde.