Secretaria de Estado da Saúde

A recepcionista Mônica Soares, 27, se acidentou quando bateu o joelho na quina da cama. Ela reclamou de dores e ficou mancando por alguns minutos até que o trauma melhorasse. Foi quando indicaram uma compressa com gelo no local da pancada. “Foi uma dor muito forte porque a minha cama é de madeira e me disseram para fazer uma compressa de gelo no local da pancada, que já estava vermelho e muito inchado. Foi uma receita simples e que deu um resultado muito bom, pois o joelho melhorou rápido e sem sequelas”, contou.

Fisioterapeuta Gizelle Martins / SES

 De acordo com a fisioterapeuta do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Gizelle Martins, as compressas feitas com água quente e com gelo são as mais indicadas em casos de traumas provocados por quedas e pancadas. O gelo porque tem ação anestésica e ajuda a reduzir o hematoma no local atingido, já a compressa quente ajuda a aumentar a circulação sanguínea e é mais indicada para ser usada em uma distensão muscular ou uma dor mais crônica.

 “Na fisioterapia, a gente acaba usando muito a compressa de gelo e as compressas quentes que são tratamentos baratos e muito eficazes. A crioterapia, que é o uso do gelo no tratamento terapêutico, geralmente é feito com o uso da bolsa de gelo de 20 a 25 minutos e sempre lembrando de proteger a região abaixo para evitar alguma queimadura. Quando o paciente chega com uma dor aguda, a gente opta pelo gelo. Já a compressa quente, a gente utiliza para uma lesão mais crônica e para diminuir espasmo muscular, contratura e sempre respeitando esse tempo”, explicou a fisioterapeuta.

 Caso os sintomas de um trauma não desapareçam em no máximo sete dias, mesmo com a utilização das compressas, é necessário consultar um médico para que seja verificado o grau da lesão e a partir daí tratar com um processo de fisioterapia mais específico ou uma cirurgia.

 A fisioterapeuta orienta, também, a tomar alguns cuidados importantes na aplicação das compressas quentes e frias. “Quando as pessoas forem fazer uso das compressas de gelo e de calor, devem tomar alguns cuidados principalmente para pacientes diabéticos por causa da redução da sensibilidade. Temos que estar em alerta na região que for utilizar o gelo ou o calor, verificando se tem a sensibilidade diminuída para que não haja queimadura, além de evitar colocar em feridas abertas”, disse.

Quanto à combinação de ambos, existem casos em que é a melhor pedida no tratamento. É a terapia chamada contraste em que usa a aplicação alternada de compressas frias e quentes para contrair e dilatar seguidamente os vasos sanguíneos, aumentando a circulação no local afetado. A técnica é indicada para infecções, distensões, inflamação e dores de cabeça causadas por tensão nervosa ou muscular.